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CasoS ConcretoS- cONSTITUCIONAL

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Caso Concreto 
Renata, servidora pública estadual, ingressou no serviço público antes da edição da Constituição da República de 1988, e é regida pela Lei X, estatuto dos servidores públicos do Estado-membro.
Sobre a situação funcional de Renata, responda justificadamente:
A) O que ocorrerá com a Lei X caso ela não tenha sido editada conforme os trâmites do processo legislativo previstos pela atual Constituição?
RESPOSTA: nesse caso, não há nenhum problema. O juízo de recepção, ou seja, de compatibilidade entre uma norma jurídica pré-constitucional (leia-se: editada antes de 5 de outubro de 1988) e a atual Constituição é apenas material. Em outras palavras, exige-se apenas que o conteúdo da norma seja compatível com a nova Constituição, independentemente da forma legislativa de que se revestia o referido ato normativo.
B) É possível que Renata questione, em ação individual, por meio de controle difuso, a inconstitucionalidade formal da Lei X perante a constituição revogada? 
RESPOSTA: Sim, é possível. Embora a Lei X não possa ter a sua constitucionalidade questionada em face da Constituição Federal de 1988, em razão de o STF adotar a teoria da recepção (ADI n º2/92), por meio da qual o ato normativo pré-constitucional contrário à nova Constituição não é considerado inconstitucional, mas sim não recepcionado e, portanto, revogado, nada impede que a referida Lei tenha a sua constitucionalidade questionada, pela via incidental, em face da Constituição vigente no momento da sua promulgação.
C) Tendo em vista que Renata já estava inserida em um regime jurídico, é possível afirmar que a mesma tem direito adquirido a não ser atingida pela Constituição de 1988 no que tange à sua situação funcional? 
RESPOSTA: O poder constituinte originário é ilimitado, o que significa dizer que não se pode alegar direito adquirido contra ele. É este o entendimento do STF, que em diversas oportunidades já decidiu que não se pode invocar direito adquirido em face da nova Constituição. Como exemplo, cita-se o Recurso Extraordinário 140.894-4/SP
Caso Concreto
Mulher grávida, que trabalha sob a regime de contratação temporária, lhe consulta como advogado trabalhista para saber se tem direito à licença maternidade. Fundamente a sua resposta na doutrina e na jurisprudência.
Resposta: Conforme o previsto no Art. 7º, XVIII da CF trata de que mesmo sendo precária o vínculo empregatício, a sua estabilidade não pode ser prejudicada. O STJ assim como o STF entende que a empregada sob o regime de contratação temporária tem direito a licença a maternidade, pois a temporariedade do vínculo não retira da gestante tal direito, caso o fizesse seria caracterizado como ato discriminatório.
Caso Concreto 
João da Silva Smith, filho de Ana Maria da Silva, brasileira, natural dos Estados Unidos da América, cometeu um homicídio em Nova York em 26 dejaneiro de 2000. No dia 28 de janeiro de 2000 fugiu para o Brasil. Ao chegar aqui, João da Silva Smith opta pela nacionalidade brasileira na Justiça Federal deacordo com os artigos 12, I, c e 109, X da CRFB/88. No ano de 2001, antes de se concluir o processo de opção de nacionalidade, o governo norte-americano pede aextradição de João da Silva Smith ao Brasil pelo homicídio cometido em 2000. Pergunta-se: o Brasil vai extraditá-lo? Por quê?
Resposta: Sim, pois o crime não foi cometido no Brasil e o processo de opção de nacionalidade não foi concluído.
Caso Concreto 	
Marco Fiori, italiano pelo critério do jus sanguinis e brasileiro pelo critério do lus solis, e domiciliado no Rio de Janeiro, viaja a Roma onde comete um furto de duas obras de arte e retorna ao Brasil. O governo italiano pede a sua extradição. Pergunta-se: o Supremo Tribunal Federal vai conceder a extradição? Por quê?
Resposta: O STF não poderá concede a extradição de Marco pois ele nasceu no solo do Rio de Janeiro tem laço consanguíneo Italiano.
O "ius soli" se refere ao nascimento no "solo", no território do Estado e se contrapõe ao "ius sanguinis", pela descendência ou filiação. Para os países que aplicam o "ius solis", é cidadão originário quem nasce no País, independentemente da cidadania que os genitores possuem.
O "ius sanguinis" se fundamenta no vínculo do sangue, segundo o qual será nacional todo aquele que for filho de nacionais, independentemente do local de nascimento. 
Caso Concreto 3
José candidato a Deputado Estadual de Pernambuco, enviou ao Congresso Nacional uma PEC que abole o voto secreto, a pretexto de que os currais eleitorais estariam se beneficiando de voto secretos. Considerando que você vai debater com José, aponte dois contra-argumentos a essa proposta narrada , com fundamentos constitucionais. Justifique sua resposta?
Resposta: Trata-se de uma Cláusula Pétrea, prevista no Art. 60,§4º,II,CF, e como sabemos são dispositivos que não podem ter alteração, nem mesmo por meio de Emenda Constitucionais. Além disso, José é candidato a Deputado Estadual e não está legitimado para propor Emenda. 
Caso Concreto
Soldado do Exército Brasileiro, indignado por ter uma remuneração inferior ao salário mínimo, fato que contrariaria o art. 7º, IV da CRFB/88, lhe procura para saber da constitucionalidade dessa remuneração inferior ao salário mínimo. Fundamente a sua resposta na doutrina e na jurisprudência. 
RESPOSTA: Apesar de aparentemente haver uma inconstitucionalidade, pois ninguém deveria auferi salário menor que o mínimo, o entendimento do STF acerca da questão é de que a Constituição não incluiu as praças iniciais como uma categoria que deveria receber salário mínimo. “Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial (Súmula Vinculante nº6)”. “Constitucional. Serviço militar obrigatório. Soldo. Valor inferior ao salário mínimo. Violação aos arts. 1º, III, 5º, caput, e 7º, IV, da CF. A Constituição Federal não estendeu aos militares a garantia de remuneração não inferior ao salário mínimo, como o fez para outras categorias de trabalhadores. O regime a que submetem os militares não se confunde com aquele aplicável aos servidores civis, visto que têm direitos, garantias, prerrogativas e impedimentos próprios. Os cidadãos que prestam serviço militar obrigatório exercem um múnus público relacionado com a defesa da soberania da pátria. A obrigação do Estado quanto aos conscritos limita-se a fornecer-lhes as condições materiais para a adequada prestação do serviço militar obrigatório nas Forças Armadas.” (RE 570.177, Rel. Ricardo Lewandowski, julgamento em 30-4-08, DJE de 27- 6- 08). 
Caso Concreto
Numa audiência no Juizado Especial Cível, em cujo processo o autor pleiteava uma indenização por danos morais no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), o advogado da empresa demandada, com amparo no art. 133 da Constituição da República, pleiteou a extinção do processo sem apreciação de mérito (CPC, art. 267, IV), sob o fundamento de que o advogado é essencial à administração da justiça. O autor, mesmo não tendo formação jurídica, ofereceu defesa alegando que a Lei n.º 9.099/95 lhe garantia a possibilidade de postular em juízo sem assistência de defensor técnico. Diante de tal hipótese, considerando a aplicabilidade do art. 133, CRFB, seria correto afirmar que a Lei n.º 9.099/95 padece de vício de inconstitucionalidade?
Resposta: O art. 13, CF deve ser classificado como uma norma de eficácia contida, fazendo referência ao papel da legislação infraconstitucional, mas tendo elementos suficientes para viabilizar a sua aplicação direta. Portanto, não há violação ao referido dispositivo constitucional pela Lei nº9.099/95. Ou (Enquanto a Lei 9.099/95 trouxe uma ampliação direta a justiça a fim de solidificar os direitos fundamentais.
CASO CONCRETO
Num sábado à noite um cidadão recebe a visita de um Oficial de Justiça que havia se dirigido até sua residência com o fim de citar sua esposa, que se encontrava enferma e acamada. Preocupado com o estado de saúdede sua mulher, o cidadão não permitiu a entrada do Oficial de Justiça em sua casa, e quando este tentou ingressar forçosamente, foi repelido com um empurrão. Foi o cidadão então indiciado pelo crime de desobediência (art. 330, Código Penal). O Juiz de primeira instância o absolveu, entendendo ter o agente agido com inexigibilidade de conduta diversa, em face do exposto no art. 5º, XI da Constituição da República. No entanto, provendo apelo do Ministério Público, o Tribunal de Justiça reformou a decisão de primeiro grau, entendendo que o autor atuou com violência contra agente público competente que executava ordem com amparo legal. Ressaltou o Tribunal que o Oficial de Justiça encontrava-se de posse de mandado de citação que continha autorização expressa para cumprimento em domingo ou em dia útil, em horário diverso do estabelecido no caput do art. 172 do Código de Processo Civil, nos termos do § 2º deste mesmo artigo, condenando-o assim nas penas do crime de desobediência. Dessa decisão do Tribunal de Justiça o advogado interpôs Recurso Extraordinário, pedindo a reforma da decisão do TJ com o restabelecimento da sentença de 1º grau. Analise tecnicamente as possibilidades de sucesso desse recurso, conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
Resposta: Conforme o Art. 5º, XI, CF diz que “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial”. Assim, se o mandato judicial possibilitava ao oficial efetuar a citação da ré na sua casa em qualquer horário é claro que isto não poderia se dar durante a noite, sob pena de nulidade do ato por inconstitucionalidade
 
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