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Questão 1/10 - Análise Conjuntural e Cenários A partir da segunda metade do século XVIII surgiram os debates sobre comércio internacional que influenciaram a teoria econômica moderna. Até aquela época, o conhecimento acerca do comércio exterior derivava apenas dos escritos da escola mercantilista, que justificavam o comércio internacional pela oportunidade que ele oferecia de se obter um excedente na balança comercial o objetivo era o superávit comercial, que deveria ser atingido a qualquer custo. Escolha a alternativa que apresenta os principais modelos teóricos de comercio internacional. A Modelo de Vantagens Coooperativa; Modelo Heckscher-Ohlin (ou O-H) ; Modelo de fatores específicos B Modelo de Vantagens Comparativas; Modelo Heckscher-Ohlin (ou O-H) ; Modelo de fatores técnicos. C Modelo de Vantagens Comparativas; Modelo Heckscher-Ohlin (ou O-H) ; Modelo de fatores específicos. D Modelo de Vantagens Comparativas; Modelo Heckscher-Ohlin (ou O-H) ; Modelo de fatores essenciais. Questão 2/10 - Análise Conjuntural e Cenários As diferenças entre as teorias tradicionais de comércio internacional e a teoria de vantagem competitiva das nações podem ser resumidas na forma do tratamento do problema: dinâmico ou estático. As teorias tradicionais tratam de uma realidade muito simplificada, na qual o estoque de fatores e a produtividade são dados e nada se pode fazer a esse respeito. No mundo real, isso não ocorre. Para análise do comércio internacional é importante termos claro alguns conceitos básicos de comércio exterior. Com base nesse contexto escolha a alternativa, ao modelo de comércio internacional descrito abaixo: “É um conceito relacionado à estratégia de preço praticado pela organização, onde a empresa pratica um preço no mercado interno e outro no mercado externo. Normalmente os preços cobrados no exterior são menores a fim de destruir a capacidade concorrencial de outros países, constituindo uma prática protecionista.” A Dumping B Economia de escala C Custo marginal D Comércio interindústrias Questão 3/10 - Análise Conjuntural e Cenários As teorias tradicionais tratam de uma realidade muito simplificada, na qual o estoque de fatores e a produtividade são dados e nada se pode fazer a esse respeito. No mundo real, isso não ocorre. Para análise do comércio internacional é importante termos claro alguns conceitos básicos de comércio exterior. Nesse contexto faça a correlação entre as colunas A ( conceito) e a coluna B (descrição) baixo e escolha a alternativa correta: A A,B,C B C,B,A C B,C,A D C,A,B Questão 4/10 - Análise Conjuntural e Cenários As teorias tradicionais tratam de uma realidade muito simplificada, na qual o estoque de fatores e a produtividade são dados e nada se pode fazer a esse respeito. No mundo real, isso não ocorre. Para análise do comércio internacional é importante termos claro alguns conceitos básicos de comércio exterior. Com base nesse contexto escolha a alternativa, que corresponde ao conceito de Comércio intraindústrias. A É quando o custo é elevado para produzir mais um unidade de determinado bem, e no, mercado competitivo, as empresas vendem seus produtos onde o custo marginal é igual ao preço. B Reflete as vantagens comparativas, em que o país abundante em capital exportador líquido de manufaturas intensivas em capital e importador líquido de alimentos sendo trabalho intensivo. C Não reflete vantagens comparativas, pois, mesmo que sejam igualmente abundantes em capital, continuariam produzindo bens diferentes e necessitando efetuar o comércio. D Consiste no fenômeno de uma empresa poder elevar a sua produção necessitando proporcionalmente de menos insumos. Significa que a empresa pode dobrar a sua produção e necessitar de menos que o dobro de insumos, refletindo em um menor custo e preço final mais baixo. Questão 5/10 - Análise Conjuntural e Cenários A partir da segunda metade do século XVIII surgiram os debates sobre comércio internacional que influenciaram a teoria econômica moderna. Até aquela época, o conhecimento acerca do comércio exterior derivava apenas dos escritos da escola mercantilista, que justificavam o comércio internacional pela oportunidade que ele oferecia de se obter um excedente na balança comercial o objetivo era o superávit comercial, que deveria ser atingido a qualquer custo. Com base nesse contexto faça a correlação entre as colunas A ( modelo de comércio internacional) e a coluna B (descrição)abaixo e escolha a alternativa correta: A A,B,C B C,B,A C B,C,A D C,A,B Questão 6/10 - Análise Conjuntural e Cenários As teorias tradicionais tratam de uma realidade muito simplificada, na qual o estoque de fatores e a produtividade são dados e nada se pode fazer a esse respeito. No mundo real, isso não ocorre. Para análise do comércio internacional é importante termos claro alguns conceitos básicos de comércio exterior. Com base no contexto exposto preencha as lacunas do texto abaixo e escolha a alternativa correta: “________________é um conceito relacionado à estratégia de_______________ praticado pela organização, onde a empresa pratica um preço no mercado interno e outro no mercado externo. Normalmente os preços cobrados no exterior são ____________a fim de destruir a capacidade concorrencial de outros países, constituindo uma prática _______________.” A Dumping ; promoção; iguais; igualitária. B Dumping ; preço; menores; protecionista C Dumping ; preço; menores; exclusivista D Dumping ; preço; menores; retencionista Questão 7/10 - Análise Conjuntural e Cenários As teorias tradicionais tratam de uma realidade muito simplificada, na qual o estoque de fatores e a produtividade são dados e nada se pode fazer a esse respeito. No mundo real, isso não ocorre. Para análise do comércio internacional é importante termos claro alguns conceitos básicos de comércio exterior. Com base nesse contexto escolha a alternativa, ao modelo de comércio internacional descrito abaixo: “_______________é quando o ________é elevado para produzir mais um unidade de determinado bem, e no, mercado competitivo, as empresas vendem seus produtos onde o custo marginal é igual ao ________.” A Dumping; preço; preço B Economia de escala ;custo; preço C Custo marginal ;custo; preço D Comércio interindústrias ;preço; custo Questão 8/10 - Análise Conjuntural e Cenários As diferenças entre as teorias tradicionais de comércio internacional e a teoria de vantagem competitiva das nações podem ser resumidas na forma do tratamento do problema: dinâmico ou estático. As teorias tradicionais tratam de uma realidade muito simplificada, na qual o estoque de fatores e a produtividade são dados e nada se pode fazer a esse respeito. No mundo real, isso não ocorre. Para análise do comércio internacional é importante termos claro alguns conceitos básicos de comércio exterior. Com base no contexto exposto preencha as lacunas do texto abaixo e escolha a alternativa correta: “______________ consiste no fenômeno de uma empresa poder elevar a sua _________necessitando proporcionalmente de menos____________. Significa que a empresa pode dobrar a sua produção e necessitar de menos que o dobro de insumos, refletindo em um menor _________e _________final mais baixo.” A Economia de escala ; produção; insumos; custo; preço B Economia de escala ; abrangência; insumos; preço; custo C Economia de escala ; produção; mão de obra; custo; preço D Dumping ; produção; insumos; custo; preço Questão 9/10 - Análise Conjuntural e CenáriosAs diferenças entre as teorias tradicionais de comércio internacional e a teoria de vantagem competitiva das nações podem ser resumidas na forma do tratamento do problema: dinâmico ou estático. As teorias tradicionais tratam de uma realidade muito simplificada, na qual o estoque de fatores e a produtividade são dados e nada se pode fazer a esse respeito. No mundo real, isso não ocorre. Para análise do comércio internacional é importante termos claro alguns conceitos básicos de comércio exterior. Nesse contexto faça a correlação entre as colunas A ( conceito) e a coluna B (descrição) baixo e escolha a alternativa correta: A A,B,C B C,B,A C B,C,A D C,A,B Questão 10/10 - Análise Conjuntural e Cenários As teorias tradicionais tratam de uma realidade muito simplificada, na qual o estoque de fatores e a produtividade são dados e nada se pode fazer a esse respeito. No mundo real, isso não ocorre. Para análise do comércio internacional é importante termos claro alguns conceitos básicos de comércio exterior. Com base nesse contexto escolha a alternativa, que corresponde ao conceito de Comércio interindústrias. A É quando o custo é elevado para produzir mais um unidade de determinado bem, e no, mercado competitivo, as empresas vendem seus produtos onde o custo marginal é igual ao preço. B Reflete as vantagens comparativas, em que o país abundante em capital exportador líquido de manufaturas intensivas em capital e importador líquido de alimentos sendo trabalho intensivo. C Não reflete vantagens comparativas, pois, mesmo que sejam igualmente abundantes em capital, continuariam produzindo bens diferentes e necessitando efetuar o comércio. D Consiste no fenômeno de uma empresa poder elevar a sua produção necessitando proporcionalmente de menos insumos. Significa que a empresa pode dobrar a sua produção e necessitar de menos que o dobro de insumos, refletindo em um menor custo e preço final mais baixo. 1 Economia Internacional Aula 1 Prof. Me. Ernani João Silva Organização da Disciplina � Aula 1 – Modelagens � Aula 2 – Base teórica � Aula 3 – Competição � Aula 4 – Política � Aula 5 – Visão macro � Aula 6 – Financeiro Organização da Aula � A economia e seus modelos � Alguns dos principais modelos: • vantagens absolutas • vantagens comparativas • Heckscher-Ohlin (OH) • fatores específicos � A economia de escalas � Organização produtiva Contextualização � Desde Eras remotas os seres humanos se preocupam com a utilidade e a quantidade do que dispõem para suas necessidades � Algo que, por sua vez, despertou, em nossos ancestrais, a relevância da divisão das tarefas para o alcance da eficácia � Uma preocupação que venceria o tempo e se manteria atual nos debates econômicos em um mundo agora globalizado � Sendo esse o núcleo da economia internacional, a avaliação da eficiência da alocação dos recursos 2 Instrumentalização Economia e Seus Modelos � O que é economia? • Origem • Objetivo � O que são modelos? • Percepção • Simplificação � Economia Internacional – EI • Definição • Objetivo � Modelos de EI • Percepção • Simplificação Principais Modelos da EI � Modelo econômico das vantagens absolutas • Quando? • Quem? • Quais características? Modelo econômico das vantagens comparativas � Quando? � Quem? � Quais características? � Qual é o equilíbrio? Modelo econômico Heckscher-Ohlin (HO ou H-O) � Quando? � Quem? � Quais características? � Qual é o equilíbrio? 3 Modelo econômico dos fatores específicos � Quando? � Quem? � Quais características? � Qual é o equilíbrio? Economia de Escalas O que é economia de escala? � Definição básica � Vantagens � Desvantagens Organização Produtiva � Comércio interindústria (manufaturados e outros bens) � Comércio intraindústria (entre manufaturados) � Dumping Aplicação Cenário 1: Vantagens Absolutas � Um país “A” tem mais habilidade na produção de máquinas, já um país “B” tem mais habilidade na produção de alimentos � O modelo defende que o país “A” deve produzir somente máquinas e o “B” apenas alimentos Cenário 2: Vantagens Comparativas � Um país “A” tem uma maior produtividade na produção de máquinas, já um país “B” tem na produção de alimentos � Para o modelo: o “A” deve produzir mais máquinas e o “B” mais alimentos, porém não apenas isto! 4 Cenário 3: Heckscher-Ohlin � Um país “A” tem mais fatores abundantes para a produção de máquinas, já um país “B” para a produção de alimentos � Para o modelo: o “A” deve produzir mais máquinas e o “B” mais alimentos Cenário 4: Fatores Específicos � Um país “A” tem maior produtividade marginal para a produção de máquinas, já um país “B” para a produção de alimentos � Para o modelo: o “A” deve produzir mais máquinas e o “B” mais alimentos Síntese � O que é economia internacional? � Quais são os principais modelos? � O que é economia de escala? � Quais os tipos de comércios? � O que é um dumping? Referências de Apoio � BALTAR, C. T.; Comércio exterior inter e intra- industrial: Brasil 2003-2005. Economia e Sociedade; Campinas, vol. 17, no 1 (32), p. 107-134, 2008. � COSTA, A. J. D.; SOUZA- SANTOS, E. R.; Economia Internacional: Teoria e prática. Curitiba: Ibpex, 2010. 5 � VASCONCELOS, C. R. F.; O Comércio Brasil-Mercosul na década de 90: uma análise pela ótica do comércio intra-indústria. Revista Brasileira de Economia [online], vol. 57, no 1, p. 283-313, 2003. 1 Economia Internacional Aula 2 Prof. Me. Ernani João Silva A base teórica da prática econômica das operações do comércio internacional Organização da Aula � O crescimento, distribuição da renda e o bem-estar � A percepção ortodoxa e a estruturalista � Os conflitos de interesses Contextualização Um modelo econômico nada mais é do que uma simplificação de uma realidade observada. Sendo assim, existem tantos modelos quanto as formas diferentes que se têm para observar a realidade. Dentre essas, aqui serão vistas, duas formas de maior destaque – a dos mainstreans e a dos keynesianos ou tradicionalista. Além disso, também será abordado nessa aula o impacto da imperfeição do mercado real na EI. 2 Instrumentalização Crescimento, Distribuição da Renda e o Bem-estar � Modelagem para análise • Modelo dos fatores específicos � Condição da análise • Dois países • Dois produtos finais • Três fatores produtivos � Cenário analítico • Cada país produz dois bens � Cada país tem* • Dois fatores específicos • Um fator comum/móvel *com participação diferentes � Pressuposto do modelo • O país será exportador daquele bem que demanda o fator do qual é relativamente abundante • O país será importador do bem que demanda o fator relativamente mais escasso � Análise do impacto gerado • O país cresce economicamente, pelo aumento do mercado � Há uma alteração na distribuição da renda • Exportador aumenta • Demandante do fator escasso cai � Análise do impacto gerado • O bem-estar social aumenta, pois os benefícios do setor exportador superam a queda do demandante de fator escasso (melhor uso do recurso) 3 � Itens relevantes • Benefícios líquidos pela abertura do comércio (X) • Vantagens sociais por aumento interno da concorrência (M) A Percepção Ortodoxa & A Percepção Estruturalista � O que é a ortodoxia?� Como a ortodoxia percebe as relações econômicas internacionais? � Argumentos: liberalismo, equilíbrio dinâmico e mitigação de imperfeições � Problemas: deficiências doméstico em transações externas e choque institucional � O que é o estruturalismo ? � Como o estruturalismo analisa relações econômicas internacionais? � Características principais: • crescimento por exportação • substituição das importações • multiplicadores do investimento • proteção e incentivo • atenção aos aspectos de vulnerabilidade externa Os Conflitos de Interesses Pressuposto a considerar � A realidade não é tão perfeita quanto demonstra os modelos � Aos olhos dos prejudicados os ganhos líquidos da EI são menos relevantes que o do seu próprio bem-estar 4 � Fatos comumente observados • Influência política • Vantagens legais • Campanha de mídia � Retóricas elaboradas • Questões sociais • Aspectos econômicos • Elementos pátrios, entre outros Aplicação Brasil & Argentina: O Dilema do Trigo � Segundo a Embrapa (2013), o Brasil consume/ano cerca de 10 milhões de toneladas de trigo � Desse volume, produz pouco mais que a metade e importa a diferença que precisa � Seu principal fornecedor, a Argentina (aprox. 80%) � Segundo Costa e Souza-Santos (2010), a teoria dos fatores específicos explica isso da seguinte forma: • Brasil e Argentina apresentam fatores produtivos capital e terra para cultivo 5 • o Brasil tem abundância em capital em relação ao fator terra para o cultivo de trigo • a Argentina tem abundância relativa em relação ao fator terra para cultivo • sendo assim, o Brasil tem ganho social líquido ao vender produtos industrializados para a Argentina • e a Argentina tem ganho social líquido ao vender o trigo para o Brasil • todavia, a política argentina de restrição a exportação – mercado imperfeito – provocou, segundo o Globo-Rural (2012), a redução do plantio de trigo no país e, sendo assim, prejudicou duplamente a importação brasileira de trigo Consequências Argentina � Excesso de oferta de trigo na Argentina => queda do preço • Desestímulo a produção • Queda da oferta • Redução do volume para exportação e aumento do preço externo Consequências Brasil � Falta de oferta de trigo => alta de preço • Estímulo a produção • Aumento da oferta • Redução do volume de importação e queda do preço interno Síntese 6 � Quais os ganhos no mercado perfeito com EI? � Quais os obstáculos da EI frente as imperfeições do mercado? � O que diz a ortodoxia? � O que defendem a linha estruturalista? Referências de Apoio � COSTA, A. J. D.; SOUZA- SANTOS, E. R.; Economia Internacional: Teoria e prática. Curitiba: Ibpex, 2010. Sites � Embrapa – Trigo. Disponível em: <http://www.cnpt. embrapa.br/culturas /trigo/>. � Globo-Rural – Principal região produtora de trigo argentina reduzirá área em 47%. Disponível em: <http://revista globorural.globo.com/Revista/ Common/0,,EMI308665-18078, 00-PRINCIPAL+REGIAO+PRODU TORA+DE+TRIGO+ARGENTINA+ REDUZIRA+AREA+EM.html>. 1 Economia Internacional Aula 3 Prof. Me. Ernani João Silva Fatores Determinantes da Competitividade no Comércio Internacional Organização da Aula As economias de escalas A mobilidade dos fatores O impactos da Globalização A importância da tecnologia Uma reflexão sobre a imperfeição no mercado e na economia internacional Contextualização A economia real se realiza em um palco dinâmico, isto é, ela está em constante movimento E, dada sua natureza social, sofre da influência dos atores econômicos da mesma forma que os influencia em seus atos Assim, os ambientes econômicos podem apresentar-se de formas diversas, muito além dos comportados modelos perfeitos Os catalisadores que formam esta riqueza de cenários são o foco dessa aula 2 Instrumentalização Economia de Escala Ganho de escala ou economia de escala trata-se de um conceito microeconômico, o qual costuma ser apresentado como sendo: Um ganho obtido que é “mais” do que o dobro do volume produzido quando o volume de insumos é dobrado. No ambiente fora dos portões de apenas uma empresa – isto é, na economia externa – a economia de escala é facilmente observada nos clusters, que são regiões com elevada concentração de entidades semelhantes quanto ao ramo de atividade As principais vantagens dos clusters são: • concentração da oferta e demanda de trabalho específico • volume de fornecedores especializados • vazamento de idéias Mobilidade dos Fatores Nessa análise da mobilidade, três fatores produtivos são focados: a) trabalho b) capital c) estrutura/tecnologia 3 Mobilidade Trabalho Trata-se do fluxo de pessoas entre os países Para analisar os efeitos dessa mobilidade a economia utiliza dois pressupostos: • qualidade homogênea • custo de logística nulo E, sendo assim, tem-se “aparentemente” um problema, que é o fato de que: • no mundo real o trabalho é heterogêneo e há custos de mobilidade tanto de natureza formal como de aspectos informais Todavia, esses pressupostos permitem isolar os feitos da mobilidade, como demonstram as três partes do exemplo que segue: i. um país com escassez de trabalho tem valor de PMg maior do que um país com abundância. Assim, o salário do primeiro tende a ser maior que o valor do segundo ii. sendo o trabalho homogêneo e não existindo custos de mobilidade ocorre a migração de parte da força de trabalho do país abundante para o país escasso iii. o aumento de trabalho no país escasso diminui o PMg deste fator e reduz o salário, igualando os países, uma vez que, no país antes tido como abundante o valor do PMg e do salário sobem 4 Mobilidade Capital Capital é, nesse contexto, os elementos físicos ou monetários que fomentam a atividade produtiva, dentre outros • Ativos financeiros • Empréstimos • Investimentos Algumas de suas principais características são: • a forma mais comum de transferências de fatores • envolve países deficitários/superavitários • tem a presença de um contrato de compromisso Mobilidade Estrutural Dentro desse contexto as empresas multinacionais são tidas, por muitos estudiosos, como sendo importantes meios para que haja um maior nível de diversificação estrutural das entidades De forma sintética, a mobilidade estrutural permite que haja um incremento na estratégia de uso do potencial de país, dada a presença de uma nova cultura organizacional A condição está comum desde a globalização Globalização A globalização é a integralização dos países, dentre outras esferas, por meio do aspectos: a) financeiros b) produtivos c) comerciais 5 Uma característica impactante da globalização é a da possibilidade das empresas no uso do que cada país tem de melhor em aspectos de estrutura produtiva Outra característica é o seu impacto na matriz tecnológica de país Tecnologia Segundo a corrente econômica evolucionária, a tecnologia é um fato de extrema relevância para o desenvolvimento de um país E seu desenvolvimento provém de processo de Aprendizagem; o qual se faz em três etapas a) Imitação da tecnologia estrangeira Engenharia reversa Conhecer qualidades/deficiências b) Adaptação Fomento de P&D Acumulo de saber c) Inovação Amadurecimento P&D Novos bens/tecnologiasMercados Imperfeitos Um momento para reflexão! Aplicação Brasil e o Cluster As cidades de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, formam o ABC Paulista A região tida como sendo o primeiro cluster automobilístico do Brasil 6 A nesta região tem-se um elevado índice de concentração de empresas de autopeças e mão de obra especializada para atender o setor automotivo Japão e a Tecnologia Após a segunda grande guerra o Japão estava destruído e era sinônimo de bens sem qualidade, porém o país investiu em tecnologia Primeiro, aprendeu o que o ocidente tinha a oferecer Segundo, aperfeiçoou o que aprendeu Terceiro, criou novos saberes com P&D Quarto, tornou-se referência de qualidade e sucesso Síntese Quais são economias de escalas? O que são cluster e quais suas características? O que é a mobilidade de fatores? Qual é o impacto da globalização nas entidades? Como a tecnologia está presente no comércio internacional? Referências de Apoio BEST, M. The new competition. London; Polity Press, 1990. COSTA, A. J. D.; SOUZA- SANTOS, E. R. Economia internacional: teoria e prática. Curitiba: Ibpex, 2010. 7 SILVA, J. C. G. L.; MARTINS, G.; HOSOKAWA , R. T.; ROCHADELLI, R. O uso da análise de correspondência e de cluster para a percepção das relações no comércio internacional, o caso do setor de móveis sul-brasileiro e as barreiras à Alca. Revista de Administração. Rausp, vol. 43, nº 1, fev-mar, 2008, pp. 44-58. 1 Economia Internacional Aula 4 Prof. Me. Ernani João Silva Os mecanismos e os efeitos da intervenção do Estado e da presença dos blocos econômicos. Organização da Aula Intervenção governamental Percepções sobre industrialização Blocos econômicos Contextualização O mercado livre defendido pelos clássicos e neoclássicos – isto é, sem a intervenção Estatal – não a realidade observada O Estado é um agente ativo no cenário do comércio internacional e suas ações são impactantes no comportamento econômico Sendo assim, o comércio internacional só pode ser analisado quando se tem o entendimento sobre quais são as intenções do Estado como, também, mediante a identificação de quais instrumentos este dispõe para intervir 2 Instrumentalização Intervenção Estatal Segundo os liberalistas, apenas por meio do livre comércio entre as nações ocorre a locação ótima dos recursos escasso e, assim, o bem estar da sociedade é maximizado O problema é que não existem mercados perfeitos no mundo real O que existe na economia são mercados que são mais ou menos próximos de um condição perfeita Isto é, que são mais ou menos aderentes aos critérios de um mercado perfeito Critérios de um mercado perfeito: • Tomadores de preços • Produtos homogêneos • Livre entrada/saída Quando há uma intervenção de qualquer natureza no mecanismo de funcionamento do mercado, a geração é denominada de “Peso Morto” Uma condição econômica onde há perda social do bem-estar de uma nação Portanto, uma intervenção estatal, segundo a teoria ortodoxa, sempre resulta em perda social de bem-estar em uma nação Pois ela interfere no equilíbrio da oferta e da demanda, influenciando a forma agregada do excedente econômico 3 Formas de intervenções possíveis: • barreiras tarifárias • barreiras não tarifárias Formas de intervenções possíveis: • barreiras tarifárias Tarifas específicas Tarifas ad valores, Subsídio (específico e ad valorem) • barreiras não tarifárias Necessidade de conteúdo local Restrições voluntárias a exportação Cotas de importação Crédito à exportação Barreiras burocráticas Aquisição nacional Efeitos da política de intervenção por Barreiras Tarifárias • Exemplo: tarifa sobre valor importado aumento do preço do bem importado preço nacional mais favorável incentivo à produção nacional aumento da receita do Governo em função da tarifa Efeitos da política de intervenção por Barreiras Não Tarifárias • Exemplo: cota de importação Queda da quantidade do bem importado Falta de oferta do bem Preço nacional mais favorável Incentivo à produção nacional Sem alteração na receita do Governo em função da cota Percepções sobre Industrialização Ótica ortodoxa A industrialização deve ocorrer de forma natural, segundo a disponibilidade dos fatores produtivos 4 Nessa linha o país não industrializado, isto é, o de produção agrícola, também tem ganhos por se dedicar naquilo que tem mais facilidade Ótica alternativa A industrialização deve ser fomentada por meio de políticas protecionistas e, também, por substituição de importação Nessa linha, o país de produção agrícola, fica com o tempo cada vez mais em desvantagem comercial em relação ao país industrializado Atualmente, são duas as formas que os países usam para iniciarem sua industrialização: a) Buscam tecnologia industrial estrangeira b) Buscam desenvolver a própria tecnologia industrial Os países que buscam tecnologia industrial estrangeira, assimilam o conhecimento externo e depois investem em P&D Eles buscam fomentar os surgimento de grande grupos nacionais, pois, em geral, não aceitam investimento externo para elevar sua capacidade produtiva Países que tentam criar sua própria tecnologia industrial, em geral, tem dificuldade em aceitar o saber estrangeiro Todavia, esses países costumam aceitar a presença do investimento externo para ampliar sua capacidade industrial O que cria uma dificuldade de surgimento de grandes grupos nacionais Blocos Econômicos São grupos de países que buscam integração econômica por meio de acordos mútuos que fomentem cenários favoráveis aos seus membros Costumam ser de dois tipos: a) áreas de livre comércio b) união aduaneira 5 Quanto aos efeitos dos blocos esses, basicamente, são: a) criação de comércio b) desvio de comércio Alguns do principais blocos pela ótica brasileira • Nafta (North America Free Trade Agreement) • UE (União Europeia) • Mercosul (Mercado Comum do Sul) Aplicação Desenvolvimento por Assimilação de Tecnologia Os tigres asiáticos buscaram o desenvolvimento mediante a aquisição do conhecimento estrangeiro e, partir deste, desenvolveram seu próprio saber tecnológico, por meio, do fomento de grande empresas – Samsung e LG, dentre outras Desenvolvimento por Criação de Tecnologia A América latina buscou criar sua própria tecnologia, como antes fizeram o velho mundo Todavia, como os países desenvolvidos já estavam muito a frente, a diferença só se acentuou e, assim, estes países passaram a depender da compra de pacotes de tecnologia para poderem competir no mercado Síntese 6 O que são mercados perfeitos? O que é uma intervenção do mercado? Quais são as formas de intervenção? Qual são as percepções sobre a industrialização pela corrente ortodoxa e alternativa? O que é um bloco econômico? Quais os blocos que interessam para o Brasil? Referências de Apoio COSTA, A. J. D., SOUZA- SANTOS, E. R. Economia internacional: teoria e prática. Curitiba: Ibpex, 2010 BADO, Á. L. Das vantagens comparativas à construção das vantagens competitivas: uma resenha das teorias que explicam o comércio internacional. Revista de Economia & Relações Internacionais. vol.3(5), p.5-20, jul.2004. 1 Economia Internacional Aula 5 Prof. Me. Ernani João Silva Elementos Conceituais da MacroeconomiaInternacional Organização da Aula 1. Contabilidade nacional 2. Balança de pagamento 3. Política fiscal e monetária 4. Taxa de juros e câmbio Contextualização De forma sintética, tem-se que a macroeconomia é um segmento da economia que se ocupa com valores agregados, oriundos do uso dos recursos escassos Em seu aspecto internacional, a macroeconomia, busca a compreensão dos mecanismo e efeito das relações entre os países Instrumentalização 2 Contabilidade Nacional Trata-se de um instrumento de avaliação de um país, dentre outros aspectos, sobre: • a situação econômica interna desta nação • a forma de divisão de seu produto nacional Alguns conceitos básicos Produto Bruto Produto Nacional Bruto (PNB) Produto Interno Bruto (PIB) Produto Bruto O produto econômico de um nação se refere apenas ao valor agregado dos produtos finais desta economia sem considerar a depreciação Não são computados dados intermediários, para que não haja o efeito de dupla contagem Produto Nacional Bruto É o produto cuja renda que dele provém pertence aos agentes nacionais Assim, não é computada no PNB a renda de estrangeiros residentes no país contabilizado, que foi enviada para o exterior PIB = C + I + G + (X – M) Produto Interno Bruto Este é o valor de tudo o que foi produzido dentro das fronteiras de um país, seja por residentes nacionais ou estrangeiros Onde (pela ótica do dispêndio): • PIB – Produto Interno Bruto • C – consumo das famílias • I – investimento • G – gasto do governo • X – exportação • M – importação • X-M – transação corrente (balança comercial e de serviço) 3 PNB e PIB PNB = PIB - RLEE Onde: • PNB – Produto Nacional Bruto • PIB – Produto Interno Bruto • RLEE – renda líquida enviada ao exterior RLEE: • trata-se do fluxo de renda entre os países. Neste caso, é o saldo da renda enviada para fora do país contabilizado, por exemplo, lucro e salários Balança de Pagamento Trata-se de um instrumento econômico para o registro das transações de um país com o resto do mundo; basicamente, por meio de três focos distintos: transações correntes conta de capital conta financeira Estrutura do Balanço de Pagamento (BP) a) Balança das transações correntes A1 – Balança Comercial A2 – Balança de Serviços A3 – Balança de Rendas A4 – Transferências Unilaterais Correntes b) Conta capital e financeira B1 – Conta capital B2 – Conta financeira (direto/em carteira) c) Erros e omissões d) Saldo do BP (A+B+C ) e) Haveres da Autoridade Monetária (HAM) [HAM = – Saldo do BP] Complemento sobre o aspecto estrutural Antigamente, a conta “Renda” era parte da conta serviços Neste período, era denominada de “serviços de fatores” e os itens da atual conta de “serviços” eram os identificados como “serviços de não fatores” 4 A1- Balança Comercial A2- Balança de Serviços A2.1 - Serviços de não fatores (turismo, patentes, fretes, seguros etc.) A2.2 - Serviços de fatores (salários, lucros, alugueis, juros etc.) Transações correntes Trata-se das operações de exportação e importação (X e M) dos bens tangíveis (Balança comercial) e dos intangíveis (Balança de serviços) mais o fluxo de “serviços de fatores” do país, contabilizado para com o resto do mundo (Balança das Rendas) Conta de capital Apura as transferências de capital tidas como unilaterais, isto é, aquelas em que não há um fluxo oposto de ação econômica Por exemplo: • o perdão de uma dívida • a riqueza trazida para o país por imigrantes Conta de investimento Abriga o movimento de contas sobre a estrutura de direito e obrigações do país que considera: • investimentos/ reinvestimentos • empréstimos/financiamentos (sejam de curto ou de longo prazo) Política Fiscal e Monetária A política fiscal é a intervenção do governo na economia, por meio da tributação e gasto público A política monetária é a intervenção mediante o controle da oferta de moeda/crédito e do nível da taxa de juro do país As políticas econômicas governamentais são, basicamente, de dois tipos, quanto ao objetivo: • expansionista: tem como objetivo o crescimento econômico • contracionista: tem como objetivo a retração do crescimento 5 Taxas de Juro e Câmbio A taxa de juro é o valor percentual do ganho de um capital investido, segundo o nível de risco envolvido Já taxa de câmbio é a relação entre uma unidade de moeda estrangeira em relação a moeda nacional Sendo assim, quanto maior o risco de um país, maior é o valor da taxa de juro que este tem que oferecer para atrair recursos externos Na taxa de câmbio tem-se que: i. se a moeda nacional é valorizada dificulta exportação ii.se moeda é desvalorizada dificulta a importação Mecanismos: a) taxa de juro e a mobilidade do capital (inexistente, imperfeita e perfeita) b) taxa de câmbio e os regimes cambiais (flutuante, flutuante suja e fixa) Aplicação Política Fiscal: Contracionista O governo, buscando combater a inflação, resolve reduzir o imposto sobre os bens importados Qual é a lógica desta medida, segundo a teoria macroeconômica? Política Monetária: Expansionista O governo, buscando combater a inflação, resolve aumentar o valor da taxa de juros do país Qual é a lógica desta medida, segundo a teoria macroeconômica? 6 Impacto Cambial: Pela Ótica da Exportação Em um dado ano uma saca de açúcar é comercializada pelo preço de R$ 50,00 no Brasil O que acontece com o preço internacional deste bem, segundo as taxas de câmbio abaixo? a) Janeiro = R$ 0,50/dólar b) Fevereiro = R$ 1,00/dólar c) Março = R$ 2,00/dólar Síntese O que é Contabilidade nacional? Qual é a estrutura da Balança de Pagamento? Para que serve a Política Fiscal e Monetária? O que significa Taxa de juros e câmbio? Referências de Apoio COSTA, A. J. D.; SOUZA-SANTOS, E. R. Economia Internacional: teoria e prática. Curitiba: Ibpex, 2010. BACEN. Balanço de Pagamentos. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/pec/sdds /port/balpagam_p.htm>. Acesso em: jun./2013. 1 Economia Internacional Aula 6 Prof. Me. Ernani João Silva Sistema Monetário Internacional e a Economia Brasil Organização da Aula 1. O caminho percorrido pelo Sistema Monetário Internacional (SMI) 2. A moeda e as Uniões monetárias 3. Os reflexos no Brasil da dinâmica do SMI Contextualização Já nas mais remotas eras, uma das maiores preocupações à efetividade das negociações entre nações foi com relação à paridade das moedas envolvidas Em verdade, não somente em relação à moeda, mas sim sobre as regras monetárias comuns em cada país Neste sentido, por meio das dificuldades externas, surgiu o atual Sistema Monetário Internacional Uma história que será abordada de forma sintética, até os dias atuais Além disso, dada a globalização econômica, será abordada a influência do SMI nas atividades brasileiras 2 Instrumentalização O desenvolvimento do SMI, comumente, é segmentado em quatro períodos distintos: a)Padrão-Ouro (1880-1914) b)Entre Guerras (1918-1939) c)Bretoon Woods (1945-1973) d)Pós Bretoon Woods (desde 1973) Sistema Monetário Internacional (SMI) A “Era do Padrão-Ouro” no SMI é definida, geralmente, entre 1870/1880 e 1914. Todavia, o ouro como lastro para papel-moeda antecede esta data. Por exemplo: Padrão-Ouro • em períodos a.C. – Grécia, Roma etc. • séc. XII d.C. – feiras medievais • séc. XV d.C. – mercantilismo Era do Padrão-Ouroé o período no qual a influência econômica da Inglaterra fomenta, de forma natural, a conversão de outros países ao lastro metálico Algumas crenças dessa era: a) livre comércio entre nações b) equilíbrio econômico a longo prazo c) maximização no uso dos recursos 3 Período Entre Guerras O mundo pós Primeira Guerra tinha no cenário econômico um líder enfraquecido (Inglaterra) e um forte fornecedor (EUA). De um lado, a Inglaterra buscou a retomada do padrão- ouro e do livre fluxo dos capitais entre países Do outro, os EUA mostraram-se como um país protecionista em sua política, dificultando a integralização mundial Os ataques especulativos na fraca Europa e a recessão de 1929, acabaram pondo um fim à busca do retorno do padrão-ouro (1918-1939) Por quê? Se o padrão fosse mantido ter-se-ia mais desemprego e recessão para proteger o SMI Se o padrão fosse esquecido surgiriam mais instrumentos para proteção da indústria e dos empregos dos países Ao término da Segunda Guerra foi realizado, na Cidade de Bretoon Woods/EUA, um encontro dos países aliados, para definir o novo SMI Bretoon Woods Cenário do encontro • EUA: nação forte, credora e ofertante de recursos • Europa: países fracos, devedores e demandantes de recursos 4 Todavia, com o tempo, os EUA se converteram de credores mundiais à devedores, e o Japão e os países europeus voltaram a ter moedas com lastro em ouro Consequências: • ações especulativas por arbitragem; • insegurança com o padrão-ouro dólar; • fim do Bretoon Woods, em 1973 O sistema estabeleceu a relação núcleo/periférica internacional EUA como o núcleo econômico e a Europa Ocidental e o Japão como nações periféricas Principais aspectos do sistema: • padrão ouro-dólar • criação do Banco Mundial • criação do Fundo Monetário Internacional (FMI) Mesmo sem ser conversível em ouro o dólar, ainda se manteve como moeda transacional em operações internacionais Os EUA se mantiveram na posição de núcleo do SMI, resistindo às propostas de multipolaridade Pós Bretoon Woods No início do Pós Bretoon Woods, a economia enfrentava um cenário agressivo de inflação Assim, os EUA resolveram enfrentar este inimigo com o aumento da taxa de juro 5 Principais consequências: • profunda recessão mundial • desregulamentação financeira • endividamento dos países periféricos As ações do país núcleo e as suas consequências no SMI foram as bases dos eventos econômicos mundiais vistos no fim do século XX, dentre outros, tem-se: • aumento da instabilidade econômica • constantes ataques especulativos • estabelecimento dos EUA como país deficitário e, ao mesmo tempo, local seguro para reempréstimo Além dos eventos já citados, o cenário pós Bretoon Woods também trouxe alterações institucionais importantes no SMI: • o FMI passou a ser um gestor de crises nos países em dificuldades • a periferia passou a ser os países emergentes, dentre eles, os asiáticos • a Europa se organizou para se proteger da fragilidade do SMI, por meio da criação de uma moeda forte Países Emergentes (periferia) Europa e Japão (intermediários) EUA (núcleo do SMI) 6 A moeda é um elemento intermediário à realização de trocas de bens/serviços. E, para tanto, ela precisa ter a confiança entre as parte envolvidas Moeda e Uniões Monetárias Sendo assim, no Mercado Internacional, um Estado forte é sinônimo de moeda forte, pois aquele se responsabiliza pela integridade deste no longo prazo A aceitabilidade de uma moeda também depende da “escala” econômica que ela participa, bem como, os laços comerciais que realiza entre diferente nações Muitos países buscaram estas características por meio da união monetária. Porém, eles descobriram que, antes de uma união monetária, se faz necessária a união política Era do padrão-ouro – o Brasil assumiu a posição de fornecedor de matéria-prima e se endividou com a Inglaterra Primeira Guerra – o país fomenta sua produção interna e se torna fornecedor dos aliados; assim, alivia seu déficit internacional Brasil e SMI Entre guerras – o mercado brasileiro sente o impacto da crise externa. A moeda nacional é desvalorizada e o país assume políticas protecionista Segunda Guerra – o país fomenta sua produção interna e se torna fornecedor dos aliados e, assim, acumula reservas internacionais 7 Bretton Woods - o Brasil esgota suas reservas e se endivida, dado o gasto com bens de capital e com bens supérfluos. Neste período tem-se o início do Regime militar e o “milagre econômico” Pós Bretton Woods – o país se endividou de forma impagável; aumentou os juros, buscou por saldos positivos em transações correntes, declarou moratória e, por fim, conseguiu uma moeda forte, o real Atualmente, o Brasil passou de devedor para credor internacional. Reduziu seu perfil de alto risco para investimento internacional e formou um expressivo volume de reservas em dólares Aplicação O Japão terminou a Segunda Grande Guerra arrasado, tanto em aspectos reais como monetários Para se reestruturar interagiu no Mercado Internacional com os únicos recursos que tinha: mão de obra barata e possibilidade de se endividar no SMI A Nova Competição O país gerou saldos positivos em suas transações correntes e transferiu para o setor de bens intensivos em capital e, além disso, se endividou ainda mais no SMI. Todavia, na década de 1980, sua política de investimento lhe deu o posto de um dos maiores credores do SMI. Vamos entender como... 8 Síntese Padrão-Ouro Entre Guerras Bretoon Woods Pós Bretoon Woods Moeda e União Monetária Brasil e SMI Referências BEST, M. The new competition. London: Polity Press, 1990. COSTA, A. J. D.; SOUZA- SANTOS, E. R. Economia Internacional: teoria e prática. Curitiba: IBPEX, 2010. 1 Análise Conjuntural e Cenários Aula Interativa 3 Profa. Me. Marcelo G. Marcelino Modelos Econômicos – Tópicos � Vantagens absolutas � Vantagens comparativas � Modelo Heckscher-Ohlin � Fatores específicos � Cenário econômico geral Modelos Econômicos � Cenário 1: vantagens absolutas • Um país “A” tem mais habilidade na produção de máquinas, já um país “B” tem mais habilidade na produção de alimentos � O modelo defende que o país “A” deve produzir somente máquinas e o “B” apenas alimentos � Cenário 2: vantagens comparativas • Um país “A” tem uma maior produtividade na produção de máquinas, já um país “B” tem na produção de alimentos � Para o modelo: o “A” deve produzir mais máquinas e o “B” mais alimentos, porém não apenas isso 2 � Cenário 3: Heckscher-Ohlin • Um país “A” tem mais fatores abundantes para a produção de máquinas, já um país “B” para a produção de alimentos � Cenário 4: fatores específicos • Um país “A” tem maior produtividade marginal para a produção de máquinas, já um país “B” para a produção de alimentos � Para o modelo: o “A” deve produzir mais máquinas e o “B” mais alimentos � Pressuposto do modelo • O país será exportador daquele bem que demanda o fator do qual é relativamente abundante Intercâmbio � O país será importador do bem que demanda o fator relativamente mais escasso Análise do Impacto Gerado � O país cresce economicamente, pelo aumento do mercado � Há uma alteração na distribuição da renda 3 � O bem-estar social aumenta,pois os benefícios do setor exportador superam a queda do demandante de fator escasso (melhor uso do recurso) Itens Relevantes a Serem Observados � Benefícios líquidos pela abertura do comércio (X) � Vantagens sociais por aumento interno da concorrência (M) � A economia real se realiza em um palco dinâmico, isto é, ela está em constante movimento � E, dada sua natureza social, sofre da influência dos atores econômicos da mesma forma que os influencia em seus atos � Assim, os ambientes econômicos podem apresentar-se de formas diversas, muito além dos comportados modelos perfeitos Mobilidade dos Fatores � Nessa análise da mobilidade, três fatores produtivos são focados: a) trabalho b) capital c) estrutura/tecnologia Mobilidade de Trabalho � Trata-se do fluxo de pessoas entre os países � Para analisar os efeitos dessa mobilidade, a economia utiliza dois pressupostos: 4 • qualidade homogênea • custo de logística nulo � E, sendo assim, tem-se “aparentemente” um problema, que é o fato de que: • no mundo real o trabalho é heterogêneo e há custos de mobilidade tanto de natureza formal como de aspectos informais Mobilidade de Capital � Capital é, nesse contexto, os elementos físicos ou monetários que fomentam a atividade produtiva, dentre outros � Ativos financeiros � Empréstimos � Investimentos � Algumas de suas principais características são: • a forma mais comum de transferências de fatores envolve países deficitários/ superavitários • tem a presença de um contrato de compromisso Características psicológicas � Valores � Personalidade � Preferências 5 � Desejos � Interesses � Emoções � Intuição � Criatividade Mobilidade Estrutural � Dentro desse contexto as empresas multinacionais são tidas, por muitos estudiosos, como sendo importantes meios para que haja um maior nível de diversificação estrutural das entidades � De forma sintética, a mobilidade estrutural permite que haja um incremento na estratégia de uso do potencial de país, dada a presença de uma nova cultura organizacional Globalização � A globalização é a integralização dos países, dentre outras esferas, por meio do aspectos: a) financeiros b) produtivos c) comerciais � Uma característica impactante da globalização é a possibilidade das empresas no uso do que cada país tem de melhor em aspectos de estrutura produtiva Tecnologia � Segundo a corrente econômica evolucionária, a tecnologia é um fato de extrema relevância para o desenvolvimento de um país 6 � E seu desenvolvimento provém de processo de aprendizagem, que se faz em três etapas: a) imitação da tecnologia estrangeira • Engenharia reversa • Conhecer qualidades/ deficiências b) Adaptação • Fomento de P&D • Acúmulo de saber c) Inovação • Amadurecimento P&D • Novos bens/tecnologias Comércio Internacional � O comércio internacional só pode ser analisado quando se tem o entendimento sobre quais são as intenções do Estado como, também, mediante a identificação de quais instrumentos este dispõe para intervir Intervenção Estatal � Segundo os liberalistas, apenas por meio do livre comércio entre as nações ocorre a locação ótima dos recursos escassos e, assim, o bem-estar da sociedade é maximizado Liberais e Intervencionistas � O problema é que não existem mercados perfeitos no mundo real � O que existe na economia são mercados que são mais ou menos próximos de uma condição perfeita � Uma intervenção estatal, segundo a teoria ortodoxa, sempre resulta em perda social de bem-estar em uma nação, pois ela interfere no equilíbrio da oferta e da demanda, influenciando a forma agregada do excedente econômico 7 � Por outro lado, países que abrem suas fronteiras indiscriminadamente podem ter sérias dificuldades de competitividade sem um planejamento adequado e uma certa dose de proteção aduaneira Blocos Econômicos � São grupos de países que buscam integração econômica por meio de acordos mútuos que fomentem cenários favoráveis aos seus membros � Costumam ser de dois tipos: a) áreas de livre comércio b) união aduaneira � Quanto aos efeitos dos blocos esses, basicamente, são: a) criação de comércio b) desvio de comércio � Alguns do principais blocos pela ótica brasileira • Nafta (North America Free Trade Agreement) • UE (União Europeia) • Mercosul (Mercado Comum do Sul) Síntese � Saídas adotadas pelos países para implementar uma agenda de comércio � Abertura comercial com baixa intervenção 8 � Intervenção estatal forte e barreiras para a entrada � Inserção em blocos econômicos regionais Análise Conjuntural e Cenários Profa. Me. Marcelo G. Marcelino Aula Interativa 6 Economia Internacional Organização da Aula Questões de Economia Internacional Tema: estruturas de mercado 1) No âmbito da organização produtiva, como os produtos não são iguais, países diferentes produzem produtos diferentes e, (...) (...) portanto, o comércio aparece como uma forma de trocar esses bens e elevar o bem estar das nações. (...) (...) Dessa forma aparecem dois tipos de comércio : o intraindústrias e o interindústrias. Descreva o conceito de intraindústrias e interindústrias Resposta: questão 1 � Comércio interindústrias (troca de manufaturas por alimentos) – reflete as vantagens comparativas, (...) (...) nas quais o país é abundante em capital exportador líquido de manufaturas intensivas e importador líquido de alimentos, sendo trabalho intensivo � Comércio intraindústrias (manufaturas por manufatura), não reflete vantagens comparativas, pois, mesmo que sejam igualmente abundantes em capital, continuariam produzindo bens diferentes, necessitando efetuar o comércio Modelos de Comércio Internacional � A relação entre crescimento econômico e comércio internacional (doravante comércio), tem sido objeto de estudo nas ciências econômicas há um longo tempo. (...) � Não obstante, há, ainda hoje, pouca evidência sobre o papel do comércio no crescimento e desenvolvimento econômicos Questões de Economia Internacional 2) A origem da literatura teórica acerca da relação entre comércio e crescimento encontra-se na teoria das vantagens comparativas, assim como no modelo Hecksher-Ohlin. (...) (...) Embora os resultados de alguns modelos indiquem que o crescimento econômico pode ter efeitos sobre os padrões de comércio internacional, não há evidências claras sobre a relação causal entre estas variáveis. (...) (...) Com base no contexto apresentado, descreva o Modelo Heckscher-Ohlin (ou O-H) Resposta: questão 2 � Modelo Heckscher-Ohlin (ou O- H) – Foi desenvolvido por suecos ganhadores do prêmio Nobel de 1977. (...) (...) Enfatiza a inter-relação entre os fatores de produção disponíveis em diferentes proporções em cada país e sua utilização na produção de diferentes bens � O modelo nos diz que os países tendem a direcionar os seus esforços para a produção dos bens cujos fatores são abundantes para eles Tema: mobilidade dos fatores de produção 3) A atividade produtiva exige a utilização de numerosos elementos que, depois de combinados, permitem obter os bens e serviços de que necessitamos. (...) (...) O conjuntodesses elementos designa-se por fatores de produção. Dentre as formas de mobilidade dos fatores de produção podemos citar a mobilidade do fator trabalho, mobilidade do fator de capital, empresas multinacionais e comércio intertemporal. (...) (...) Com base no contexto acima, descreva mobilidade do fator trabalho Resposta: questão 3 � Mobilidade do fator trabalho — se refere às migrações de pessoas de um país para outro, considerando que a maioria delas vai atuar no outro país como trabalhadora Tema: barreiras tarifárias 4) No atual cenário do comércio internacional, é de fundamental importância que esforços sejam desenvolvidos no sentido de aumentar significativamente a participação das exportações brasileiras no mercado mundial. (...) (...) Para atingir esse objetivo, faz-se necessário a identificação das barreiras às exportações incidentes sobre os produtos brasileiros, de forma que possam ser objeto das negociações internacionais que visam à eliminação dos obstáculos comerciais. (...) (...) Com base nesse contexto, o que são as barreiras tarifárias específicas? Resposta: questão 4 � Tarifas específicas — São impostos fixos cobrados sobre cada unidade de produto importado. Por exemplo, na importação de uma tonelada de trigo, (...) (...) o imposto será o mesmo, independente do valor de mercado ou de importação do produto discriminado na nota fiscal. (...) (...) Embora não haja uma definição precisa para barreira comercial, esta pode ser entendida como qualquer lei, regulamento, política, medida ou prática governamental que imponha restrições ao comércio exterior 5) Há duas categorias mais comuns de barreiras: • barreiras tarifárias: que tratam de tarifas de importações, taxas diversas e valoração aduaneira • barreiras não-tarifárias: tratam de restrições quantitativas, licenciamento de importação, procedimentos alfandegários, medidas antidumping, medidas compensatórias, subsídios, medidas de salvaguarda, medidas sanitárias e fitossanitárias. (...) (...) Entre estas últimas, encontram-se as barreiras técnicas, que são mecanismos utilizados com fins protecionistas. Com base nesse contexto, descreva o que são as cotas de importação Resposta: questão 5 � Cotas de importação – Limita a quantidade de bens importados que podem entrar no país. (...) (...) O seu mecanismo consiste na lógica de reduzir a quantidade de bens importados, resultando na menor quantidade total ofertada e, assim, elevando os preços internos para equilibrar oferta e demanda Comércio Internacional � O comércio internacional só pode ser analisado quando se tem o entendimento sobre as intenções do Estado e sobre seus instrumentos para intervir nele Intervenção Estatal � Segundo os liberalistas, apenas por meio do livre comércio entre as nações ocorre a locação ótima dos recursos escassos e, consequentemente, a maximização do bem-estar da sociedade Liberais e Intervencionistas � O problema é que não existem mercados perfeitos no mundo real � O que existe na economia são mercados mais ou menos próximos de uma condição perfeita � Uma intervenção estatal, segundo a teoria ortodoxa, sempre resulta em perda social de bem-estar em uma nação, pois ela interfere no equilíbrio da oferta e da demanda, influenciando a forma agregada do excedente econômico � Por outro lado, países que abrem suas fronteiras indiscriminadamente podem ter sérias dificuldades de competitividade se não houver um planejamento adequado e uma certa dose de proteção aduaneira Blocos Econômicos � São grupos de países que buscam integração econômica por meio de acordos mútuos que fomentem cenários favoráveis aos seus membros � Costumam ser de dois tipos: a) áreas de livre comércio b) união aduaneira � Quanto aos efeitos dos blocos, esses, basicamente, são: a) criação de comércio b) desvio de comércio � Alguns do principais blocos pela visão brasileira: • Nafta (North America Free Trade Agreement) • UE (União Europeia) • Mercosul (Mercado Comum do Sul) Síntese Para Reflexão � Saídas adotadas pelos países para implementar uma agenda de comércio: • abertura comercial com baixa intervenção • intervenção estatal forte e barreiras para a entrada • inserção em blocos econômicos regionais
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