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25/02/2014 1 Sistema Cardiovascular Fisiologia Animal Yudney Pereira da Motta Sistema cardiovascular ►William Harvey – 1628 ►3 divisões principais: Sistema de distribuição (Coração, artérias e arteríolas) Sistema de distribuição e perfusão (artérias, arteríolas e capilares) Sistema de coleta (vênulas, veias e coração) Coração ►Órgão oco e musculoso ►Localização: Um pouco à esquerda do centro do tórax, ápice deslocado para a esquerda ►Coração é uma bomba muscular e possui contratilidade rítmica e independente Ciclo cardíaco Divide-se: ►Período de relaxamento (diástole) - ocorre o enchimento do coração Fase de Enchimento Rápido Fase de Enchimento Lento ►Período de contração (sístole) - ocorre o esvaziamento do coração 25/02/2014 2 Fluxo sanguíneo Características gerais do sistema vascular O Sistema linfático está intimamente associados com os capilares sanguíneos. • Recolhe fluidos e macromoléculas que se acumulam nos espaços teciduais; • Grandes vasos linfáticos pela confluência dos capilares conduzem a linfa ao átrio direito. Características gerais do sistema vascular Débito cardíaco fluxo médio de sangue liberado aos tecidos e órgãos. Volume sanguíneo/minuto. Frequência cardíaca número de ciclos por minuto ou segundo. Órgão dividido em 4 câmaras dois átrios dois ventrículos • Átrios: parede delgada; reservatório elástico; condução do sangue para o ventrículo; ação bombeadora propulsiva ventrículos fechamento da válvula atrioventricular • Ventrículos: massa miocárdica > parte peso cardíaco; Coração - Estrutura macroscópica Três camadas : Face interior endocárdio. • Miocárdio músculo que forma as paredes do coração. Sua contração leva a ejeção do sangue pelos vasos e seu relaxamento facilita seu enchimento novamente; • Superfície externa epicárdio. Coração - Microscopia 25/02/2014 3 Pericárdio • Saco de parede dupla fluido (pequena quantidade) superfície lubrificada facilitando os batimentos cardíacos; • Pouco elástico evita expansão aguda do coração; • Acúmulo de fluido rápido vs gradual. Coração Coração Coração Controle do Ritmo Cardíaco ►SNA SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO ►PARASSIMPÁTICO Liberação de neurotransmissor, acetilcolina, que se liga aos receptores nas células do nódulo SA, que retarda o fechamento dos canais de K, aumentando a permeabilidade a esse íon. Ocorre hiperpolarização (tornam-se mais negativas no interior) levando a célula a demorar mais tempo para atingir o limite Parassimpático: associa-se ao controle do coração em situações de descanso Controle do Ritmo Cardíaco ► SIMPÁTICO Liberação de norepinefrina ou noradrenalina Diminui a permeabilidade da membrana celular ao potássio, aumenta assim a sua taxa de despolarização atingindo o limite mais rapidamente. Contribui o aumento de permeabilidade ao cálcio promovido pela fosforilação dos seus canais, atingindo-se assim o limite mais rapidamente Simpático: ligado a situações de esforço físico e emergência Controle do Ritmo Cardíaco 25/02/2014 4 a) Marcapasso e células condutoras Há 3 tipos de células condutoras - Células P marcapasso, primitiva e pálida (NSA e NAV); - Células de transição conexão células P e o tecido circundante; - Células de Purkinje formam feixe de His, seus ramos e a rede de Purkinje. Coração - Morfologia das células miocárdicas Coração http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d5/Conductionsystemoftheheart.png Nodo Sinoatrial Nodo Atrio- ventricular Fascículo Esquerdo Posterior Fibras de Purkinje Fascículo de Bachmann Feixe de His Fascícul o Direito http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d5/Conductionsystemoftheheart.png http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d5/Conductionsystemoftheheart.png http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d5/Conductionsystemoftheheart.png 25/02/2014 5 http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d5/Conductionsystemoftheheart.png Sistema de Condução Nodo Sinoatrial ►Potencial de ação = -40mV ►Potencial de membrana em repouso= -55 a -60mV ►Função: automacidade cardíaca ►Células naturalmente mais positivas Liberando Na+ mesmo em repouso. ►Despolarização Não existe vazamento de potássio Hiperpolarizado Potencial de membrana em repouso. Sincício Cardíaco ►Através do estímulo de uma célula, as células vicinais são estimuladas também em virtude dos discos intercalares. Na K Ca 25/02/2014 6 Potencial de Ação ► Fase 0 despolariza rápido abre canais de sódio ► Fase 1 repolarização precoce abre canais de potássio rápidos ► Fase 2 platô abre canais de cálcio/sódio voltagem dependentes lentos ► Fase 3 repolarização final abre canais de potássio rápidos ► Fase 4 potencial de membrana em repouso bomba de sódio/potássio Potencial de Ação DESPOLARIZA RÁPIDO ABRE CANAIS DE SÓDIO Potencial de Ação REPOLARIZAÇÃO PRECOCE ABRE CANAIS DE POTÁSSIO RÁPIDOS Potencial de Ação PLATÔ ABRE CANAIS DE CÁLCIO/SÓDIO VOLTAGEM DEPENDENTES LENTOS Potencial de Ação REPOLARIZAÇÃO FINAL ABRE CANAIS DE POTÁSSIO RÁPIDOS Potencial de Ação POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO BOMBA DE SÓDIO/POTÁSSIO 25/02/2014 7 b) Células miocárdicas contráteis ou efetoras - Especializadas em contração e condução; - Núcleo central, forma um agregado com miofibrilas contráteis e contém numerosas mitocôndrias; - Fibra : célula individual miofibrilas em seu interior estriações transversas. - Sarcômeros unidade contrátil fundamental (miofilamentos) entre duas estrias Sarcômero Cálcio Elemento de ligação entre a excitação e a contração Relaxamento da fibra depende da remoção deste elemento – desfaz a ponte cruzada entre os filamentos de actina e miosina INTRACELULAR EXTRACELULAR Mecanismo de Ação K+ Na+ Na + ATP Ca++ Ca++ Ca++ Ca++ Ca++ 25/02/2014 8 Eletrofisiologia Marcapasso e células condutoras Nodo SA Nodo AV Feixe de His Ramos D e E do feixe de His Rede de Purkinje As células P localizadas dentro do nodo SA servem para iniciar o batimento cardíaco. Marcapasso e células condutoras Nodo sinoatrial Está localizado na parede atrial, na junção da via cava anterior e do AD sulco terminal (epicárdio) e como crista terminal (endocárdio). Sua estrutura é semelhante em diversas outras espécies são células alongadas e esparsas nas miofibrilas, entrelaçam-se com uma rede de colágeno abundante e formam esta estrutura compacta. Marcapasso e células condutoras Marcapasso e células condutoras Nodo atrioventricular Está localizado debaixo do endocárdio atrial direito, na base do septo interatrial. No lado atrial, recebe ramos da musculatura atrial e se continua como feixe de His no lado ventricular. Marcapasso e células condutoras Feixe de His As células de Purkinje agrupadas são conhecidas como feixe de Hiss que passa da localização endocárdica AD do nodo AV medialmente e ao longo da margem mais baixa do septo interventricular dividindo-se emdois ramos D e E. 25/02/2014 9 Marcapasso e células condutoras Marcapasso e células condutoras Ramificação do feixe de Hiss O feixe direito emerge primeiro e é o menor dos dois. O ramo esquerdo de feixe se continua a partir do feixe de Hiss como fascículo amplo que corre subendocardicamente para baixo do lado esquerdo do septo interventricular e se divide em fascículos maiores anterior e posterior antes de alcançar a rede de Purkinje. Princípios eletrofisiológicos básicos Cada tipo de célula possui um potencial de membrana característico responsável pela passagem do impulso cardíaco de uma célula a seguinte. Princípios eletrofisiológicos básicos Automaticidade É a capacidade da célula se despolarizar espontaneamente, alcançar o potencial limiar iniciar um potencial de ação transmembrana. No coração saudável apenas as células do nodo SA alcançam potencial limiar sem estímulo externo. Princípios eletrofisiológicos básicos Excitabilidade Todas as células miocárdicas normais são excitáveis, isto é, são capazes de dar origem a um potencial de ação quando dirigidas por um estímulo adequado. Princípios eletrofisiológicos básicos Cronotropismo 25/02/2014 10 Frequência Cardíaca Animal FC – bpm Equinos 32-44 Equinos 38-48 Bovinos leiteiros 60-70 Ovinos e caprinos 70-80 Suínos 60-80 Cães 70-120 Gatos 110-130 Galinha 200-400 Homem 60 – 90 Princípios eletrofisiológicos básicos Inotropismo Princípios eletrofisiológicos básicos Potencial de repouso da membrana É o gradiente de potencial elétrico que existe através das membranas celulares. A célula cardíaca funcionando normalmente depende de um potencial de membrana de repouso intacto, o qual, depende do potencial elétrico produzido pelos gradientes de concentração de Na, K e Ca (-90mV). Princípios eletrofisiológicos básicos Princípios eletrofisiológicos básicos Potencial limiar O nível crítico de despolarização da membrana celular (cerca de aproximadamente -55 a -60mV) no qual se inicia o potencial de ação é o potencial limiar. Uma vez atingido este nível, nenhum estímulo maior é necessário para a curva ascendente do potencial de ação se tornar auto-sustentada. Estímulos sub-limiares produzem apenas resposta local não propagada. Princípios eletrofisiológicos básicos 25/02/2014 11 Princípios eletrofisiológicos básicos Período Refratário Refratariedade é a incapacidade de uma célula de responder a um estímulo porque tenha sido recentemente ativada por um estímulo prévio (perdura do estabelecimento do potencial de ação até a repolarização completa). Sons Cardíacos ►Bulhas ►Fisiológicas ►Patológicas S1 S2 S3 S4 Sopros M A P http://static.ebayclassifieds.com/static/1206221545/img/category_info//pets/dogs-puppies/german-shepherd.jpg 63 http://static.ebayclassifieds.com/static/1206221545/img/category_info//pets/dogs-puppies/german-shepherd.jpg M A P 64 http://www.germanshepherdbreeders.com/Blevins/images/IrsusVeraCruzhtm.jpg T 65 http://www.germanshepherdbreeders.com/Blevins/images/IrsusVeraCruzhtm.jpg T 66 25/02/2014 12 M A P 67 T 68 M A P 69 T 70 Primeira Bulha (S1) ►Fechamento passivo Mitral e Tricúspide ►Turbilhonamento do sangue pelas artérias ►Contração das paredes ventriculares Primeira Bulha (S1) ►Grave e prolongado ►VAVD e VAVE Febre; Estresse com Taquicardia Obesidade, Efusão, Massas, Bradicardia, Insuficiência Ventricular 25/02/2014 13 Segunda Bulha (S2) ►Fechamento passivo Valva Aórtica e Pulmonar ►Breve, alto e nítido Anormais ►Terceira Bulha ►Quarta Bulha ►Sopro Terceira Bulha (S3) ►Rápido enchimento ventricular ►S3 mais baixo que S2 ►Foco mitral ►Ventrículos dilatados Quarta Bulha (S4) ►Contração atrial ►Foco aórtico e pulmonar ►Dilatação atrial devido à hipertrofia ventricular Sopros ► Turbulência do fluxo sanguíneo através do coração e vasos ou estenoses ► Sopros Fisiológicos ►Anemia ►Hipoproteinemia ►Atletas Patológicos 25/02/2014 14 Sopros Patológicos ► Doença Cardíaca ou vascular ► Estenose valvar Aórtica Pulmonar ► Insuficiência valvar AVD (Mitral) AVE (Tricúspide) ► Shunts intra ou extracardíacos O eletrocardiograma (ECG) É um registro do potencial elétrico médio gerado no músculo cardíaco e registrado em termos de voltagem (eixo vertical) e tempo (eixo horizontal) durante as diferentes fases do ciclo cardíaco. É medido na superfície corpórea. Fluxo de corrente pelo tórax 25/02/2014 15 O eletrocardiograma (ECG) O eletrocardiograma (ECG) O eletrocardiógrafo pode combinar os eletrodos no corpo (MAD, MAE, MPE e eletrodo explorador) em combinações específicas ou derivações. O decúbito lateral direito com os membros paralelos e verticais ao corpo é a posição corpórea padrão para cães e gatos. Os eletrodos devem ser colocados abaixo do olecrano e sobre os ligamentos patelares. O eletrocardiograma (ECG) Eletrocardiógrafos Analógico Digital Computadorizado PRINCÍPIOS ELETROFISIOLÓGICOS POTENCIAL DE AÇÃO - Alterações no potencial de membrana até o limiar para estimulação Célula em repouso (-) Despolarização (+) / Repolarização CÉLULA MARCAPASSO Célula que se despolariza espontaneamente. Atinge limiar mais rápido. Células do NSA (normalmente) 25/02/2014 16 Atividade elétrica da célula K+ K+ Na+ Na+ Ca++ K+ Registro da atividade elétrica cardíaca REPOUSO + + + + + + + + + + - - - - - - - - - - - - - - - - A DESPOLARIZADA - - - - - + + + + + + + + - - - - - C REPOLARIZAÇÃO + + - - - - - - + + + - - + + + + + - - - - D DESPOLARIZAÇÃO - - + + + + + - - - - + + - - - - - - + + + B Registro de ondas: Despolarização e Repolarização DERIVAÇÕES 25/02/2014 17 Derivações bipolares dos membros ► D I - mede a diferença entre o potencial do membro torácico esquerdo (TE) e o potencial do membro torácico direito (TD) ► D II - mede a diferença de potencial existente entre o membro posterior esquerda (PE) e o membro torácico direito (TD) ► D III - mede a diferença entre o potencial do membro posterior esquerda (PE) e o potencial do membro torácico esquerdo (TE). Triângulo de Einthoven ECG em três derivações Sistema de derivações cardíacas Triângulo de Einthoven - + Derivação I + - Derivações bipolares - + Derivação I + - I II III Derivações unipolares de membros - + Right + - Left Foot aVL aVR aVF I III II 25/02/2014 18 I II III aVF aVL aVR 0º 180º 90º -90º Derivações unipolares de membros Vetores cardíacos DEFLEXÃO POSITIVA / NEGATIVA /TRAÇADO ISOELÉTRICO O eletrocardiograma (ECG) - onda P despolarização atrial - complexo QRS despolarização ventricular - Intervalo P-R começo da despolarização atrial até começo da despolarização ventricular -onda Q despolarização Septal -onda R despolarização ventricular (maior massa) O eletrocardiograma (ECG) - onda S 1ª deflexão negativa seguinte a ondaR. Despolarização da região basal posterior do ventrículo (próximo as valvulas AV). - onda T repolarização dos ventrículos. - segmento S-T período de inatividade elétrica depois do miocárdio estar despolarizado. - intervalo Q-T tempo necessário para despolarização e repolarização dos ventrículos (atividade ventricular). Pausa entre a contração atrial e a ventricular consequência da condução lenta dos potenciais de ação através do NAV. As células do NAV são a única passagem entre os átrios e os ventrículos (átrios e ventrículos são separados por uma camada de tecido que por sua vez não conduzem potencial de ação). Sistema especializado de condução do coração 25/02/2014 19 CICLO CARDÍACO REGISTRO GRÁFICO PAPEL DE ECG O eletrocardiograma (ECG) Analisando o ECG A FC deve ser calculada a partir da derivação II. Velocidade do papel de 50mm/s Ritmo Cardíaco Relação P-QRS e intervalo R-R Avaliação de arritmias Doenças pericárdicas Mudanças na anatomia cardíaca Avaliação de terapia com drogas Distúrbios eletrolíticos Progressão de cardiopatias Doenças extra-cardíacas Indicações ECG 25/02/2014 20 Ritmicidade anormal do marca-passo; Deslocamento do marca-passo do nodo sinusal, para outras áreas do coração; Bloqueios em diferentes partes da propagação do impulso pelo coração; Vias anormais, para a transmissão do impulso pelo coração; Geração espontânea de impulsos anormais em quase todas as áreas do coração. Causas das Arritmias Extra-sístoles ventriculares Taquicardia Ventricular ARRITMIAS CARDÍACAS Assistolia ventricular Taquicardia ventricular ARRITMIAS CARDÍACAS
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