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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP CAMPUS SANTOS – RANGEL GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA PSICOPATOLOGIA GERAL Profª Andrea Daví Gomes de Almeida Junior – C810DI0 RESUMO: UMA PROPOSTA DE MÉTODO PARA A PSICOTERAPIA DE PSICÓTICOS Massaro concebe um novo modelo para o tratamento de pacientes psicóticos, um que pudesse resgatar o indivíduo e fosse mais dinâmico do que os modelos tradicionais. Nessas diferenciações, o método de Massaro espera poder atuar nos períodos de surto, seja um método circular, que se adapte à cultura, que não tenha um final e que não afete outros tipos de tratamento. Nos tratamentos clássicos se tinha como critério para avaliação de uma terapia a diminuição dos surtos, em outros tinha como objetivo uma adaptação à sociedade por estes indivíduos, porém esses pacientes acabavam assumindo papéis estereotipados. Nesta proposta se buscou superar estas visões, delimitou-se cinco objetivos: a criação de um projeto, uma relação satisfatória, uma rematrização das relações, auxílio no desenvolvimento da identidade e resolução das dinâmicas conflitivas. Este método norteou a postura do terapeuta em cinco fases durante o atendimento, visando englobar dimensões fundamentais que corroborasse com a proposta. A primeira fase é a da vinculação, onde se visa criar uma boa relação entre paciente e terapeuta, assim ajudando a liberação das informações do paciente, mas existem problemas que podem ocorrer, o isolamento comunicacional do paciente, questões do contexto das relações pessoais entre ambos, que devem ser avaliados e se possível evitados. A segunda fase é chamada de auto-questionamento, onde o terapeuta põe em dúvida os delírios psicóticos de forma a trazer um referencial universal para o paciente questionar-se, a desvantagem deste método são as possíveis irritações quanto aos questionamentos, possibilitando desistências. A terceira fase conhecida como diferenciação do ego e de organização o psiquismo e do cotidiano surgiu após uma consequência negativa da fase anterior, após os questionamentos os indivíduos ficavam angustiados e sem nada para se apoiar, antes os delírios eram as muletase agora lhe foram tiradas. Tudo se resume ao fato do ego destes pacientes não estar preparado para esse auto-questionamento, esta fase trabalharia a maturação do ego e sua relação com o mundo exterior e suas vivências. A quarta fase denominada entrada na realidade se apresentam certas dificuldades, o paciente agora ciente de sua patologia costuma entrar em quadros depressivos, podendo até mesmo enxergar no terapeuta uma figura hostil, se espera que nesta fase com um contato mais realista com o mundo os pacientes exibam um ego mais integrado, relações objetais menos idealizadas e uma percepção de mundo mais próximo da realidade. Na última fase chamada de ancoragem, se espera que o paciente tenha diminuído as ansiedades, agora é o momento de dar significado aos resquícios da sua vida psicótica, religar ao passado suas antigas fantasias, por fim dar um novo caminho para o futuro.
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