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Apostila Microeconomia

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O MERCADO: A INTERAÇÃO ENTRE OFERTA E DEMANDA
Demanda
Consumidores
Oferta
Produtores
Vendedores
DEMANDA DE MERCADO
A demanda ou procura pode ser definida como a QUANTIDADE de um determinado bem ou serviço que os consumidores desejam e podem adquirir em determinado período de tempo.
Fatores (Variáveis)que Causam uma Mudança na Demanda 
Variação no Preço do produto;
Variação no preço de outros bens substitutos ou complementares 
Renda dos consumidores;
Preferências, hábitos ou gostos dosconsumidores.
Estudo: Como o Preço de X afeta a quantidade demandada, considerando que os demais fatores estejam constantes (ou seja, coeteris paribus)?
Resposta: Lei Geral da Demanda = “ Há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço do bem, coeteris paribus”. OU: “Se Preço de X sobe, a quantidade demandada cai; se o preço de X cai, a quantidade demandada sobe”.
Curva de Demanda – mostra a relação entre preço de um bem X e a quantidade demandada:
P
Q
A curva de procura (demanda) é negativamente inclinada, refletindo o fato de que a quantidade procurada de determinado produto varia inversamente com relação a seu preço, coeterisparibus.
Estudo: Como o Preço de outro produto (Y) afeta a Demanda de X, considerando que os demais fatores estejam constantes (ou seja, coeterisparibus)?
Se X e Y são Bens Substitutos – são bens em que o consumo de um substitui o consumo de outro. Ex.: carne e frango são geralmente considerados substitutos; se o preço do frango aumenta, os consumidores compram menos frango (Y), e passam a comprar mais carne (X). 
Bens Complementares – bens que são consumidos juntos. Ex.: Impressora (X) e cartucho de tinta (Y). Se o preço do cartucho aumenta, os consumidores compram menos daquela marca de impressora (X). 
GRAFICAMENTE: Para mostrar variações na demanda de X, devido à mudança no Preço de outro Produto, Se a Demanda de X cai, desloque para a esquerda.	Se a Demanda de X sobe, desloque para a direita.
Estudo: Como a renda dos consumidores afeta aDemanda de X, considerando que os demais fatores estejam constantes (ou seja, coeterisparibus)?
Depende se X é...:
Bem Normal– aquele cuja demanda cresce quando a renda aumenta, e cai se a renda cai.
(Exemplo: CD’s são geralmente considerados um bem normal; viagens; ida ao restaurante).
Bem Inferior – aqueles cuja demanda varia em sentido inverso à renda.
Ex.: Aumento da renda do consumidor, ele diminuirá o consumo de carne de segunda e aumentará o consumo de carne de primeira.
GRAFICAMENTE: Para mostrar variações na demanda de X, devido à mudança na RENDA DOS CONSUMIDORES, Se a Demanda de X cai, desloque para a esquerda.	Se a Demanda de X sobe, desloque para a direita.
Estudo: Como a preferência dos consumidores afeta aDemanda de X, considerando que os demais fatores estejam constantes (ou seja, coeterisparibus)?
Se aumenta a preferência, aumenta a demanda. Se a preferência cai, a demanda também cai.
GRAFICAMENTE: Para mostrar variações na demanda de X, devido à mudança na RENDA DOS CONSUMIDORES, Se a Demanda de X cai, desloque para a esquerda.	Se a Demanda de X sobe, desloque para a direita.
OFERTA DE MERCADO
Oferta não é uma promoção, nem é preço baixo. Oferta é a QUANTIDADE de um bem que os empresários ou produtores desejam oferecer no mercado, em um determinado período de tempo.
Fatores (Variáveis)que Causam uma Mudança na Oferta de Mercado
Preço do produto “X” no mercado
Custos
Tecnologia
Número de empresas que atuam no mercado de X.
Estudo: Como o Preço de X afeta aOferta de X, considerando que os demais fatores estejam constantes (ou seja, coeterisparibus)?
A resposta é a:
Lei Geral da Oferta – a quantidade ofertada varia na mesma direção que o preço. Se o preço de X aumenta, a quantidade ofertada aumenta também. Se o preço de X cai, a quantidade ofertada também cai. O preço é e “prêmio” do empresário.
GRAFICAMENTE: Para mostrar variações na OFERTA de X, devido a mudanças no PREÇO DE X, não desloque a curva. Mostre 2 pontos diferentes na própria curva.
Estudo: Como os custos afetam aOferta de X, considerando que os demais fatores estejam constantes (ou seja, coeteris paribus)?
Já que os demais fatores estão constantes, o Preço de X não será mudado.
Se há aumento de custos, a margem de lucro cai, reduzindo a atração do empresário pelo produto: a oferta de X cai. Se os custos caírem, a margem de lucro aumenta, elevando o interesse do empresário pelo produto: a oferta de X aumenta.
GRAFICAMENTE: Para mostrar variações na OFERTA de X, devido à mudança NOS CUSTOS, Se a Oferta de X cai, desloque para a esquerda.	Se a Oferta de X sobe, desloque para a direita.
Estudo: Como a tecnologia afeta aOferta de X, considerando que os demais fatores estejam constantes (ou seja, coeteris paribus)?
A tecnologia sempre age para que a empresa tenha mais benefícios, com redução de custos; logo, com avanço tecnológico a oferta aumentará.
GRAFICAMENTE: Para mostrar variações na OFERTA de X, DEVIDO À EVOLUÇÃO NA TECONOLOGIA, desloque para a direita.
Estudo: Como o número de empresas no mercado afeta aOferta de X, considerando que os demais fatores estejam constantes (ou seja, coeteris paribus)?
Se há mais empresas, a quantidade ofertada aumenta. Se o número de empresas cai, a quantidade ofertada cai.
GRAFICAMENTE: Para mostrar variações na OFERTA de X, devido à mudança DO NÚMERO DE EMPRESAS NO MERCADO, se a Oferta de X cai, desloque para a esquerda.	Se a Oferta de X sobe, desloque para a direita.
EQUILÍBRIO DE MERCADO 
O mercado regula os interesses de produtores e consumidores: os produtores querem ganhar o máximo possível; enquanto os consumidores querem pagar o mínimo possível. O resultado desse processo são os preços de equilíbrio, ou seja, é o patamar no qual consumidores e produtores realizam seus interesses. 
(O equilíbrio ocorre quando Qd = Qo)
Há 2 tipos de Desequilíbrio:
Excesso de Demanda: quando P=15, a demanda é de 40, mas a oferta é de 5. 
Resultado: Os compradores não conseguem o que querem. Logo, a “competição” entre os compradores faz com que os preços aumentem (o preço irá aumentar até trazer o mercado para o equilíbrio).
Excesso de Oferta:quando P=25, a demanda é de 0 unidades, mas a oferta é de 25.
Resultado: As empresas constatam sobre do produto nas prateleiras. Se há muitos concorrentes, reduzem o preço para vender o produto.
Como achar o equilíbrio quando se tem as equações da Oferta e Demanda?
Se Q = 300 – 8p (demanda) e Q = 48 + 10p (oferta), basta igualar as equações:
300 – 8p = 48 + 10p
300 – 48 = 10p + 8p
252 = 18p
P= 14
EXERCÍCIOS
1. A construção de uma curva de demanda individual leva em conta: 
(A) a renda 
(B) a influência dos preços dos bens complementares
(C) as preferências dos consumidores 
(D) a influência dos preços dos bens substitutos
(E) todas as respostas acima estão corretas
2. A construção de uma curva de demanda individual leva em conta: 
(A) custos 
(B) tecnologia 
(C) condições climáticas
(D) renda 
(E) todas as alternativas são falsas
3. Para uma dada curva de demanda quando há uma queda acentuada no preço, tudo mais constante, deve-se esperar que: 
(A) haja um deslocamento para a direita da curva de demanda 
(B) A e B estão corretas
(C) haja uma diminuição da quantidade demandada
(D) haja um aumento da quantidade demandada 
 Com base na função de demanda Q = 400-5P, responda às questões 4 e 5:
4. Qual será a quantidade demandada quando o preço de mercado for 33? 
(A) 248 
(B) 231 
(C) 294 
(D) 235
5. A curva de demanda por um produto se desloca para a esquerda. Isto pode ter sido causado por:
(A) aumento na preferência por X, coeterisparibus.
(B) queda da demanda de X, sendo X um bem normal, coeterisparibus.
(C) queda no preço do bem complementar Y, coeterisparibus.
(D) queda no preço de X, coeterisparibus. 
6. A curva de oferta de mercado do pão francês vai-se deslocar para a direita, se ocorrer:(A) aumento dos custos de produção, coeterisparibus.
(B) aumento na renda do consumidor, coeterisparibus.
(C) aumento no preço do pão francês, coeterisparibus.
(D) avanço tecnológico na produção deste pão, coeterisparibus.
7. Uma curva de demanda por um bem normal desloca-se para a esquerda quando: 
(A) há uma diminuição da renda
(B) há um aumento da renda 
(C) há uma queda do preço do bem complementar
(D) há um aumento no preço do bem substituto 
8. Suponha dois bens de demanda complementar, X e Y. Quando o preço do Y sobe, tudo mais constante, a curva de demanda de X deve: 
(A) deslocar-se para a esquerda 
(B) deslocar-se para a direita 
(C) manter-se inalterada 
(D) nada se pode afirmar a princípio 
9. Suponha uma curva de demanda por jabuticabas. Se houver um aumento inesperado no desejo de consumir jabuticabas, coeterisparibus, devemos esperar que: 
(A) haja um deslocamento para a esquerda da curva de demanda 
(B) haja uma queda no preço das jabuticabas
(C) a curva de demanda mantenha-se inalterada 
(D) haja um deslocamento para a direita da curva de demanda 
10. Se há uma redução da renda, a curva de demanda por um bem inferior desloca-se para: 
(A) direita
(B) esquerda
(C) direita, sendo que o preço do bem muda.
(D) a curva de demanda fica inalterada, pois a variação é dentro da curva.
11. Suponha que em um mercado no qual já atuam 15 empresas, entrem duas empresas novas. Graficamente, as mudanças o mercado após a entrada das novas empresas são representadas por: 
(A) deslocamento da oferta para a esquerda 
(B) deslocamento da oferta para a direita 
(C) deslocamento da demanda para a esquerda
(D) deslocamento da demanda para a direita
12. A construção de uma curva de OFERTA de X leva em conta: 
(A) a preferência dos consumidores.
(B) os custos de produção.
(C) a tecnologia disponível.
(D) todas as opções acima estão corretas
13.Dentre os fatores que deslocam a curva de oferta de um bem X está:
(A) a preferência dos consumidores
(B) o preço de X
(C) os custos de produção 
(D) a renda dos consumidores
14. Suponha dois bens de demanda substituta, X (chinelo de couro) e Y (chinelo de pneu reciclado). Quando o preço do Y sobe, tudo mais constante, a curva de demanda de X deve: 
(A) deslocar-se para a esquerda 
(B) deslocar-se para a direita 
(C) manter-se inalterada 
(D) nada se pode afirmar a princípio
15. Sabe –se que a Dx = 20 – 0,2Px – Py + 0,1R, e a OFx = 0,8 Px.
A renda é de 1000 e o Py = 20.
a) Calcule o preço e a quantidade de equilíbrio para o mercado de X.
b) X é um produto normal ou inferior? Por quê?
c) Y é substituto de X, ou é complementar a X?
OBS.: Pratique fazendo os gráficos para os exercícios 5 a 14.
RESPOSTAS
E
D
D
D
B
D
A
A
D
A
B
C
A
Px = 100; Qx = 80; X é normal (renda cresce, a demanda aumenta) e complementar a Y (se Py cai, a Dx aumenta.).
PRATIQUE COM EXERCÍCIOS DO CAP2. DO VASCONCELLOS ‘ECONOMIA MICRO E MACRO”. GABARITO:
1.E
2.C
3. C
4.B
5.B
6. C
7.D
8.C
9.A
10. A
11.C
12.D
	ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA E RECEITA TOTAL
	
Epp
	
= ∆%Q
	
	 ∆%P
A elasticidade-preço mostra como reage a quantidade demandada de um produto (Qd), devido à variação no preço deste produto. Existem 3 tipos de demanda, de acordo com o módulo da sua elasticidade-preço:
		Se Ep1 Demanda inelástica (∆%Q é MENOR que ∆%P)
		Se Ep =1 Demanda de elasticidade unitária (∆%Q é IGUAL a ∆%P)
		Se Ep1 Demanda elástica (∆%Q é MAIOR que ∆%P)
A Receita Total de uma empresa é calculada através da fórmula: RT = Preço x Qtde. vendida
Se uma empresa tem o objetivo de aumentar seu faturamento total, ela deve conhecer a Ep da demanda para cada produto, para saber como alcançar este objetivo. Vejamos alguns exemplos:
1) Se Ep = 0,8, e houver QUEDA do preço em 10%, qual será o efeito sobre a receita total?
Aplicando a fórmula da Ep, veremos que ∆%Q = 0,8 x 10 = 8%. A Qvendida aumentará em 8%. Para ver o efeito na RT, observemos que o P cai 10%, e Q aumenta 8%:
	RT =P X Q
	10% 8%
Vemos que haverá perda de 10% (no preço), e ganho de apenas 8% (em mais vendas). A perda é maior que o ganho; logo, a RT cairá.
2) Se Ep = 0,8, e houver AUMENTO do preço em 10%, qual será o efeito sobre a receita total?
Se P aumenta 10%, a Q cairá 8%. Vejamos na fórmula da RT se o resultado é bom:
	RT =P X Q
	10% 8%
Vemos que haverá ganho de 10% (no preço), e perda de apenas 8% (em mais vendas). Neste caso, o ganho na RT é maior que a perda; logo, a RT aumentará.
Conclusão: “Sempre que a Ep1, deve-se ELEVAR o preço para aumentar a Receita Total.”
3) Se Ep = 1, e houver QUEDA do preço em 10%, qual será o efeito sobre a receita total?
Aplicando a fórmula da Ep, veremos que ∆%Q = 1 x 10 = 10%. A Qvendida aumentará em 10 %. Para ver o efeito na RT, observemos que o P cai 10%, e Q aumenta 10%:
	RT =P X Q
	10% 10%
Vemos que haverá perda de 10% (no preço), e ganho de 10% na Q. Se a perda = ganho, a RT não será alterada.
4) Se Ep = 1, e houver AUMENTO do preço em 10%, qual será o efeito sobre a receita total?
Aplicando a fórmula da Ep, veremos que a Qvendida cairá em 10 %. Para ver o efeito na RT, observemos que o P sobe 10%, e Q cai10%:
	
RT =P X Q
	10% 10%
Vemos que haverá perda de 10% (no preço), e ganho de 10% na Q. Se a perda = ganho, a RT não será alterada.
Conclusão: “Sempre que a Ep =1, é inútil mexer no preço para aumentar a Receita Total. Deve-se fazer propaganda, ou dar brindes, mas sem alterar o preço do produto”
5) Se Ep = 1,5, e houver QUEDA do preço em 10%, qual será o efeito sobre a receita total?
Aplicando a fórmula da Ep, veremos que ∆%Q = 1,5 x 10 = 15%. A Qvendida aumentará em 15%. Para ver o efeito na RT, observemos que o P cai 10%, e Q aumenta 15%:
	RT =P X Q
	10% 15%
A perda de 10% no preço, será mais do que compensada pelo ganho de 15% na quantidade vendida. O ganho será portanto, maior que a perda; logo, a RT aumentará.
6) Se Ep = 1,5, e houver AUMENTO do preço em 10%, qual será o efeito sobre a receita total?
Se P aumenta 10%, a Q cairá 15%. Vejamos na fórmula da RT se isto será bom:
	RT =P X Q
	10% 15%
Vemos que haverá ganho de 10% (no preço), mas ocorre perda de 15% nas vendas. Neste caso, a perda em vendas é maior que o ganho com o preço mais alto, por isto, a RT cairá.
Conclusão: “Sempre que a Ep1, deve-se DIMINUIR o preço para aumentar a Receita Total.”
Através destes 6 exemplos, notamos que, de acordo com a Ep da demanda pelo produto, a medida para aumentar o faturamento varia. Pode ser vantajoso elevar o preço (demanda inelástica); ou pode ser melhor diminuir o preço (demanda elástica). Pode até ser inútil mexer no preço, sendo melhor trabalhar a preferência (casos de demanda de elasticidade unitária).
Casos extremos:
Ep = 0 : Independente das alterações no preço, os consumidores compram a mesma quantidade do bem. São insensíveis às variações no preço. È a demanda totalmente inelástica. Exemplo: sal. 
Q
P
D
Ep é infinita: os consumidores só aceitam um determinado preço; qualquer preço diferente os faz desistir de comprar, são muito sensíveis a mudanças no preço. È a demanda perfeitamente elástica.
Q
P
D
Nestes casos extremos, não se faz análise de Receita Total.
EXERCÍCIOS DE ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA
1. Sabendo que o preço do produto X variou em 10% e isso provocou mudança na demanda de 8%:
Ache a elasticidade-preço da demanda e classifique-a.
Usando o resultado que encontrou acima, responda: se o preço aumentar 20%, qual será a reação da quantidade demandada?
Se o produtor quiser elevar a Receita Total, deve reduzir o preço? Explique.
2. Explique o que é uma demanda totalmente inelástica; mostre-a graficamente.
3. Um empresário sabe que a elasticidade-preço da demanda é de 1,8 para seu produto. Qual será a variação na quantidade demandada se ele reduzir o preço em 20%?Será bom elevar o preço para aumentar a receita de vendas?
4. Explique a diferença entre uma demanda elástica e uma demanda perfeitamente elástica.
5. Se o acréscimo percentual da quantidade demandada de um bem é menor que a queda percentual em seu preço, o coeficiente de elasticidade-preço da demanda é:
maior que 1
igual a 1
menor que 1
zero
6. Se uma mercadoria possui demanda infinitamente elástica, isto significa que os consumidores aceitam qualquer preço que se deseje cobrar. Certo ou errado? Explique.
7. Se Ep = 1, a quantidade demandada não varia com o preço?
RESPOSTAS
1) a) Ep = 0,8 = inelástica;
b) Q varia em 16% 
c) Não, pois Ep é menor que 1, o que significa que uma queda no preço causa aumento em menor proporção da q. Neste caso, deve aumentar P.
2) A Curva de demanda será vertical; a procura é sempre da mesma quantidade, independente de mudanças no preço.
Q
D
P
3) A q subirá 1,8 x 20% = 36%. Não é bom elevar preço, pois a demanda é elástica. Logo, a quantidade cairá em maior percentual que o aumento de preço, causando queda na Receita.
4) Se a demanda for elástica, uma mudança de preço causa mudança em maior percentual na quantidade comprada. Já se a demanda for “perfeitamente elástica”, uma mudança de preço não é aceita pela demanda; ninguém comprará se o preço inicial mudar.
5) C.
6) Errado. A demanda infinitamente elástica significa que os consumidores aceitam apenas 1 preço específico; são muito sensíveis, qualquer preço maior já os faz não comprar mais nada.
7) Não, apenas significa que alterações no preço levarão a mudanças na quantidade, na mesma proporção. 
	ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA
	
Er 
	
= ∆%Q
	
	 ∆%R
A elasticidade-RENDA mostra como reage a quantidade demandada de um produto (Qd), devido à variação na renda do consumidor deste produto. Existem 4 tipos de elasticidade-renda da demanda, que permitem classificar o tipo de bem:
Se Er = 0 variações na renda não afetam o consumo do bem, é um bem de consumo saciado (arroz, sal, açúcar...)
		
Se Er 0 a demanda cai quando a renda sobe, é um bem inferior
Se Er > 0 a Demanda sobe, quando a renda sobe, é um bem normal
Se Er > 1 a Demanda sobe em percentual maior que a renda, quando a renda sobe. É um bem superior.
	TEORIA DO CONSUMIDOR
 Esta teoria explica como o consumidor decide suas compras, baseado na Utilidade que cada produto tem para ele. A utilidade é um conceito subjetivo, que varia de pessoa para pessoa: ter um disco de rock pesado pode ser muito importante para alguns, e totalmente dispensável para outros.
 A Teoria do Consumidor esclarece ainda que é possível medir 2 tipos de utilidade:
Utilidade Total : é a finalidade que aquele produto cumpre
Utilidade Marginal : está ligada à satisfação; é a satisfação que se tem, ao consumir mais uma unidade do produto.
Importante: a Utilidade Marginal (UMg) tende a ser cada vez menor, na medida em que consumimos mais daquele produto. Ex.: UMg do 1º copo de água, é bem maior que a UMg de um 6º copo de água.
 O consumidor pode obter satisfação consumindo diversas combinações de produtos, em diferentes quantidades; quanto mais tipos de mercadorias, melhor para ele. Mas seu poder de compra é limitado. Por isto ele deve priorizar o que vai comprar.
 Suponha que uma pessoa deva escolher como gastar a sua renda, comprando apenas 2 produtos, X e Y. Suponha que ele pudesse escolher comprar as seguintes combinações destas mercadorias:
	Combinações:
	Qtde X
	Qtde Y
	A
	12
	7
	B
	9
	8
	C
	7
	9
	D
	6,3
	10
Como a teoria explica qual combinação o consumidor acha melhor? Cada combinação de X e Y traz ao consumidor um nível de bem-estar. O consumidor escolhe, então, a combinação que lhe trouxer o máximo bem-estar.
 “O consumidor sempre prefere comprar a combinação que traz maior bem-estar, maior satisfação total, dentro do limite da sua renda. Ele maximiza a satisfação.”
A Teoria Microeconômica supõe que há combinações que dão maior satisfação, outras que dão menor, e ainda, há aquelas que dão a mesma satisfação. Neste último caso, ele é indiferente entre uma e outra. Por exemplo: acreditemos que na tabela acima, qualquer combinação de X e Y lhe dá o mesmo bem-estar. Sendo assim, podemos dizer que é uma “tabela de Indiferença”.
 O que é uma “Tabela de Indiferença”? É um conjunto de combinações de compra de 2 mercadorias, no qual qualquer das combinações dão exatamente a mesma satisfação ao consumidor.” Ou seja; o consumidor terá o mesmo nível de satisfação, se consumir 9 unidades de X e 0 unidades de Y, ou se optar por 5 unidades de X e 7 unidades de Y, por exemplo.
Em qualquer Tabela de Indiferença, observamos que para obter mais de Y, o consumidor abre mão de algumas unidades de X. A proporção em que ele faz esta troca é chamada Taxa Marginal de Substituição.
O que é a Taxa Marginal de Substituição? Ela mostra quantas unidades de X o consumidor abre mão, em troca de algumas unidades de Y. A fórmula da TMS é : 
	TMS =
	- (X)
	
	 (Y) 
Vamos calcular as TMS na tabela dada anteriormente:
	Combinações:
	Qtde X
	Qtde Y
	A
	12
	7
	B
	9
	8
	C
	7
	9
	D
	6,3
	10
TMS em B: 
	TMS =
	- (X) = - (9-12) = 3.
	Significa que, para passar da combinação A para B, o consumidor abre mão de 3 unidades
	
	 (Y) (8-7)
	de X para cada unidade adicional de Y que terá.
TMS em C: 
	TMS =
	- (X) = - (7-9) = 2 
	Para passar da combinação B para C, o consumidor abre mão de 2 unidades de X
	
	 (Y) (9-8) 
	para cada unidade adicional de Y que terá.
À medida em que o consumidor vai tendo menos de X e mais de Y, a TMS vai diminuindo. A TMS é decrescente, na medida em que o consumidor tem menos de X e vai tendo mais de Y.
 Cada tabela de indiferença tem um conjunto de pontos. Marcando estes pontos em gráfico, temos uma Curva de Indiferença. Logo, marcando cada par da tabela acima, construiremos uma Curva:
 
Bem 1
	
I
Bem 2
 Cada tabela de indiferença dá origem a uma Curva de Indiferença. Uma curva de indiferença representa graficamente todas as combinações de cestas de mercado que poderiam oferecer o mesmo nível de satisfação a uma pessoa. Tal indivíduo é, portanto, indiferente em relação às cestas representadas pelo lugar geométrico dos pontos da curva. A curva I, para o consumidor, apresenta todas as cestas que lhe oferecem um mesmo grau de satisfação
Mapa de Indiferença
O mapa de indiferença é um conjunto de curvas de indiferença que descreve as preferências de um consumidor, em ordem crescente a partir da origem. Qualquer cesta sobre a curva III, por exemplo, a cesta F, é preferível em relação à qualquer cesta básica sobre a curva II (por exemplo, a cesta B), a qual por seu turno é preferível a qualquer cesta sobre a curva I, por exemplo, G. 
Características das Curvas de Indiferença
São negativamente inclinadas, caso contrário, haveria preferência pela cesta com maior quantidade.
São paralelas – não podem interceptar-se.
Sua inclinação é a TMS em cada ponto na Curva - a inclinação de uma curva de indiferença mede a taxa marginal de substituição do consumidor entre duas mercadorias.
Sua inclinação é negativa (pois a TMS é decrescente).
Para que o consumidor atinja o equilíbrio, deve reunir seu Mapa de Indiferença às limitações do seu orçamento, e a partir daí, buscar maximizar sua satisfação. Vamos então falar sobre a Restrição Orçamentária.
Cesta de Mercadorias
A cesta de mercado é um conjunto de uma ou mais mercadorias. Pode conter vários itens alimentícios em uma sacola de comestíveis, ou então uma combinação de itens alimentícios, de vestuário e combustíveis que um consumidor gasta a cada mês.
Representação: Cesta “A” = (q1, q2, q3,…,qn), onde “q” é igual a quantidade e “1” é igual a bens. 
Hipótese: trabalharemos com cestas de apenas dois bens.
Linha do Orçamento ou Linha deRestrição Orçamentária
Indica as combinações de mercadorias que podem ser adquiridas com uma determinada renda do consumidor, em conseqüência de determinados preços das mercadorias. Como resultado, as combinações de itens que podem ser adquiridos encontram-se todas sobre a linha expressa por:
	px.qx + py.qy = R
onde “R” é igual a Renda, e “px“ e “py“ são os preços do bem X e Y respectivamente.
Ex.: Seja a renda de $80, o preço da alimentação igual a $1 e o preço do vestuário igual a $2. A figura abaixo apresenta as diversas combinações entre alimentação e vestuário que poderão ser adquiridas dentro da restrição orçamentária:
	Cesta
	Alimento
(A)
	Vestuário 
(V)
	Despesa
Total
	A
	0
	40
	$80
	B
	20
	30
	$80
	D
	40
	20
	$80
	E
	60
	10
	$80
	G
	80
	0
	$80
A linha AG apresenta o orçamento associado a uma renda de $80, um preço de alimentação px = $1 por unidade, e um preço de vestuário py = $2 por unidade. A inclinação da linha do orçamento é sempre: – py/px.
O Equilíbrio do Consumidor
Ocorre quando a inclinação da Linha de Restrição é a mesma inclinação de uma Curva de Indiferença.
	
	As cestas “A”, “B” e “D” são consumíveis;
A curva de Indiferença “I2” traz maior satisfação (dentro da Restrição Orçamentária) – logo, “B” será a cesta escolhida (Equilíbrio do Consumidor) apesar da “A” estar mais a direita, no entanto, na linha inferior I1.
Apesar da cesta “C” ser a mais preferível (mais acima e a direita de “B”), encontra-se fora da curva de R.O. (impossível seu consumo).
Mudanças no Equilíbrio:
As alterações ocorrem devido a mudanças em R, ou Px ou Py (como já afirmado anteriormente). Agora que já conhecemos a representação gráfica do equilíbrio, analisemos estas mudanças:
MUDANÇAS NOS PREÇOS
	Se P1 aumenta, o consumidor passa a comprar menos do bem 1. Por isto, diminui seu orçamento (linha de pontinhos) e sua satisfação, e o equilíbrio passa a uma curva de indiferença mais baixa.
	Se P2 cai, o consumidor passa a comprar mais do bem 2. Por isto, aumenta seu orçamento (linha pontilhada) e sua satisfação sobe, e o equilíbrio passa a uma curva de indiferença mais alta.
	
Bem 1
Qtde.
Bem 2 (Qtde.)
	
Bem 1
(Qtde).
Bem 2
(Qtde).
Curva de Preço-Consumo:
Conjunto de vários pontos de equilíbrio do consumidor, obtidos quando se varia o preço do bem 2 ( mantendo o preço de 1 e a renda constantes): (O ALUNO DEVE UNIR OS PONTOS DE EQUILÍBRIO ABAIXO, DESENHANDO A CURVA):
Bem 1
Bem 2
(Qtde).
MUDANÇAS NA RENDA
	Se renda SOBE: o consumidor passa a uma curva de indif mais ALTA. A linha de preços vai para a direita.
	Se renda CAI: o consumidor passa a uma curva de indif mais BAIXA. A linha de preços vai para a esquerda.
	
Bem 1
Qtde.
	
Bem 1
Qtde.
Bem 2
Qtde.
Curva de Renda-Consumo:
Conjunto de vários pontos de equilíbrio do consumidor, obtidos quando se varia a renda (mantendo os preços dos bens constantes).
A partir desta Curva de Renda, obtém-se a Curva de Engel, que relaciona a demanda do consumidor por um bem, à sua mudança de renda.
O formato da Curva de Engel dependerá do tipo do bem:
	Bem Normal: quando a renda aumenta, a demanda cresce. A Curva de Engel será positivamente inclinada.
	Bem Inferior: quando a renda aumenta, a demanda cai. A Curva de Engel será negativamente inclinada.
	
Bem 1
Qtde.
Renda $
	
Bem 1
Qtde.
Renda $
EXERCÍCIOS DE TEORIA DO CONSUMIDOR 
Diferencie utilidade marginal e utilidade total.
Explique o que é a taxa marginal de substituição.
Mostre graficamente um mapa de indiferenças. Não se esqueça de colocar as notações.
O que significa a Linha de Orçamento?
Qual é a condição de equilíbrio do consumidor?
Mostre graficamente o que ocorre com o equilíbrio do consumidor se o preço do bem 1 aumenta.
Mostre graficamente o que ocorre com o equilíbrio do consumidor se o preço do bem 2 cai.
Mostre graficamente o que ocorre com o equilíbrio do consumidor quando sua renda sobe.
Mostre graficamente o que ocorre com o equilíbrio do consumidor quando sua renda cai.
RESPOSTAS
1) Utotal é a satisfação atribuída à finalidade que o bem cumpre. Já UMg é a satisfação atribuída a consumir mais uma unidade do bem.
2) É a qtde. de um bem A que o consumidor exige para abrir mão de uma qtde. de B, mantendo o mesmo nível total de satisfação.
3)
Bem 1
	
II
I
Bem 2
4) Ela mostra o limite de gasto do consumidor, dados (ou seja, considerados constantes) os preços dos bens 1 e 2 e sua renda. É o máximo que ele pode gastar, usando toda a sua renda.
5) Ele deve equilibrar sua capacidade de gasto (a renda) e suas preferências. Isto ocorre quando a Linha de Orçamento tangencia uma das Curvas do seu Mapa de Indiferenças,no ponto em que a taxa marginal de substituição TMS é idêntica à inclinação da linha de preços (-P2/P1).
6) Se P1 aumenta, o consumidor passa a comprar menos do bem 1. Por isto, diminui seu orçamento (linha de pontinhos), sua satisfação cai, e o equilíbrio passa a uma curva de indiferença mais baixa. Atenção: P2 não mudou, por isto o deslocamento não é paralelo:
Bem 2 (Qtde)
Bem 1
Qtde.
7) Se P2 cai, o consumidor passa a comprar mais do bem 2. Por isto, aumenta seu orçamento (linha mais clara), sua satisfação sobe, e o equilíbrio passa a uma curva de indiferença mais alta. Atenção: P1 não mudou, por isto o deslocamento não é paralelo.
Bem 2 (Qtde)
Bem 1
(Qtde).
8) Se a renda SOBE, o consumidor passa a uma curva de indif mais ALTA. A linha de preços vai para a direita, como mostra o pontilhado, de forma paralela à Linha de Preços anterior.
Bem 2 (Qtde)
Bem 1
Qtde.
9) Se a renda cai, o consumidor passa a uma curva de indif mais baixa. A linha de preços vai para a esquerda (cai), como mostra o pontilhado, de forma paralela à Linha de Preços anterior.
Bem 1
Qtde.
	
CUSTOS, RECEITA E LUCRO
Em Microeconomia, a Teoria da Empresa se divide entre:
Teoria da Produção: Relaciona as quantidades do produto obtido (Q) com as quantidades dos insumos (fatores de produção, chamados K e L). 
Teoria dos Custos: Relaciona as quantidades do produto obtido (Q) com os custos de produzir, ou seja, relaciona Q e os preços de K e L. 
	Teoria da Produção
A produção é a transformação dos fatores de produção em bens ou serviços.
 O método de produção é a forma como se combinam os insumos. Quando utiliza mais intensamente o fator trabalho, é chamado de intensivo em trabalho. Quando utiliza em maior quantidade o fator capital (máquinas), é chamado de intensivo em capital.
Para produzir, a firma deve buscar o método mais eficiente.
 Como se mede a eficiência de um métodode produção? Comparando doismétodos. Se um método A consegue, com menor quantidade de insumos, gerar maior quantidade de produtos que o método B, diz-se que A é mais eficiente que B.
 Os fatores de produção podem ser classificados como fixos ou variáveis:
Fixos: sua quantidade não varia com o volume de produção (ex.: tamanho fixo da sala de aula, que tanto atende no máximo 60 alunos, quanto 10 ou 15).
Variáveis: a quantidade utilizada varia com o volume de produção, como é o caso do número total de professores em um semestre, que dependerá do número total de alunos estudando naquele semestre.
Horizontes de tempo
O que é o curto prazo? O curto prazo é o período no qual não é possível mudar a quantidade de pelo menos 1 dos fatores de produção (ex.: tamanho das instalações da fábrica).
O longo prazo é o horizonte de tempo no qual pode-se mudar as quantidades de qualquer fator de produção. Logo, no longo prazo não há fatores fixos.
Estes horizontes de tempo são usados para decisões de produção e planejamento: no curto prazo, para ampliar a produção, uma fábrica pode trabalhar com 3 turnos de operários (fatores variáveis). Mas no longo prazo, além de trabalhar em 3 turnos, ela deverá ampliar suas instalações e suas máquinas (fatores fixos).
A Teoria da Produção se subdivide nas análisesde Curto Prazo e Longo Prazo.
Produção no Curto Prazo
No curto prazo, a produção Q depende somente da variação do fator mão de obra, pois o tamanho da fábrica é fixo. Trabalha-se com os conceitos de: 
Produto totalQ = f (L).
Produtividade Média PMe = Q / L
Produtividade Marginal PMg = Q, quando se acrescenta mais uma unidade de L.
Exemplo de como calcular as produtividades: 
Dada a tabela abaixo com dados da produção, achar PMg e PMe.
	Tamanho da Empresa (fator fixo)
	Nº de Trabalhadores
	Produção Q
	PMe
(Q / L)
	PMg
(Q)
	10
	1
	6
	6 /1 = 6
	6-0 = 6
	10
	2
	14
	14/2 = 7
	14 – 6= 8
	10
	3
	24
	
	
	10
	4
	32
	
	
	10
	5
	38
	
	
	10
	6
	42
	
	
	10
	7
	44
	
	
	10
	8
	44
	
	
	10
	9
	42
	
	
Na busca pelo aumento de Produção, o empresário tende a empregar mais trabalhadores, já que no curto prazo ele não pode alterar outros fatores ( como tecnologia ou dimensão da empresa). Mas a proporção em que ele combina fatores fixos e variáveis não pode ser qualquer uma: existe uma Função de Produção, que deve ser respeitada.
Para obter o máximo de produção, o empresário deverá aumentar o nº de trabalhadores, até o ponto em que a PMg = 0. Isto porque até este ponto, cada trabalhador acrescentado ajuda a elevar a produção, então o empresário fica estimulado a contratar mais gente. É somente ao contratar um trabalhador que em nada contribua para elevar a produção, que o empresário irá parar de contratar.
Produção no Longo Prazo
No longo prazo, todos os fatores são variáveis. Ou seja, a quantidade de empregados (L) e também o tamanho da empresa (K) podem variar. A suposição de que todos os fatores de produção variam, inclusive o tamanho da empresa, dá origem ao conceito de economias ou deseconomias de escala:
O que são rendimentos de escala? É o resultado obtido em termos de variação no produto, quando variam as quantidades dos fatores de produção. De acordo com este resultado, pode-se ter 3 tipos de rendimentos de escala:
1. “Economias de escala” ou rendimentos crescentes de escala 
Ocorrem quando a variação na quantidade do produto total é mais do que proporcional à variação da quantidade dos fatores de produção. Por exemplo, aumentando-se a utilização dos fatores em 10%, o produto cresce 20%. Pode-se explicar isto com 2 argumentos:
Ocorre devido a maior especialização no trabalho, quando a empresa cresce; 
Ocorre devido à existência de indivisibilidades entre os fatores de produção (por exemplo, numa siderúrgica, como não existe "meio forno"; quando se adquire mais um forno, deve ocorrer grande aumento na produção). 
2. “Rendimentos constantes de escala” 
Acontecem quando a variação do produto total é exatamente igual à variação da quantidade utilizada dos fatores de produção. Aumentando-se a quantidade dos fatores em 10%, o produto também aumenta em 10%. 
3. “Rendimentos decrescentes de escala” ou “deseconomias de escala”
Aparecem quando a variação do produto é menos do que proporcional à variação na quantidade dos fatores. Por exemplo, aumenta-se a utilização dos fatores em 10% e o produto cresce em 5%.
Por que isto ocorre? Devido a restrições na capacidade administrativa da empresa e/ou dificuldades de coordenação. Ou seja, adotar uma descentralização nas decisões pode fazer com que o aumento de produção obtido não compense o investimento feito na ampliação da empresa.
*Sem dúvida, o Caso 1 é a melhor situação para a empresa. Portanto, ela deve elevar as quantidades dos fatores K e L até que perceba que começarão os rendimentos decrescentes de escala, pois aí esta empresa não terá mais estímulo a continuar elevando K e L.
	
Teoria dos Custos 
A Teoria dos Custos se subdivide nas análises de Curto Prazo e Longo Prazo.
Custos no Curto Prazo
No curto prazo, trabalha-se com os conceitos de: 
1. Custos diretos ou variáveis : São o preço dos fatores variáveis.
2. Custos indiretos ou fixos: São opreço dos fatores fixos. 
☺Se você aluga um escritório para exercer sua profissão, terá sempre que pagar o mesmo aluguel, tendo poucos ou muitos clientes. O número total de clientes é a sua produção. O aluguel será um custo indireto. Entretanto, seu gasto com tinta de impressora dependerá diretamente da quantidade de clientes e projetos com que você está envolvido. Logo, a tinta de impressora é um dos seus custos diretos.
3. Custo Total de Produção
Consiste na soma CT = custos diretos +custos indiretos 
Ou CT = CV + CF = custos variáveis + custos fixos 
4. Custo Médio ou Unitário
CMe = CT / Q
5. Custo Marginal (CMg)
È a variação no custo total, quando se acrescenta mais uma unidade de produto.
CMg = CT
Custos no LONGO Prazo
Não existem mais os custos fixos, pois fatores fixos deixam de existir (lembre-se que no LP a qtde. de todos os fatores pode variar). Os outros tipos de custos são os mesmos da teoria de curto prazo.
MAXIMIZAÇÃO DOS LUCROS
	LT = RT - CT
Os lucros totais: saldo entre receita total e custos totais: 
Lembrando que Receita Total (RT) corresponde a: RT = preço X Qvendida.
	RMg = CMg
Condição de maximização do lucro:
EXERCÍCIOS
1.Que diferença pode-se fazer entre produto total e produtividade? 
2. Um sapateiro que trabalhava sozinho resolve contratar mais gente. Ao contratar 1 ajudante, a produção aumentou de 10 consertos/dia para 15 consertos ao dia. Empregou outro ajudante, e a produção total aumentou para 25 consertos/dia. Quando contratou o terceiro ajudante, a produção diária passou a ser de 31 consertos/dia. 
Monte a tabela de Produção, Número de trabalhadores, PMg e PMe.
Através da PMg, diga qual dos ajudantes mostrou mais eficiência. 
3. O que são rendimentos de escala? Explique e classifique.
4. Qual a diferença entre fatores fixos e variáveis? 
5. Defina custo total; custo médio; custo marginal; custo direto; custo indireto:
6. O que diferencia o custo marginal da produtividade marginal? 
7. Explique a condição de maximização do lucro. Por que o produtor não para quando a receita marginal é maior que o custo marginal?
8. Explique o significado do ponto de break even.
RESPOSTAS
1. Produto total é a quantidade total que foi ou será produzida.
Produtividade Média: produção média por trabalhador.
Produtividade Marginal: Mudança no volume da Produção, causada pela admissão de mais um trabalhador.
2. 
	Produção
	Número de trabalhadores
	PMe
	PMg
	10
	1 (sapateiro)
	10
	10
	15
	2
	7,5
	5
	25
	3
	8,3
	10
	31
	4
	7,8
	6
O segundo ajudante foi o mais eficiente dentre os ajudantes.
3. São a variação da quantidade total produzida, quando variam as quantidades de todos os fatores de produção. Pode-se ter 3 tipos de rendimentos de escala:
“Economias de escala” ou rendimentos crescentes de escala : quando a variação na quantidade do produto total é mais do que proporcional à variação da quantidade dos fatores de produção. 
“Rendimentos constantes de escala” : quando a variação do produto total é exatamente igual à variação da quantidade utilizada dos fatores de produção.
“Rendimentos decrescentes de escala” ou “deseconomias de escala”: quando a variação do produto é menos do que proporcional à variação na quantidade dos fatores.
4. Os fatores fixos são aqueles cuja quantidade não varia com o volume produzido. Já os fatores variáveis são aqueles cujas quantidades variam em proporção ao volume de produção.
5. CT = CV + CF = custos variáveis + custos fixos 
CMe = CT / Q; mostra quanto custa , em média, produzir cada unidade
CMg = variação causada no custo total, quando se produz mais uma unidade 
Custo direto = custo variável = gasto com fatores variáveis
Custo indireto = custo fixo = gasto com fatores de produção fixos
6.No custo marginal, o que se mede é a variação no Custo Total ao produzir mais uma unidade. Já na produtividade marginal, o que se mede é a variação no Produto, quando se emprega mais um trabalhador.
7. O lucro máximoocorre quando RMg = CMg; ou seja, quando o que se ganha com uma determinada unidade produzida for exatamente o mesmo que se gasta para produzi-la. Se a RMg ainda é maior que o CMg, há estímulo para continuar produzindo e vendendo, pois o ganho com aquela unidade é maior que o gasto com a mesma.
8. É o ponto a partir do qual se começa a ter lucro; a quantidade a partir da qual se começa a lucrar.
ESTRUTURAS DE MERCADO
Para classificar uma estrutura de mercado, deve-se observar os seguintes elementos:
Número de empresas que atuam neste mercado;
Tipo do produto: heterogêneo (diferenciável de outros fabricantes) ou homogêneo (idêntico ao de outros fabricantes).
Se existem ou não barreiras à entrada de novas empresas nesse mercado
*Barreiras à entrada são vantagens que uma empresa desenvolve, para conquistar e manter uma parcela cativa dos clientes. Ex.: marca; patente; ganho de licitação. São barreiras para que os concorrentes tenham dificuldades em invadir a parcela de mercado da empresa. Quando o investimento inicial é muito grande, também funciona como barreira à entrada de concorrentes.
Formação do preço: preço competitivo (através de oferta x demanda) ou regra de “markup”, na qual P = custo unitário + (margem % lucro X custo unitário).
Concorrência pura ou perfeita
Quanto ao nº de empresas: Grande número de empresas atuantes; mercado “atomizado”. 
Obs.: Uma empresa, isoladamente, não afeta os níveis de oferta do mercado e, consequentemente, o preço de equilíbrio. 
Tipo de produto: homogêneo;não existe diferenciação entre os produtos ofertados pelas empresas concorrentes.
Barreiras à entrada: Não existem .
Obs.: Transparência do mercado: todas as informações sobre lucros, preços, etc. são conhecidas por todos os participantes do mercado.
Formação do preço: Preço competitivo
O modelo de mercado em concorrência perfeita tem como principal utilidade, entender como se formam os preços competitivos. Na realidade, não existe um mercado que funcione exatamente de acordo com as características acima, na economia real. Encontramos alguns com funcionamento bem parecido, como o de produtos hortifrutigranjeiros. 
Monopólio
Quanto ao nº de empresas: Há apenas 1 empresa dominando a oferta de um produto.
Tipo de produto: homogêneo, até porque não há outro fabricante para se comparar.
Barreiras à entrada: existem várias.
Formação do preço:através de markup, fixado pela monopolista. Como é exclusiva no mercado, a empresa tem grande liberdade para fixar preços, podendo ser supervisionada pelo governo.
Casos legais de monopólio:
Monopólio puro ou natural: o preço ficaria mais alto para o consumidor, se houvesse mais de uma empresa. Com uma só empresa, ocorrem economias de escala e custos unitários bastante baixos, que permitem cobrar preços menores.
Por patentes: a empresa é a única que detém a tecnologia apropriada para produzir aquele determinado bem. O governo fornece o monopólio através da patente (Brasil: Instituto Nacional da Propriedade Industrial), por um determinado período de tempo.
Monopólios institucionais ou estatais: em setores considerados estratégicos ou de segurança nacional, por decisão do governo.
Oligopólio
Quanto ao nº de empresas: um pequeno grupo de empresas domina uma grande fatia do mercado, sendo chamadas de empresas-líderes; pode haver concorrentes menores, que detêm pequenas parcelas, sendo chamadas empresas-satélites.
Obs.: As satélites, de menor peso no mercado, têm sempre que se ajustar aos preços das líderes, que são as oligopolistas.
Tipo de produto: Os produtos podem ser diferenciados (como a indústria automobilística) ou homogêneos (alumínio, cimento);
Barreiras à entrada: existem várias.
Formação do preço:através de markup.
Obs.: Este tipo de estrutura é propícia a combinações de quantidades, regiões ou preços entre as empresas-líderes; isto caracteriza o cartel (organização de produtores que combinam preços e/ou estratégias), que é uma prática ilegal. 
Interferência do governo: a Constituição prevê em seu art. 170 a defesa da livre concorrência, com o intuito de evitar a concentração excessiva no mercado. O art. 173 da Constituição Federal define o papel do Estado na ordem econômica, impedindo o abuso do poder econômico. Esta função é exercida na maior parte pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE.
O oligopólio é a estrutura de mercado mais comum em uma economia capitalista com certo grau de desenvolvimento. Isto porque a concentração do mercado( = grande percentual de vendas nas mãos de poucas empresas) é um processo natural da evolução capitalista. A tendência à formação de cartéis é maior, quando há menos concorrentes em um setor. 
Concorrência Monopolística
Quanto ao nº de empresas: grande número de produtores.
Tipo de produto: são sempre heterogêneos (como roupas ou calçados).
Obs.: Cada produtor tem um pequeno poder “monopolista” sobre o preço de seu produto, já que é diferenciado dos demais; cada um tem um certo grau de preferência de seus clientes
Barreiras à entrada: não se considera que existam.
Formação do preço: preço competitivo; mas há diversos níveis, de acordo com o público-alvo. Por exemplo: na venda de roupas, o segmento onde atuam CeA e Leader, não concorre com Folic e Corpo e Alma.
PERGUNTAS:
Em um mercado de concorrência perfeita existe combinação de preços?
O que diferencia um oligopólio de um monopólio?
Qual é a relação entre a formação de preço e a existência de barreiras à entrada?
Qual é a tendência do nível de preços em oligopólio, ser elevado ou reduzido? Por quê?

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