ARTIGO 04-Esbocos tecnicos

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ESBOÇOS TÉCNICOS . p ro fa . C láud ia Amara l 1/6 
ESTUDO DA EXPRESSÃO GRÁFICA 
TEORIA E PRÁTICA 
 
v o c ê e s t á e m p r e e n d e n d o u m a e x p e r i ê n c i a e d u c a c i o n a l 
g r a t i f i c a n t e q u e t e r á v a l o r r e a l e m s u a f o r m a ç ã o p r o f i s s i o n a l 
 
p r o f a . C l á u d i a A m a r a l 
 
 
 
E S B O Ç O T É C N I C O 
g r a n d e s i d e i a s g e r a l m e n t e c o m e ç a m c o m o u m e s b o ç o e m p a p e l d e d e s e n h o 
 
Em projetos de engenharia, a transmissão de ideias, numa primeira fase, ocorre através de esboços 
– desenhos mais ou menos elaborados. Nas fases seguintes, os desenhos ganham complexidade e, 
a medida que as ideias evoluem, os desenhos assumem suportes informáticos com auxílio do CAD 
(do inglês Computer Aided Design ou Projeto Assistido por Computador) – ambientes gráficos computacionais 
próprios ao desenho técnico. Os sistemas CAD, como auxílio à concepção de projetos nos vários 
domínios da engenharia, consistem de um conjunto de recursos para operações com desenho 
(geometria) e sua manipulação. Os sistemas CAD podem abranger as várias fases de projeto até a 
produção. 
 
 
 exemplo de esboço técnico exemplo de desenho de conjunto 
 
O desenho digital, aquele assistido por computador, tem grandes vantagens em relação ao desenho 
convencional, aquele feito por recursos tradicionais: No desenho convencional, feito inteiramente a 
mão, a inserção de símbolos repetitivos normalizados era feito, em geral, contando com gabaritos, 
na escala do desenho; no desenho digital, essas inserções são diretas, através de uma base de 
dados, e em escala natural. No desenho convencional, qualquer erro cometido, exige uma correção 
manual ou reprodução do documento; no desenho digital, os erros são facilmente editáveis. O 
desenho digital pode ser armazenado magneticamente, nunca perdendo a qualidade e a integridade, 
podendo ser recuperados e aproveitados. As construções geométricas, tão morosas de serem 
produzidas manualmente, são automatizadas no desenho digital e com superior precisão e qualidade 
gráfica. Por fim, a utilização se sistemas CAD 3D tem as vantagens acrescidas da construção dos 
objetos em 3 dimensões, possibilitando a verificação imediata de interferências e análise estrutural, e 
a maior das vantagens, a obtenção direta da representação dos objetos em vistas múltiplas e/ou em 
qualquer perspectiva desejada. Há uma máxima que diz – “No desenho convencional, as partes 
compõem o todo; No desenho digital, do todo obtemos as partes.” 
 
A boa prática da engenharia se reflete tanto na capacidade de manipular equações diferenciais, usar 
um computador, expressar-se de forma clara e elegante, como na capacidade de transmitir ideias 
por meio de desenhos a mão livre. 
 
O esboço é aceito como um meio universal e eficaz de comunicação, tanto entre técnicos, como 
entre leigos, exercendo função primordial na atividade criativa do projeto quando as associações são 
ainda vagas e imperfeitas, ao registrá-las rapidamente, auxiliando a memória e a imaginação. 
 
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 Embora algumas pessoas tenham um dom natural para o desenho, a maioria não 
tem. Todos nós, porém, podemos melhorar, com a prática, nossa capacidade de mostrar, 
documentar e visualizar objetos por meio de desenhos a mão livre. 
 
O esboço requer lápis, papel e eventualmente a borracha… 
 
 
 
L I N H A S 
a l i n h a é o e l e m e n t o b á s i c o d o d e s e n h o 
 
O esboço mostra preocupação com proporções, clareza e espessura correta das linhas. 
A aparência profissional dos desenhos depende da espessura das linhas empregadas. São 
recomendadas três espessuras de linhas para desenhos construtivos: GROSSA, MÉDIA, e FINA; a 
grossa de espessura livre, a média com metade da espessura da grossa e a fina com metade da 
média. Entretanto, se a linha grossa tiver menos de 0.4mm de espessura, recomenda-se que a linha 
fina seja igual à média. 
 
Para os esboços técnicos, entretanto, emprega-se apenas duas espessuras de linhas: O desenho a 
mão livre deve começar pelo traçado de LINHAS DE CONSTRUÇÃO, finas e fracas, servindo de 
guia para linhas traçadas a seguir; As LINHAS DE RESOLUÇÃO, devem ser fortes, nítidas e 
uniformes. 
 
 
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 esboços: linhas de construção (A) e linhas de resolução (B) 
 
Se o desenho for executado de forma correta, não será necessário apagar as linhas de construção 
 
 
D I C A S P R Á T I C A S P A R A E S B O Ç O S T É C N I C O S 
a e x p r e s s ã o “ e s b o ç o a m ã o l i v r e ” n ã o s i g n i f i c a d e s e n h o m a l f e i t o 
 
1. O desenho a mão livre deve começar pelo traçado de linhas de construção, finas e fracas, 
servindo de guia para linhas traçadas a seguir; 
 
2. As demais linhas devem ser fortes, nítidas e uniformes; 
 
3. Se o desenho for executado de forma correta, não será necessário apagar as linhas de 
construção; 
 
4. Para esboçar linhas longas, marque suas extremidades e desenhe a linha mantendo o olhar 
na direção do ponto final da linha, em traço leve; 
 
5. Para linhas horizontais, segure o lápis naturalmente, cerca de uma polegada da ponta, 
fazendo um ângulo reto em relação à linha a ser desenhada, desenhando-a da esquerda para 
a direita, com movimento livre do pulso e do braço; 
 
6. Para linhas verticais, desenhe de cima para baixo, com movimento do dedo e do pulso; 
 
7. Para traçar linhas inclinadas, o papel pode ser girado para uma orientação mais favorável, 
antes que a linha comece a ser traçada. 
 
 
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P R O P O R Ç Ã O 
a r e g r a m a i s i m p o r t a n t e n o e s b o ç o à m ã o l i v r e é m a n t e r s u a s p r o p o r ç õ e s 
 
Em termos matemáticos, proporção é uma igualdade entre razões. Uma razão é o resultado de uma 
divisão. Quando duas RAZÕES SÃO IGUAIS, diz-se que são PROPORCIONAIS. 
 
Em engenharia, grande parte das definições de proporção reconhecem uma RELAÇÃO 
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QUANTITATIVA entre tamanhos de partes de um objeto com a sua totalidade ou com outras partes 
deste. Por exemplo, se dissermos que uma janela tem de altura 2/3 de uma porta, estaremos 
estabelecendo uma proporção. Se dissermos então que a altura da porta é 2,10m, aplicando-se a 
relação de proporção, saberemos que a janela terá 1,40m de altura. 
 
Estime as proporções entre as dimensões principais do objeto e assinale-as no papel por meio de 
um RETÂNGULO traçado de leve. 
 
 Procure desenvolver a capacidade de dividir uma reta ao meio sem usar régua. as 
metades podem ser divididas em terças ou quartas partes… 
 
 
 
 
 
E S T I M A N D O D I M E N S Õ E S D E O B J E T O S R E A I S 
e m b o r a o s e s b o ç o s n ã o s e j a m f e i t o s e m e s c a l a , é i m p o r t a n t e m a n t e r a s p r o p o r ç õ e s r e l a t i v a s 
e n t r e a s p r i n c i p a i s d i m e n s õ e s d o o b j e t o 
 
No esboço de um objeto real, podemos comparar várias distancias no objeto usando o lápis como 
mira – SEGURE O LÁPIS NO COMPRIMENTO DO BRAÇO E NÃO MUDE A POSIÇÃO… 
 
 
 
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Para manter o esboço proporcional: 
 
1. Capture as PROPORÇÕES PRINCIPAIS com linhas simples (área retangular); 
2. Esboce os tamanhos gerais; 
3. Esboce levemente os detalhes adicionais;4. Escureça as linhas do esboço acabado. 
 
 
ESBOÇANDO CIRCUNFERENCIAS 
 
1. Esboce levemente o QUADRADO ENVOLVENTE à circunferencia e marque os pontos médios 
de cada lado; 
2. Desenhe os ARCOS TANGENTES levemente, unindo os pontos médios dos lados do 
quadrado; 
3. Escureça a circunferencia. 
 
 
 
ESBOÇANDO ELIPSES 
 
1. Esboce levemente um RETANGULO ENVOLVENTE; 
2. Marque os pontos médios dos lados e esboce ARCOS TANGENTES aos lados do retangulo 
nesses pontos; 
3. Escureça a elipse final. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TIPOS DE ESBOÇOS TÉCNICOS 
 
Os esboços técnicos de objetos 3D geralmente são obtidos através de um dos quatro tipos de 
projeção: 
 
 
 
PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA PROJEÇÃO AXONOMÉTRICA ISOMÉTRICA 
 
 
 
 
PROJEÇÃO OBLIQUA PROJEÇÃO CÔNICA 
 
 
 
 
 
REFERENCIAL TEÓRICO: 
 
1. LEAKE, James M. Manual de desenho técnico para engenharia: desenho, modelagem e visualização: Rio de Janeiro: LTC, 2010. 
2. GIESECKE, Frederick E., Comunicação Gráfica Moderna, Porto Alegre: Bookman, 2002. 
3. SILVA, Arlindo . Desenho Técnico Moderno, Rio de Janeiro: LTC, 2006. 
4. ABNT – Normas Técnicas Brasileiras – NBR 10647.