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* * MORMO CRISTINA ZAMBRANO MÉDICA VETERINÁRIA DOUTORANDA EM PARAITOLOGIA UFPEL * * Agente Etiológico: TAXONOMIA: Reino: Bacteria Filo: Proteobacteria Classe: Betaproteobacteria Ordem: Burkholderiales Família: Burkholderiacea Gênero: Burkholderia Espécie: Burkholderia mallei (1992) * * Agente Etiológico: Burkholderia mallei Bastonetes gram negativos Imóvel, aeróbia Pseudo-cápsula lipopolissacarídeo (fator de virulência) Não hemolítico Colônias muitos velhas as bactérias se apresentam pelomórficas * * * * Histórico: É uma das doenças mais antigas de equídeos já descrita (Aristóteles e Hipócrates, séc. II e IV A.C) Agente de bioterrorismo nas grandes guerras mundiais (alta taxa de letalidade) Segunda Guerra Mundial vários casos humanos, em soldados russos. Erradicada nos EUA, Inglaterra e Austrália (Henning, 1956 e Leopoldino, 2009). * * Histórico: Presente na Ásia, Oriente Médio e Europa Brasil: a doença foi descrita em 1811, por animais infectados vindos da Europa. “ Silêncio epidemiológico” (década de 60) 1999: Alagoas, Pernambuco 2004: Paraná, Santa Catarina 2008: estado de SP 2009: Distrito Federal 2012: RJ, MG * * Histórico: 2013-2014: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão,Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, RJ, RN, Roraima, Rondônia, SP, Sergipe. 2015: MT, PR, SC, RS * * Definição: Mormo é uma doença infecto-contagiosa, quase sempre fatal, que acomete principalmente equídeos e homem. Forma aguda ou crônica Alta taxa de mortalidade, doença é fatal. Nome popular: “Catarro do Mormo” ou “Catarro de Burro” * * Epidemiologia: Manejo: estábulos, cochos e bebedouros coletivos são alta fonte de contaminação Maior prevalência em animais idosos, debilitados Assintomáticos: doentes crônicos ou latentes mantém a doença na área. Humanos e animais domésticos são hospedeiros acidentais. * * Vias de Transmissão: Digestiva (alimentos e águas contaminados) Respiratória Cutânea Carnívoros a ingestão de carcaças contaminadas * * Patogenia: * * Sinais Clínicos Superagudo: Animais debilitados e submetidos a estresse Período de incubação de poucos dias Aguda Febre Dispnéia inspiratória Tosse Secreção nasal catarro-purulenta Ulceras na parte inferior dos cornetos Aumento dos linfonodos anorexia * * Sinais Clínicos Crônica Discreto corrimento catarro-purulenta nasal Comprometimento pulmonar e brônquial Agudização pode levar a morte Cutânea Nódulos endurecidos nos membros Flutuação c/ rompimento e formação de ulceras Numerosos abscessos interligados pelos vasos linfáticos Podem apresentar claudicação “posição de bailarina” Anemia c/ leucocitose e aumento dos níveis de fibrinogênio * * * * Patologia Áreas de pneumonia Abscessos pulmonares múltiplos Conteúdo de pús amarelo acinzentado Espessamento da pleura e sinéquias Baço c/ pequenas nodulações com conteúdo caseoso Vasos linfáticos com distenção Microscopicamente: Nódulos circundados por tecido conjuntivo fibroso Infiltrado de linfócitos, macrófagos e células gigantes Centro de necrose c/ restos de neutrófilos e calcificação * * Diagnóstico Associação dos aspectos clínico-epidemiológicos, anátomo-histopatológicos. Provas Sorológicas: - Teste de fixação de complemento (FC)e Elisa - Dá positivo depois de uma semana de exposição Teste de reação imunoalérgica (Maleína) Alérgino produzido c/ B. mallei Tem alta sensibilidade e especificidade Inoculação de 0,1ml de alérgino via intradermo-palpebral Leitura em 48h (ração inflamatória no local da aplicação) Interfere no diagnóstico sorológico (realizar 60 a 90 dias após) * * Diagnóstico Exame bacteriológico: Recurso complementar Isolamento do agente Deve ser coletado material de abscessos fechados ou recém drenados. Provas moleculares PCR execução rápida Menor risco para o manipulador * * TRATAMENTO NÃO EXISTE TRATAMENTO NÃO HÁ VACINA ANIMAIS POSITIVOS DEVERÃO SER SACRIFICADOS * * Controle e Profilaxia Controle do trânsito de animais deve ser rigoroso Erradicação Identificação dos possíveis positivos Testes destes animais (Fixação de complemento e Maleína) Eutanásia dos positivos Desinfecção das instalações e utensílios (cloreto de mercúrio em álcool, hipoclorito de sódio, iodo ou permanganato de potássio) * * Controle e Profilaxia Propriedades com casos Eliminação dos positivos Realização de testes em todos os animais Liberação somente após todos os animais serem negativos em 2 testes consecutivos. * * Importância em Saúde Pública ZOONOSE Transmitida por contato direto com secreções ou fômites contaminados Pele e mucosas são a principal via de penetração Incubação de 1 a 14 dias. Sinais clínicos: Vesículas, nódulos e ulceras dolorosas Linfoadenopatia regional Infecção localizada no pulmão e nas mucosas Casos agudos c/ fluxo mucopurulento do nariz c/ letalidade de 95% em 3 semanas Casos crônicos lesão nodular granulomatosa no pulmão e abscessos pelo corpo Infecção latente descoberto apenas na necropsia Tratamento com sulfadiazina, doxiciclina e azitromicina. * * * * OBRIGADA!!
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