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Aula Tribunal de Contas

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TRIBUNAIS DE CONTAS
1º TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
Conceito: Os Tribunais de Contas são órgãos vinculados ao Poder Legislativo, que o auxiliam no exercício do controle externo da administração pública, sobretudo o controle financeiro.
Não existe hierarquia entre as cortes de contas e o Poder Legislativo.
Os Tribunais de Contas não praticam atos de natureza legislativa (não criam leis), mas são somente atos de fiscalização e controle, de natureza administrativa. Sua sede está localizada no Distrito Federal, possui quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional.
Princípios:
A – Legalidade : as despesas devem obedecer/atender aos comandos da Constituição e do ordenamento jurídico infraconstitucional.
B – Legitimidade: a gestão da coisa pública deve ser fundada no bem-estar da maioria de um povo.
C – Economicidade: diz respeito à relação custo/benefício dos atos praticados pela Administração Pública devendo ser evitadas ações antieconômicas.
Composição : 9 Ministros, sendo escolhidos da seguinte forma:
1/3 escolha do Presidente com aprovação pela maioria simples do Senado (1 por livre escolha e 2 entre auditores e membros do Ministério público junto ao TCU, indicados em lista tríplice pelo TCU, segundo critérios de antiguidade e merecimento).
2/3 indicados pelo Congresso Nacional, conforme procedimento de seu regimento interno.
Requisitos para ser Ministro: art 73, § 1º, CF
Brasileiro nato ou naturalizado
Mais de 35 anos e menos de 65 anos
Idoneidade moral e reputação ilibada
Notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública
Mais de 10 anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados
Atribuições do Tribunal de Constas União (art. 71, CF)
Apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República (quem julga as contas do Presidente é o Congresso Nacional, conforme art. 49, IX, CF)
Julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Federal, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público
Apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Púbico, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.
Realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativos dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário
Fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
Fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município.
Prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização (contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial) e sobre os resultados de auditorias e inspeções realizadas.
Aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário
Assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade
Sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal
Representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
Garantias: Os ministros do TCU terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça.
Súmula Vinculante 3 (do Supremo Tribunal Federal) – “nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.”
TRIBUNAL DE CONTAS ESTADUAL E DISTRITAL
Determina a CF que as normas estabelecidas no seu texto sobre a fiscalização contábil, financeira e orçamentária aplicam-se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios (art. 75, CF)
Por força do art. 75, CF, o modelo de composição e investidura dos Ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) deverá ser observada pelos Estados-membros, na fixação do processo de escolha e investidura dos conselheiros dos respectivos tribunais de contas estaduais, devendo ser resguardada a proporcionalidade de escolha entre o Poder Executivo (1/3) e o Poder Legislativo (2/3)
Composição: 7 Conselheiros, sendo:
3 escolhidos pelo Governador: 1 livre escolha do Governador e indicando 1 dentre auditores, 1 dentre membros do Ministério Público.
4 escolhidos pela Assembleia Legislativa
TRIBUNAL DE CONTAS MUNICIPAL (TCM)
Art.31, CF
O art. 31 da Constituição Federal estabelece que a fiscalização do Município também será exercida mediante controle externo da Câmara Municipal, com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver; prevê-se que o parecer prévio, emitido pelo órgão competente, sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.
O legislador constituinte reconheceu a existência dos Tribunais ou Conselhos de Contas Municipais já existentes na data da promulgação da Constituição Federal, não permitindo às respectivas Constituições Estaduais aboli-los, porém, ao mesmo tempo, expressamente vedou a criação de novos Tribunais ou Conselhos de Contas. MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional, 34ª edição. Atlas, 03/2018. VitalBook file.
Dessa forma, entende-se que a CF proibiu a criação de NOVOS Tribunais, Conselhos ou órgãos de contas municipais. Aqueles Tribunais de Contas Municipais (TCM) já existentes foram mantidos e auxiliam as respectivas Câmaras Municipais no controle externo das contas públicas. Art. 31, § 4º, CF
Em relação à fiscalização das contas municipais, o parecer do Tribunal de Contas sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar é meramente opinativo, pois o julgamento dessas contas do Prefeito é feita pela Câmara Municipal.
MINISTÉRIO PÚBICO
Vale lembrar que junto aos Tribunais de Contas atuará um Ministério Público, cujos membros têm os mesmos direitos, vedações e forma de investidura dos membros do Ministério Público comum (art. 130, CF). Esse Ministério Público especial integra a própria estrutura orgânica do correspondente tribunal de contas e tem a sua organização formalizada por lei ordinária de iniciativa privativa da corte de contas respectiva.
Exercícios sobre Processo Legislativo e Tribunal de Contas
1 – Qual é a função do Tribunal de Contas?
2 – O Tribunal de Contas é subordinado ao Poder Legislativo?
3 – Quais são as espécies legislativas?
4 – Quais são as 3 fases do processo legislativo? Explique cada uma delas
5 – O que é o veto? Quais os tipos de veto?
6 - O veto pode recair sobre uma única palavra? Por quê?
7 – Qual (is) a (s) diferença (s) entre a lei ordinária e a lei complementar?
8 – A medida provisóriaé lei? Quem pode editar? Quais seus requisitos?
9 – Quem pode propor medida provisória? Quais são os 3 limites existentes (explique com suas palavras cada um deles).

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