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IED AULA 8 e 9 - LINDB 2014.1 aluno

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Aula 09
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
AULA 14
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SEMANA 09
A LEI DE INTRODUÇÃO AS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO - LINDB
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CONTEÚDO DESTA SEMANA
1 - A LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL.
 1.1 A importância da Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro.
 1.2 Validade das normas jurídicas.
 1.3 Princípio da obrigatoriedade e da continuidade das leis.
1.4 Vigência da lei e conhecimento da lei. 
1.5 Revogação da lei .
15.1. Ab-rogação.
1.5.2 Derrogação.
1.6 Repristinação no ordenamento jurídico brasileiro.
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2 - DIREITO INTERTEMPORAL NO CONTEXTO DA LINDB E DA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA.
2.1 A questão da retroatividade, irretroatividade e ultratividade das leis.
2.2 . Obstáculos constitucionais a retroatividade da lei nova. 
2.2.1 Ato Jurídico Perfeito.
2.2.2 Direito Adquirido (doutrinas de Gabba, Roubier e Lassalle).
2.2.3 Coisa Julgada.
2.3 Leis temporárias e perpétuas, comuns e especiais.
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AULA 1
Compreender a importância da LINDB como importante instrumento que regula a vigência, a validade, a eficácia, a aplicação, a interpretação e a revogação de normas no direito brasileiro.
Introduzir para o aluno a concepção de validade normativa à luz da LINDB.
Identificar o processo de vigência legislativa. 
Conhecer os institutos da vacatio legis e repristinação no ordenamento jurídico pátrio. 
Conceber o ordenamento jurídico como um sistema que doutrinariamente pode ser concebido como fechado ou aberto.
Compreender o conceito de direito intertemporal.
Estabelecer a distinção entre retroatividade e irretroatividade das leis no tempo.
Aplicar os princípios possibilitadores da resolução dos conflitos de leis no tempo.
Nossos objetivos nesse encontro
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A Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro (antiga LICC)
AULA 1
É uma "lei sobre a lei".
Foi editada em 1942, e está em vigor até hoje. 
Seu objetivo foi orientar a aplicação do código civil, preencher lacunas e dirimir questões que foram surgindo entre a edição do primeiro código civil (em 1916) e a edição da LINDB.
Segundo Maria Helena Diniz, a LINDB contém normas sobre normas, assinalando-lhes a maneira de aplicação e entendimento, predeterminando as fontes do direito positivo, indicando-lhes as dimensões e espaços temporais.
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PONTOS FUNDAMENTAIS DA LINDB
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Moral
A Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro, que, em verdade, é a Lei de Introdução de todo o Direito, pois institui normas sobre normas, ou seja, são normas que informam os requisitos legais que as demais normas deverão obrigatoriamente possuir para que penetrem no Direito, enquanto sistema normativo positivado, com os atributos de validade, vigência e eficácia.
A LINDB fixa e define algumas questões básicas, como o tempo de vigor da lei, o momento dos efeitos da lei, e a validade da lei para todos. 
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O Início da Vigência da Lei.
Até o advento da LC 95/98, alterada pela LC 107/01, a cláusula de vigência vinha expressa, geralmente, na fórmula tradicional: “Esta lei entra em vigor na data de sua publicação”.
A partir da LC nº 95, a vigência da lei deverá vir indicada de forma expressa, estabelecida em dias, e de modo que contemple prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, passando a cláusula padrão a ser: “ Esta lei entra em vigor após decorridos (número de dias) de sua publicação”.
No caso de o legislador optar pela imediata entrada em vigor da lei, só poderá fazê-lo se verificar que a mesma é de pequena repercussão.
Na falta de disposição expressa da cláusula de vigência, aplica-se como regra supletiva a do art. 1º da LICC, que dispõe que a lei começa a vigorar em todo o país 45 dias depois de oficialmente publicada.
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VACATIO LEGIS
Chama-se VACATIO LEGIS o período que medeia a data de publicação da lei e a de sua entrada em vigor. Com o período da vacatio legis (vacância da lei), o próprio legislador procura facilitar ao cidadão o cumprimento da lei, facultando o seu conhecimento prévio. Nada impede, contudo, que a vigência da lei nova seja imediata, dispensando-se a vacatio legis.
A forma de contagem do prazo da vacatio legis é a dos dias corridos, com exclusão do de começo e inclusão do de encerramento, computados domingos e feriados. 
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ART. 1° § 3º. SE, ANTES DE ENTRAR A LEI EM VIGOR, OCORRER NOVA PUBLICAÇÃO DE SEU TEXTO, DESTINADA À CORREÇÃO, O PRAZO DESTE ARTIGO E DOS PARÁGRAFOS ANTERIORES COMEÇARÁ A CORRER DA NOVA PUBLICAÇÃO. 
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Nesse caso, observar-se-ão as seguintes situações:
– correção da norma em seu texto, por conter erros substanciais, durante a vacatio legis ensejando nova publicação: nova vacatio será iniciada a partir da data da correção, anulando-se o tempo decorrido;
– várias publicações diferentes de uma mesma lei, motivadas por erro: a data da publicação será uma só e deverá ser a da publicação definitiva, ou seja, a última (RF, 24:480).
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ART. 1° § 4º. AS CORREÇÕES A TEXTO DE LEI JÁ EM VIGOR CONSIDERAM-SE LEI NOVA. 
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As emendas ou correções em lei que já esteja em vigor são consideradas leis novas, ou seja, para corrigi-la é preciso passar por todo o processo de criação de uma lei, devendo para isso obedecer aos requisitos essenciais e indispensáveis para a sua existência e validade.
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ART. 2º. NÃO SE DESTINANDO À VIGÊNCIA TEMPORÁRIA, A LEI TERÁ VIGOR ATÉ QUE OUTRA A MODIFIQUE OU REVOGUE. 
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Este princípio está contemplado no art. 2º da LINDB, quando menciona que uma lei só deixa de vigorar quando modificada ou revogada por outra posterior.
Há que se fazer uma distinção entre derrogação e ab-rogação. A derrogação significa revogação parcial enquanto que a ab-rogação diz respeito à revogação total. Ambas, derrogação e ab-rogação, são espécies do gênero revogação.
Princípio da Continuidade das Leis
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TÉRMINO DA VIGÊNCIA DAS LEIS
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Vigência e revogação são matérias disciplinadas pela Lei de Introdução as Normas de Direito Brasileiro.
A lei nova revoga a anterior quando trata sobre o mesmo assunto de forma diversa. Assim, nos fatos ocorridos após a sua revogação, a lei antiga não produzirá qualquer efeito, cessando, desta forma, sua eficácia.
Mas, com relação aos fatos ocorridos anteriormente à edição da nova lei, a lei antiga poderá continuar produzindo efeitos. Tal fenômeno é chamado de ultratividade da lei. 
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A chamada aplicação da lei no tempo e no espaço refere-se à eficácia do Direito segundo a extensão de sua incidência ou em função do tempo ligado à sua vigência. Temos, assim, a eficácia da lei no tempo e no espaço.
A eficácia da lei no tempo diz respeito ao tempo de sua atuação até que desapareça do cenário jurídico. Como tal fato pode ocorrer?
Conflito de Leis no Tempo e no Espaço.
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Em duas hipóteses: 
· Se a lei já tem fixado seu tempo de duração, com o decurso de prazo determinado, ela perde sua eficácia e vigência;
· Se ela não tem prazo determinado de duração, permanece atuando no mundo jurídico até que seja modificada ou revogada por outra de hierarquia igual ou superior (LINDB, art. 2º); é o princípio da continuidade das leis.
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Depois da publicação ou decorrida a vacatio legis, a lei torna-se obrigatória, não podendo ser alegada sua ignorância: nemo jus ignorare censetur, sendo aplicada mesmo àqueles que a desconhecem, porque o “interesse da segurança jurídica exige esse sacrifício”. 
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Princípio da Obrigatoriedade da Lei. 
( Art. 1º e Art. 3º LINDB)
Art. 3º. Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. 
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A lei posterior revoga a anterior quando trata da mesma matéria de forma contrária. Uma vez revogada a lei nova, volta a vigorar a lei antiga?
Art. 2º, parágrafo 3º, da LINDB: “Salvo disposição em contrário, a lei
revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência”. 
Repristinação seria o restabelecimento da lei revogada após a perda da vigência da lei revogadora. Tal fato, como vimos, não é possível em nosso ordenamento jurídico, salvo disposição expressa em contrário. 
Tal dispositivo não se aplica às leis temporárias. - art. 2º, caput: “Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.”
A questão da Repristinação
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Pergunta-se: Uma lei nova só tem valor para o futuro ou regula situação anteriormente constituída, isto é, tem eficácia pretérita?
· A norma que atinge os efeitos de atos jurídicos praticados sob o império da lei revogada é retroativa, tem eficácia pretérita; a que não se aplica a qualquer situação jurídica constituída anteriormente é irretroativa, hipótese em que a norma revogada permanece vinculante para os casos anteriores à sua revogação.
· Em princípio, as leis não devem retroagir; em face do seu caráter prospectivo, devem disciplinar situações futuras. O fundamento maior do princípio da irretroatividade, consagrado na doutrina, e pela generalidade das legislações, é a proteção do indivíduo contra possível arbitrariedade do legislador. Se fosse admitida a retroatividade como princípio absoluto, a segurança do indivíduo não ficaria preservada.
· A eficácia retroativa das leis é, portanto, excepcional; não se presume, devendo provir de texto expresso.
A questão da retroatividade e irretroatividade das leis
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Art. 6º “a lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada”.
No mesmo sentido, dispõe o inciso XXXVI do art. 5º da CF/88 “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”.
Logo, para entender-se a irretroatividade, é importante que se entenda o que significa direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada.
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Direito adquirido é aquele que, na vigência de determinada lei, incorporou-se ao patrimônio de seu titular.
Há duas teorias acerca do direito adquirido: a teoria subjetivista e a objetivista.
A teoria subjetivista, também denominada teoria clássica ou teoria dos direitos adquiridos, leva em conta os efeitos dos fatos jurídicos sobre as pessoas. O domínio da lei nova é delimitado segundo a natureza dos efeitos produzidos no passado. 
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 Para os objetivistas, o conflito de leis no tempo resolve-se através da identificação da lei vigente no momento em que os efeitos dos fatos são produzidos. Dentre os doutrinadores objetivistas, destaca-se o francês Paul Roubier, cuja teoria foi acolhida pelo legislador brasileiro.
Paul Roubier preferia utilizar a expressão "situação jurídica" em lugar da designação "direito adquirido", ao argumento de que aquela seria superior ao termo direito adquirido, por não ter um caráter subjetivo e poder ser aplicada a situações como a do menor, do interdito e do pródigo. 
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Expectativa de direito
A expectativa de direito é a possibilidade de se vir a ter um direito. Ela não confere direitos.
Ex. 1: Se alguém tem 24 anos de serviço e, frente à lei vigente, lhe falta um ano para aposentar-se, este indivíduo tem uma expectativa de direito à sua aposentadoria. Caso a lei mude neste momento, terá ele que se submeter ao novo regramento.
Ex. 2: O filho, estando seu pai ainda vivo, tem expectativa de direito quanto à herança. Entretanto, os bens de seu pai ainda não incorporaram ao seu patrimônio, não gerando, portanto, direito adquirido.
Conclusão: A lei nova atinge as expectativas de direito.
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FACULDADE JURÍDICA 
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É um mero poder conferido a determinada pessoa para realizar determinada ação. Não é propriamente um direito, mas “um modo pelo qual o direito se manifesta em dadas circunstâncias”, como diz Clóvis Bevilácqua. 
A Faculdade Jurídica consiste, assim, na possibilidade que tem o indivíduo de exercer certo direito. Ex.: Casar-se, conferir um mandato, comprar, vender etc..
Conclusão: A lei nova atinge a faculdade jurídica.
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PRINCÍPIO DO DOMICÍLIO, DA NACIONALIDADE E DA TERRITORIALIDADE.
Os critérios que determinam a vigência territorial ou extraterritorial de certa norma são os seguintes:
a) “aplica-se a lei do domicílio da pessoa nas questões sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família (art. 7º LICC);
b) aplica-se a lei do lugar da situação dos imóveis para qualificá-los e reger as relações que lhe forem pertinentes (art. 8º LICC);
c) aplica-se a lei do lugar de constituição à qualificação e disciplina das obrigações, sendo que a obrigação resultante de contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente (art. 9º LICC);
d) aplica-se a lei do domicílio do defunto ou desaparecido à sucessão por morte ou ausência. 
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A Companhia Estadual de Habitação do Rio de Janeiro celebrou, em 1987, contrato de promessa de compra e venda de um imóvel com Mauro dos Santos, pagável em 240 prestações mensais e reajustáveis. Faltando 85 parcelas, Mário, sem condições financeiras, interrompe os pagamentos, o que acaba por figurar descumprimento contratual por infração da cláusula “h” do compromisso de compra e venda. Tendo regularmente notificado Mário, a Companhia ajuíza ação visando à resolução do contrato, destacando a cláusula que prevê a rescisão de pleno direito, no caso de atraso de mais de três prestações (o que de fato ocorreu), assim como a perda de todas as parcelas pagas. Em sua defesa, Mário alega ser injusta e abusiva a cláusula que impõe a perda das parcelas pagas, inclusive porque representam muito mais da metade do total contratado. Afirma que o Código de Proteção e Defesa do Consumidor, vigente a partir de 1990, impõe pena de nulidade das cláusulas abusivas. Assim, requer que o juiz declare a nulidade daquele dispositivo do contrato, determinado a devolução das importâncias pagas.  A) O juiz deve reconhecer a incidência das regras do Código de Proteção e Defesa do Consumidor no caso acima, apesar deste só ter entrado em vigor três anos após a realização do contrato? 
Caso Concreto 1 aula 08
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b) O que significa ato jurídico perfeito? Podemos dizer que o contrato existente entre Mário e a Companhia Estadual de Habitação é um ato jurídico perfeito? Justifique.
Sugestão de Gabarito:
c)  O que significa o fenômeno da ultratividade da lei? Seria este um caso de ultratividade ou de retroatividade da lei? Justifique.
Sugestão de Gabarito:
Caso Concreto 1 aula 08
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LEI ANULA CARTEIRA DE IDENTIDADE
... Sancionada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso em 97, a lei 9.454 instituiu um só registro de identidade civil para os brasileiros e limitou a validade dos atuais documentos civis por cinco anos. O prazo venceu em abril de 2002 sem que a lei fosse regulamentada. O governo não tirou a lei do papel nem para definir o órgão que centralizaria a criação do cadastro nacional único, mas a lei está em vigor... . (Folha de São Paulo – 15.6.03 - C-7)
Assim, a referida lei foi assinada em 8 de abril de 1997 e publicada no dia seguinte no D.O. da União, mas não foram fornecidas à população condições para a substituição dos documentos.
a)    Os requisitos formais da vigência da lei foram atendidos? Neste caso, quais os requisitos? Justifique sua resposta.
Caso Concreto 2
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b)   Afinal, a lei entrou em vigor? Justifique.
c)    A referida lei tem eficácia jurídica e/ou social? Justifique.
GABARITO:
Caso Concreto 2
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QUESTÃO OBJETIVA 1
(1)É publicada no Diário Oficial Lei Federal dispondo sobre a proteção ambiental. Quanto à vigência, validade e eficácia social desta lei, pode-se afirmar que sua:
a) vigência não se inicia no dia da publicação, salvo se ela assim o determinar, sendo ela válida e eficaz se efetivamente
obedecida e aplicada;
b) vigência se inicia necessariamente quarenta e cinco dias após a publicação, sendo ela válida se compatível com a Constituição, observado o procedimento legislativo estabelecido para a sua produção e eficaz se efetivamente obedecida e aplicada;  
c) vigência não se inicia no dia da publicação, salvo se ela assim o determinar, sendo ela válida se compatível com a Constituição, observado o procedimento legislativo estabelecido para a sua produção e eficaz se efetivamente obedecida e aplicada;
d)vigência não se inicia no dia da publicação, salvo se ela assim o determinar, sendo ela válida e eficaz se produzida por órgão competente, observado o procedimento legislativo estabelecido para a sua produção;
e)vigência se inicia necessariamente no dia da publicação, sendo ela válida se efetivamente obedecida e aplicada e eficaz se produzida por órgão competente, observado o procedimento legislativo estabelecido para a sua produção. 
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LEITURA PARA A PRÓXIMA AULA
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Nome do livro: Introdução ao estudo do direito.
Nome do autor: NADER, Paulo.
Editora: Rio de Janeiro:Forense
Ano: 2008.
Edição: 30. ed. rev. e ampl.
Nome do capítulo: Capítulo XXIV – A eficácia da lei no tempo e no espaço

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