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Consciência e Sono 1 consciência Neurociência - relação entre estados mentais e atividades cerebrais Percepção de estímulos externos (percepção de eventos externos e internos, do eu como ser único experimentando as coisas, do pensamento a respeito dessas experiências 2 Conceito Consciência é a percepção das sensações, dos pensamentos e dos sentimentos que temos em determinado momento. 3 Na consciência desperta, estamos acordados e plenamente conscientes de nossos pensamentos, emoções e percepções. Todos os outros estados de consciência são considerados estados alterados de consciência, apesar de os psicólogos distinguirem entre estados alterados de consciência que ocorrem naturalmente, tais como dormir e sonhar, e aqueles que resultam de uso do uso de álcool e outras drogas. 4 Algumas das funções da consciência: Planejar, iniciar e guiar ações 5 Consciência Consciência Se fosse possível gravar os pensamentos, encontrar-se-ia um fluxo contínuo de ideias. Segundo William James - fluxo da consciência A mente é igualmente contínua. Não há interrupção abrupta no fluxo de consciência. É possível notar lapsos de tempo, por exemplo, quando estamos sonolentos, mas quando estamos despertos, não temos dificuldade de estabelecer relações com nosso fluxo de consciência em andamento. WUNDT 6 Há uma correlação entre decréscimo de temperatura e dormir; aumento de temperatura e acordar. 7 Variações do nível de consciência Variações da consciência também são influenciados pelos ritmos biológicos ou circadianos (claridade e escuro, temperatura) - flutuações periódicas no funcionamento fisiológico (cronobiologia). 8 9 Pensamos enquanto dormimos? Formamos memória durante o sono? Não é totalmente inativo: algumas pessoas andam 10 Sono Pode-se aprender a regular as ondas cerebrais, por meio de biofeedback Variações de consciência estão relacionadas às mudanças elétricas no cérebro 1929 Hans Berger inventa o EEG - Eletroencefalograma Enquanto dormimos, nossos estados físico e mental mudam a noite toda. Mensurações da atividade elétrica cerebral mostram que o cérebro fica ativo a noite toda. Ele produz sinais elétricos com padrões ondulares sistemáticos que mudam em altura (ou amplitude) e velocidade (ou frequência). 11 Sono Variações de amplitude (altura da onda) e frequência (ciclos por segundo - cps). 12 13 Sono 5 estágios 4 primeiros =sono NREM - Not Rapid Eyes Moviment Estágio REM de sono ou sono paradoxal REM (Rapid Eyes Moviment) Passamos por esses estágios em ciclos de cerca de 90 minutos. 14 CONSCIÊNCIA 15 Os 5 estágios 16 Estágio 1 Sono leve Batida cardíaca e respiração diminuem Tensão muscular e temperatura do corpo declinam Ondas alfa (antes do sono) declinam para teta (8 a 12 hertz) Duração 3 minutos Comum haver sensações hipnagógicas (estar caindo) Durante o estágio 1, às vezes surgem imagens, como se estivéssemos vendo fotos, apesar de não ser um sonho de fato 17 Estágio 2 Breves mudanças de ondas cerebrais Aumento e queda na amplitude da onda (espículas)- 12-16 hertz 20 minutos. É comum dizer palavras sem sentido nesta fase (alguns indivíduos) Adultos jovens, no início dos seus 20 anos, passam cerca de metade do sono nesse estágio. Conforme o estágio 2 progride, fica cada vez mais difícil despertar uma pessoa 18 Estágio 3 Sono de ondas lentas Ondas delta (1 a 2 hertz) 30 minutos É comum nesta fase o indivíduo andar, sonambulismo (alguns indivíduos). As ondas cerebrais tornam-se mais lentas, com picos mais altos e vales mais baixos no padrão de ondas. 19 Padrão ainda mais lento e regular. Neste estágio estamos menos receptivos a esforços para nos acordar, e ficamos possivelmente agressivos se a tentativa é bem-sucedida. Estágio 4 Na primeira metade da noite, o sono é dominado pelos estágios 3 e 4. Na segunda metade, passamos mais tempo nos estágios 1 e 2 – assim como no quinto estágio, que é quando ocorrem os sonhos. 20 Estágio REM O paradoxo do sono Ondas cerebrais rápidas (EEG altamente ativo) 10 minutos. Pode haver ereção no homem e lubrificação na mulher não há movimentos musculares do tronco e membros respiração e pulso irregulares normalmente é mais difícil acordar uma pessoa nesta fase ondas beta de alta frequência Ocorrência dos sonhos e sonhos mais vívidos e irreais Foi descoberto em 1950 acidentalmente por Nathaniel Kleitman e Aserinsky 21 O sono REM ocupa pouco mais de 20 % do tempo total de sono de um adulto. Paradoxalmente, enquanto essa atividade toda ocorre, os principais músculos do corpo parecem ficar paralisados. Além disso, e ainda mais importante, o sono REM está positivamente correlacionado ao ato de sonhar. Apesar de alguns sonhos ocorrerem em estágios não REM, os sonhos que ocorrem neste período são mais vívidos e facilmente recordados. REM 22 Sono A claridade parece auxiliar a regular o ritmo em um dia de 24 horas Todos sonham, alguns frequentemente não se lembram Uma pessoa com 75 anos passou de 18 a 25 anos dormindo. Não há um padrão de horas necessárias, cada um funciona de uma forma e dependerá de alguns fatores como: fisiologia, condicionamento, etc. 23 Sono O ciclo do sono é repetido em 8 horas de sono por 4 ou 5 vezes a cada 90 a 100 minutos ocorrem as etapas de sono. Ciclo - 1-2-3-4-3-2-REM – idem A maioria dos sonhos ocorrem na última fase do sono noturno Jovens passam 60% do ciclo em sono leve (estágios 1 e 2); 20% em sono de ondas lentas (estágios 3 e 4); 20% na fase REM. Crianças (4 a 5 anos) passam 20 a 25% na fase REM Bebês passam metade do tempo em sono REM 24 Sono Idosos passam 18% na fase REM A primeira parte da noite é mais dominada por ondas lentas (estágios 3 e 4) , enquanto que a última parte da noite é dominada pelo estágio 2 e sono REM Cada indivíduo apresenta variações particulares no ciclo de sono 25 Sono Padrões de sono podem ser influenciados por depressão, drogas, estresse, dentre outros problemas Nos idosos, a porcentagem de estágio 1 aumenta, o que poderia justificar o sono mais leve e acordar durante a noite com mais frequência Efeito rebote (compensação) nos estágios 4 e REM. Provavelmente o sono REM está relacionado com a aprendizagem, talvez por isto o bebê tenha mais sono REM. 26 Privação do sono Privação de sono pode gerar: Cansaço Atenção diminuída Irritabilidade Falta de concentração Motivação diminuída 27 Privação do sono Privação de Sono REM e fase 4 tem efeito rebote ou compensação Tende a ocorrer todas as vezes que você pega no sono e/ou ocorrer mais prolongadamente nas próximas noites. 28 Experimentos com ratos mostram que a privação total do sono resulta em morte. Estudos da privação do sono em seres humanos mostram que apresentamos sistemas imunológicos enfraquecidos, dificuldade de concentração e nos irritamos mais facilmente. Privação do sono Pesquisas 29 perspectiva evolucionista - sono permitia aos nossos ancestrais conservar energia à noite, momento em que era relativamente difícil de encontrar comida. - atividade cerebral reduzida durante o sono não REM pode dar aos neurônios do cérebro, uma oportunidade de se reparar. Outra hipótese sugere que o início do sono REM interrompe a emissão de neurotransmissores chamados de monoaminas, assim permitindo que sua sensibilidade seja maior durante períodos despertos. Por que dormimos ? 30 Por que dormimos? Várias teorias e/ou hipóteses Teorias restauradoras: o sono promove processos fisiológicos que rejuvenescem o corpo a cada noite Teoriascircadianas: o sono é regulado neurologicamente, produto do processo evolutivo Hipóteses sobre as funções do sono: organizar as informações (inputs) do dia; desprezar informações desnecessárias; estimulação periódica neural, preservando os caminhos neurológicos 31 insônia Insônia (primária; intermediária; secundária) Problema crônico em conseguir dormir adequadamente 15% dos adultos reclamam de insônia moderada a grave Causas: tensão, estresse, alimentação, problemas emocionais, drogas. Pessoas superestimam 32 narcolepsia Intrusão do sono REM durante a vigília Sem controle voluntário (tem conteúdo genético) 33 34 Apneia Pequenas paradas respiratórias durante o sono Pode ocorrer o óbito Mais comum em homens e obesos 35 paralisia do sono transtorno que ocorre logo após acordar ou no momento em que se está tentando adormecer e que impede o corpo de mexer, mesmo quando a mente está acordada. durante o sono o cérebro relaxa todos os músculos do corpo e mantém-nos imóveis para que se possa conservar energia e evitar movimentos bruscos durante os sonhos. No entanto, quando acontece um problema de comunicação entre o cérebro e o corpo durante o sono, o cérebro pode demorar para devolver o movimento ao corpo, originando um episódio de paralisia do sono. 36 Sonhos Conteúdo dos sonhos geralmente são familiares, mas temos a tendência de enfatizarmos mais aqueles mais fortes (ex. pesadelos). O que as pessoas sonham é influenciado pelo que ocorre em suas vidas. Uma pessoa comum teve 150 mil sonhos quando chega aos 70 anos. 37 Elo entre o mundo real e dos sonhos O meio externo pode influenciar o sonho. Ex: jogar gotículas de chuva na face de alguém dormindo aumenta a probabilidade de sonhar com água. Pode ocorrer continuidade temática em diferentes períodos REM. 38 A cultura e os sonhos Lembrar dos sonhos pode estar relacionado com a importância que a cultura dá a ele. Onde o sonho é muito valorizado, tende-se a lembrar mais e com mais detalhes 39 Teoria dos sonhos 1 – Teoria da realização inconsciente dos desejos. Teoria de Sigmund Freud de que os sonhos representam desejos inconscientes que quem sonha deseja realizar (sonhos eróticos) – Conteúdo latente – os significados ‘disfarçados” dos sonhos, escondidos atrás de conteúdos mais óbvios. – Conteúdo manifesto – aparente enredo do sonho 40 • Teoria dos sonhos para sobreviver. Os sonhos nos permitem reconsiderar informações críticas para nossa sobrevivência diária. Nessa visão, sonhar é uma herança de nossos ancestrais animais, cujos cérebros pequenos eram incapazes de filtrar todas as informações recebidas durante as horas em que estavam acordados. Consequentemente, sonhar fornecia um mecanismo de processamento de informações 24 horas por dia. _ os sonhos representam nossas preocupações quanto nossa vida diária. Teoria dos sonhos 2 41 Teoria da ativação-síntese O cérebro produz energia elétrica aleatória durante o sono REM, possivelmente como resultado das modificações na produção de neurotransmissores. Na teoria, essa energia elétrica estimula aleatoriamente memórias alojadas em diversas partes do cérebro, usando memórias caóticas, montando uma história lógica, preenchendo os buracos para produzir um cenário racional. Teoria dos sonhos 3 42 Hipnose Procedimento sistemático que geralmente aumenta a sugestionabilidade Relaxamento passivo Atenção diminuída Fantasia aumentada 43 Hipnose - Limitações Nem todos são suscetíveis à hipnose Não é bem compreendida ainda Pode haver distorções sensoriais (alucinações); sensação de anestesia (dor); desinibição moral 44 Limitações As informações sob efeito da hipnose não são totalmente confiáveis, já que as memórias podem ser distorcidas ou inventadas (por desejos, motivações), ou seja, pré-disposição perceptiva Hipótese de que a hipnose cria uma dissociação da consciência, sendo que a parcela que tem contato com o entrevistador não responde (processa) estímulos de dor (em alguns momentos) 45 Meditação Ondas alfa e teta são mais observadas – Diminuição de taxa cardíaca, respiratória e consumo de oxigênio (semelhante ao que ocorre no relaxamento). 46 Alterando a consciência com drogas Drogas psicoativas também alteram a consciência 47 Referências Myers, D. (1999). Introdução à Psicologia Geral. Rio de Janeiro: LTC. Weiten, W. (2002). Introdução à Psicologia. São Paulo: Thomson-Pioneira 48
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