Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA AULA 5 Prof. João Alfredo Lopes Nyegray 2 CONVERSA INICIAL Anteriormente, você aprendeu sobre crimes e infrações aduaneiras. São algumas modalidades diferentes que oscilam entre não pagar os tributos devidos e entrar ou sair do país com mercadoria proibida. Mas o que aconteceria com o país se nossas importações e exportações não fossem controladas? Em primeiro lugar, uma série de produtos de baixa qualidade entrariam em nosso mercado. Produtos que, eventualmente, fizessem mal a seus consumidores ou causassem danos irreparáveis ao meio ambiente, como: tintas com metais pesados, produtos infantis com peças pequenas que se soltassem, bijuterias com químicos nocivos à pele e agrotóxicos e alimentos com contaminações diversas. Além disso, drogas, narcóticos e alucinógenos teriam passagem livre para o país, assim como armas e semelhantes. Se isso acontecesse, uma situação de guerra civil estaria muito próxima de nós, que seríamos alvo de produtos de má qualidade. Veja: a fiscalização do comércio exterior, ainda que tenha um caráter eminentemente tributário, excede essa competência e se torna, de fato, uma questão de saúde e segurança. Por fim, nossa indústria acabaria refém de produtos importados que poderiam entrar no país sem pagar impostos e, consequentemente, ser oferecidos aos consumidores a preços artificialmente baratos. Você percebe como essa fiscalização é importante? CONTEXTUALIZANDO Agora pensemos em outra coisa: você já imaginou o que aconteceria se todo país pudesse escolher quais regras comerciais obedecer? Ou, pior, caso não houvesse regras comerciais de abrangência global? Será que, nesse cenário, haveria segurança jurídica para aqueles que comercializassem? Certamente não! Isso aconteceu por muitos anos e, sem dúvida, foi um grande motivador para o empobrecimento de várias nações. Essas políticas, com aspirações diferentes, chamadas de protecionistas, geraram uma série de conflitos entre países. Sabendo desses conflitos todos, como vimos na rota 4, à medida que a Segunda Guerra Mundial caminhava para seu fim, os aliados reuniram-se na cidade estadunidense de Bretton Woods para normatizar o sistema financeiro 3 global. Dessa normatização, surgiram organizações internacionais e o GATT – General Agreement on Tarifs and Trade, conhecido em português como Acordo Geral de Tarifas e Comércio. O GATT trouxe uma série de normas internacionais de comércio que uniformizaram ações comerciais. Dentre elas, está a valoração aduaneira, sobre a qual você já aprendeu. Nesta aula, daremos continuidade à conversa com outros temas sobre a regulamentação internacional do comércio e de regras aduaneiras. Para começar a discussão, você sabe onde encontrar o acordo do GATT? Vamos pesquisar. TEMA 1 – CONTROLE DAS IMPORTAÇÕES O comércio exterior brasileiro, um dos pontos centrais da geração de riquezas de nosso país, é extremamente burocrático. Como você já deve saber, são mais de 3.000 normas que pautam as atividades das empresas. Uma série de órgãos intervenientes, necessidades documentais e leis, portarias e resoluções complicam o cenário de quem trabalha nessa área. Mas, afinal, o que de mais importante você tem a saber sobre o controle das importações? Em primeiro lugar, que existe um cadastro necessário para a atuação em comércio exterior. Trata-se do REI – o registro de exportadores e importadores. Depois, é importante que você conheça o Sistema Integrado de Comércio Exterior, o famoso Siscomex. É pelo Siscomex que são feitos os registros de importação e exportação, ao qual a empresa deve estar habilitada e cadastrada para a utilização: O Portal Siscomex é uma iniciativa de governo eletrônico centrada no aumento da transparência e da eficiência nos processos e controles de exportações e importações. Voltado primordialmente aos operadores de comércio exterior - exportadores, importadores, transportadores, depositários, despachantes aduaneiros, terminais portuários, etc. - o Portal Siscomex objetiva, em sua etapa inicial de implementação, simplificar o acesso aos serviços e sistemas governamentais e à legislação pertinentes às operações de comércio exterior. Todos os sistemas componentes do Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX), bem como os demais sistemas governamentais destinados à obtenção de autorizações, certificações e licenças para exportar ou importar estão presentes no Portal Siscomex. Por meio dele, os operadores do comércio exterior também contam com acesso simplificado às normas que regem as importações e exportações brasileiras, organizadas por órgão responsável pela edição ou administração da norma em questão. (O Portal..., 2016.) Pelo Siscomex você pode cadastrar seus trâmites de mercadoria. Ao importar e exportar algo, deve ser cadastrado o navio, sua procedência, seu 4 destino, as características da carga e o código NCM da mercadoria. Um importante aspecto da regulamentação das importações e exportações é o despacho aduaneiro, ao qual profissionais da área devem estar atentos. Há o despacho aduaneiro na exportação, que é mais simples; e também na importação, que é um pouco mais complexo: Despacho de importação é o procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo importador em relação à mercadoria importada, aos documentos apresentados e à legislação específica, com vistas ao seu desembaraço aduaneiro (art. 542 do Regulamento Aduaneiro). Toda mercadoria procedente do exterior, importada a título definitivo ou não, sujeita ou não ao pagamento do imposto de importação, deverá ser submetida a despacho de importação, que será realizado com base em declaração apresentada à unidade aduaneira sob cujo controle estiver a mercadoria. (Brasil, 2015b.) O despacho aduaneiro é, como você pode ver, uma medida de segurança e de controle. A partir dele é possível verificar se o que foi declarado e registrado ao Siscomex conflui com o que chegou aos nossos portos. Tudo começa justamente no registro da importação ou exportação ao Siscomex. Como dito anteriormente, na exportação, o procedimento é mais simples. Na importação, por outro lado, são tomados outros cuidados. Vejamos alguns artigos do regulamento aduaneiro: Art. 31. O transportador deve prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil, na forma e no prazo por ela estabelecidos, as informações sobre as cargas transportadas, bem como sobre a chegada de veículo procedente do exterior ou a ele destinado; Art. 34. A autoridade aduaneira poderá proceder a buscas em qualquer veículo para prevenir e reprimir a ocorrência de infração à legislação aduaneira, inclusive em momento anterior à prestação das informações referidas no art. 31; Art. 41. A mercadoria procedente do exterior, transportada por qualquer via, será registrada em manifesto de carga ou em outras declarações de efeito equivalente; Art. 54. Os transportadores, bem como os agentes autorizados de embarcações procedentes do exterior, deverão informar à autoridade aduaneira dos portos de atracação, na forma e com a antecedência mínima estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, a hora estimada de sua chegada, a sua procedência, o seu destino e, se for o caso, a quantidade de passageiros. (Brasil, 2009.) Perceba: é rígido o controle de transportes, mercadorias e pessoas em nossas fronteiras. Justamente por isso, é importante que você, profissional de comércio exterior, esteja sempre a par das regulamentações a esse respeito. Qualquer erro no transporte internacional podecausar prejuízos desnecessários a você, à sua empresa e a seu cliente. Imagine agora que a mercadoria chegou corretamente, todos os documentos relativos ao transporte estavam corretos e o preenchimento do 5 Siscomex se deu em acordo com o que manda a lei. Nesse caso, a mercadoria fica automaticamente liberada para entrar no país? Não. Há ainda a parametrização da importação. E o que é isso? É o tema da próxima parte! Texto de Leitura Obrigatória Faça a leitura do capítulo 3 do seguinte livro: NYEGRAY, J. A. L. Legislação aduaneira, comércio exterior e negócios internacionais. Curitiba: InterSaberes, 2016. Disponível em: <http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788559720518>. Acesso em: 23 jul. 2017. TEMA 2 – PARAMETRIZAÇÃO DAS IMPORTAÇÕES Como vimos no início dessa rota, a conferência do que é importado é fundamental para garantir a saúde dos consumidores e o respeito à lei. Absolutamente toda a mercadoria que entra em território nacional deve obedecer às leis e às regulamentações brasileiras. A parametrização serve para isso: enviar a importação para um dos canais do Siscomex. Este, quando preenchida a D.I., direciona a operação para um dos canais de parametrização. Assim, parametrização consiste no envio da importação para um canal específico. E quem faz isso? O próprio Siscomex, de forma automática. Existem quatro canais possíveis, de acordo com a Secretaria da Receita Federal: O Siscomex seleciona as DI registradas para um dos seguintes canais de conferência aduaneira (art. 21 da IN SRF nº 680/2006): Verde, pelo qual o sistema registra o desembaraço automático da mercadoria, dispensados o exame documental e a verificação física da mercadoria. A DI selecionada para canal verde, no Siscomex, poderá ser objeto de conferência física ou documental, quando forem identificados elementos indiciários de irregularidade na importação (...); Amarelo, pelo qual deve ser realizado o exame documental e, não sendo constatada irregularidade, efetuado o desembaraço aduaneiro, dispensada a verificação física da mercadoria. Na hipótese de descrição incompleta da mercadoria na DI, que exija verificação física para sua perfeita identificação com vistas a confirmar a correção da classificação fiscal ou da origem declarada, o AFRFB pode condicionar a conclusão do exame documental à verificação física da mercadoria; Vermelho, pelo qual a mercadoria somente é desembaraçada após a realização do exame documental e da verificação física da mercadoria; ou Cinza pelo qual deve ser realizado o exame documental, a verificação física da mercadoria e a aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro, para verificar indícios de fraude, inclusive no que se refere ao preço declarado da mercadoria. (Brasil, 2015a.) 6 Como é possível saber para qual dos canais foi determinada importação? O próprio Siscomex dá essa resposta, após o término do preenchimento da declaração de importação no sistema. Por isso mesmo, é altamente necessário que o preenchimento seja feito corretamente, tanto em relação à mercadoria, quanto em relação ao seu transporte internacional. A normatização da parametrização consta na Instrução Normativa 680 de 2006, expedida pela Secretaria da Receita Federal. Nessa IN, constam os procedimentos e regulamentos a respeito dos canais de conferência e demais pontos do despacho aduaneiro de importação. Vejamos o que diz o artigo 21 da referida Instrução Normativa: Art. 21. Após o registro, a DI será submetida a análise fiscal e selecionada para um dos seguintes canais de conferência aduaneira: I - verde, pelo qual o sistema registrará o desembaraço automático da mercadoria, dispensados o exame documental e a verificação da mercadoria; II - amarelo, pelo qual será realizado o exame documental, e, não sendo constatada irregularidade, efetuado o desembaraço aduaneiro, dispensada a verificação da mercadoria; III - vermelho, pelo qual a mercadoria somente será desembaraçada após a realização do exame documental e da verificação da mercadoria; e IV - cinza, pelo qual será realizado o exame documental, a verificação da mercadoria e a aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro, para verificar elementos indiciários de fraude, inclusive no que se refere ao preço declarado da mercadoria, conforme estabelecido em norma específica. § 1º A seleção de que trata este artigo será efetuada por intermédio do Siscomex, com base em análise fiscal que levará em consideração, entre outros, os seguintes elementos: I - regularidade fiscal do importador; II - habitualidade do importador; III - natureza, volume ou valor da importação; IV - valor dos impostos incidentes ou que incidiriam na importação; V - origem, procedência e destinação da mercadoria; VI - tratamento tributário; VII - características da mercadoria; VIII - capacidade operacional e econômico-financeira do importador; e IX - ocorrências verificadas em outras operações realizadas pelo importador. (Brasil, 2006.) A primeira parte da qual fala o artigo você já sabia: trata-se dos canais para os quais determinada importação é direcionada. No entanto, é a partir do parágrafo primeiro que podemos entender quais são os critérios que fazem com que uma mercadoria vá para este ou aquele canal: Várias situações podem direcionar a DI para uma conferência mais rigorosa: por exemplo, se a DI está sendo registrada por uma pessoa jurídica que tem um histórico de fraudes, se a mercadoria é muito suscetível ao uso de classificação fiscal errada, se o bem provém de um país que, costumeiramente, exporta mercadorias com subfaturamento, se o brinquedo está sendo declarado como originário de um país que não cumpre normas técnicas, se o importador não é 7 habitual, enfim, inúmeras são as verificações que o SISCOMEX faz para decidir o canal de conferência. (Luz, 2013.) É para evitar direcionamentos aos canais vermelho e cinza que se deve buscar a maior exatidão possível nos dados na hora de preencher o Siscomex. TEMA 3 – PARAMETRIZAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES Tal como acontece com as importações, as exportações também são controladas. Há quem acredite que, neste caso, o controle é um pouco menos rigoroso. Talvez seja, haja vista que os produtos que saem do país serão conferidos em seus destinos. No entanto, isso não quer dizer que não haja controle por parte das autoridades brasileiras. O controle começa no início do processo de exportação, tal qual assevera o Regulamento Aduaneiro, art. 580. Despacho de exportação consiste no procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo exportador em relação à mercadoria, aos documentos apresentados e à legislação específica, com vistas ao seu desembaraço aduaneiro e à sua saída para o exterior. Essa verificação, da qual fala o artigo 580, refere-se não apenas às quantidades e cargas, mas também aos seus documentos e itens. Da mesma forma, trata-se de um processo em que várias etapas são concatenadas: Tal qual o despacho aduaneiro de importação, o despacho de exportação é um processo, e também constitui-se de várias etapas. São elas: Registro da Declaração de Exportação; Confirmação da presença da carga; Recepção dos documentos; Parametrização; Distribuição e conferência; Desembaraço e trânsito aduaneiro; Registro dos dados de embarque ou transposição fronteiriça; Averbação do embarque e comprovação da exportação. (Nyegray, 2016, p. 104.) Cada uma dessas etapas se inicia no Siscomex, e seus registros compreendem a descrição de todas as informações sobre a operação. Como manda a lei, o registro da exportação deve ser feito antes do embarque da mercadoria:Preenchido o Siscomex com as informações relativas à operação, o sistema automaticamente gerará um número automático, sequencial e anual. Conforme manda a Portaria 23 de 2011 do Secex, o RE deve ser feito previamente ao embarque da mercadoria. Uma vez encerrado o preenchimento do Siscomex, a carga a ser exportada deve estar na unidade de conferência para que seja, então, 8 direcionada para algum dos canais de parametrização: verde, laranja e vermelho. Enquanto o canal verde pressupõe o desembaraço automático, o canal laranja exige exame documental e o canal vermelho, o exame documental e físico da carga. (Nyegray, 2016, p. 105.) Mas, afinal, por qual razão o exportador não pode saber, de antemão, para qual canal de parametrização vai sua exportação? Se isso não fosse exigido, o exportador teria conhecimento do canal de conferência atribuído à carga que ele ainda nem teria entregue à aduana. Com isso, se a carga fosse parametrizada para o canal verde ou laranja, ele, sabedor de que não haveria verificação física, poderia tentar embarcar mercadorias distintas das declaradas, com pouco risco de ser descoberto. Por motivo análogo, também é exigida, previamente à parametrização, a entrega dos documentos pelo exportador. (Luz, 2013.) Perceba: temos aqui mais uma forma de controle e segurança sobre os produtos destinados ao exterior. E quais são os canais de parametrização das exportações? Os mesmos da importação? Não! Veja: Há três canais de conferência para a DE: CANAL VERDE - o sistema procederá ao desembaraço automático da declaração, não sendo obrigatória a conferência aduaneira. CANAL LARANJA - procedimento obrigatório: exame documental (arts. 22 a 24 da Instrução Normativa SRF nº 28, de 1994), efetuado pela fiscalização aduaneira. CANAL VERMELHO - procedimentos obrigatórios: exame documental (arts. 22 a 24 da Instrução Normativa SRF nº 28, de 1994) e verificação da mercadoria (arts. 25 a 28 da Instrução Normativa SRF nº 28, de 1994), efetuados pela fiscalização aduaneira. A DE selecionada para o canal verde ou laranja poderá ser redirecionada, pela autoridade aduaneira, para o canal vermelho. (Brasil, 2015a.) Feita a parametrização, a mercadoria em trâmite de exportação é desembaraçada. E no que consiste o desembaraço na exportação? Vejamos o R.A.: art. 591. Desembaraço aduaneiro na exportação é o ato pelo qual é registrada a conclusão da conferência aduaneira, e autorizado o embarque ou a transposição de fronteira da mercadoria. TEMA 4 – OMC E AS REGRAS ADUANEIRAS Imagine como seria o mundo se cada país tivesse a possibilidade de agir internacionalmente como bem entendesse. Não só criando conflitos, mas barrando produtos que vêm do exterior sem motivo ou aviso prévio. Por exemplo: após um jogo de futebol entre Brasil e Argentina, no qual nós brasileiros nos sagramos vencedores, o governo argentino proibisse a entrada de todos os produtos brasileiros lá. O que você acha que aconteceria? Um caos, não é mesmo? 9 De certa forma, esse caos comercial foi predominante no período entre as duas guerras mundiais, de 1918 a 1939, em especial após a quebra da bolsa de Nova York, em 1929. Os países passaram a adotar as chamadas “medidas protecionistas”, com fins de apenas enviar mercadorias ao exterior, e de lá não comprar mais nada. Vamos refletir: se todos querem exportar, mas ninguém quer importar, será que alguém consegue exportar? Possivelmente não. Como agravante, aqueles que ainda conseguissem exportar algo, teriam seus produtos pagando altíssimas taxas e direitos aduaneiros quando os produtos chegassem ao exterior, o que os deixaria pouco competitivos. Esse cenário caótico durou até 1944. Nessa data, os aliados que lutavam contra os nazistas e fascistas na Europa reuniram-se na cidade americana de Bretton Woods para reorganizar o sistema financeiro mundial. Já falamos brevemente sobre esse assunto, mas aqui você aprenderá a respeito de forma um pouco mais detalhada! Sem dúvidas, uma das causas mais proeminentes para a Segunda Guerra Mundial foi o empobrecimento geral causado pela quebra da bolsa de 1929. Quando isso aconteceu, não havia organismo internacional ou fórum que pudesse auxiliar os países afetados a discutir a situação e buscar soluções. Isso levou vários estados a agirem por conta própria, adotando medidas altamente protecionistas. Como consequência, no decorrer do segundo conflito mundial, conforme os aliados (Estados Unidos, França e Inglaterra – principalmente) iam ganhando terreno dos nazistas, surgiu a preocupação de evitar uma nova crise após o final da guerra, como havia acontecido anteriormente. Essa foi uma das principais razões para a chamada Conferência de Bretton Woods. Nessa ocasião, foram criadas duas instituições: o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (o BIRD), cuja missão seria reconstruir a Europa após o final da guerra; o Fundo Monetário Internacional (FMI), cuja missão seria reconstruir o sistema monetário/financeiro global e assessorar países na condução de suas economias. Foi criada também uma terceira instituição, que só se tornou, uma instituição de fato na década de 1990. No entanto, em Bretton Woods, foi assinado o tratado do GATT – General Agreenment on Tariffs and Trade (Acordo geral de tarifas e comércio). 10 O tratado do GATT é um dos mais importantes mecanismos de regulação e liberalização comercial do mundo, e fornece as bases para a criação da OMC – Organização Mundial do Comércio –, em 1995. Veja a citação abaixo: Instituído na Conferência de Bretton Woods [...] o GATT serviu como fórum global de negociação para a liberalização de barreiras comerciais. O GATT marcou o início de uma série de rodadas anuais de negociação, com o objetivo de reduzir as barreiras ao comércio e aos investimentos internacionais. Os governos participantes reconheceram que a liberalização do comércio estimularia a industrialização, a modernização e a melhoria do padrão de vida. O GATT acabou transformando-se na Organização Mundial do Comércio (OMC), à medida que mais países aderiram a esse órgão multinacional. A Organização Mundial do Comércio representa um órgão governamental multilateral com poder de regulamentar o comércio e o investimento internacionais” (Vaïsse, 2013). Interessante, não é mesmo? Outro ponto do qual você sem dúvidas já ouviu falar são as Rodadas do GATT, ou Rodadas da OMC. Nessas rodadas, são discutidos temas específicos, havendo várias até hoje, como você pode ver na tabela abaixo: Tabela 1 – Rodadas do GATT Ano Nome Temas Países 1947 Genebra Tarifas 23 1949 Annecy Tarifas 13 1951 Torquay Tarifas 38 1956 Genebra Tarifas 26 1960-1 Dillon (Genebra) Tarifas 26 1964-67 Kennedy (Genebra) Tarifas e medidas antidumping 62 1973-79 Tóquio (Genebra) Tarifas, medidas não-tarifárias e acordos jurídicos 102 1986-94 Uruguai (Genebra) Tarifas, medidas não-tarifárias, normas, serviços, solução de controvérsias, agricultura, criação da OMC 123 2001 - hoje Milênio/Doha Investimentos, agricultura, serviços, saúde pública e ingresso da China 149 Fonte: Adaptado de Seitenfus (2005). Qual é, então, o impacto final das negociações do GATT sobre o comércio mundial? Veja: De fato, as negociações do GATT corroeram a tarifa exterior comum e suscitaram um crescimento notável do comércio mundial. Após as quatro primeiras negociações comerciais (1947, 1949, 1950 e 1956) a Dillon Round (1960-1962), a Kennedy Round (1964-1967) e a Tokyo Round (1973-1979) levaram a uma redução considerável das tarifas aduaneiras industriais. A conferência reunida em Punta del Este desde setembrode 1986, e chamada por essa razão de Uruguay Round, tropeça nos produtos agrícolas, nos serviços, no audiovisual. Estados 11 Unidos e Canadá pedem aos europeus a supressão das subvenções agrícolas, em particular no setor das oleaginosas (soja-girassol) e melhor acesso ao mercado; os europeus reagem insistindo sobre a agressividade comercial do Japão e sobre o protecionismo americano em matéria aeronáutica. [...] O compromisso firmado (14 de dezembro de 1993) permite a assinatura da convenção final da Rodada do Uruguai (15 de abril de 1994), em Marrakech, obrigando 121 países a um desmantelamento sem precedentes de suas barreiras alfandegárias. (Vaïsse, 2013). Ou seja, o GATT promoveu uma cooperação internacional sem precedentes em relação a vários pontos do Comércio Internacional. Seus princípios, que você conhecerá na próxima parte desta aula, estão, até hoje, incorporados na Organização Mundial do Comércio. Tais princípios tornaram-se bases para que os países definissem uma série de regras aduaneiras, por exemplo: a NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul –, que vem do Sistema Harmonizado e teve auxílio da estrutura do GATT em sua criação. Texto de Leitura Obrigatória Leia o capítulo 10 do seguinte livro: NYEGRAY, J. A. L. Legislação aduaneira, comércio exterior e negócios internacionais. Intersaberes: Curitiba, 2016. Disponível em: <http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788559720518>. Acesso em: 23 jul. 2017. TEMA 5 – REGULAMENTAÇÃO INTERNACIONAL DO COMÉRCIO Como já vimos, a Organização Mundial do Comércio surgiu no decorrer da década de 1990. Seu antecedente fundamental é o GATT, cujos princípios conhecemos anteriormente. Eis aqui uma peculiaridade: o GATT não é uma instituição propriamente dita, mas um acordo internacional. Com a criação e assinatura da chamada Ata de Marraqueche, a Organização Mundial do Comércio sai do papel e engloba o GATT. Veja o início da Ata: As Partes no presente Acordo: Reconhecendo que as suas relações no domínio comercial e económico deveriam ser orientadas tendo em vista a melhoria dos níveis de vida, a realização do pleno emprego e um aumento acentuado e constante dos rendimentos reais e da procura efetiva, bem como o desenvolvimento da produção e do comércio de mercadorias e serviços, permitindo simultaneamente otimizar a utilização dos recursos mundiais em consonância com o objetivo de um desenvolvimento sustentável que procure proteger e preservar o ambiente e aperfeiçoar os meios para atingir esses objetivos de um modo compatível com as respectivas necessidades e preocupações a diferentes níveis de desenvolvimento económico; [...] É criada a Organização Mundial do Comércio [...] 12 A OMC facilitará a aplicação, gestão e funcionamento do presente Acordo e dos acordos comerciais multilaterais e promoverá a realização dos seus objetivos, constituindo igualmente o enquadramento para a aplicação, gestão e funcionamento dos acordos comerciais plurilaterais. (Brasil, 1994). Desde então, a Organização Mundial do Comércio tem desempenhado um papel muito importante na liberalização do comércio internacional. Além dos princípios do GATT que ainda vigoram, existem algumas regras gerais para o comércio internacional. Por exemplo: um código internacional de mercadorias identificadas apenas por números, independentemente do idioma. Como você já aprendeu, trata-se do Sistema Harmonizado. Outra contribuição importante são os princípios de valoração aduaneira, os quais você também já conhece. Existem, portanto, muitas minúcias que o GATT e a OMC atingem, deixando realmente muito claras as regras do jogo comercial mundial. E quem ganha com isso? Nós, consumidores e profissionais, que podemos entender com maior facilidade as regras da competição internacional. Quais são os princípios do GATT que permanecem na OMC e que apresentam impactos aduaneiros? O primeiro dos princípios é o da “Nação mais favorecida”, constando no artigo I do tratado. Veja o que diz o acordo do GATT: Qualquer vantagem, favor, imunidade ou privilégio concedido por uma Parte Contratante em relação a um produto originário de ou destinado a qualquer outro país, será imediata e incondicionalmente estendido ao produtor similar, originário do território de cada uma das outras Partes Contratantes ou ao mesmo destinado. Este dispositivo se refere aos direitos aduaneiros e encargos de toda a natureza que gravem a importação ou a exportação, ou a elas se relacionem, aos que recaiam sobre as transferências internacionais de fundos para pagamento de importações e exportações, digam respeito ao método de arrecadação desses direitos e encargos ou ao conjunto de regulamentos ou formalidades estabelecidos em conexão com a importação e exportação bem como aos assuntos incluídos nos §§ 2 e 4 do art. III. (Fonte: Palácio do Planalto. (Brasil, 1994.) Ou seja: se uma nação conceder algum benefício a outra nação em suas relações comerciais, esse benefício deve se estender a todos os demais membros da OMC. Qual é a ideia desse princípio? Que não haja tratamento diferenciado entre países, e que todos possam competir igualmente no comércio internacional. Essa regra possui exceção? Sim! Os blocos comerciais e acordos internacionais de comércio, sejam eles bilaterais ou multilaterais. Vejamos o próximo princípio, contido no artigo III do acordo do GATT: Os produtos do território de qualquer Parte Contratante, importados por outra Parte Contratante, não estão sujeitos, direta ou indiretamente, a impostos ou outros tributos internos de qualquer espécie superiores aos que incidem, direta ou indiretamente, sobre produtos nacionais. (Brasil, 1994.) 13 Esse é o chamado princípio do “Tratamento Nacional”. Significa que nenhuma mercadoria estrangeira, ao entrar num determinado país, pode ter tratamento diferenciado em relação aos produtos nacionais. Ou seja: se uma mercadoria nacional é tributada em IPI, ICMS e PIS/COFINS, por exemplo, esses mesmos tributos podem incorrer no produto importado, e nada a mais. Com isso, dá-se aos produtos importados o mesmo tratamento que é dado aos produtos nacionais. Assim, a competição entre os itens ocorre com base em qualidade, características e preço final, não sendo o produto importado artificialmente mais caro. Outro princípio do qual você deve ter conhecimento é o da “Liberdade de Trânsito”, contido no artigo V do acordo do GATT. Lembre-se de que, quando falamos dos regimes aduaneiros especiais, vimos o caso do Paraguai, que não é banhado pelo mar, e mesmo assim faz comércio exterior. No caso do deste país, uma imensa variedade de mercadorias é mais barata lá do que aqui no Brasil. E como funcionam as importações paraguaias? Os produtos chegam no Brasil e são transportados ao Paraguai sem que paguem impostos em nosso país. Essa disposição não vem apenas com a Legislação Aduaneira brasileira, mas está no acordo do GATT: As mercadorias (compreendidas as bagagens) assim como os navios e outros meios de transporte serão considerados em trânsito através do território de uma Parte Contratante, quando a passagem através desse território, quer se efetue ou não com baldeação, armazenagem, ruptura de carga ou mudança na forma de transporte, não constitua senão uma fração de uma viagem completa, iniciada e terminada fora das fronteiras da Parte Contratante em cujo território se efetua. No presente artigo, um tráfego dessa natureza é denominado "tráfego em trânsito”. (Brasil, 1994.) Isso quer dizer que, se a mercadoria não tem o meu país como destino final, eu não posso tributá-la de qualquer forma. Além disso, outro princípio muito importante estáno artigo VI do acordo do GATT. É o da concorrência leal. Veja só o que ele diz: As Partes Contratantes reconhecem que o "dumping" que introduz produtos de um país no comércio de outro país por valor abaixo do normal, é condenado se causa ou ameaça causar prejuízo material a uma indústria estabelecida no território de uma Parte Contratante ou retarda, sensivelmente o estabelecimento de uma indústria nacional. Para os efeitos deste Artigo, considera-se que um produto exportado de um país para outro se introduz no comércio de um país importador, a preço abaixo do normal, se o preço desse produto [...]. (Brasil, 1994.) Você certamente já ouviu falar em dumping, não é mesmo? E o que é isso? Dumping se define pela introdução de um produto em outro país por valor 14 abaixo do normal, às vezes até abaixo do valor que custou para produzi-lo. E qual é o benefício de fazer uma coisa dessas? Simples: algumas empresas fazem isso para falir com os concorrentes locais. A partir do momento em que os concorrentes locais fecham as portas, essas empresas estrangeiras tornam- se monopolistas, ou seja, são as únicas a vender determinado produto. Assim, podem aumentar os preços indefinidamente. A prática do dumping fere os direitos de concorrência e a torna desleal. Por isso, o nome do princípio é “concorrência leal”. O último princípio que veremos é o da “proibição das restrições quantitativas”, e consta no artigo XI do tratado do GATT: Nenhuma Parte Contratante instituirá ou manterá, para a importação de um produto originário do território de outra Parte Contratante, ou para a exportação ou venda para exportação de um produto destinado ao território de outra Parte Contratante, proibições ou restrições a não ser direitos alfandegários, impostos ou outras taxas, quer a sua aplicação seja feita por meio de contingentes, de licenças de importação ou exportação, quer por outro qualquer processo. (Brasil, 1994.) O que isso significa? Significa que um país não pode restringir as importações de bens diversos impondo quantidade mínima ou máxima de exportação. Por exemplo: imagine que o governo estipula que, por ano, só poderão ser importados mil automóveis e duas mil motocicletas. Se, no início do ano, alguém registrar a importação dessas quantidades, os demais importadores só poderiam efetuar operação semelhante dali um ano. No intuito de evitar essas situações, o GATT proíbe que os governos imponham aos seus importadores esse tipo de restrição quantitativa. Isso deixa o comércio mais livre e competitivo. Todos esses princípios servem para deixar claras as regras do comércio internacional. Além desses, o GATT normatiza mais uma série questões, que não serão objeto de discussão aqui. A cada uma dessas normas do GATT e da OMC, os países membros do acordo devem ajustar suas legislações internas para evitar conflito de normas. Assim, esses princípios todos acabam por moldar a legislação aduaneira e, como você já viu, até mesmo os regimes aduaneiros especiais! TROCANDO IDEIAS O acordo do GATT pode ser lido no seguinte endereço: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/anexo/and1355- 94.pdf> 15 NA PRÁTICA Leia o artigo “Brasil consultará OMC a respeito de sobretaxa a siderúrgicos”, publicado pela revista Exame, em 28/09/16 e disponível em: <http://exame.abril.com.br/economia/brasil-consultara-omc-a-respeito-de- sobretaxa-a-siderurgicos/>. Com base na sua leitura do artigo, e imaginando que os Estados Unidos tenham, de fato, concedido incentivos à sua indústria interna, bem como criado um imposto a mais para incidir sobre os produtos vindos do Brasil, quais dos princípios do acordo do GATT tais atitudes ferem? Ao aplicar a um produto importado um tributo não aplicado aos produtos nacionais, está-se ferindo o princípio do “Tratamento Nacional”. Os produtos importados não podem ser tratados de forma diferente dos produtos nacionais. Por outro lado, ao incentivar a indústria siderúrgica nacional, seja por meio de subsídio, seja por meio de estímulos governamentais, os Estados Unidos estão ferindo o princípio da “concorrência leal”, uma vez que seus produtores terão condições de produzir um item final mais barato e mais competitivo, com ajuda do governo. FINALIZANDO O comércio exterior brasileiro, um dos pontos centrais da geração de riquezas de nosso país, é extremamente burocrático. Como você já deve saber, são mais de 3.000 normas diferentes que pautam as atividades das empresas. Pelo Siscomex, são feitos os registros de importação e exportação, ao qual a empresa deve estar habilitada e cadastrada para a utilização. Ao importar e exportar algo, deve ser cadastrado o navio, sua procedência, seu destino, as características da carga e o código NCM da mercadoria. Um importante aspecto da regulamentação das importações e exportações é o despacho aduaneiro, ao qual profissionais da área devem estar atentos. Absolutamente toda a mercadoria que entra em território nacional deve obedecer às leis e às regulamentações brasileiras. A parametrização serve para isso: enviar a importação para um dos canais do Siscomex. Este, quando preenchida a D.I., direciona a operação para um dos canais de parametrização. Assim, parametrização é o envio da importação para um canal específico. 16 Tal como acontece com as importações, as exportações também são controladas, assim assevera o Regulamento Aduaneiro: art. 580. Despacho de exportação é o procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo exportador em relação à mercadoria, aos documentos apresentados e à legislação específica, com vistas a seu desembaraço aduaneiro e a sua saída para o exterior. Essa verificação, da qual fala o artigo 580, refere-se não apenas às quantidades e cargas, mas também aos seus documentos e itens. O tratado do GATT é um dos mais importantes mecanismos de regulação e liberalização comercial do mundo, e fornece as bases para a criação da OMC – Organização Mundial do Comércio –, em 1995. Seus princípios são importantes mecanismos de controle e liberalização do comércio global. O primeiro deles é o da “Nação mais favorecida”, constando no artigo I do tratado. Outro princípio é o da “Liberdade de Trânsito”, contido no artigo V do acordo do GATT: se a mercadoria não tem o meu país como destino final, não é possível tributá-la de qualquer forma. Além desse, outro princípio muito importante está no artigo VI do acordo do GATT, é o princípio da concorrência leal. 17 REFERÊNCIAS AMATUCCI, M. Teorias de negócios internacionais e a economia brasileira: de 1850 a 2007. In: ______. (Org.). Internacionalização de empresas. São Paulo: Editora Atlas, 2009. BRASIL. Ata final que incorpora os resultados das negociações comerciais multilaterais da rodada Uruguai. Marraqueche, 15 abr. 1994. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/anexo/and1355- 94.pdf>. Acesso em: 23 jul. 2017. _____. Decreto n. 6.759, de 5 de fevereiro de 2009. Regulamenta a administração das atividades aduaneiras, e a fiscalização, o controle e a tributação das operações de comércio exterior. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5 fev. 2009. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007- 2010/2009/Decreto/D6759.htm>. Acesso em: 23 jul. 2017. BRASIL. Gestão da informação. Instrução normativa SRF n. 680, de 02 de outubro de 2006. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 out. 2006. Disponível em: <http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado& idAto=15618>. Acessoem: 23 jul. 2017. BRASIL. Ministério da Fazenda. Subsecretaria de Aduana e Relações Internacionais. Despacho de importação. Brasília, DF, 27 maio 2015a. Disponível em: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/despacho-de- importacao/topicos-1/conceitos-e-definicoes/despacho-de-importacao>. Acesso em: 23 jul. 2017. _____. Parametrização. Brasília, DF, 28 maio 2015b. Disponível em: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/despacho-de- importacao/topicos-1/despacho-de-importacao/etapas-do-despacho-aduaneiro- de-importacao/parametricao>. Acesso em: 23 jul. 2017. 18 _____. Seleção parametrizada. Brasília, DF, 26 jul. 2016. Disponível em: <https://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/despacho-de- exportacao/topicos/selecao-parametrizada>. Acesso em: 23 jul. 2017. CAVUSGIL, S. T.; KNIGHT, G.; RIESENBERGER, J. Negócios internacionais: estratégia, gestão e novas realidade s. Pearson: São Paulo, 2010. CABRAL, J. L. Comércio internacional para concursos. Editora Método: São Paulo, 2011. FERREIRA, M. P.; REIS, N. R.; SERRA, F. R. Negócios internacionais e internacionalização para as economias emergentes. Lidel: Lisboa, 2011. FISCHER, R.; URY, W.; PATTON, B. Como chegar ao sim: as negociações de acordos sem concessões. Imago: São Paulo, 2005. HOBSBAWM, E. Era dos extremos: o breve século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. IAMIN, G. P. Negociação: conceitos fundamentais e negócios internacionais. Intersaberes: Curitiba, 2016. MAGNOLI, D.; SERAPIÃO JR., C. Comércio exterior e negociações internacionais. São Paulo: Saraiva, 2012. NYEGRAY, J. A. L. Legislação aduaneira, comércio exterior e negócios internacionais. Intersaberes: Curitiba, 2016. O PORTAL Siscomex. Disponível em: <http://portal.siscomex.gov.br/conheca-o- portal/O_Portal_Siscomex>. Acesso em: 23 jul. 2017. RODRIGUES, E. ARAÚJO, C. Brasil consultará OMC a respeito de sobretaxa a siderúrgicos. Exame.com, 28 set. 2016. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/economia/brasil-consultara-omc-a-respeito-de- sobretaxa-a-siderurgicos/>. Acesso em: 23 jul. 2017. WERNECK, P. Comércio exterior e despacho aduaneiro. 4 ed. Editora Juruá: Curitiba, 2009.
Compartilhar