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Diferença entre Durkheim e Weber

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Émile Durkheim nasceu em Épinal, no dia 15 de abril de 1858, região da Alsácia, na França. Iniciando os estudos em Épinal posteriormente partindo para Paris, no Liceu Louis Le Grand e na École Normale Superiéure (1879). Considerado um dos pais da sociologia moderna. Durkheim formou-se em Filosofia onde começou a interessar-se pelos estudos sociais.
O pensamento de Durkheim marcou decisivamente a Sociologia contemporânea. Considerado um dos fundadores da Sociologia científica, sem dúvida, sua maior contribuição foi o estabelecimento de um método e objeto de estudo próprio à investigação social. Além disso, ao combinar a pesquisa empírica com a teoria sociológica, Durkheim consolidou definitivamente a Sociologia como disciplina acadêmica. Apesar de ser considerado discípulo de Auguste Comte, o francês Émile Durkheim não poupou críticas ao seu antecessor ao afirmar que Comte praticava uma investigação sociológica despojada do verdadeiro espírito científico, uma vez que se baseava em ideias vagas e especulativas. Essa tendência, aliás, se tornaria evidente na fase final da trajetória de Comte, quando a Sociologia, de ciência da sociedade baseada em leis racionais, a que ele chamava Física social, passou a ser vista por ele como o fundamento de uma nova concepção religiosa: a religião da humanidade.
Nesse sentido, Durkheim se distingue dos demais pensadores, incluindo os pensadores positivistas, porque suas ideias ultrapassaram a reflexão filosófica e chegaram a constituir um todo organizado e sistemático de pressupostos teóricos e metodológicos sobre a sociedade. O empirismo positivista, que pusera os filósofos diante de uma realidade social a ser especulada, transformou-se, em Durkheim, em uma rigorosa postura empírica, centrada na verificação dos fatos que poderiam ser observados, mensurados e relacionados por meio de dados coletados diretamente pelos cientistas.
Durkheim separou a Sociologia da Filosofia Social e colocou-a como disciplina científica rigorosa. Sua preocupação foi definir o método e as aplicações desta nova ciência. Ele formulou com clareza o tipo de acontecimento sobre os quais o sociólogo deveria se debruçar: os fatos sociais, para ele, o verdadeiro objeto de estudo da Sociologia.
O método sociológico de Durkheim eram os fatos sociais, para ele a sociedade determinava o indivíduo. Relatava que os fatos sociais deveriam ser encarados como coisa, ou seja, livra-nos da pré-noção e dos preconceitos que nos paralisam pretendendo conhecê-lo cientificamente. Abordava que toda explicação científica exige que o pesquisador mantenha total neutralidade em relação aos fatos resguardando a objetividade de sua análise. Afirma que os fatos sociais se tornam evidentes pelas sansões. Para Durkheim o modo como o homem age está sempre condicionado pela sociedade, logo a sociedade é que explica o indivíduo, as formas de agir apresentam um tríplice caráter: são exteriores (provem da sociedade e não do indivíduo); são coercitivos (impostas pela sociedade ao indivíduo); e, objetivas (têm uma existência independente do indivíduo). Portanto, os fatos sociais são exteriores, coercitivos e objetivos.
Os fatos sociais existem e atuam sobre o indivíduo independentemente de sua vontade ou de sua adesão consciente, eles manifestam suas naturezas coletivas ou em estado comum de grupo. Para Durkheim a sociologia tinha por finalidade não só explicar a sociedade como encontrar remédios para a vida social, a sociedade com todo organismo apresentaria estados normais e patológicos, isto é, saudáveis e doentios. Cita que um fato social é normal quando se encontra generalizado pela sociedade ou quando desempenha alguma função importante para sua adaptação ou evolução. Ele explica que a consciência coletiva não se baseia na consciência de um individuo ou de grupos específicos, mas está espalhado por toda a sociedade.
Émile Durkheim preocupou-se com o fato do suicídio na Europa, pesquisou o que ele considerou com sendo um fato social, estudou de forma concisa, propondo questões e elaborando sérias diferenças quanto ao suicídio. Durkheim entendia que o suicídio possui causas sociais. O que é comum a todas as formas possíveis dessa renuncia suprema é que o ato que a consagra seja completado com conhecimento de causa; que a vitima, no momento de agir, saiba o que deve resultar de sua conduta, qualquer que seja a razão que a haja levado a se conduzir dessa maneira. […] Chama-se de suicídio todo o caso de morte que resulta, direta ou indiretamente de um ato, positivo ou negativo, executado pela própria vitima e que ela sabia que deveria produzir esse resultado. 
O suicida sabe o que vai acontecer como ira lesar o seu ato, qual será o resultado de sua ação. Durkheim procura explicar que o suicídio além de uma causa psicológica, psicopatológica ou mesmo causa de imitação, também possui causa social. Durkheim distingue três tipos de suicídio:
Suicídio egoísta: quando o indivíduo não está integrado à instituição, sente separado da sociedade, distante das correntes sociais. Não existe integração o indivíduo não se sente parte integrante do grupo ou redes sociais que regulam as ações e imprimem disciplina e ordem (família, religião, trabalho, etc.), os indivíduos apresentam desejos que não podem satisfazer-se. Quando esse egoísmo acaba frustrando-se leva as ondas sociais de suicídio. Também pode aparecer quando a pessoa se desvincula das redes sociais, sofrendo de depressão, melancolia, e outros sentimentos.
Suicídio altruísta: é o oposto do suicídio egoísta, o suicida altruísta se revela quando o indivíduo se identifica com uma causa nobre, com a coletividade, essa identificação deve ser tão intensa que este acaba renegando a própria vida pela sua identificação. Está excessivamente integrado ao grupo, frequentemente está regulada por laços culturais, religiosos ou políticos, essa integração acaba sendo tão forte que o indivíduo acaba sacrificando sua própria vida em favor do grupo (Mártires, Kamikazes, etc.).
Suicídio anômico: deve-se a um desregramento social, ocorre depois da mudança na vida de um indivíduo (ex: divórcio, perda de emprego), o que desorganiza os sentimentos de relação com o grupo em que não existem normas ou estas perderam o sentido. Quando os laços que prendem os indivíduos aos grupos se afrouxam.
O que Durkheim deixa claro nos tipos de suicídio estudados é a relação indivíduo-sociedade, o suicídio ocorre tanto pela falta da ação do indivíduo em determinada sociedade como pela pressão que está sociedade acarreta sobre ele. Adam Smith considerado o fundador da economia, século anteriores entendia que havia duas ações que levariam os homens a ampliar seus talentos, a busca de estima e o medo de desaprovação, talvez a falta do primeiro e a excessividade no segundo levaria a uma generalização do ego e tornaria frutífero o pensamento leviano nas pessoas. Porém, as causas do suicídio segundo Durkheim sempre são sociais. Durkheim considerava o crime como um fato social normal, já o suicídio era para ele um fato social patológico que evidenciava que havia profundas disfunções na sociedade moderna. 
Os efeitos gerados pela Revolução Industrial eram assuntos pertinentes a diversos autores do século XIX e XX, Durkheim para explicar a modernidade busca o conceito de divisão do trabalho social, assim buscava identificar a formação de um novo método de trabalho ativava a fragmentação social, assim ocorreria o surgimento de esferas sociais. Logo, para Durkheim a divisão de tarefas também passa ser fonte de relação e interação social. Porém,
Mas a divisão do trabalho não é específica do mundo econômico: podemos observar sua influência crescente nas regiões mais diferentes da sociedade. As funções políticas, administrativas, judiciárias especializam-se cada vez mais. O mesmo ocorre com as funções artísticas e científicas. 
Com tudo, Durkheim pretende demonstrar que os fatos sociais tem existência própria e independente daquilo que faz cada indivíduo em particular. Por isso se distingue dos demais positivistas, porquesuas ideias ultrapassaram a simples reflexão filosófica e chegaram a constituir um todo organizado e sistemático de pressuposto teórico e metodológico sobre a sociedade.
Karl Emil Maximilian Weber nasceu em Erfurt, então cidade da Prússia, no ano de 1864. Desde cedo mostrava sinais de grande capacidade intelectual: entediado com os professores da escola, leu secretamente em sala de aula a obra completa de Goethe (40 livros).
Doutorou-se em Direito em 1889, e logo começou a ensinar na universidade de Berlim. Já casado com Marianne Weber, que viria a ser uma das líderes do movimento feminista na Alemanha, mudou-se para Freiburg e depois para Heidelberg, onde leciona na faculdade de Economia.
Pode-se entender a obra de Weber como uma tentativa de ultrapassar Marx, não para lhe refutar completamente as ideias, mas para complementá-las, para examinar aspectos importantes que este teria deixado de captar. Weber emergiu intelectualmente entre as décadas de 1880 e 1890, justamente no período em que o marxismo começava a ganhar força política na Alemanha. Politicamente, Weber tendia para a esquerda, mas rejeitava a ideia de uma revolução socialista, que os marxistas acreditavam inevitável. Porém, não foi apenas no campo da política que ele se afastou de Marx, embora compartilhasse de certa simpatia por sua perspectiva e reconhecesse a importância e grandeza de sua obra. Também na esfera do trabalho científico Weber irá se distanciar de Marx, como veremos mais adiante. Weber rejeitava qualquer teoria geral do desenvolvimento histórico; logo, rejeitava o materialismo dialético de Marx como esquema explicativo da mudança histórica. Não era apenas o conflito de classes e as contradições dos modos de produção que faziam a história andar para frente. Weber não acreditava em uma separação cada vez maior entre burguesia e proletariado, nem considerava a ruína do capitalismo como algo inescapável. Enxergava múltiplos conflitos de interesses dentro das classes, e não entre elas, sugerindo um panorama mais complexo do que a oposição marxista burguesia x proletariado delineava. Segundo Weber, compreender por que a história se transforma, e de que modo, exigiria uma perspectiva multidimensional, que levasse em A ética protestante e o espírito do capitalismo, 1ª edição, 1904. CONCEITO Refutar Significa desmentir uma afirmação, provar que estava errada. É um termo muito utilizado na ciência (dizemos que uma nova descoberta refutou uma teoria antiga quando temos dados que o comprovam). Consideração outros fatores além do conflito entre dominadores e dominados. Seria preciso observar certos aspectos da realidade social que Marx teria ignorado. 
Segundo Weber, sociólogos deveriam emitir apenas juízos científicos, e não juízos de valor. Um juízo científico refere-se àquilo que é ao passo que um juízo de valor refere-se àquilo que deveria ser. Em outras palavras, um juízo científico é uma conclusão, baseada em estudos, que pode ser testada empiricamente, e validada (ou não). Já um juízo de valor, por ser fruto de uma crença puramente subjetiva, não pode ser nem verdadeiro, nem falso. Por exemplo: quem afirma que o capitalismo produz desigualdade social, está emitindo um juízo científico. Mas quem diz que o socialismo é superior ao capitalismo está emitindo um juízo de valor. Weber queria remover os juízos de valor da atividade científica, isto é, os juízos de natureza política, ética ou estética. Isto, entretanto, não significa que juízos de valor não possam ser eles mesmos avaliados cientificamente. O sociólogo poderia analisar cientificamente o capitalismo e o socialismo, mas para isso teria que deixar suas opiniões pessoais de lado. Ou seja, o sociólogo pode descrever o funcionamento do socialismo e do capitalismo, mas não avaliar se são bons ou ruins.
Na perspectiva weberiana, ação é a conduta humana que possui um significado, dado por quem a executa. Portanto, apenas a ação que tenha um sentido é objeto de estudo da Sociologia. Weber distingue entre 4 tipos de ação: AÇÃO RACIONAL COM RELAÇÃO A FINS Uma ação racional com relação a fins acontece quando o indivíduo escolhe um meio com o objetivo de realizar um fim (se quero ganhar mais, trabalho horas extras). AÇÃO RACIONAL COM RELAÇÃO A VALORES Uma ação racional com relação a valores é aquela em que o indivíduo age por suas próprias convicções, levando em conta somente a fidelidade às suas crenças, que ele vê como legítimas, virtuosas (por exemplo, o militante político que sobe em cima de um caixote na rua e faz um discurso para a multidão). AÇÃO TRADICIONAL Uma ação tradicional ocorre toda vez que o indivíduo age exatamente de acordo com regras ou costumes que foram herdados, e que ele segue respeitosamente (digamos, quando participa de rituais familiares ou religiosos). AÇÃO AFETIVA Uma ação afetiva é uma ação irracional, motivada por sentimentos, como por exemplo, alguma paixão (um ataque de ciúmes).
Ao contrário de Durkheim, que buscava a explicação dos fenômenos através da noção de fatos sociais que existiriam para além dos indivíduos, Weber vai observar as ações dos indivíduos, a fim de captar seu sentido. E diferentemente de Marx, que via os indivíduos submetidos às estruturas do sistema capitalista, Weber vai analisar como os indivíduos constroem a realidade dentro deste sistema. Ou seja, Weber parte sempre da observação das ações dos indivíduos, e não de alguma totalidade (seja um fato social ou uma estrutura) que existiria anteriormente a eles. Por esta razão, dizemos que Weber é um individualista metodológico: pois seu método de trabalho consiste em partir do estudo das ações dos indivíduos para então buscar compreender seu sentido, isto é, compreender o que os indivíduos pensam que estão fazendo quando agem de uma determinada forma, e que resultados (intencionais ou imprevistos) acabam produzindo. Segundo Weber, é preciso penetrar no ponto de vista subjetivo do indivíduo estudado, ver o mundo como ele vê, compreendê-lo a partir de sua perspectiva, de modo a entender suas motivações, e os sentidos que atribuem às suas ações. E então, uma vez alcançadas as respostas para as perguntas que levaram o cientista social a empreender sua pesquisa, buscar sua verificação empírica, isto é, checar se as conclusões obtidas de fato se ajustam à realidade observada. Esta seria a tarefa da Sociologia.

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