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Tecnologia de Produção e Embalagem Valerio Todaro valeriotodaro@ufrj.br Um meio econômico de prover proteção, apresentação, identificação, informação e conveniência ao produto farmacêutico, desde o momento da sua produção até o seu uso ou administração Qualquer dispositivo que separe o medicamento preparado do ambiente de forma a dar estabilidade, informação e comodidade de administração Embalagem Farmacêutica Embalagem Farmacêutica Embalagem Primária Recipiente destinado ao acondicionamento e envase de insumos farmacêuticos que mantém contato direto com os mesmos (RDC no 35 de 2003, ANVISA) Conter e restringir quaisquer perigos químicos, biológicos, climáticos ou mecânicos que causem dano ao produto Funcionar como meio de administração na mão do usuário Embalagem Secundária Recipiente destinado ao acondicionamento de insumos farmacêuticos em sua embalagem primária, não mantendo contato com os mesmos (RDC no 35 de 2003, ANVISA) Proteção física adicional Embalagem Farmacêutica Características Essenciais Ser econômica Proteção contra as condições ambientais Não reagir com o produto Não conferir sabor ou odor ao produto Não ser tóxica Evitar tentativas de adulteração do produto Ser adaptável ao equipamento de embalagem de velocidade elevada Embalagem Farmacêutica Tipos de Embalagem Líquidos Orais / Nasais / Colírios Frascos de vidro Frascos de polietileno tereftalato (PET) Frascos de polipropileno (PP) Sprays Líquidos Injetáveis Frascos de vidro Ampolas Vials Seringas Bolsas Sólidos Blisters Strips Sachês Tubos Potes Frascos Semissólidos Bisnagas (alumínio, plásticas e laminadas) Tipos de Embalagem Linhas de Enchimento Composta por uma série de equipamentos: Enchedora Tampadora Rotuladeira Encartuchadeira Termoformadora Colocadora de Lacre Balança check-weigher Codificadora Linha de Enchimento de Líquidos Enchimento de Líquidos Enchimento de Líquidos Linha de Embalagem de Líquidos Desembaladora Despaletizador Sopradora Alimentador de tampas Encartuchadeira Paletizador Encaixotadora Rotuladeira Enchedora e Tampadora Sopradora / Posicionadora Sopro de ar filtrado + vácuo Remoção de partículas Importante para frascos PET Cargas de eletricidade estática Sopro de ar ionizado No caso do PET Ordena os frascos para a enchedora Sopradora Enchedora Dosagem mais utilizada Seringas (ou pistões) Alteração do volume Ovalização das camisas Desgastes do êmbolo Recipiente intermediário Manter pressão constante Pistões de Enchimento Enchedora Linear Movimento intermitente Baixas velocidades de produção (até 120 unidades/min ou 7.200 unidades/hora) Set-up mais rápido comparado ao da enchedora rotativa Custo mais baixo comparado ao custo de implementação da enchedora rotativa Enchedora Linear Enchedora Linear (1) (2) (1) Centralização dos bicos (2) Régua de centralização dos gargalos Enchedora Rotativa Movimento rotacional Altas velocidades de produção (acima de 150 unidades/min ou 9.000 unidades/hora) Set-up mais lento em função da complexidade Ideal se utilizada de modo dedicado e com limpeza (clean in place) Custo elevado Enchedora Rotativa Considerações Gerais Frascos de vidro apresentam ovalização Menor incidência no PET Soma das diferenças podem ocasionar Choque entre o bico de enchimento e o gargalo Enchimento fora do frasco Podem ser evitados utilizando-se os dispositivos de centralização mostrados na foto anterior Tipos de Embalagens PET PE/PP Vidro Tampadora Torques elevados Danifica a rosca da tampa Causa vazamento Impede a abertura do frasco Garante fechamento através de um torque adequado Torques baixos Causa vazamento Tampadora Tampa Plástica em Frasco de Vidro Tampa mm Torque de Aplicação Torque Mínimo para Remoção 15 8 4 18 9 5 20 10 5 22 11 6 24 12 6 Tampadora Tipos de Tampa Lacre metálico (VIC) Praticamente extinta Acidentes na abertura Tampadora possuía baixa eficiência Tipos de Tampa Pilfer-Proof e Sure-Guard Tampa plástica com lacre Rompimento na remoção parcial da tampa Demonstra violação do frasco Tipos de Tampa Child-Proof ou Child-Resistant Dificulta a abertura por crianças Envolve 2 operações simultâneas (pressionar e girar) Alto custo Rotuladeira Rotuladeira Aplicação do rótulo Impressão da numeração de lote Impressão da data de validade Sistemas de segurança Leitor de código de barras (pharmacode) Verificação da impressão do lote e validade Verificação da presença do rótulo Rejeição das unidades defeituosas Rotuladeira (1) (2) (1) Leitor de Numeração de Lote (2) Leitor de Códigos de Barras Rotuladeira Leitor de Presença de Rótulo Rejeitor Rotuladeira Rejeitor Confirma Rejeição Sensor de Acúmulo Encartuchadeira Classificação Semi-Automáticas Contínuas Intermitentes Automáticas Contínuas Intermitentes Encartuchadeira Semi-automática Armação do estojo automática Colocação manual da embalagem primária Colocação da bula pode ser de forma automática ou manual Utilizada quando a embalagem primária acompanha acessórios (colher, seringa, etc) Uso intensivo de mão-de-obra Encartuchadeira Semi-automática Encartuchadeira Automática Todos os processos são automáticos Armação do cartucho Dobragem da bula Inserção do produto A inserção de acessórios pode encarecer muito o equipamento Utiliza pouca mão-de-obra Encartuchadeira Automática Encartuchadeiras Intermitentes Baixa velocidade de produção Máximo 80 unidades/min ou 4.800 unidades/hora Custo inferior ao de uma contínua Contínuas Alcançam altas velocidades Até 400 unidades/min Custo elevado Sistemas de Segurança Leitor de Código de Barras (Pharmacode) Frente e verso da bula / cartucho Presença de produto (alimentação) Não permite que a bula seja “puxada” caso não haja produto Sistemas de Segurança Sensor de presença de bula Verifica se a bula foi introduzida Mais eficiente quando verifica a bula dentro do cartucho Presença de produto (fechamento) Verifica se o produto foi inserido Sistemas de Segurança Sensor de Presença de Bula Sistemas de Segurança Sistema de Rejeito Localizado na saída da máquina Deve rejeitar Problemas com códigos de barra (bula e cartucho) Cartucho sem bula Cartucho sem produto Geralmente pneumáticoTipos de Fechamento Hot-melt (Cola quente) Geralmente instalado na própria encartuchadeira Cartucho possui 4 abas Boa qualidade da cola evita entupimentos Lacre Necessita outro equipamento (colocadora de lacre) Cartucho possui 3 abas Menor eficiência produtiva Fechamento Hot-melt Pistolas Coleiro Tipos de Fechamento Colocadora de Lacre Controle de Processo Controle de volume Estabelecer periodicidade Amostragem de todos os bicos Torque Vazamento Vácuo e tempo determinados de acordo com o material de embalagem Controle de Processo Torquímetro Cuba de Vácuo Vacuômetro Linha de Enchimento de Líquidos Estéreis Enchimento de Líquidos Estéreis Principais Materiais Frascos ou Vials Enchimento de Líquidos Estéreis Ampolas Abertas Fechadas Enchimento de Líquidos Estéreis Seringas Enchimento de Líquidos Estéreis Linha de Enchimento de Estéreis Lavagem / Sopro Utilização de água para injetáveis (WFI) Realização de lavagem interna e externa Utilização de banho de ultrassom confere melhor resultado de limpeza Utilização de filtros absolutos (0,22 micra) no processo de sopragem de ar Lavagem Lavagem / Sopro Esterilização / Despirogenação Realizada em estufa ou túnel (calor seco) Temperatura de aquecimento deve ser maior que 220oC Esterilização / Despirogenação Esterilização / Despirogenação Enchimento de Líquidos Estéreis Realizado sob fluxo laminar Enchedora com peças em inox (316 L) e de fácil limpeza Sistema de nitrogenação (antes, durante e após processo de enchimento) Sistemas de dosagem mais precisos, evitando a geração de partículas Enchimento de Líquidos Estéreis Utilização de sistemas de checagem de volume em linha (IPC – in process control) Enchimento de Líquidos Estéreis Fechamento Ampolas Fechamento Frascos Fechamento Seringas Fechamento Ampola Frascos Codificação Preocupação com eventuais misturas entre as etapas de envase e rotulagem (mix up) Identificação do produto em caso de mistura Alternativas Ampolas – código de anéis Frascos – tampas Flip-Off Codificação Ampolas - Ring Coding Codificação Frascos – Tampas Flip-Off Inspeção Visual Inspeção automática (através de câmeras) ou manual Detecção de partículas provenientes do produto, solda (ampolas) ou pedaços de vidro Inspeção estética Tampa de alumínio (fechamento) Corpo (rachaduras, ponto preto, bolhas) Nível de enchimento Inspeção Visual Automática Inspeção de Ampolas Pontos de carbonização Verificação dos anéis de codificação Verificação dimensional Inspeção Visual Automática Inspeção Visual Manual Processo meticuloso e demorado Custo x Benefício Manual Baixo custo de implementação Alto custo de produção (intensivo em mão-de-obra) Baixa precisão na detecção de problemas Automática Alto custo de implementação, baixo custo de produção e alta precisão na detecção de problemas Para grandes volumes de produção é possível justificar um pay-back Testes de Vazamento Leak-Test com azul de metileno Forma mais antiga e bastante empregada Utiliza solução de azul de metileno para verificar a infiltração Testes de Vazamento Considerações Processo demorado Risco de contaminação do produto em casos onde o vazamento é muito pequeno e indetectável Muito fácil de ser implementado devido ao baixo custo Testes de Vazamento Pinhole – Inspeção eletrônica Detecta fissuras capilares nas paredes do vidro, ampolas vazias e cheias, e ampolas fechadas de forma inadequada Alta produtividade Alto custo Rotulagem Ampolas podem vir pré-gravadas, salvo se não atendem ANVISA (tamanho de fonte) A utilização de rotuladeiras torna o processo de rotulagem semelhante ao aplicado para os líquidos orais Para ampolas, os equipamentos possuem características especiais, principalmente em função da velocidade Rotulagem Embalagem As ampolas são colocadas em berços, formados através de processo similar ao aplicado para os blisters Os frascos seguem a mesma sequência de embalagem adotada para os líquidos orais Linha de Enchimento de Semissólidos Enchimento de Semissólidos Linha de Enchimento de Semissólidos Sistemas de Alimentação Principais sistemas de alimentação de bisnagas Manual Colocação direta no disco da máquina Bisnagas colocadas em uma rampa Cassete fixo Recipiente fixo na enchedora Caixa de bisnagas invertida sobre ele Sistemas de Alimentação Sistemas de Alimentação Cassete móvel Permite a retirada da máquina Permite rápido abastecimento Caixas devem possuir mesma dimensão Ergonômico Grande autonomia Caixas podem variar Não exige arrumação perfeita Sistemas de Alimentação Sistemas de Alimentação Robô Retira as bisnagas diretamente da caixa do fornecedor Requer uma arrumação perfeita das bisnagas Opera em altas velocidades (fator tempo) Sistemas de Alimentação Critérios para escolha Custo x autonomia Velocidade Alimentação manual usada até 50/min Alimentação por cassete de 60 a 160/min Ergonômico ou robô acima de 160/min Alimentação do Produto Manual Custo zero Problemas ergonômicos Bomba de parafuso (tipo NETZ) Custo baixo Não aproveita todo o granel Risco de queima do estator Sistema Müller Alimentação do Produto Sistema Müller Perdas pequenas de granel Excelente ergonomia Baixo risco de contaminação Custo elevado Alimentação do Produto Sistema Müller Alumínio Mais utilizada na indústria farmacêutica Alta barreira de proteção Plástico Mais utilizada na indústria cosmética Permite estampas mais complexas Laminado Tendência para a linha cosmecêutica Tipos de Bisnagas Fechamento da Bisnaga Dependente do material de embalagem utilizado Tubos de Alumínio Plástico / Laminado Alumínio Máquina padrão com mordentes para fechamento tipo duplo Exige adicional para fechamento tipo sela Plástico / Laminado Pinça quente (Hot Jaws) Ar quente (Hot Air) Ultrassom Fechamento da Bisnaga Pinça Quente Existência de muitos formatos (set-up) Quando a qualidade da bisnaga não é garantida (tolerâncias dimensionais) Hot Air Mais utilizado na indústria farmacêutica Admite pequenas tolerâncias dimensionais Ótimo acabamento na região da solda Sistemas de Fechamento Ultrassom Opera em baixas velocidades Alto custo Usado apenas em situações especiais: - Tamanho da solda muito grande - Solda a bisnaga mesmo com produto naregião da selagem Sistemas de Fechamento Sistemas Hot Air Água Gelada Ar Quente Bisnaga Enchedoras Circulares Muitos modelos Diversas faixas de velocidade Melhor se dedicadas a 1 tipo de tubo Ovais Geralmente acima de 160 tubos/min Fácil mudança entre alumínio e plástico Custo elevado Enchedora Oval Variação de peso Êmbolo do pistão de enchimento Consistência do granel - Cremes: incorporam muito ar - Pomadas: vaselina dura no fundo do funil Vazamento na abertura da bisnaga Bisnagas de alumínio Ar na região da dobra que contribui para o aumento da pressão interna Problemas Comuns Falha no fechamento Bisnagas de alumínio Produto na região do fechamento Ajuste na altura das pinças Bisnagas plásticas Produto na região da selagem Variação dimensional da bisnaga Baixa temperatura de aquecimento Falta de refrigeração Problemas Comuns Encartuchadeira Não apresenta diferenças significativas em relação ao processo de encartuchamento de líquidos Balança Check-weigher Localizada após a encartuchadeira Importante item de segurança Garante a expulsão de: Cartuchos vazios Bisnagas abaixo/acima do peso Ausência de bula (em alguns casos) Balança Check-weigher Controles de Processo Volume Bisnagas apresentam variações de peso Tarar a bisnaga antes da aferição Periodicidade: critérios próprios Vazamento Colocar a bisnaga em forno a 40ºC Após 10 minutos, apertar a bisnaga e verificar a dobra (fechamento) e a rosca do bico Linha de Enchimento de Sólidos Enchimento de Sólidos Materiais de Formação Relação Custo x Barreira Alumínio (alta barreira) PVC (baixa barreira) PVdC (média barreira) Aclar (ultra barreira) Formação À quente Usada com PVC / PVdC / Aclar Bolsas formadas através de sopro de ar Gases tóxicos se desprendem durante o aquecimento À Frio Usada com alumínio Formação das bolsas através de ação mecânica Detecção de Microfuros (Pinhole Detector) Formação Formação Detector Pinhole Parâmetros de escolha Tipo de produto Cápsula / comprimido / drágea Características do produto Revestimento / dureza / forma Tipo de Blister PVC-Alu / Aclar-Alu / Alu-Alu Sistemas de Alimentação Tipos de Blister Alumínio-Alumínio (Alu-Alu) Tipos de Blister Alumínio-Alumínio (Alu-Alu) Tipos de Blister Alumínio-PVC (Alu-PVC) Embalagem Blistadora Alu-Alu Embalagem Blistadora Embalagem Blistadora Alu-PVC / Alu-PVdC Sistemas de Alimentação Principais sistemas de alimentação Alimentador universal (de escovas) Calha vibratória Alimentador dedicado Alimentador Universal Ótima eficiência quando utilizado com drágeas e comprimidos revestidos Indicado também para comprimidos ovais (oblongos) Não deve ser utilizado com cápsulas (risco de abertura) Pouco indicado para comprimidos que desprendem muito pó Alimentador Universal Calha Vibratória Calha Vibratória Ideal para comprimidos redondos e planos Ótima eficiência com cápsulas Indicado para comprimidos que desprendem excesso de pó Alimentador Dedicado Alimentador Dedicado Desenvolvido para blister Alu-Alu Custo elevado Permite alimentação de 2 produtos diferentes no mesmo blister Selagem Tipos de Selagem Plana Movimentos intermitentes Circular Movimento rotativo Custo elevado do ferramental Termoformadora 1. Placas de aquecimento 2. Estação de formação 3. Alimentação 4. Sistema de visão 5. Estação de selagem 6. Estação de corte 7. Transferência Sistemas de Visão Finalidade Detectar ausência de comprimidos Detectar comprimidos quebrados Detectar mistura de comprimidos: área, cor, princípio ativo (IR) Câmeras coloridas ou monocromáticas Eficiência dependente do sistema de rejeição Sistemas de Visão Sistemas de Visão Impressão do Alumínio Sistemas capazes de imprimir o alumínio na medida em que é usado Permite grande flexibilidade de programação da produção Permite gravar lote e validade em cada bolsa do blister Custo elevado Impressão do Alumínio Encartuchadeira Encartuchadeira Automática Ponto crítico: sistema de transferência Pré-insersor de bulas Presença obrigatória Não é o blister quem deve empurrar a bula É oferecido como opcional Balança de Checagem Localizada após a encartuchadeira Importante item de segurança Garante a expulsão de: Cartuchos vazios Falta de blister Ausência de bula (devido à pequena variação da embalagem primária) Encaixotadora Encaixotadora Agrupar os cartuchos e inserí-los na caixa de embalagem Ideal para linhas de alta produção Evita problemas ergométricos (peso elevado das embalagens terciárias) Controle de Processo Sistema de Visão Deve ser testado no início e fim da produção diária e após longas paradas A sensibilidade do ajuste varia de acordo com o produto Infiltração Realizado sempre com uma selagem completa com todos os blisters Testes geralmente destrutivos Infiltração Imergir os blisters em solução de azul de metileno Mantê-los imersos durante 3 minutos sob sistema de vácuo Realização de inspeção visual e verificação da migração do líquido para o interior do blister Infiltração Sinais de Infiltração Obrigado!
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