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AULA 02 contorle de constitucionalidade

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1 
 
SISTEMAS DE CONTROLE: o Brasil adota o critério subjetivo, também chamado de 
orgânico, como sistema de controle de constitucionalidade. De acordo com esse 
sistema, o controle poderá ser difuso ou concentrado. 
Controle difuso: este controle poderá ser feito por qualquer Juiz e/ou Tribunal. 
Controle concentrado: este controle, por sua vez, é concentrado em um ou mais 
órgãos, mas sempre em número limitado. Ou seja, é feito pelo órgão de cúpula do 
Judiciário. 
 
VIAS DE CONTROLE: paralelamente aos sistemas de controle, temos as vias de 
controle, a saber: via incidental ou via principal. 
Via incidental (ou via de exceção ou defesa): o controle é exercido como via 
incidental, ou seja, prejudicial ao pedido principal. 
Ex.: é arguida a inconstitucionalidade de uma lei para deixar de aplicá-la no caso em 
concreto. 
Via principal (ou via abstrata ou via de ação): a arguição da lei é o objeto principal do 
pedido, exclusivo. Neste caso, há ações específicas para tanto (ADI, por exemplo). 
Assim, pode-se dizer que, regra geral, o controle difuso se relaciona com a via 
incidental, enquanto o controle concentrado com a via principal. 
Entretanto, há exceção a esta regra: por exemplo, há a possibilidade de que a 
inconstitucionalidade da lei seja arguida em uma ação originária de determinado 
Tribunal Superior. Então, num mandado de segurança contra ato do Presidente da 
República, a competência (originária) é do STF. Pode ser que neste MS seja arguida 
uma inconstitucionalidade de determinada lei, especialmente com o fim de deixar de 
aplicar aquela lei ao caso em concreto discutido no MS. Assim, haverá um controle 
concentrado incidental. 
 
CONTROLE DIFUSO, REPRESSIVO OU POSTERIOR 
Noções gerais: teve início nos EUA. É também chamado de controle pela via de 
exceção ou defesa, ou controle aberto. 
Pode ser realizado por qualquer Juiz ou Tribunal do Poder Judiciário. Logicamente, 
devem ser observadas as questões de competência do processo civil. 
2 
 
Esse controle pode ser levado a efeito em caso concreto. Assim, a declaração de 
inconstitucionalidade dá-se de forma incidental (incidenter tantum), prejudicialmente 
ao mérito. Ela é a causa de pedir processual, e não o pedido principal. 
Esse questionamento de eventual inconstitucionalidade de lei ou ato normativo pode 
ser novamente discutido, agora pelo tribunal ad quem. Isso ocorre no caso de recurso 
da parte sucumbente, no qual novamente é ventilada a questão. Nesse caso, 
entretanto, é necessária a observância do art. 97 da CF (cláusula de reserva de 
plenário). Trata-se, pois, de uma condição de eficácia jurídica da declaração de 
inconstitucionalidade. 
 Importante: o STF entende que a cláusula de reserva de plenário não se aplica às suas 
Turmas em julgamentos de recurso extraordinário, até mesmo por não ser 
consideradas “tribunal” no sentido exposto no art. 97. Ademais, é função essencial do 
STF a declaração de inconstitucionalidade. 
O art. 97 da CF também não se aplica às Turmas Recursais dos Juizados Especiais, por 
que também não são consideradas “tribunais”. Assim, elas podem declarar a 
inconstitucionalidade de lei, sem que reste afetada a norma do referido artigo. 
Efeitos da decisão: os efeitos da decisão que declara a inconstitucionalidade de lei ou 
ato normativo no controle difuso incidental são inter partes e ex tunc. Entretanto, o 
STF admite a modulação dos efeitos da decisão nessa espécie de controle (ex nunc ou 
pro futuro). Exemplo disso foi no caso do Recurso Extraordinário do caso do Município 
de Mira Estrela/SP, que reduziu o número de vereadores de 11 para 9. 
Transcendência dos motivos determinantes da sentença – art. 52, X, CF: é a 
possibilidade de a decisão do STF, em recurso extraordinário, no controle difuso 
incidental, ser aplicada não apenas às partes. Ocorre por meio de resolução do Senado 
Federal que pode suspender a execução daquela lei ou ato normativo declarado 
inconstitucional. 
A expressão “no todo ou em parte” quer dizer que não cabe ao Senado Federal 
ampliar ou restringir a extensão da decisão do STF. 
Assim, se o Senado Federal entender pela suspensão da execução daquela lei ou ato 
normativo declarado inconstitucional pelo STF, a resolução respectiva somente terá 
efeitos para erga omnes depois de publicada a resolução. Embora aplicável a todos, a 
resolução tem efeito ex nunc. 
Obs.: o Senado Federal não é obrigado a suspender a execução de lei declarada 
inconstitucional por decisão definitiva do STF. Discricionariedade política em razão do 
princípio da separação dos poderes. 
3 
 
Há certa tendência de que essa transcendência dos motivos determinantes seja ainda 
mais ampliada, fazendo com que aquela decisão proferida em controle difuso 
incidental seja aplicada a todos. Haveria, entretanto, a necessidade de uma mudança 
na CF, eis que tal procedimento não é amparado pela Lei Maior. 
A saída, então, até que haja eventual alteração constitucional, seria a edição da súmula 
vinculante sobre a matéria, observando-se o procedimento do art. 103-A. 
Finalmente, diz o STF ser possível a controle difuso de constitucionalidade em sede de 
ação civil pública.

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