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visita tecnica - aterro sanitario

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS (UEA)
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA (EST)
COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL (CEC)
	
	
VISITA TÉCNICA AO ATERRO SANITÁRIO DO MUNICÍPIO DE MANAUS – UEA
MANAUS - AM
ABRIL - 2016
MICHELLE SOUZA OLIVEIRA - 1215070325
	
VISITA TÉCNICA AO ATERRO SANITÁRIO DO MUNICÍPIO DE MANAUS – UEA
Relatório solicitado para obtenção de nota parcial, referente à disciplina de Tópicos Especiais em Engenharia Civil: Resíduos Sólidos e Limpeza Pública, ministrada pelo professor Ronaldo Pimentel Mannarino.
MANAUS - AM
ABRIL – 2016
RESUMO
Este relatório foi realizado com base nos conhecimentos adquiridos durante a visita dos alunos de engenharia civil da disciplina de Tópicos Especiais em Engenharia Civil: Resíduos Sólidos e Limpeza Pública ao aterro sanitário do Município de Manaus, localizado na rodovia AM 0-10, Km 18 Manaus - Itacoatiara, realizada sob a orientação do professor Ronaldo Pimentel Mannarino. O aterro sanitário é uma das técnicas mais seguras e de menor custo para a disposição final dos resíduos sólidos urbanos. Fundamentado em critérios de engenharia e normas técnicas específicas, permite confinar tais resíduos de uma forma segura, controlar a poluição ambiental e proteger a saúde pública. No entanto, a falta de critérios técnicos durante a implantação e operação de um aterro sanitário pode conferir-lhe características indesejáveis, trazendo sérios riscos à saúde da população e ao meio ambiente. Buscou-se analisar o referido aterro conforme a Norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 13.896 de 1997 que trata sobre critérios de implantação e operação de aterros de resíduos não perigosos, visando assim integrar o tema à engenharia civil.
Palavras-Chave: Aterro sanitário, tratamento, coleta, resíduos sólidos.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Software de registro e pesagem	15
Figura 2: Portaria do aterro sanitário de Manaus	18
Figura 3: Balança do aterro sanitário de Manaus	19
Figura 4: isolamento parcial realizado por tapume	19
Figura 5: Cinturão verde cercando a área do aterro	20
Figura 6: Instalação de apoio operacional do aterro sanitário de Manaus	21
Figura 7: Área de disposição dos resíduos	21
Figura 8: Tratamento de chorume do aterro sanitário de Manaus	22
Figura 9: Abertura de poço para monitoramento da qualidade das águas subterrâneas no entorno do aterro sanitário de Manaus	23
Figura 10: Reservatório do biogás condensado	25
Figura 11: Tubulação de coleta do biogás	25
Figura 12: Medidor de vazão	26
Figura 13: Flare - Equipamento de queima	27
Figura 14: Quantidade de vetores e rojões	28
SUMÁRIO
 
INTRODUÇÃO
A Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é bastante atual e contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao país no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. 
Prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado).
Institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos e embalagens pós-consumo.
Cria metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos lixões e institui instrumentos de planejamento nos níveis nacional, estadual, microregional, intermunicipal e metropolitano e municipal; além de impor que os particulares elaborem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
Também coloca o Brasil em patamar de igualdade aos principais países desenvolvidos no que concerne ao marco legal e inova com a inclusão de catadoras e catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis, tanto na Logística Reversa quando na Coleta Seletiva.
Além disso, os instrumentos da PNRS ajudarão o Brasil a atingir uma das metas do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, que é de alcançar o índice de reciclagem de resíduos de 20% em 2015.
Aproveitamento Energético do Biogás de Aterro Sanitário
A disposição final de resíduos sólidos urbanos produz emissões de gases causadores do efeito estufa. Com o aumento da população mundial hoje estimada em 6,0 bilhões e o grau de urbanização que representa 75% do total da população vivendo em cidades, torna-se clara a necessidade de um correto gerenciamento da disposição final de resíduos sólidos urbanos.
Para estimar a composição e o quantitativo do biogás a ser produzido no aterro, pode ser utilizado o modelo matemático do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) - Waste Model.
Composição do Biogás de Aterro
Um aterro de resíduos sólidos pode ser considerado como um reator biológico onde as principais entradas são os resíduos e a água e as principais saídas são os gases e o chorume. A decomposição da matéria orgânica ocorre por dois processos, o primeiro processo é de decomposição aeróbia e ocorre normalmente no período de deposição do resíduo. Após este período, a redução do O2 presente nos resíduos dá origem ao processo de decomposição anaeróbia.
O gás de aterro é composto por vários gases, alguns presentes em grandes quantidades como o metano e o dióxido de carbono e outros em quantidades em traços. Os gases presentes nos aterros de resíduos incluem o metano (CH4), dióxido de carbono (CO2), amônia (NH3), hidrogênio (H2), gás sulfídrico (H2S), nitrogênio (N2) e oxigênio (O2). O metano e o dióxido de carbono são os principais gases provenientes da decomposição anaeróbia dos compostos biodegradáveis dos resíduos orgânicos. A distribuição exata do percentual de gases variará conforme a antiguidade do aterro.
Os fatores que podem influenciar na produção de biogás são: composição dos resíduos dispostos, umidade, tamanho das partículas, temperatura, pH, Idade dos resíduos, projeto do aterro e sua operação.
Destinação final dos Resíduos Sólidos Urbanos
Geralmente, a geração de biogás inicia-se após a disposição dos resíduos sólidos, encontrando-se, registros de metano ainda nos primeiros três meses após a disposição, podendo continuar por um período de 20, 30 ou até mais anos depois do encerramento do aterro. O gás proveniente dos aterros contribui consideravelmente para o aumento das emissões globais de metano. As estimativas das emissões globais de metano, provenientes dos aterros, oscilam entre 20 e 70 Ton/ano, enquanto que o total das emissões globais pelas fontes antropogênicas equivale a 360 Ton/ano, indicando que os aterros podem produzir cerca de 6 a 20 % do total de metano (IPCC, 1995).
Segundo o Primeiro Inventário Nacional de Emissões Antrópicas de Gases de Efeito Estufa, realizado pelo Governo Federal em 2005, as emissões de metano por resíduos sólidos no Brasil, para o ano de 1990, foram estimadas em 618 Gg, aumentando para 677 Gg no ano de 1994. As emissões de metano geradas no tratamento dos resíduos líquidos de origem doméstica e comercial foram estimadas em 39 Gg para o ano de 1990, subindo para 43 Gg em 1994.
Aproveitamento Energético dos Resíduos Sólidos
Objetivo do projeto de aproveitamento energético do biogás produzido pela degradação dos resíduos é converte-lo em uma forma de energia útil tais como: eletricidade, vapor, combustível para caldeiras ou fogões, combustível veicular ou para abastecer gasodutos com gás de qualidade. Independente do uso final do biogás produzido no aterro, deve-se projetar um sistema padrão de coleta tratamento e queima do biogás: poços de coleta, sistema de condução, tratamento(inclusive para desumidificar o gás), compressor e flare com queima controlada para a garantia de maior eficiência de queima do metano. Existem diversos projetos de aproveitamento energético no Brasil, como nos aterros Bandeirantes e São João, no município de São Paulo, que já produzem energia elétrica.
O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL
O MDL permite a certificação de projetos de redução de emissões nos Países não contidos no Anexo I do Protocolo de Quioto e a posterior venda das reduções certificadas de emissão, para serem utilizadas pelos países desenvolvidos como modo suplementar para cumprirem suas metas. Esse mecanismo deve implicar em reduções de emissões adicionais àquelas que ocorreriam na ausência do projeto, garantindo benefícios reais, mensuráveis e de longo prazo para a mitigação da mudança do clima.
Na busca de conciliar o agir local com o pensamento global, o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério das Cidades desenvolvem, desde 2004, o Projeto para Aplicação do Mecanismo de Desenvolvimento do Limpo (MDL), na Redução de Emissões em Aterros de Resíduos Sólidos.
O projeto capacitou, em 2007 e 2008, cerca de 400 agentes locais e técnicos das prefeituras para elaboração de Planos de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos e aplicação do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL em projetos de captação e tratamento de gases gerados em locais de destinação final de resíduos. 
Ações e Metas
O MMA apoia, desde 2007, a elaboração dos Planos Estaduais de Gestão Integrada de Resíduos Urbanos visando organizar a gestão integrada de resíduos sólidos nos estados do Brasil e apoiar o consorciamento entre entes federados. Os planos preveem a realização de um estudo de regionalização individualizado por estado propondo infraestrutura necessária para equacionar o problema relacionado à disposição inadequada de resíduos sólidos. Dentre as ações previstas nos Planos, estão a construção de aterros sanitários com previsão de uso tecnologia adequada para a recuperação de metano, a eliminação de lixões, a compostagem e a reciclagem.
O Plano Nacional de Mudanças do Clima contém metas para aumento da reciclagem resíduos sólidos para 20% até o ano de 2015. A perspectiva é tomar como base as experiências exitosas do Programa de Coleta Seletiva de resíduos sólidos domiciliares desenvolvidas em alguns municípios brasileiros. Além disso, o Plano também contém metas de incentivo ao aproveitamento energético do biogás de aterro sanitário.
Outra iniciativa que está sendo proposta é o Programa de compra de resultados futuros no Manejo de Resíduos Sólidos, cujo objetivo principal é a busca de sustentabilidade no processamento de resíduos. O programa incentivará, a partir de 2010, investimentos em aterros sanitários e em galpões de triagem que visem a utilização de técnicas adequadas as Normas Brasileiras e boas práticas, inclusive uma solução adequada quanto a destinação do biogás de aterros sanitários. (MMA, 2016)
Também está em avaliação um projeto de incentivo à produção de energia elétrica do biogás de aterro sanitário por meio da criação de um mercado assegurado com valores de venda da energia produzida que tornem o mercado de comercialização de biogás viável economicamente. 
O Decreto Municipal de Manaus Nº 1.349 de 09 de novembro de 2011, determina em consonância com o que estabelece à Política Nacional de Resíduos Sólidos a Lei 12.305 de 02 de agosto de 2010, que a atualização do Plano deve ser realizada a cada quatro anos. Portanto, os municípios devem elaborar o plano de gestão integrada de resíduos sólidos, e realizar sua respectiva atualização no prazo supracitado observando prioritariamente o período de vigência do Plano Plurianual.
2. REVISÃO DE LITERATURA
O ano de 2014 marcou o final do prazo concedido pelo Governo Federal para que os municípios extinguissem os lixões irregulares, segundo a Lei nº 12.305/2010, que instituiu a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos). A cidade de Manaus se destacou por cumprir a determinação federal e trabalharem um Aterro Sanitário licenciado. O Aterro de Manaus faz parte de uma estatística ainda pequena no País. Atualmente, o Brasil tem 2.202 municípios com aterros sanitários, o que representa 39,5% das cidades do país, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente. (SEMULSP, 2016).
Desde 1986, o local de destinação final dos resíduos sólidos urbanos de Manaus pertence à Prefeitura de Manaus, conforme decreto municipal n° 2.694. Segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), a área está inserida na bacia do igarapé Matrinxã, afluente do igarapé Acará, o qual se junta com o igarapé de Santa Etelvina para formar o igarapé Bolívia. (SEMULSP, 2016).
Em 1990, o Ministério Público determinou a recuperação da área e monitoramento, mas somente em julho de 2006 foram concluídos os termos de acordo sobre o assunto, com a implantação do aterro sanitário. (SEMULSP, 2016)
A Prefeitura de Manaus, por meio da SEMULSP, terceirizou o serviço de coleta e parte da operação do aterro, com base na Lei nº 977, de 23 de maio de 2006, que instituiu o Programa de Parcerias Público-Privadas do Município de Manaus – Programa PPP/Manaus.
O Brasil tem, atualmente, 2.202 municípios com aterros sanitários, o que representa 39,5% das cidades do País. Apesar de mais da metade das cidades ainda possuírem lixões, 60% do volume de resíduos já está com destinação adequada. Em caso de descumprimento, municípios e seus gestores estão sujeitos a multas que variam entre R$ 5 mil e R$ 50 milhões, além de perda de direitos políticos por entre três e cinco anos, assim como reclusão que pode chegar a cinco anos. (SEMULSP, 2016)
Em 2006, a Semulsp contratou a CPRM para realizar o Diagnóstico e Avaliação da Contaminação dos Recursos Hídricos na Área do Entorno do Aterro Sanitário de Manaus. Com esse diagnóstico foi realizado em 2006, um monitoramento trimestral, com início em setembro de 2007 vem sendo desenvolvido pela CPRM, para análise da evolução da contaminação dos recursos hídricos no entorno do AMM.
Quanto as definições: 
Lixão ou vazadouro: é uma forma inadequada de disposição final dos resíduos sólidos, caracterizada pela sua descarga sobre o solo, sem critérios técnicos e medidas de proteção ambiental ou à saúde pública. É o mesmo que descarga a “céu aberto”. (FEAM, 2006)
Os resíduos assim lançados acarretam problemas à saúde pública, como proliferação de vetores de doenças (moscas, mosquitos, baratas, ratos, entre outros), geração de odores desagradáveis e, principalmente, poluição do solo e das águas superficiais e subterrâneas pelo chorume – liquido se coloração escura, mal cheiroso e de elevado potencial poluidor, produzido pela decomposição da matéria orgânica contida nos resíduos. (FEAM, 2006)
Aterro controlado: segundo a NBR 8849/1985 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), o aterro controlado é uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais. Este método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos, cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusão de cada jornada de trabalho. (FEAM, 2006)
Com essa técnica de disposição produz-se, em geral, poluição localizada, não havendo impermeabilização de base (comprometendo a qualidade do solo e das águas subterrânea), nem sistema de tratamento de percolado (chorume mais água de infiltração) ou de extração e queima controlada dos gases gerados. O aterro controlado é preferível ao lixão, mas apresenta qualidade bastante inferior ao aterro sanitário. (FEAM, 2006)
Aterro sanitário: conforme a NBR 8419/1992 da ABNT o aterro sanitário também é uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente, minimizando os impactos ambientais. Tal método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusãode cada trabalho, ou intervalos menores, se necessário. (FEAM, 2006)
A classificação adotada pela SEMULSP em suas operações diárias utiliza como base a Política Nacional de Resíduos sólidos, Lei n°12.305/2010, para a sua terminologia e definição, conforme segue especificado.
Quanto à origem:
Resíduos domiciliares: os originários de atividades domesticas em residências urbanas, coletados diariamente de domicílios, pequenas industrias, comercio, banco, escolas, e outros locais seguindo roteiros previamente definidos, com geração até 200l/dia, ultrapassando este limite deve-se contratar coleta privada;
Resíduos de limpeza urbana: os originários da variação, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;
Resíduos sólidos urbanos: engloba os resíduos de origem domiciliares e de limpeza urbana;
Resíduos de estabelecimento comerciais e prestadores de serviços: os resíduos originários dessas atividades, com geração de até 200l/dia, incluídos resíduos não perigosos. Acima deste limite de geração/dia os estabelecimentos devem contratar coleta privada;
Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os geradores nessas atividades, exceto os resíduos sólidos urbanos;
Resíduos industriais: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS, deve ser realizado por meio de coleta e tratamento privado. Incluídos resíduos oriundos de hospitais, clinicas e centros de saúde do município;
Resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obra de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis. Estabelecendo limite até 50 kg/dia para pequeno gerador, será coletado pelo município, acima deste limite deve-se contratar coleta privada;
Resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades, os resíduos não perigosos oriundos de pequenos geradores são coletados pela limpeza pública e os grandes geradores devem contratar empresa privada. As embalagens de defensivos agrícolas devem atender ao especificado na lei federal n 9.974 de 06 de junho de 2000 e decreto federal n° 4.074 de 04 de janeiro de 2002;
Resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira, o gerador deve contratar coleta privada;
Resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios, os resíduos destas atividades deverão ser coletados por empresa contratada;
Resíduos de remoção mecânica: resíduos oriundos após a realização de mutirões de limpeza. Incluem-se nesta classificação todos os resíduos que não podem ser recolhidos de forma manual e que sejam domiciliares;
Resíduos da remoção manual: resíduos coletados em pequenas quantidades, depositados fora do horário da coleta regular e em pequenos pontos localizados no município;
Resíduos de coleta seletiva: resíduos recicláveis (papel, plástico, vidro, metal) segregados na fonte, coletados nos domicílios por caminhões específicos e encaminhados às cooperativas e associações de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis para triagem, beneficiamento e comercialização;
Resíduos de terceiros: resíduos oriundos de empresas prestadoras de serviços que solicitam autorização para descarte no aterro – disk entulhos, construtoras, industrias, entre outras.
Quanto à periculosidade:
Resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica;
Resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na classificação de perigosos.
3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
Localizado no quilômetro 18 da rodovia AM 010 (Manaus – Itacoatiara), o aterro sanitário de 750 hectares tem prazo de vida útil até 2021 e a partir desse período não terá mais condições de receber os resíduos da capital.
Os serviços de coleta e transporte de resíduos são executados, em quase sua totalidade, por duas concessionárias (Construtora Marquise S/A e Tumpex) e estão subdivididos, conforme contrato de concessão, em cinco modalidades: coleta domiciliar, coleta hospitalar, remoção mecânica, remoção manual e coleta seletiva.
Os resíduos sólidos da coleta pública gerados na cidade de Manaus são encaminhados para o aterro municipal os quais recebem destinação e/ou tratamento distinto de acordo com seu tipo e origem, com exceção dos resíduos provenientes da coleta seletiva os quais são encaminhados para galpões, onde passam por processo de triagem, beneficiamento e posterior comercialização no mercado local pelas associações/cooperativas de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis parceiros da SEMULSP. 
O Plano Diretor de Resíduos Sólidos (PDRS) é resultado e instrumento de um processo de gestão, na perspectiva de garantir a sustentabilidade dos sistemas de limpeza urbana e disposição final dos resíduos sólidos. (PMGIRS, 2015)
A estrutura de fiscalização no aterro é formada por fiscais que acompanham a chegada, o descarregamento e a saída dos caminhões. Os fiscais estão presentes 24 horas na área e verificam as condições gerais dos veículos, tipos de resíduos que estão dispostos e se os veículos estão descarregando todo o conteúdo no aterro. Depois, são encaminhados para o controle da balança dos caminhões. O balanceiro verifica e registra a origem e a natureza dos resíduos e sua pesagem.
		Figura 1: Software de registro e pesagem
Projeto executivo do aterro de resíduos classe II e monitoramento geotécnico realizado pela FRAL consultoria Ltda. A prefeitura, por meio da SEMULSP, terceirizou o serviço de coleta e parte da operação do aterro, com base na lei n° 977, de 23 de maio de 2006, que instituiu o programa de parcerias público privadas do município de Manaus – programa PPP/Manaus. 
O aterro recebe 3.000 toneladas de lixo por dia e está devidamente preparado para a época de chuva com capacidade de suporte até 160 milímetros de chuva.
O sistema de destinação começa após a coleta, o lixo é descarregado no aterro sanitário, depois é compactado com trator, formando uma célula, que será recoberta com argila. Possui três lagoas de chorume – substância líquida resultante do processo de degradação e solubilização de resíduos sólidos, viscosos e com cheiro bastante forte, é altamente poluente, já que é composto por diversas substâncias, incluindo matéria orgânica, metais pesados e outros produtos tóxicos, além de excrementos humanos e animais. Além disso, tem um grande potencial de atrair vetores de doenças. – Com estas características, este produto tem alto potencial de poluição para águas e solos.
Grandes valas são rasgadas no solo e subsolo e passam por um processo de impermeabilização com aplicação de uma camada de argila de baixa textura que é compactada para reduzir sua porosidade e aumentar sua capacidade impermeabilizante. Sobre esta primeira camada é colocado uma manta de PEAD, e sobre essa, uma segunda camada de argila aplicada e novamente compactada. Sobre essa última camada de argila são colocados drenos para retirada de gases e líquidos gerados pela decomposição do resíduo orgânico por micro-organismos anaeróbicos 
A base do aterro sanitário é constituída por um sistema de drenagem de efluentes líquidos percolados os chorumes, acima de uma camada impermeável de polietileno de alta densidade –PEAD, sobre uma camada de solo compactado para evitar o vazamento de material líquido para os solos, evitando assim a contaminação de lençóis freáticos. Seu interior possui um sistema de drenagem de gases que possibilitam a coleta do biogás, que é constituído por metano, gás carbônico e vapor, entre outros.Estes gases podem ser queimados na atmosfera ou aproveitados para a geração de energia limpa.
Manaus é umas das capitais que tem coleta diária enquanto em outras cidades, tem dias alternados, e de 2006 para 2016, a SEMULSP tem ampliado o serviço devido ao crescimento da cidade e da existência de pelo menos 25 áreas na cidade que não eram atendidas pelo serviço público. Ressaltando que em 2005, saiu de um estágio de lixão para o estágio de aterro controlado e no fim de 2007 passamos a contar com um aterro sanitário dentro das normas técnicas e ambientais vigentes para começar a aterrar o lixo a partir da estiagem das chuvas. Atualmente com áreas devidamente construídas e revestidas com membranas impermeabilizantes, com drenos para gases, lagoas para estabilização de resíduos.
Em síntese a diferença em aterro e lixão são as seguintes conforme vídeo ministrado na visita: “O terreno é nivelado e impermeabilizado com materiais resistentes que impedem a contaminação do solo e de águas subterrâneas com chorume, liquido preto e tóxico produzido pela decomposição do lixo, a substancia é coletada através de drenos e recebem tratamentos depois é devolvido ao meio ambiente sem risco de contaminação. Os aterros sanitários são planejados para durar 20 anos, mas mesmo depois de desativado continuam gerando gases e chorumes, por isso devem ser controlados e monitorados. Já o lixão é uma área onde o lixo é jogado sem nenhum procedimento para evitar prejuízo ao meio ambiente, neste não há tratamento para o chorume e o vazamento da substancia contaminam o solo e os lençóis freáticos. Nos lixões é comum encontrar animais e insetos que são atraídos pelo mal cheiro, mais da metade dos municípios brasileiros ainda usam os lixões para descartar os resíduos sólidos”.
O método exposto de disposição final dos resíduos deve contar com todos os elementos de proteção ambiental:
Sistema de impermeabilização de base e laterais;
Sistema de recobrimento diário e cobertura final;
Sistema de coleta e drenagem de líquidos percolados;
Sistema de coleta e tratamentos dos gases;
Sistema de drenagem superficial;
Sistema de tratamento de líquidos percolados;
Sistema de monitoramento.
Além dessas exigências técnicas estruturais e construtivas, há que se avaliar também as probabilidades de impacto local e sobre a área de influência do empreendimento e se buscar medidas para mitiga-los. (FEAM, 2006)
Embora consistindo numa técnica simples, os aterros sanitários exigem cuidados especiais, e procedimentos específicos devem ser seguidos desde a escolha da área até a sua operação e monitoramento. (FEAM, 2006)
Estruturas componentes do aterro sanitário
Infraestrutura básica do aterro sanitário
Relação dos principais itens de infraestrutura componentes segundo a Fundação Estadual do Meio Ambiente:
Guarita/Portaria: local onde são realizados os trabalhos de recepção, inspeção e controle dos caminhões e veículos que chegam à área do aterro sanitário.
		Figura 2: Portaria do aterro sanitário de Manaus
Fonte: SEMULSP, 2016
Balança: local onde é realizada a pesagem dos veículos coletores para se ter controle dos volumes diários e mensais dispostos no aterro sanitário. A balança do aterro controlado é eletrônica, com capacidade de 60 toneladas, e possui um software específico para o controle da pesagem.
		Figura 3: Balança do aterro sanitário de Manaus
Isolamento: fechamento com cerca e portão, que circunda completamente a área em operação, construída de forma a impedir o acesso de pessoas estranhas e animais. Na visita, houve a constatação de isolamento parcial por tapume de chapas metálicas e uma parte onde a limitação de passagem se dá pela distância.
Figura 4: isolamento parcial realizado por tapume
Sinalização: placas indicativas das unidades e advertência nos locais de risco.
Cinturão verde: cerca viva com espécies arbóreas no perímetro da instalação. 
		Figura 5: Cinturão verde cercando a área do aterro
Acessos: vias externas e internas, constituídas e mantidas de maneira a permitir sua utilização sob quaisquer condições climáticas.
Iluminação e força: ligação à rede de energia para uso dos equipamentos e ações de emergência no período noturno, caso necessário. Contudo, na situação exposta por este, questiona-se a não utilização da energia gerada pelo recolhimento dos gases advindos dos resíduos sólidos urbanos.
Comunicação: ligação à rede de telefonia, celular ou rádio para comunicação interna e externa, principalmente em ações de emergência. 
Abastecimento de água: ligação à rede pública de abastecimento de agua tratada ou outra forma de abastecimento, para uso nas instalações de apoio e para umedecimento das vias de acesso.
Instalações de apoio operacional: A unidade de apoio administrativo e operacional constitui um prédio que abriga o escritório, sala de reunião, sala de controle de pesagem de resíduos, copa, refeitório e instalações sanitárias.
		Figura 6: Instalação de apoio operacional do aterro sanitário de Manaus
Área de disposição de resíduos: local destinado ao aterramento dos resíduos, previamente preparado, em conformidade com as normas técnicas e ambientes vigentes, com adoção de sistemas de impermeabilização de base e das laterais e de drenagens de chorume, de aguas pluviais e de gases.
Figura 7: Área de disposição dos resíduos
Sistema de tratamento de chorume: sistema para tratamento dos líquidos percolados do aterro, visando ao atendimento dos padrões de lançamento de efluentes em cursos d’água. 
Figura 8: Tratamento de chorume do aterro sanitário de Manaus
Fonte: Amazonas Atual, 2015
Instrumentos de monitoramento: equipamentos para o acompanhamento, como poços de monitoramento de águas subterrâneas, medidores de vazão, piezômetros e medidores de recalques horizontais e verticais. A CPRM/SGB e a Prefeitura de Manaus firmaram contrato para avaliação das características físico-químicas das águas superficiais e subterrâneas da área do entorno do aterro sanitário da cidade. Os estudos, iniciados em 2005, incluem análises de amostras de água coletadas em igarapés e poços e levantamentos geofísicos, com a finalidade de diagnosticar a intensidade e extensão da contaminação provocada pelo chorume originado de lixo domiciliar, comercial, industrial e hospitalar descartado no aterro. A presença de núcleos habitacionais próximos ao aterro sanitário, bem como a existência de um balneário, justificam a necessidade de um diagnóstico da área, no que se refere à delimitação da zona de contaminação.
Figura 9: Abertura de poço para monitoramento da qualidade das águas subterrâneas no entorno do aterro sanitário de Manaus
Fonte: CPRM, 2015
Até 2006, Manaus tinha um lixão a céu aberto, segundo o engenheiro civil Peter. O local atual começou a ser construído em 1985, depois de vários bairros, como Novo Israel e Colônia Antônio Aleixo, terem alguns de seus espaços transformados em lixões. 
Antes de ser iniciado o aterro, o solo recebe uma camada de 50 centímetros de argila, seguido por uma manta de Polietileno de Alta Densidade (PEAD), como se fosse um plástico de 1,5 milímetro. Novamente uma camada de 60 centímetros de argila compactada é lançada por cima e depois um dreno de pedras. Este procedimento é feito para evitar que o solo seja contaminado de alguma forma. Depois de toda essa preparação, começa a ser depositado o lixo até atingir 5 a 6 metros, e o processo vai em camadas.
Após ser colocado o lixo, uma máquina passa para alinhar o terreno, quando o local não está mais apropriado para receber o aterro, uma camada de argila é colocada ao final e são jogadas sementes de capim e restos de cigarros para acelerar o crescimento da área verde no aterro. Uma vez esgotado o espaço, poderá no futuro se tornar um parque.
O único lixo que é separado é o hospitalar. De acordo com o supervisor, é feito o mesmo procedimento, porém diariamente a área recebe cal virgem para acelerar no processo de decomposição do material.
Biogás
Os aterros sanitários são ambientes favoráveis para o crescimentobacteriano, principalmente as bactérias anaeróbias responsáveis pela produção do biogás por meio da decomposição da matéria orgânica. A produção de biogás depende principalmente de temperatura, aeração, composição dos resíduos, infiltração de água, temperatura do ar, entre outras variáveis. O metano (CH4) presente no biogás é um dos gases causadores do efeito estufa. Assim, o biogás deve ser captado e aproveitado energeticamente ou simplesmente queimado/incinerado em altas temperaturas a fim de reduzir o efeito estufa pela sua transformação em dióxido de carbono (CO2), que tem menor potencial de impacto. O Protocolo de Kyoto é um acordo internacional que foi proposto para que os países signatários reduzissem suas emissões de GEE, em média, 5% abaixo dos níveis de 1990 entre os anos de 2008 e 2012. O Protocolo de Kyoto garante que os países possam dividir suas eficiências ambientais com os demais, visando alcançar o objetivo global de redução de emissões; é neste ponto que se dá a negociação dos créditos de carbono, uma vez que a empresa ambientalmente eficiente reduz suas emissões acima do estipulado, vende a cota excedente para as empresas que não possuem tal eficiência e, da mesma forma que a anterior, necessitam reduzir suas emissões, sendo que o importante é o saldo final das emissões e reduções globais.
A preocupação do aterro também é a liberação do gás metano, que tem um impacto maior no aquecimento global. Todo gás produzido no lixão é monitorado por meio de tubulações apropriadas que o levam para uma estação de tratamento.
Formado em média por 50% de metano, 35% a 40% de CO2, 20% a 25% de oxigênio e outras pequenas parcelas de outros gases. Os últimos não fazem parte do monitoramento, são eles o nitrogênio, enxofre, dentre outros. Com o projeto de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Liquido) que é derivado do protocolo de Quioto. Para ser convertido em crédito de carbono, atuando desde 2008.
A captação é por abertura de valas horizontais e verticais, com média de 3 metros de altura e 100 de comprimento, posteriormente com a inserção se tubulação de PVC perfurado, visando baratear custos, e para coleta PEAD com vários diâmetros, para aberturas verticais utiliza-se a perfuratriz ou aproveitamento das operações de aterro.
Chegando na planta o primeiro passo é a retirada do condensado de biogás, o qual tem uma temperatura elevada, em média de 40° C, dependendo das condições climáticas locais. E esses condensados são retirados por se tornarem líquidos, sendo necessário, portanto, para que o mesmo não chegue aos equipamentos.
Figura 10: Reservatório do biogás condensado
Dois sopradores centrífugos que são responsáveis pela sucção desse gás, por exercer uma pressão negativa em toda massa do resíduo armazenado. 
Figura 11: Tubulação de coleta do biogás
Medidor de vazão
O medidor de vazão monitora a vazão em tempo real constantemente e atualmente trabalha com 6.300 m³ por hora, sendo mister citar que temperatura e umidade altas potencializam as produções de bactérias, ou seja, o aterro possui grande produção de biogás, e tem por missão quantifica-lo e qualifica-lo.
		Figura 12: Medidor de vazão
Na estação, o gás é queimado em temperatura de 850° C no equipamento chamado Flare. O tempo de residência é de 10 segundos para a eficiência na queima de metano. O mesmo processo é feito com o chorume, do qual fica somente a água após o tratamento, que retorna para os leitos dos rios.
Quanto maior a concentração de metano no gás e maior vazão, mais créditos de carbono. Como melhor resultado foi apresentado 7.000m³ com concentração de 55% de metano, melhor produção já registrada e estando no limite para o equipamento.
Todo o trabalho é monitorado 24 horas. O engenheiro ambiental que trabalha diretamente com o tratamento do gás, Lucas Costa, explicou que a equipe está atenta diariamente para acompanhar e resolver qualquer problema que aconteça nas zonas de tratamento. 
Todos os registros são coletados para um servidor online, onde são colocados no banco de dados e a partir desses resultados são analisados de 6 em 6 meses os créditos de carbono.
Figura 13: Flare - Equipamento de queima
Principais Vetores
O lixo atrai muitos urubus para o aterro sanitário e o mesmo é tomado como principal vetor. Segundo o supervisor Peter, a população das aves é grande e por este motivo o Instituto de Proteção Ambiental do Estado (IPAAM) liberou o abate, pois o único predador dos urubus são as sucuris que não são comuns na região.
Para manter os urubus distantes, rojões são acesso a cada cinco minutos. Esta é a forma de afugentar as aves, até para evitar qualquer tipo de acidente, pois a localização do aterro é próxima a área do aeroporto.
Outra parte do aterro, apontada pelo supervisor, está sendo preparada para continuar a receber o lixo produzido em Manaus.
Figura 14: Quantidade de vetores e rojões
CONCLUSÃO
Os procedimentos de operação do aterro sanitário, embora simples, devem ser sistematizados para que sua eficiência seja maximizada, assegurando seu funcionamento como destinação final sanitária e ambientalmente adequada dos resíduos sólidos urbanos gerados no município, ao longo de toda a sua vida útil. O aterro sanitário é uma das técnicas mais seguras e de menor custo para a disposição final dos resíduos sólidos urbanos. Fundamentado em critérios de engenharia e normas técnicas específicas, permite confinar tais resíduos de uma forma mais segura, controlar a poluição ambiental e proteger a saúde pública. No entanto, a falta de critérios técnicos durante a implantação e operação de um aterro sanitário pode conferir-lhe características indesejáveis, trazendo sérios riscos à saúde da população e ao meio ambiente. O Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos – PGIRSU é um documento que aponta e descreve as ações relativas ao tratamento a ser dado aos resíduos sólidos urbanos, contemplando a geração, segregação, acondicionamento, coleta (convencional e/ou seletiva), transporte, tratamento e disposição final e proteção à saúde pública. Ao se elaborar um PGIRSU, deve-se conceber o modelo de gerenciamento apropriado para o município, levando-se em conta que a quantidade e a qualidade do resíduo gerada em uma dada localidade decorrem do tamanho da população e de suas características socioeconômicas e culturais, bem como do grau de urbanização e dos hábitos de consumo. A participação das autoridades municipais é fundamental no gerenciamento integrado do resíduo, responsabilizando-se pela implementação e articulação das ações definidas no Plano.
REFERÊNCIAS
<http://www.emtempo.com.br/aterro-sanitario-da-am-010-esta-com-os-dias-contados/>, acessado em 24/04/2016 às 13:00 h;
<http://www.cprm.gov.br/publique/media/InformacaoPublica/geologia_ambiental-06.pdf>, acessado em 24/04/2016 às 13:10 h;
<http://queilatavares.blogspot.com.br/2011/05/visita-ao-aterro-controlado-de-manaus.html>, acessado em 23/04/2016 às 13:10 h;
<http://amazonasatual.com.br/aterro-sanitario-de-manaus-tem-tempo-de-vida-util-reduzido-em-dois-anos/>, acessado em 24/04/2016 às 13:20 h;
<http://semulsp.manaus.am.gov.br/aterro-sanitario/>, acessado em 24/04/2016 às 13:25 h;
Orientações Técnicas para atendimento à deliberação normativa 1182008 do Conselho Estadual de Política Ambiental, Belo Horizonte, 2008, 3ª edição;
Orientações Básicas para operação de aterro sanitário, Belo Horizonte, 2006;
NBR 13896: Aterros de resíduos não perigosos – critérios para projeto, implantação e operação, Rio de Janeiro, junho 1997.

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