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AÇÕES POSSESSORIAS
Os interditos possessórios: Um dos efeitos da posse (o principal) é a sua defesa por meio dos interditos. As ações possessórias específicas são três, em capítulo especial do CPC, nos artigos 920 a 933. São elas a ação de reintegração de posse, a ação de manutenção de posse e a ação de interdito proibitório.
O CPC 2015 quanto à previsão para as ações possessórias: uma analise das principais inovações, especialmente os artigos 554 e 565
O Novo Código de Processo Civil - Lei 13.105/2015 - no que diz respeito as ações possessórias, arts. 554 a 565, dispõe que o novo código prevê três ações distintas para proteger o legítimo possuidor e a sua posse: a ação de reintegração de posse, a ação de manutenção de posse, e o interdito proibitório, já estudado no item 3.3; 3.4, praticamente não altera as regras existentes acerca das ações possessórias, mas acrescenta alguns dispositivos regulamentando, em especial, a legitimidade coletiva e a possibilidade de mediação em conflitos derivados da posse de bens. Neste caso, o oficial de justiça procurará os ocupantes no local por uma vez e os que não forem identificados serão citados por edital.
Nesse sentido o NCPC trouxe às ações possessórias a garantia constitucional disposta no art. 5º, LXXVIII[75] referente a celeridade na tramitação do processo. Além dessas alterações, o NCPC inova ao estabelecer um procedimento diferenciado e adaptado para litígios decorrentes de movimentos sociais. Nesses litígios, será obrigatória a atuação do Ministério Público (art. 178, III, NCPC) e da Defensoria Pública, caso seja necessária a proteção de hipossuficiente financeiro.
Assim, sendo as ações possessórias é uma tutela provisória de urgência [76], por isso requer urgência do pedido, o juiz poderá conceder liminar visando intenção de proteger o legitimo possuidor e a sua posse, através das ações de reintegração, manutenção e interdito proibitório. Mas, devemos atentar que, há restrições à tutela provisória, conforme dispõe o art. 1.059 do NCPC[77]. O NCPC agora deixa clara a possibilidade de concessão de tutela de urgência[78]e de tutela de evidencia[79]. Considerou -se conveniente que a resposta do Poder Judiciário deve ser rápida não só em situações em que a urgência decorre do risco de eficácia do processo e do eventual perecimento do próprio direito.Mas há de se reconhecer que no NCPC muitas das disposições do CPC/73 não foram alteradas.
Mas uma das importantes inovações é o art. 311que dispõe: Uma das grandes novidades trazidas pelo NCPC2015 é o artigo 311 sem correspondente perante o seu antecessor, CPC/1973. Dispõe o art. 311 que a tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
a) Ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; b)
b) As alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
c) Se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa.
d) A petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Nas hipóteses das letras B e C, o juiz poderá decidir liminarmente.
Esse instituto inovador, difere-se muito das outras tutelas expostas nos artigos anteriores a este (artigos 294 e seguintes do ncpc), a inovação está diretamente ligada a seguinte literalidade: Independente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo. Quanto ao disposto sobre litígio coletivo pela posse de imóvel, o novo CPC 2015 institui novidade relativa às demandas possessórias de caráter coletivo. Importante novidade trazida pelo novo código e o disposto no art. 565 do NCPC, ou seja, a instituição relativa às demandas possessórias de caráter coletivo. Diferentemente do CPC/73, o NCPC se preocupou em definir a tutela jurídica para esse tipo de conflito, normalmente ocasionado pela desigual repartição da propriedade fundiária e pelo déficit habitacional. Esse novo procedimento diferenciado entre as ações possessórias individuais e as ações possessórias coletivas. Como os conflitos que envolvem a posse coletiva, na maioria das vezes, implicam gravames aos litigantes devido ao grande número de ocupantes nas áreas envolvidas, é razoável a definição de regras próprias visando minimizar os prejuízos dvindos desse tipo de demanda,[80]que se abordará ainda nesse tópico.
O NCPC também prevê a participação nas ações possessórias coletivas, ou seja, que é umas das inovações trazidas e que se encontra prevista nos parágrafos do artigo 554, já estudado acima. Conforme o novo dispositivo, no caso de ação possessória em que figure no pólo passivo grande número de pessoas, será feita a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais; será ainda determinada a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública. Neste caso, o oficial de justiça procurará os ocupantes no local por uma vez e os que não forem identificados serão citados por edital.
Ainda, o juiz dará ampla publicidade acerca da existência da ação e dos respectivos prazos processuais, podendo se valer de anúncios em jornais ou rádios locais, publicação de cartazes na região dos conflitos e de outros meios de órgãos responsáveis pelas políticas agrária e urbana de cada ente federativo, além da necessária intervenção do Ministério Público e Defensoria Pública como se viu no primeiro parágrafo deste item.

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