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Resumo de Parasitologia malária

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Resumo de Parasitologia – Malária (25/03/15)
A malária é uma doença por parasitas do gênero Plasmodium. 
Gênero Plasmodium:
São cerca de 150 espécies diferentes, das quais apenas 4 são capazes de parasitar humanos. As outras, além de humanos podem parasitar outros mamíferos, aves e répteis. 
- É heteroxeno, ou seja, precisa de dois hospedeiros para completar seu ciclo. No caso, um mosquito e humano.
- As espécies P. falciparum, P. vivax, P. malariae e P. ovale são capaz de infectar humanos. O P. falciparum é mais comum em países da África e é a forma mais grave. O P. vivax é o mais prevalente e é o mais comum no Brasil (20% do casos na Amazônia). O P. ovale só pode ser encontrado na África.
Transmissão:
É mediada pelo vetor – mosquito do gênero Anopheles. Apenas a fêmea pica humanos. O homem é o único reservatório e apenas P. malariae já foi identificado também em macacos. 
Outros modos de transmissão: hemotransfusão ou partilha de seringas ou durante o parto, apesar de ser um caso excepcional. 
Características do Vetor:
Anofelinos (mosquitos Anopheles) são antropofílicos (se alimentam do sangue dos humanos) e endofílicos (ficam perto das residências humanas). 
O mosquito prego é como é conhecido aqui no Brasil, pertencendo à espécie A. darlingi ou A. aquasalis. Há outras espécies conhecidas também que são específicas de diferentes regiões pelo mundo. 
Esse mosquito possui hábitos crespuculares ou noturnos e apenas a fêmea pica humanos.
- O mosquito é considerado o hospedeiro definitivo, visto que é nele que há reprodução sexuada. 
Biologia dos Plasmódios Humanos:
No homem, os plasmódios podem infectar os hepatócitos ou hemácias. Nessas células ocorrerá a Esquizogonia, ou seja, o Esquizonte (meronte), cuja forma possui múltiplos fragmentos de núcleo, se formará e quando estiver pronto se rompe da célula e libera merozoítos. 
No mosquito, os plasmódios podem se encontrar na matriz peritrófica ou epitélio médio do intestino. Além disso, também será encontrada na hemolinfa e glândulas salivares, dependendo do estágio do ciclo que o plasmódio estiver. A Esporogonia dará origem aos esporozoítos, que é a forma infectante pros humanos.
Formas evolutivas:
- Nos hepatócitos: Trofozoítas, esquizonte, merozoíta*, hipnozoíta.
- Nas hemácias: Trofozoítas, esquizonte, merozoíta* e gametócito.
- No intestino do mosquito: Gameta, zigoto, ooscisto e esporozoíta*.
* formas invasivas!
Ciclo do Plasmódio no vetor – de 8 a 35 dias:
Há invasão do intestino por gametócitos (masculinos ou femininos) o gametócito sobrevive e vira gameta (parece flagelo) infecta o gameta feminino no intestino. O zigoto invade o epitélio intestinal do mosquito se desenvolve como oocisto os blastos dentro do oocisto se dividem dão origem a esporozoítos caem no tecido hemolinfo do inseto, infectando a glândula salivar atráves da picada do inseto fêmea irá infectar o humano. 
Ciclo do Plasmódio no humano:
O humano é infectado através da picada do mosquito os esporozoítos infectam os hepatócitos, dando origem a Esquizogonia hepática esquizontes (merontes) dão origem a merozoítas caem na corrente sanguínea infectando as hemácias (esquizogonia sanguínea) dentro da hemácia eles viram trofozoítas darão origem a esquizontes viram merozoítas, que infectarão outras hemácias e darão origem ao ciclo da doença OU depois de alguns ciclos, darão origem a gametócitos masculinos e femininos que infectarão o mosquito vetor quando o humano for picado novamente.
O ciclo sanguíneo pode durar de 36h a 48h (P. falciparum), 48h (P. vivax e P. ovale) ou 72h (P. malariae).
O trofozoíta utiliza-se do oxigênio das hemácias por meio de oxidase, provavelmente uma porfirina citocrômica férrica. Também há utilização da globina da célula e assim, os plasmódios dividem a hemoglobina em heme e globina. O heme torna-se a hemozóida (ou hematina) que é o pigmento malárico que se deposita em forma de grânulos escuros no citoplasma dos parasitas.
Na esquizogonia hepática é que ocorre o período de incubação. Não há sintomas clínicos e pode durar de 1 a 2 semanas.
Há invasão dos eritrócitos pelos merozoítos (sua proteína CS se liga aos eritrócitos) no fim do ciclo da esquizogonia sanguínea, quando as células se rompem é que começam os sintomas da doença. 
Diferenças entre as espécies de Plasmodium:
MORFOLOGIA:
O P. falciparum não altera o tamanho das hemácias e a hemácia acaba em forma de foice. Obs: Lembrando a ligação entre anemia falciforme e a resistência a malária, especialmente na África. O P. vivax altera o tamanho das hemácias
No ciclo do P. falciparum há vários merozoítos para uma mesma hemácia, já no P. vivax há apenas um merozoíto para cada hemácia infectada.
FORMAS EVOLUTIVAS:
No P. vivax e P. ovale, há uma forma do plasmódio chamada Hipnozoítas: ao fim da esquizogonia hepática, as células não se rompem e permanecem ali num período de incubação maior. Sendo assim, essas células podem se romper até 2 meses depois da doença ter acontecido, gerando um novo ciclo de malária naquele paciente.
Com P. falciparum não há esquizonte no sangue periférico. No P. vivax há esquizontes no sangue periférico. Obs: O fato de haver esquizonte no sangue periférico pode servir como fonte de diagnóstico.
RECEPTORES DE HEMÁCIA:
O P. falciparum produz MAIS CÉLULAS FILHAS do que o P. vivax, isso contribui para a sua gravidade em relação aos outros tipos. Além disso, outro fator de gravidade é que no P. falciparum, os merozoítas do próximo ciclo se ligam as glicoforinas, fator presente em todas as hemácias. Enquanto que no P. vivax, as células do próximo ciclo entram apenas em hemácias novas, utilizando o Fator Duffy.
- COMPORTAMENTO CLÍNICO:
ASPECTOS CLÍNICOS:
O ciclo no homem e a fase clínica:
A esquizogonia hepática representa o período de incubação sem sintomas clínicos.
Já a esquizogonia sanguínea é quando ocorre os sintomas clínicos: Paroxismos febris:
- Clássico: Febre cíclica, ocorre com a lise das hemácias e saída dos merozoítas. 1º o paciente sente frio intenso com calafrios. 2º há o período de febre de até 40ºC que pode durar de 2 a 6h. O paciente tem taquicardia, hipotensão, tosse, vômito, diarreia, dores pelo corpo e até convulsão. 3º Há o período de sudorese e prostração.
- Febre terçã benigna: 48h no P. vivax.
- Febre terçã maligna: 48h no P. falciparum. Pode ocorrer febre irregular na malária grave.
- Febre quartã: 72h no P. malariae.
Fatores de gravidade:
- Crianças de até 4 anos
- Gravidez
-Migrantes ou visitantes não imunes
Fatores protetores:
- Exposição prévia a doença (anticorpos).
- Presença de hemoglobina S (anemia falciforme).
- A pessoa ser Duffy (-). 
Malária grave:
Além dos fatores mencionados previamente, há também a expressão de PfEMP-1 na membrana das hemácias. Essa proteína tem aderência por fatores do endotélio vascular da microcirculação e isso pode levar a aglutinação das hemácias (formação de rosetas), causando a obstrução dos vasos, especialmente em lugares com grande microcirculação como no cérebro, pulmão, rins e fígado.
Diagnóstico parasitológico:
Procura dos plasmódios no sangue periférico através de lâminas: gota espessa e esfregaço.
Método QBC ( quantitative buffy coat): “microhematócito” com laranja de acridina e anticoagulante – observa-se em microscópio UV.
PCR
Provas rápidas (RDTs): Imunocromatografia.
Pesquisa de anticorpo por ELISA – não oferecem bons resultados.
Tratamentos:
Depende da espécie de Plasmodium e a sua forma evolutiva no sangue.
Modo de ação dos antimaláricos:
Derivados de quinolina: inibe proteólise da hemoglobina no vacúolo do parasita. Quinino, cloroquina e mefloquina.
Antagonistas de ácido fólico: Inibem a síntese de acido fólico. Sulfonamidas e pirimetamina.
Derivado de artemisina: Liga-se ao heme gerando radicais livres. Arteméter e artesunato.
Profilaxia:
- Métodos de eliminação e proteção contra mosquitos vetores.
Perspectivas Futuras:
- Vacinas:Contra esporozoítos; merozoítos; anti- CS, impedindo a infecção do fígado.

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