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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA - UFSB KAIRE ALVES SANTOS GLOBALIZAÇÃO E SEUS IMPACTOS TEIXEIRA DE FREITAS 2014 KAIRE ALVES SANTOS GLOBALIZAÇÃO E SEUS IMPACTOS TEIXEIRA DE FREITAS 2014 Trabalho apresentado à Universidade Federal do Sul da Bahia - UFSB, como requisito necessário para cumprimento do 1º quadrimestre do Componente Curricular LTS - Língua, Território e Sociedade. Orientador (a): Dr. Taina Soraia Muller SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4 2. GLOBALIZAÇÃO ........................................................................................... 5 2.1 Conceito e História .................................................................................. 5 3. IMPACTOS ..................................................................................................... 6 4. ANTIGLOBALIZAÇÃO ................................................................................... 7 4.1 Fórum Social Mundial – FSM .................................................................... 8 5. CONCLUSÃO ................................................................................................. 9 6. REFERÊNCIAS .............................................................................................. 10 4 1. INTRODUÇÃO Na última década do século XX, as percepções sobre o que hoje governos, intelectuais, mídia e sociedade chamam de Globalização, era algo completamente inovador e dava uma esperança de um aumento de conhecimento sobre outros mundos. Muitos analisavam as mudanças em curso, os impactos das novas tecnologias como um futuro já iniciado; analisavam o excesso de informações, facilidade em novos ramos de negócios, e se perguntavam se esse seria o início de uma nova era, onde o capital seria aumentado, e mundos seriam conectados para facilitar o processo. A Globalização no mundo está cada vez mais desenvolvida. Desde a Terceira Revolução Industrial o avanço tecnológico vem sofrendo mudanças tanto na área digital, quanto na área científica. A Revolução Tecnológica – um dos pilares da Globalização - logo trouxe à tona uma nova forma de comunicação: a Internet. Tal meio mostrou-se extremamente necessário tanto na vida pessoal quanto no âmbito profissional neste mundo globalizado. Dessa maneira, torna-se indispensável saber o que é e como nos afeta. 5 2. GLOBALIZAÇÃO 2.1 Conceito e História A globalização é considerada um fenômeno capitalista que surgiu na era dos grandes descobrimentos e experimentou um grande desenvolvimento a partir da Revolução Industrial. O termo “globalização” começou a circular no final dos anos 80 para sugerir a ideia de unificação do mundo, como resultado dos três processos que marcaram o fim do “breve século XX” (Hobsbawn, 1995). Nas últimas duas ou três décadas houve importantes transformações mundiais que abrangeram as esferas econômicas, política, jurídica, institucional, social, cultural, ambiental, geográfica, demográfica, militar e geopolítica. Mas, somente na década de 90 a palavra “globalização” foi utilizada para descrever essas transformações (GONÇALVES, 2003). (...) a globalização tornou-se um conceito em moda nas ciências sociais, uma máxima central nas prescrições de gurus da administração, um slogan para jornalistas e políticos de qualquer linha. Costuma-se dizer que estamos em uma era em que a maior parte da vida social é determinada por processos globais, em que culturas, economias e fronteiras nacionais estão se dissolvendo. A noção de um processo de globalização econômica rápida e recente é fundamental para essa percepção. Sustenta-se que uma economia realmente global emergiu ou está em processo de emergência e que, nesta, as economias nacionais distintas e, portanto, as estratégias internas de administração econômica nacional são cada vez mais irrelevantes. (Hirst e Thompson, 1996: 13). É um processo (ou uma gama de processos) que incorporam uma transformação na organização espacial das relações sociais e das transações (Held, et. al., 1999:16). Em outras palavras, a globalização seria o fenômeno pelo qual as estruturas sociais da modernidade – como o capitalismo, o racionalismo, o industrialismo, etc. – são espalhadas pelo mundo e, neste processo, destroem as culturas preexistentes e as autodeterminações locais. 6 3. IMPACTOS A globalização afeta todos os setores da sociedade - comunicação, comércio internacional e liberdade de movimentação - com diferente intensidade dependendo do nível de desenvolvimento e integração das nações ao redor do planeta. Ela possibilitou o andamento de mudança de grande abrangência que afeta a todos. Novas tecnologias, baseadas em políticas de maior abertura, têm criado um mundo mais inter-relacionado do que nunca. Isso não só leva a maior interdependência em questões econômicas – comércio, investimento, finanças e organização da produção em escala global - mas também a uma interação social e política entre organizações e pessoas do mundo todo. Os benefícios adquiridos com isso são imensos. A crescente interconexão entre as pessoas do mundo inteiro está favorecendo a ideia de que todos pertencem a uma espécie de aldeia global. Além do fato de que a economia de mercado global teve uma grande capacidade produtiva. Mesmo assim, o atual processo de globalização está produzindo resultados desiguais entre os países e dentro deles. Está se criando riqueza, mas são muitos os países e pessoas que têm pouca ou nenhuma participação de seus benefícios, mesmo tendo participação no processo. Para a grande maioria da sociedade mundial, a globalização não foi capaz de possibilitar seus desejos mais básicos e simples. Nem os países ditos como desenvolvidos escapam. Situação que é bem explicada na seguinte citação: “Vivemos em um mundo de opulência sem precedentes. O regime democrático e participativo tornou-se o modelo preeminente de organização política. Os conceitos de direitos humanos e liberdade política hoje são parte da retórica prevalecente. As pessoas vivem, em média, muito mais tempo e as regiões do globo estão mais estreitamente ligadas nos campos das trocas e também quanto à ideias e ideais. Entretanto, vivemos igualmente em um mundo de privação e opressão extraordinárias no qual persistem a pobreza e necessidades essenciais não satisfeitas, fome, violação de liberdades, negligência para com as mulheres, e graves ameaças ao meio ambiente, tanto em países ricos, como em países pobres. 7 Superar esses problemas é parte central do processo de desenvolvimento.” (SEN, 2000 apud MARTINS, 2010,pp.9-10). 4. ANTIGLOBALIZAÇÃO Os protestos ocorridos durante os últimos anos do séc. XX e início do XXI, durante as reuniões de importantes blocos econômicos e organizações reguladoras da economia global – como a OMC –, entraram para a história como sendo o nascimento de uma nova forma de organização que uniu diversos grupos e indivíduos em torno de um inimigo comum: o sistema capitalista.Para esses movimentos foi dado o nome “antiglobalização”. O ápice desse movimento se deu no dia 30 de novembro de 1999, durante as Mobilizações de Seattle, na cidade de Seattle (EUA), com a reunião da OMC - Organização Mundial de Comércio, que foi acompanhada por protestos de milhares de pessoas dispostas a pressionar os representantes dos governos ali reunidos, a aprovarem mudanças que permitissem um maior equilíbrio entre os países, além de exigir que fossem revistos diversos pontos sobre a economia neoliberal, que causa a desigualdade social em muitos países. Desse protesto surgiu o termo “antiglobalização”, utilizado, pela primeira vez, pelo jornal The Economist. Porém, muitos discordam dessa expressão, vista como negativa, já que não podem negar os benefícios que a globalização trouxe – intercâmbio econômico e cultural entre diversos países, e desenvolvimento dos meios de comunicação e transporte, por exemplo. Sendo assim, autores defendem uma reforma nessa questão, preferindo utilizar o termo movimento por uma nova globalização, já utilizada pelo geógrafo Milton Santos, no seu livro “Por Uma Nova Globalização: do pensamento único à consciência universal”, 2000. O que se propõe é que as medidas formuladas em 1989 - conhecidas como Consenso de Washington - sejam colocadas em prática; já que visava o ajustamento macroeconômico dos países em desenvolvimento que passavam por dificuldades. 8 4.1 Fórum Social Mundial – FSM O Fórum Social Mundial é um dos frutos da “antiglobalização”. Sua primeira edição foi realizada em Porto Alegre – RS, Brasil, entre os dias 25 e 30 de janeiro de 2001, e teve como objetivo contrapor ao Fórum Econômico Mundial de Davos que, desde 1971, defende as políticas neoliberais em todo o mudo. Entre as questões abordadas no 1º FSM estão: A Produção de riquezas e a Reprodução Social; O acesso às Riquezas e a Sustentabilidade; A Afirmação da Sociedade Civil e dos Espaços Públicos; Poder Político e Ética na Nova Sociedade. O Fórum, que até 2003 aconteceu na cidade de Porto Alegre, teve sua primeira edição fora do Ocidente em 2004 em Mumbai. A partir daí houve sua expansão para diferentes lugares, tendo como mais recente a edição de 2013, realizada na Tunísia, além de mais de 40 Fóruns Sociais Temáticos, regionais e nacionais - até a realização do próximo mundial em 2015, de novo em Túnis. Desde a primeira edição, em 2001, aos dias atuais, tanto o FSM quanto o mundo e o Brasil passaram por inúmeras transformações sociais e políticas, colocando a questão de mudança de modelo do Fórum. Mesmo assim, as ideias seguem em andamento, e a vontade da aplicação de uma globalização mais justa segue junto. 9 5. CONCLUSÃO Observando todos os prós e contras, temos a globalização como uma consequência inevitável do capitalismo, que trouxe - e ainda traz - muitos benefícios, mas que também têm em sua companhia algumas consequências não tão agradáveis, vistas questões como desempregos em larga escala que tem atingido não só os países em desenvolvimento como também os países desenvolvidos da América do Norte, Europa e da Ásia. Contudo, os efeitos da Globalização são diferentes em cada país e traz consequências sociais de diferentes formas em cada realidade. Sendo assim, deve ser realizada uma mudança no modelo atual, respeitando a situação de cada país onde esse processo for aplicado, dando a possibilidade da construção de uma globalização democrática, sendo justa e saudável. 10 REFERÊNCIAS Livros BAUMAN, Zygmunt, 1925 – “Globalização: as consequências humanas” / Zygmunt Bauman; tradução Marcus Penchel. — Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999 Tradução de: Globalization: the human consequences. BELLUZO, Gonzaga de Mello. “Ensaios sobre o Capitalismo do Século XX”. São Paulo: Editora UNESP: Campinas, SP: UNICAMP, Instituto de Economia, 2004. CASTELLS, Manuel. “A Sociedade em Rede”. São Paulo: Editora Paz e Terra S/A, 2002. CHESNAIS, François. “A Mundialização do Capital”. São Paulo: Xamã, 1996. MTE - Ministério do Trabalho e Emprego, Assessoria Internacional. “Uma globalização justa: criando oportunidades para todos”. – Brasília, 2005. 166 p.: il. Tradução de: A Fair Globalization. Creating Opportunities for All. SANTOS, M. 2000. “Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal”. São Paulo, Editora Record, 173 p SENE, Eustáquio / MOREIRA, João “Geografia geral do Brasil, volume 2 : espaço geográfico e globalização”. São Paulo: Scipione, 2010. Revistas Revista Fórum Semanal. “Fórum Social Mundial: Outro mundo ainda é possível?”. Abril de 2014. Disponível em: http://revistaforum.com.br/digital/144/forum-social-mundial-o-outro-mundo-ainda-e- possivel/ Sites Fórum Social Mundial Temático. Fórum Social Mundial: História. Janeiro de 2013. Porto Alegre – RS. Disponível em: http://fsmpoa.com.br/default.php?p_secao=12 Globalização. Globalização: resumo, globalização no Brasil e Mundial. Disponível em: http://globalizacao.org/ Normas Técnicas: Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14724: Informação e documentação. Trabalhos Acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro, 2014.
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