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Vieses na utilização das disposições da Lei 11.340/06

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Vieses na utilização das disposições da Lei 11.340/06
Marcos Nero, acadêmico do curso de Direito, Universidade da Região da Campanha - Campus Sant'ana do Livramento, e-mail: mano-90@hotmail.com
RESUMO
O presente estudo foi realizado em face do crescente número de ocorrências de violência doméstica e familiar, abrangidos pela Lei Maria da Penha�, que são feitas ou sem a devida orientação ou pelo infantil desejo de vingança, que posteriormente congestionam o judiciário, às vezes o usando como arma, e as consequências que uma denunciação caluniosa� pode trazer para uma suposta vítima.
Palavras - chave: Lei 11.340/06 - Maria da Penha - Denunciação caluniosa
1 INTRODUÇÃO
	A Lei Maria da Penha foi feita com a finalidade de proteger de maneira eficaz as mulheres que sofrem violência doméstica e familiar. Não há dúvida quanto à eficácia do referido diploma, o problema é o mau uso dele.
	Define Nilo Batista:
"Coroando o feminismo, movimento iniciado no século passado nos Estados Unidos, traz consigo 'uma demanda por punição que acaba por reunir o movimento das mulheres, que é um dos mais progressistas do país, com um dos movimentos mais conservadores e reacionários, que é o movimento de Lei e Ordem.' Assim contendo um duro viés repressivo." (BATISTA, 2009, Prefácio)
	Apesar de ser uma poderosa arma no combate contra esse tipo de violência, não há mecanismo para a proteção da Lei 11.340/06 ante quem se faz de sua força normativa, tanto de forma equivocada quanto intencionalmente como um meio para tentar obter alguma vantagem, seja patrimonial ou moral. As Medidas Protetivas de Urgência, amplamente utilizadas nos casos de violência domestica e familiar, que tem tramitação preferencial perante os demais processos, acabam, nesses casos onde a lei não se aplicaria, causando um dispêndio de tempo, que a Polícia, o Ministério Público e o Judiciário não têm sobrando, fora os recursos utilizados.
	Com a finalidade de dirimir essas situações, o presente estudo foi realizado a fim de informar e advertir, sobre quem é devidamente amparado pela Lei 11.340/06 e as consequências para quem a usa com a finalidade diversa da legal.
2 DEFERIMENTO DA MEDIDA PROTETIVA DE URGÊNCIA
	A Medida Protetiva de Urgência é um conjunto de ações, uma opção por padrões de procedimentos pré-definidos, na qual a repercussão prática justifica e demanda a perquirição, tais como a prisão preventiva no caso da Lei 11.340/06. 	Conforme seu artigo 12, III, feita a queixa-crime, a autoridade policial tem 48 horas para entregar ao juiz o expediente apartado, com o pedido da ofendida para concessão das Medidas Protetivas de Urgência.
	A prioridade no cumprimento das MPUs busca viabilizar as necessidades imediatas da vítima. Onde o juiz pode conceder certas medidas, de natureza cível, em carater de urgência. As causas enquadradas na Lei Maria da Penha tem preferencia para processo e julgamento, quando nas varas criminais.
	Elas são concedidas pelo juiz, independente de audiência ou manifestação, basta o requerimento do MP ou pedido da própria ofendida, desde que preencha alguns requisitos tradicionais consistentes no periculum in mora� e no fumus boni iuris�. Como na maioria das vezes a vítima não tem o suporte de um advogado ou defensor público, o juiz deve ter cuidado ao deferir MPUs, já que as alegações chegam ao judiciário sem provas consistentes.
	Conforme o art. 804, CPC�, a audiência deve ser designada a fim de justificar o retratado pela vítima. Visto que se valer da simples declaração dela confronta o princípio da presunção de inocência. Logo, deverão existir outros elementos que comprovem tais alegações.
	Mas, numa visão histórico-sistemática, como a audiência dificilmente se realiza de imediato e o objetivo da lei é a proteção da ofendida, a fragilidade probatória não obsta o deferimento da medida.
	A lei 9099/95� não se aplica a "Maria da Penha". O que torna a aplicação do inciso II do artigo 22�, desta, mais comum do que o devido.
2.1 AFASTAMENTO DO LAR
	O afastamento da ofendida garante seus direitos na relação de bens, guarda dos filhos, alimentos e, caso sejam casados, serve de base futura de separação.
	Para Nucci, é uma medida (a separação de corpos) que o juiz cível poderia tomar, mas agora (com a Lei Maria da Penha) fica a cargo do juiz do juizado.
	As Medidas Protetivas de Urgência não são novidade, estão esparsas nos decretos e leis desde antes da referida lei. A de afastamento, por exemplo, está prevista na lei do JECrim, mas quase não era usada, até a promulgação da lei 11.340/06, onde se tornou a medida cautelar de aplicação mais comum.
	Em relação ao agressor, após deferimento da MPU, seus efeitos não serão temporários, já que não é necessário que a ofendida ingresse com a ação em 30 dias como no direito civil, devido ao seu caráter satisfativo. A súmula 10 do TJ-RS dispõe que "o deferimento do pedido de separação de corpos não tem sua eficácia submetida ao prazo do art. 806, CPC�". Logo, não é necessário ingresso da ação principal.
	O imóvel sendo de propriedade exclusiva da vítima, o afastamento, em princípio, é definitivo. Entretanto quando for do agressor, ou a medida é negada em razão da fragilidade da prova e dos direitos patrimoniais, ou ele sai, mas terá direito de pleitear na Vara de Família pelo seu direito de propriedade. Normalmente as partes são encaminhadas do juizado para a audiência e a consequente análise da medida. Visto que há presunção de inocência.
2.2 PRISÃO PREVENTIVA
	No caso de uma prisão cautelar com posterior condenação, estaríamos diante de uma situação onde devido à detração, o tempo da preventiva poderia ser igual ao da condenação, ou ainda mais lesivo, com o réu ficando mais tempo na prisão do que o imposto pela própria condenação.
	Em decorrência da Lei Maria da Penha foi acrescentado ao artigo 313, CPP o inciso IV, que admite a prisão preventiva quando for para assegurar a proteção à mulher no caso da violência doméstica. O que torna um tanto redundante diante dos requisitos já existentes no CPP (arts. 312� e 313�) para a efetivação da medida cautelar e do art. 20� da lei 11.340/06.
	Importante salientar que o conceito de agressor deve ser interpretado de forma restritiva, pois não é cabível a prisão do agressor quando se tratar de crime contra honra ou ameaça.
3 QUEM É AMPARADO PELA LEI 11.340/06
	Em vez de "violência doméstica e familiar", o termo mais apropriado seria "violência doméstica ou familiar", pois não há necessidade de que a agressão se dê dentro do âmbito doméstico quando se tratarem de relações de afeto ou mesmo entre parentes. Mas deve haver superioridade de gênero masculino.
“Constitui o signo ou sintoma de uma inferioridade moral, biológica ou psicológica... o ato é apenas uma lente que permite ver alguma coisa daquilo onde verdadeiramente estaria o desvalor e que se encontra em uma característica do autor. Estendendo ao extremo esta segunda opção, chega-se à conclusão de que a essência do delito reside numa característica do autor, que explica a pena". (ZAFFARONI; BATISTA, 2003, p. 131)
	A exemplo disso tem-se o caso da irmã que registrou uma ocorrência de ameaça, em face de seu irmão, por causa da herança. Mesmo havendo parentesco, não há submissão, nem relação de vulnerabilidade, hipossfuciência e inferioridade física ou econômica entre ambos, além de residirem em locais distintos�.
	Também não há necessidade de que o agressor seja homem, pois o art. 5º� da lei possibilita sua aplicação ao relacionamento homo afetivo. Como disse, a agressão deve partir do sentimento de superioridade do gênero masculino, critério biopsicológico. Do ponto de vista biológico, temos os casais homo afetivos compostos por duas mulheres, onde uma sofrendo agressão será amparada pela lei, ainda que estivesse assumindo o papel masculino na relação.
	Vale salientar que a abrangência da lei Maria da Penha ainda não está pacificada nos tribunais superiores,logo, sendo a violência em qualquer relação íntima, com ou sem coabitação, a expressão violência doméstica deve ser interpretada em sentido amplo (no sentimento/traço cultural da inferioridade do gênero feminino).�
4 BREVE EXPLICAÇÃO DO QUE É DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA
	Um crime complexo, segundo Guilherme de Souza Nucci, "constituído, via de regra, da calúnia (art. 138, CP) e da conduta lícita de levar ao conhecimento da autoridade pública — delegado, juiz ou promotor — a pratica de um crime e sua autoria (art. 5º, § 3º, CPP)". Quando se unem essas duas condutas surge à denunciação caluniosa.�
	O agente dá notícia, à autoridade pública responsável pela instauração da investigação ou do processo, de que alguém é autor ou partícipe de um determinado crime. Seja através de informação escrita ou oral, pessoalmente ou por telefone, fax, internet, desde que, em razão dela, a autoridade promova a instauração da investigação ou do procedimento ou processo.
	O dolo, de forma direta, é o elemento subjetivo, é indispensável que o agente tenha consciência da inocência da pessoa quanto à prática do crime que lhe imputa, e dê, ainda assim, causa à instauração da investigação ou do processo com vontade livre.
	Mirabete ainda dispõe que há a possibilidade do agente que comunica o fato a terceiro, que de boa fé, leva a noticia a conhecimento da autoridade. Tem como sujeito ativo é qualquer pessoa, incluso funcionário público, delegado, juiz ou promotor. E os passivos são principalmente o Estado e, em segundo lugar, a pessoa contra a qual é feita a imputação.�
	Por exemplo um advogado que, sabendo da falsa imputação, em nome do cliente, subscreveu requerimento de instauração de inquérito policial que veio a ser arquivado, porque provada falsidade da imputação. Denuncia fundada em elementos colhidos no inquérito, indicando que o paciente, ao subscrever o requerimento, sabia ser falsa a imputação feita à vítima. Responderá juntamente com seu cliente pelo crime em tela.�
	Sendo ação penal privada ou, nos casos mais comuns da lei "Maria da Penha", pública condicionada a representação, o sujeito ativo "será aquele que tiver a qualidade de oferecer a queixa ou formular a representação".�
	Aponta Capez, que nada foi disposto pelo legislador quanto à retratação, que no crime de calúnia (art. 143, CP), por exemplo, quando for feita antes da sentença isenta a pena. Na denunciação caluniosa a retratação não torna o réu isento de pena. Mas podem incidir os institutos do arrependimento eficaz (art. 15, CP�), já que a consumação não se operou — quando o autor retrata-se antes da autoridade competente começar as investigações — ou arrependimento posterior (art. 16, CP�) — após de começarem as investigações — mas neste caso o crime já se configurou.�
4.1 TÉRMINO DA INVESTIGAÇÃO OU DA AÇÃO
	Enquanto para Hungria, conforme pacífica doutrina e jurisprudência, a decisão final no processo contra o denunciante deve aguardar o prévio reconhecimento judicial da inocência do denunciado, quando instaurado processo contra este. Trata-se de uma medida de ordem prática, e não propriamente de uma condição de existência do crime.
	Para Damásio de Jesus, o arquivamento do inquérito policial ou da absolvição do denunciado não constitui questão prejudicial da ação penal por denunciação caluniosa. Diante disso, sob o aspecto técnico, não deveria processo contra o denunciante ficar aguardando desfecho do inquérito policial ou da ação penal contra o denunciado. De ver-se, entretanto que sob o aspecto prático haveria a possibilidade de decisões.
4.2 NÃO CONFIGURA DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA
Quando for imputado por um delito que a punibilidade esteja extinta ou se ele tiver agido sob alguma excludente de ilicitude ou culpabilidade. Não haverá crime de denunciação caluniosa, visto que havia possibilidade de ação da autoridade policial e judiciária;�
O advogado que no exercício regular, sem excesso ou desvio, se limita a subscrever a petição de abertura de inquérito estritamente dentro do mandato conferido pelo cliente;�
O promotor de justiça, quando a investigação policial levar a suspeita consistente;�
Também não há crime do acusado que, em depoimento ou interrogatório, faz a imputação porque, nesses casos, a investigação ou o processo ou procedimento já terá sido, previamente, instaurado. Alem, é claro do princípio da ampla defesa, em se tratando do réu.
5 USO INDEVIDO DA LEI 11.340/06
	As decisões judiciais para afastamento do agressor do lar devem ser verificadas caso a caso, devido a maleabilidade da lei, em determinados casos, a mulher, objetivando a saída do seu companheiro do lar, após discussão, procura a autoridade policial e, mesmo cientificada das consequências que o companheiro poderá sofrer ao responder processo criminal, insistem em seguir com o procedimento, motivando, muitas vezes o indeferimento do pleito pelo poder Judiciário. E até o indeferimento, o processo é distribuído e autuado, com urgência, consumindo tempo e recursos que, sabe-se, o judiciário não tem sobrando.
	Exemplo disso é um processo de Balneário Camboriú - SC a mulher, já separada de fato à 3 anos do marido, requereu Medidas Protetivas de Urgência, no entanto ambos possuem um imóvel, construído no terreno do pai dele.�
	Também há casos nos quais advogados utilizam-se dos elementos Lei 11.340/06 para tentar conseguir maior agilidade no deferimento de uma medida liminar, por exemplo:
	Enquanto um requerimento de uma liminar de concessão de medida protetiva deverá ser apreciado pelo magistrado no prazo de 48 horas nas disposições da Lei Maria da Penha, uma medida de separação de corpos, na esféra cível, levará em media 30 dias para manifestação, havendo ainda a necessidade do pagamento de custas judiciais, o que não é necessário nos casos da daquela.
	Resumindo: visando uma resposta rápida, barata e, provavelmente, positiva de uma decisão judicial, imputa-se a um individuo, um fato criminoso, seja pelo uso equivocado da referida lei ou não.
5.1 A RELAÇÃO DA LEI 11.340/06 COM O CRIME DE DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA
	O mau uso da lei é geralmente motivado por "perda de alguma ação na justiça como o direito de ficar com a casa que é do casal. Elas recorrem a Lei Maria da Penha dizendo que foram agredidas dentro da residência, então o homem é obrigado a sair de casa".
	A exemplo disso tem-se uma ocorrência registrada em Chapecó - SC, na qual a suposta vítima, já em processo de separação de seu companheiro, levou sua filha a Delegacia de Proteção à Mulher, Criança e Adolescente e Idoso, a fim de prestar queixa contra ele e manifestando interesse em MPUs. Posteriormente foi apurado o delito de denunciação caluniosa, na qual foi condenada a 2 anos de reclusão, convertidos em duas penas restritivas de direitos (prestação pecuniária e de serviços à comunidade).�
	Interessante anotar uma apelação do MP da Comarca de Triunfo - RS, na qual a vítima acusou seu ex-companheiro de lesão corporal, e acabou respondendo pelo crime de denunciação caluniosa, porém ao haver retratação na audiência de conciliação daquela, sob o pálio da Lei Maria da Penha, a apelação do crime de denunciação caluniosa foi julgada improcedente, fulcro art. 386, VII, CPP.
	A alegação foi de que a vítima por ter desistido da representação na Lei 11.340/06, também poderia estar mentindo, como teria ao comunicar o crime.�
6 CONCLUSÃO
	Há de se proporcionar um conhecimento amplo a população sobre as condições de uso e suas consequências, tanto para o agressor como para a vítima. Só através desse esclarecimento será possível diminuir esses casos, assim dando maior celeridade aos demais processos, e credibilidade a Lei Maria da Penha, criticada por tantos operadores do direito. A final a lei 11.340/06, é eficaz, incluso quando mal utilizada, e a Polícia, o Ministério Publico e o Judiciário não devem ser utilizados como arma para satisfazer interesses escusos aos legais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bibliografia
Constituição da República Federativa do Brasil, de 5de outubro de 1988. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em 28 de março de 2013.
Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm>. Acesso em 19 de abril de 2013.
Decreto-Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm>. Acesso em 19 de abril de 2013.
Decreto-Lei 3.689, de 3 de outubro 1941. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm>. Acesso em 19 de abril de 2013.
Lei 5.869, de 11 de janeiro de 1973. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5869compilada.htm>. Acesso dia 19 de abril de 2013.
DA FONSECA, Antonio Cezar Lima. Ato Infracional e Lei Maria da Penha. Disponível em <http://www.mp.rs.gov.br/areas/infancia/.../ato_infracional_maria_da_penha.doc>. Acesso em 19 de abril de 2013.
DO LAGO, Juliano Silva. Breves Apontamentos acerca da aplicação da medidas protetivas de urgência no âmbito da Lei 11.340/06. Disponível em <http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=1972>. Acesso em 28 de março de 2013.
STOCK, Bárbara Sordi; PANZENHAGEN, Germana Vogt. A Efetivação dos Direitos Humanos da Mulher na Comarca de Porto Alegre: Análise das Medidas Protetivas de Urgência de Afastamento do Lar no Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher. Disponível em <http://www.ajuris.org.br/attachments/article/284/A%20EFETIVACAO%20DOS%20DIREITOS%20HUMANOS%20DA%20MULHER.pdf>. Acesso em 1º de abril de 2013.
TELES, Ney Moura. Denunciação Caluniosa. Disponível em <http://www.neymourateles.com.br/direito-penal/wpcontent/livros/pdf/volume03/118.pdf>. Acesso em 12 de abril de 2013.
HEMN, Ruth. LEI MARIA DA PENHA: Instrumento de proteção as Mulheres ou atalho para garantia de medidas que deveriam ser interpostas na esfera Cível?. Disponivel em <http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/lei-maria-da-penha-medidas-civeis-medidas-protetivas-mulher-violencia-domestica/65376/>. Acesso em 28 de março de 2013.
PORTO, Pedro Rui da Fontoura. ANOTAÇÕES PRELIMINARES À LEI 11.340/06 E SUA REPERCUSSÃO EM FACE DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS. Disponível em <http://www.mp.rs.gov.br/criminal/doutrina/id503.htm>. Acesso em 19 de abril de 2013.
ZAFFARONI, E. Raúl; BATISTA, Nilo. Direito penal brasileiro. Rio de Janeiro: Revan, 2003, v. I.
BATISTA, Nilo. Comentários à lei de Violência Doméstica e Familiar contra a mulher. Lumen Juris, 2ª ed., 2009
NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. 4ª ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais. 2003.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
MIRABETE, Júlio Fabbrini. MANUAL DE DIREITO PENAL 3. 14ª ed. São Paulo: Editora Atlas. 2000.
STEFAN, André. Direito Penal 4. São Paulo: Saraiva. 2011.
Coordenadoria de Editoria e Imprensa. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Denunciação caluniosa, vingança que sai caro. Disponível em <http://www.stj.jus.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=105547>. Acesso em 13 de abril de 2013
______, MINSTÉRIO PÚBLICO DO RIO GRANDE DO SUL. PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA. Resposta Maria da Penha, mãe/filha. Disponível em <http://www.mp.rs.gov.br/areas/criminal/arquivos/resposta_maria_penha_mae_filha.pdf>. Acesso em 19 de abril de 2013.
______, TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Habeas Corpus nº 70043703412. Relator: Marco Antônio Ribeiro de Oliveira. Julgado em 27 de julho de 2011. Disponível em <http://www.tjrs.jus.br/busca/?q=habeas+corpus+70043703412&tb=jurisnova&partialfields=tribunal%3ATribunal%2520de%2520Justi%25C3%25A7a%2520do%2520RS.%28TipoDecisao%3Aac%25C3%25B3rd%25C3%25A3o|TipoDecisao%3Amonocr%25C3%25A1tica|TipoDecisao%3Anull%29&requiredfields=&as_q=>. Acesso em 12 de maio de 2013.
______, TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Conflito de Jurisdição Nº 70033885385. Relator: Laís Rogéria Alves Barbosa. Julgado em 25 de fevereiro de 2010. Disponível em <http://www.tjrs.jus.br/busca/?q=70033885385&tb=jurisnova&pesq=ementario&partialfields=tribunal%3ATribunal%2520de%2520Justi%25C3%25A7a%2520do%2520RS.%28TipoDecisao%3Aac%25C3%25B3rd%25C3%25A3o|TipoDecisao%3Amonocr%25C3%25A1tica|TipoDecisao%3Anull%29&requiredfields=&as_q=>. Acesso em 12 de maio de 2013.
______, TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Apelação crime nº 70038800611. Apelante: Ministério Público. Apelado: Patrícia Rodrigues de Freitas. Relator: Des. Marcelo Bandeira Pereira. Acórdão de 25 de novembro de 2010. Disponível em <http://www.tjrs.jus.br/busca/?q=denuncia%E7%E3o+caluniosa+maria+da+penha&tb=jurisnova&pesq=ementario&partialfields=%28TipoDecisao%3Aac%25C3%25B3rd%25C3%25A3o%7CTipoDecisao%3Amonocr%25C3%25A1tica%7CTipoDecisao%3Anull%29.Secao%3Acrime&requiredfields=&as_q=>. Acesso em 29 de abril de 2013.
� Lei que criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. 
� Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. § 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto. § 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.
� “Perigo na demora”. Para o direito brasileiro, é o receio que a demora da decisão judicial cause um dano grave ou de difícil reparação ao bem tutelado. Isso frustraria por completo a apreciação ou execução da ação principal. A configuração do periculum in mora exige a demonstração de existência ou da possibilidade de ocorrer um dano jurídico ao direito da parte de obter uma tutela jurisdicional eficaz na ação principal.
� “Fumaça do bom direito”. É um sinal ou indício de que o direito pleiteado de fato existe. Não há, portanto, a necessidade de provar a existência do direito, bastando à mera suposição de verossimilhança. Esse conceito ganha sentido especial nas medidas de caráter urgente.
� Art. 804. É lícito ao juiz conceder liminarmente ou após justificação prévia a medida cautelar, sem ouvir o réu, quando verificar que este, sendo citado, poderá torná-la ineficaz; caso em que poderá determinar que o requerente preste caução real ou fidejussória de ressarcir os danos que o requerido possa vir a sofrer
� Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais.
� Art. 22.  Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras: [...] II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;
� Art. 806, CPC. Cabe à parte, propor ação, no prazo de 30 dias, contados da data da efetivação da medida cautelar, quando esta for concedida em procedimento preparatório.
� Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indicio suficiente de autoria. Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares.
� Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: [...] III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, [...] para garantir a execução das medidas protetivas de urgência.
� Art. 20.  Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação da autoridade policial.
Parágrafo único.  O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo, verificar a falta de motivo para que subsista,bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
� Ementa: HABEAS CORPUS. CRIME DE AMEÇAS ENTRE IRMÃOS E CUNHADO. INEXISTÊNCIA DE OPRESSÃO AO GÊNERO FEMINO. NÃO INCIDÊNCIA DA LEI MARIA DA PENHA. PROVIMENTO. Delito de ameaças provenientes de discussão quanto à herança familiar não é abarcado pela Lei Maria da Penha. Embora ocorra existência de parentesco entre o paciente e uma das vítimas (sua irmã), não há demonstração de poder e submissão entre ambos, não havendo qualquer relação de vulnerabilidade, hipossfuciência e inferioridade física ou econômica entre os mesmos, aliás, residem em locais distintos. Declaração de nulidade dos atos praticados em face da lei especial e remessa do processo ao juízo competente. Habeas corpus concedido. (Habeas Corpus Nº 70043703412, Primeira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marco Antônio Ribeiro de Oliveira, Julgado em 27/07/2011).
� Art. 5o  Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: [...] Parágrafo único.  As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
� Ementa: CONFLITO DE COMPETÊNCIA. JUÍZO DA 4ª VARA CRIMINAL E JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL. A Lei nº 11.340/06 está em vigor para punir os agressores e amparar as mulheres vítimas de tais atos, ou seja, a intenção do legislador foi proteger a mulher em situação de fragilidade tanto diante do ofensor do sexo masculino como do sexo feminino, em decorrência de qualquer relação íntima, com ou sem coabitação, em que possa ocorrer atos de violência contra esta mulher. Deve sempre ser aferido, nos casos em concreto levados ao crivo do judiciário, a relação de vulnerabilidade, hipossuficiência, inferioridade física ou econômica existente entre agressor (a) e vítima. Ademais, não pode ser olvidado, que a violência entre mulheres gerada por desentendimentos, desafeto, inimizade ou entre parceiras que convivem juntas está presente na nossa sociedade e é tão grave quanto à violência masculina praticada contra a mulher e, em consequência, está abarcada pela Lei Maria da Penha. Além disso, como ainda não está pacificado nos Tribunais Superiores o âmbito de abrangência da Lei Maria da Penha, entende-se que até que seja esclarecido o palco de incidência da norma, a expressão violência doméstica deve ser entendida em lato sensu, ou seja, abrangendo as relações familiares como um todo e não apenas relações entre homem/mulher. CONFLITO DE COMPETÊNCIA ACOLHIDO. (Conflito de Jurisdição Nº 70033885385, Segunda Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Laís Rogéria Alves Barbosa, Julgado em 25/02/2010).
� NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado, v. IV, p. 929.
� MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal 3, v. XIV, p. 394.
� CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, v. 3, ed. 9ª, p 646.
� HUNGRIA. Apud. MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal 3, v. XIV, p. 394.
� Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados
� Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços
� CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, v. 3, ed. 9ª, p 647.
� NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado, v. IV, p. 933.
� MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal 3, v. XIV, p. 394.
� CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, v. 3, ed. 9ª, p 646.
� "Compulsando os autos, verifico que o pleito não merece ser deferido, pois, embora as medidas requeridas possuam previsão na Lei Maria da Penha, ou seja, possam ser deferidas no âmbito penal, entendo que, no presente caso, as medidas confundem-se diretamente com a seara cível, uma vez que o casal esta separado a 3 anos de fato, possuem um imóvel adquirido com esforço incomum dos 18 anos de relacionamento e, como se não bastasse, tal imóvel esta fixado no terreno do pai do autor. Sem falar ainda na guarda das crianças, fruto do relacionamento do casal." (Autos nº 005.10.011897-0 – 2ª Vara Criminal da Comarca de Balneário Camboriú).
� APELAÇÃO CRIMINAL. DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA (ART. 339 DO CÓDIGO PENAL). ACUSADA QUE, AO IMPUTAR AO EX-COMPANHEIRO A PRÁTICA DE CRIME, SABENDO DE SUA INOCÊNCIA, DEU CAUSA À INSTAURAÇÃO DE INVESTIGAÇÃO POLICIAL. RECURSO DEFENSIVO. PLEITO ABSOLUTÓRIO POR ATIPICIDADE DA CONDUTA, SOB A ASSERTIVA DE QUE A RÉ NÃO SABIA SER O ACUSADO INOCENTE. INADMISSIBILIDADE. MATERIALIDADE, AUTORIA E DOLO ESPECÍFICO DEVIDAMENTE COMPROVADOS PELO CONJUNTO PROBATÓRIO AMEALHADO NOS AUTOS, EM ESPECIAL PELO DEPOIMENTO DA FILHA DO CASAL DESMENTINDO A VERSÃO DA GENITORA E DEMONSTRANDO QUE ESTA TINHA INTERESSE EM PREJUDICAR O OFENDIDO PARA OBTER BENEFÍCIO NO PROCESSO DE DISSOLUÇÃO DE SOCIEDADE DE FATO. CONDENAÇÃO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. �MERGEFIELD "Classe do processo#Classe do processo=2@PROC"�Apelação Criminal� n. �MERGEFIELD "Número do processo#Número do processo no segundo grau=1@PROC"�2010.059993-1�, �MERGEFIELD "Foro de origem com preposição#Foro de origem com preposição=67@PROC"�de Chapecó�. Relator: Desembargador Substituto �MERGEFIELD "Relator atual do processo sem tratamento#Relator atual do processo sem tratamento=45@PROC"�Tulio Pinheiro�
� APELAÇÃO-CRIME. DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA. Ré que apresentou notícia criminal atribuindo ao ex-companheiro agressões à sua pessoa e a de sua filha. Retratação quando da audiência preliminar prevista na Lei Maria da Penha. Hipótese em que, a despeito de evidenciada a deflagração de investigações policiais, suficiente à caracterização do tipo penal de denunciação caluniosa, não é possível definir quando a ré faltou com a verdade. Se ao noticiar o crime, como se imporia para a configuração do crime em questão, ou se na audiência preliminar, então com o propósito de eximir o ex-companheiro em face de eventual reconciliação. Apelo não provido, com alteração, porém, do fundamento absolutório. [APELAÇÃO CRIME. Nº 70038800611. QUARTA CAMARA CRIMINAL. COMARCA DE TRIUNFO. Des. Marcelo Bandeira Pereira (RELATOR)]

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