Aula 1 TEO

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Técnicas de Entrevistas e Observação
Textos:
Ocampo, M. L. S. & Arzeno, M. E. G. (2009). O Processo Psicodiagnóstico e as Técnicas Projetivas. São Paulo: WMF Martinsfontes. (O processo psicodiagnóstico).
Macedo, M.M.K. & Carrasco, L.K. (2005). (Con)textos de Entrevista: Olhares Diversos Sobre a Interação Humana. São Paulo: Casa do Psicólogo. (Psicodiagnóstico: recurso de compreensão).
Cunha, J. A. (200). Psicodiagnóstico V. Porto Alegre: Artmed. (Passos do Processo psicodiagnóstico)
Universidade Paulista - UNIP Técnicas de Entrevista e Observação Profª Andreia S.
16/02/2018
Psicodiagnóstico – diferencial do psicólogo.
Responsabilidade de compreender o que está acontecendo e o que levou até a situação atual.
Toda entrevista precisa de uma finalidade.
Instrumentalização para melhor entendimento das hipóteses que serão formuladas no 1º contato.
Esclarecedor quanto o próprio processo psicoterápico.
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Diagnóstico correto (Freud,1913, O Início do Tratamento) – erro leva a um esforço inútil do paciente, transpareceu seu mundo interior e ao final não teve o objetivo alcançado – destruição da confiança.
Rótulos (necessidade de diagnósticos com codificações universais – em equipes multidisciplinares).
Busca de uma identidade profissional
Inicialmente satisfação da demanda de outro profissional – recursos de testes sem preocupação de vínculo.
“a partir de fora”; aplicação e encaminhamento – especificação das técnicas utilizadas.
“a partir de dentro”; cumprimento de uma solicitação para satisfação de outros profissionais – relação mais fria.
Informe com todas as descrições dos achados – insegurança.
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Teorias psicanalíticas de Freud – abertura para as entrevistas livres 	– deu início a um processo com mais características dos psicólogos. 	– sem limite de tempo X respeitando seu timing.
	– desvalorização dos testes.
Diferenciar o psicodiagnóstico da psicoterapia – dando atenção necessária e específica.
Entrevista aberta x fechada.
Observar comportamentos não verbais.
Contradições.
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Entrevista Semidirigida
Entrevista semidirigida junto com as técnicas auxiliares.
Restrito tempo (início, meio e fim bem delineados)
Conteúdos devem ser contundentes e pontuais – bem explorados.
Escuta apurada sem perder o foco da investigação.
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Preparo técnico do profissional conforme a área da entrevista.
Acolhimento devido – não só o exercício de exploração das informações.
Curiosidade pessoal.
Não invadir e nem deixar de fazer esclarecimentos.
Sensibilidade e ética (assuntos que as vezes não estão prontas para entrar com contato - estranhos).
Cuidado com os rótulos – tecnicamente preparados para não nos deixar influenciar.
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Não colocar o peso total da responsabilidade ao paciente encaminhado (principalmente crianças).
Não ficar preso aos motivos manifestos – existe uma diversidade de motivos latentes que devem ser esclarecidos.
Compreender o indivíduo dentro de seu contexto familiar e social (biopsicossocial).
Mudança de ambiente pode ser um aspecto negativo.
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Psicodiagnóstico: “uma situação com papéis bem definidos e com um contrato no qual uma pessoa pede que a ajudem, e outra aceita o pedido e se compromete a satisfazê-lo da medida de suas possibilidades... duração limitada, cujo objetivo é conseguir uma descrição e compreensão, o mais profunda e completa possível da personalidade... investigação de algum aspecto em particular, segundo a sintomatologia e as características da indicação. Abrange os aspectos passado, presente e futuro, utilizando algumas técnicas para chegar a um diagnóstico.
Primeiro contato
Entrevista Inicial
Aplicação das técnicas e testes
Devolutiva oral e escrita.
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Primeiro contato - entrevista
Apresentação mútua – vínculo, confiança.
Realização do contrato – esclarecimento do objetivo, número de sessões, duração, informações a respeito das técnicas, sigilo, honorários, informações que possam interferir na forma de aplicação do resto processo...
Motivar a pessoa em determinados contextos.
Formulação de hipóteses.
Entrevista semidirigida.
Escolha das técnicas que serão utilizadas.
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Primeira entrevista com os responsáveis e posteriormente com o sujeito propriamente dito.
Pais separados – entrevistas individuais – explicar o motivo para que não criem fantasias – não demonstrar preferência.
Entrevista de anamnese – com as pessoas que possam oferecer mais informações da história de vida do sujeito.
As histórias são descobertas da entrevista inicial até a devolutiva.
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Conhecer além da história do nascimento – envolvimento dos pais.
Em casos de dificuldade em ativas lembranças, ou com pessoas limitadas intelectualmente, muito objetivas – Genograma como recurso de busca de informação, representação gráfica da família (história e interação).
Árvore genealógica mais enriquecida de detalhes – padrões hereditários.
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Entender o motivo de se fazer o genograma e saber o que procurar, o que se quer saber com essa técnica.
Quantas gerações serão investigadas.
Perguntas necessárias para cada pessoa exemplificada.
Informativos médicos, emocionais, relacionais, psicológicos, adaptativos e desadaptativos, dados relevantes para determinado objetivo...
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Símbolos, linhas que representam toda a dinâmica familiar da pessoa.
Simples e complexos.
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Aplicação dos Testes
Utilização isolada de um teste ou uma técnica não abrange uma avaliação profunda.
Utilização de várias técnicas e testes possibilita uma maior validação dos resultados.
A escolha da bateria dos testes deve atender as necessidades específicas de cada caso.
Idade; sexo; escolaridade;
Objetivo a ser esclarecido;
Respeita instrução de aplicação; correção; interpretação.
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Ordem de aplicação.
Minimizar ansiedade.
Iniciar por testes gráficos por ser mais familiar, e intercalando com os psicométricos.
Por último os testes mais ansiogênicos (para cada paciente é exigida uma bateria específica).
Com crianças é importante começar com a hora do jogo diagnóstica – confiança, diminuição da ansiedade.
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Devolução
“Comunicação verbal discriminada e dosificada dos resultados do processo” 
														(Ocampo & Arzeno, 1981)
Sensibilidade do que pode ou não ser dito.
Devolução com o cliente (1 sessão) e quando necessário com os responsáveis (2 sessões) e os demais beneficiários.
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Adolescentes – devolução com ele e depois com os responsáveis.
Com os responsáveis sempre ter a presença do cliente– não ocorrer dissociações no sistema familiar e a quebra da confiança.
Focar em responder as perguntais iniciais – do motivo.
Roteiro, porém, flexível.
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Iniciar com a demanda da entrevista inicial;
Informar os aspectos adaptativos encontrados;
Informar os aspectos menos adaptativos – cuidado com as palavras;
Sempre retomar as características mais saudáveis, e pontuando como elas podem suprir e ajudar na evolução das demais.
Ao final fazer o devido encaminhamento.
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A entrevista de devolução configura a finalização de todo um processo no qual muitos conteúdos foram abordados. Como psicólogos somos depositários de histórias de vida complexas e sofridas. Muitas vezes passamos a ser guardiões de segredos, que caso sejam revelados, podem tirar uma família de sua funcionalidade. Isso evidencia nossa imensa responsabilidade ao aceitar o papel de ajuda a uma pessoa ao realizar o psicodiagnóstico.
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Cara a cara.
Pessoa se protege muito na entrevista.
Resultados dos testes e das interpretações da entrevista – chamar terceiros.
Deixar em aberto possíveis esclarecimentos de dúvidas ao longo do processo.
Informações não objetivas: (aparência, linguagem, comportamento não-verbal, organização espacial – gestos, olhares, voz...).
Últimas considerações
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Roteiro a pessoa entrevistada não tem acesso.
Baterias padronizadas x não padronizada.
Não começar com pergunta aberta – ansiedade toda depositada na resposta.
Planejamento
Declarar objetivo conforme a demanda
Roteiro
Delimitação do tempo
Formulário (perguntas diretas e indiretas)
Técnicas específicas
Comportamentos verbais e não-verbais
Repetir exatamente a falar da pessoa (parafrasear)
Pausas longas (voltar a pergunta anterior)
Comportamentos alterados (descobrir e amenizar tais aspectos)
Ordem das perguntas alteradas (mais complexas ao final)