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REPARTIÇÃO TRIBUTÁRIA - Juliana Maciel

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REPARTIÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
Acadêmica: Juliana Maciel Faria Santos 
 
Repartição tributária também é conhecida como repartição de receitas, temos a 
repartição direta e indireta. Quando falamos de repartição direta, queremos dizer não existe 
nenhum fundo que esteja custodiando os valores, ou seja, a união passa direto para estados e 
municípios. A união recebe. 
Conforme disposição do art. 153, § 5º, I da CF a união repassa a receita referente ao 
IOF-Ouro para estados e municípios, os estados têm direito a 30% e municípios a 70% onde 
ocorreu o fato gerador. 
Como se pode ler a partir do art. 158, I da CF, o IR-Servidores, tanto os estados quanto 
os municípios têm direito a 100% do produto arrecadado, ou seja, do que o estado e o município 
reter na fonte para pagamento ele terá direito a 100% dessa receita a título de imposto de renda. 
Tendo como requisitos para a sua criação os estabelecidos no art. 154, I da CF a 
terceira situação é o Imposto Residual, significa que a união tem a possibilidade de criar um 
imposto novo e ela ao criar deverá repassar 20% para os estados. 
 Conforme o art. 158, II da CF, temos o ITR, ele vai para os municípios, porém deve-
se observar que o percentual pode variar em 100% ou 50%, porque deve-se observar que o 
município faz ou não a arrecadação do ITR, se o município fizer a opção de fiscalizar e 
arrecadar o ITR 100% da arrecadação fica com ele, caso contrário quem exercerá essa função 
será a união e do que ela arrecadar, deverá passar 50% aos municípios. 
A única exceção que é a CIDE Combustível, deve-se observar que a CIDE terá três 
destinações, conforme Art. 177 § 4º da CF, ou seja será destinada a infraestrutura dos 
transportes, subsidio do álcool e do gás e ao financiamento de programas ambientais vinculados 
a indústria do petróleo, entre essas três destinações, o que for destinado a melhoria da 
infraestrutura dos transportes a união repassará 29% aos estados, devemos observar que não é 
29% de toda CIDE Combustível, é 29% destinado a melhoria da infraestrutura dos transportes, 
e do que os estados receberem ¼ ou 25% irão repassar para os municípios. 
Segundo o site JusBrasil em um artigo escrito por Bruno Lauar Scofielb, Quanto as 
repartições indiretas com base no IR e IPI sendo quatro ao todo se apropriando de 48% da 
base IR e IPI e 10% somente da base do IPI. Tal disposição é encontrada no art. 159 da CF, 
conforme se apresenta: 
Art. 159. A União entregará: I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda 
e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados, 49% (quarenta e nove por 
cento), na seguinte forma: [...] II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos 
industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor 
das respectivas exportações de produtos industrializados. Perceba que o artigo fala em 49% 
enquanto citei somente 48%, justamente porque as alíneas d) e e) do citado artigo tratam de 
1%, porém uma no primeiro decêndio de dezembro e outra em julho de cada ano. 
Então ficam desta forma, 21,5% ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito 
Federal + 23,5 ao Fundo de Participação dos Municípios (22,5 + 1% no primeiro decênio de 
dezembro e outro em julho) + 3% para aplicação em programas de financiamento ao setor 
produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e ainda 10% aos Estados e ao Distrito 
Federal. 
O primeiro fundo é o de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) que 
como já dito se apropria de 21,5% do produto de arrecadação o IR e do IPI e sua distribuição 
se dá e função do número da população e de modo inversamente proporcional à renda per 
capta da unidad federativa, ou seja, a unidad federativa com maior renda per capta recebe 
menos que aquela com menor renda per capta, e seu embasamento se encontra no 
art. 161, II do texto constitucional. 
Art. 161. Cabe à lei complementar: II - estabelecer normas sobre a entrega dos 
recursos de que trata o art. 159, especialmente sobre os critérios de rateio dos fundos previstos 
em seu inciso I, objetivando promover o equilíbrio sócio-econômico entre Estados e entre 
Municípios; 
Os coeficientes de rateio do FPE estão estabelecidos na Lei Complementar nº 143, 
de 17 de julho de 2013. 
O segundo fundo é o de Participação dos Municípios (FPM) e este também se 
apropria do produto de arrecadação do IPI e IR ao montante de 22,5% + 1% por decênio. 
Estes 22,5% ainda são fragmentados em 3 retransferências da seguinte forma: 
I. 3,6% destinados a Reserva de do Fundo de Participação dos Municípios; 
II. 10% distribuídos às capitais estaduais conforme coeficiente de acordo com a quantidade 
da população e de modo inversamente proporcional à renda per capta do respectivo estado; 
III. 86,4% distribuidos aos municípios do interior do pais, de acordo com o coeficientes 
definidos por faixa populacional estabelecidos pelo Decreto-Lei 1.881/81. 
Como terceiro e último fundo que se apropria do IPI e IR, temos os Regionais à 
monta de 3% para os programas de financiamento dos setores produtivos das Regiões 
Nordeste (1,8%) sendo que 50% deste deverá ser destinado ao semiárido e Norte e Centro-
Oeste (1,2%). 
O quarto fundo, o de Compensação de Exportações (FPEx) somente se apropria do 
IPI à monta de 10% e trata-se de um fundo compensatória para Estados e DF, em virtude de 
imunidade de ICMS para exportações prevista no art. 155, § 2º, X, alínea a da CF. 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: [...] II 
- relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o 
inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal; [...] § 2º O 
imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: [...] X - não incidirá: [...]a) sobre operações 
que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no 
exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas 
operações e prestações anteriores; [...]. 
Essa distribuição é proporcional ao valor da exportações dos produtos 
industrializados realizadas pela unidade federativa limitada a 20% do total do fundo e cada 
Estado deverá repassar ainda, 25% desta arrecadação ao Municípios de seu território 
conforme art. 158, p. Único, I e II.

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