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Ação alimentos

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA XXX VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA XXX, ESTADO XXX
SILZETE, brasileira, menor impúbere, representada por sua genitora ELIZETE, sobrenome, brasileira, manicure, casada, endereço eletrônico XXX, RG: n° XXX, CPF/MF sob o n° XXX, ambas residente e domiciliada à Rua: XXX, n° XXX, bairro XXX, CEP: XXX, Cidade XXX, Estado XXX, por intermédio de seu procurador infra assinado (instrumento de procuração anexo) com escritório profissional no endereço completo, com fundamento na Lei 5.478 /68, no art.I .694 do Código Civil, no art. 229, CRFB/88 e no art. 22 da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência propor 
AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO LIMINAR DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS
em face de SILAS, sobrenome, brasileiro, veterinário, casado, endereço eletrônico . XXX, RG: n° XXX, CPF/MF sob o n° XXX, residente e domiciliado à Rua: XXX, n° XXX, bairro XXX, CEP: XXX, Cidade XXX, Estado XXX, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I. DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
A menor Requerente não possui fonte de renda própria e sua genitora passa por sérias dificuldades financeiras. Assim, nos termos do art. I", §§ 2° e 3°, da Lei 5.478 / 1968 (Lei dos Alimentos) e na Lei n" 1.060 / 50, a Requerente não tem condições de custear o processo judicial sem prejuízo de seu próprio sustento, pelo que requer que lhe seja deferida a concessão dos benefícios da justiça gratuita. 
II. DOS FATOS
A Requerente, hoje com 8 anos de idade, é filha do Requerido e vive com a sua mãe, desde seu nascimento, ocasião em que fora reconhecida como filha pelo requerido, conforme faz prova a certidão de nascimento anexada aos autos.
A representante e genitora da Requerente é manicure e tem dificuldades para suportar economicamente sozinha as necessidades da filha, já que percebe como renda apenas R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) mensais.
As despesas com moradia, alimentação, transporte, escola, saúde e lazer da criança somam atualmente R$ 1.760,00, sendo essencial que a contribuição do pai seja constante e proporcional em relação a tal valor.
O Requerido, porém, jamais contribuiu financeiramente de forma consistente, ele apenas "ajuda" esporadicamente a filha com quantias que variam, quando pagas, entre R$ 300,00 e R$ 400,00 mensais.
A situação gera inconformismo, já que o Requerido é veterinário, reside em casa própria e não tem filhos. Além disso, a representante da Requerente teve notícia de que o Requerido aufere renda média de R$ 12 mil reais.
Apesar de ter buscado conversar amigavelmente, a representante da requerente não conseguiu estabelecer um diálogo proveitoso por conta da resistência do Requerido em cumprir integralmente a obrigação de sustentar a filha. Assim, outra saída não houve senão promover a presente demanda judicial.
III. DO DIREITO
III.1. DA OBRIGAÇÃO ALIMENTAR
Nos termos do art.1.696 do CC, ART.229, CRFB/88 e no art. 22 da
Lei 8.069/90, é dever dos pais prestar alimentos aos filhos que deles dependem. O Requerido é pai da Requerida, como comprova o registro de nascimento anexado aos autos.
Vale lembrar, que o § 1° do art. 1.694 do CC, é claro ao afirmar que os alimentos devem ser fixados à luz do binômio necessidade / possibilidade, sendo este verificado à luz da proporcionalidade. 
No caso, o Requerido vem pagando módicos valores em prol da filha, não havendo regularidade quanto ao valor nem às datas de depósito, o que muito à prejudica.
III.2. NECESSIDADES DA ALIMENTADA E POSSIBILIDADES DO ALIMENTANTE
As necessidades da Requerente são presumíveis no que tange à moradia, à alimentação, ao transporte, à escola, à saúde e ao lazer. A possibilidade do Requerido também esta claramente configurada, visto sua excelente saúde financeira, além da ausência de outras obrigações com familiares, visto que vive sozinho e não tem filhos. Ademais, a representante da Requerente, tem notícia que o réu percebe, como veterinário, o valor médio de R$ 12.000,00 (doze mil reais) mensais.
Vale destacar que, em situações com a presente, o ônus da prova precisa ser considerado de forma adequada. Afinal, exigir que a Requerente prove quanto ganha o réu, profissional liberal, é inviabilizar o seu acesso à justiça. No mais, há regra específica no CPC/2015 sobre a possibilidade de distribuição dinâmica do ônus da prova no art. 373, § 1°.
A jurisprudência brasileira não hesita em fixar o valor da pensão alimentícia em até 33% dos vencimentos do pai. Na presente demanda, pede-se o valor muito aquém, e a quantia de R$ 1.760,00 está totalmente dentro das possibilidades financeiras do demandado.
Vale destacar que a contribuição da genitora seguirá sendo dada em cuidados diretos com a filha, alimentação, moradia, medicações, vestuário co que mais se revelar possível.
III.3. FIXAÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS
Nos termos do art. 4° da Lei 5.478/1968, ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.
A Requerente necessita com urgência de tal fixação, já que as condições financeiras da mãe são precárias. Por ter que suprir sozinha as necessidades da filha, precisou acumular tantas dividas que mal tem crédito no mercado, o que tem complicado o acesso da Requerente aos bens de que necessita. Assim, faz-se de rigor a fixação dos alimentos provisórios no valor de R$ 1.760,00 (mil setecentos e sessenta reais) a serem pagos imediatamente com vistas a que as despesas do próximo mês possam ser regularmente pagas.
IV. DO PEDIDO
Diante do exposto, requer-se:
a) o deferimento do pedido da assistência da justiça gratuita (art. 1°, §§ 2° e 3° da Lei de Alimentos);
b) a fixação de alimentos provisórios me R$ 1.760,00 (mil setecentos e sessenta reais), nos termos do art. 4" da Lei 5.478 / 1968;
c) seja o Requerido citado nos termos do art. 5° da Lei 5.478 / 1968, por carta, com aviso de recebimento, para, querendo, comparecer à audiência de conciliação, instrução e julgamento;
d) a intimação do representante do Ministério Público, para o acompanhamento do feito; posteriormente, a condenação do Requerido em definitivo, ao pagamento de pensão mensal, no valor de R$ 1.760,00 (mil setecentos e sessenta reais).
e) a produção de todas as provas que se relacionam com o pressuposto destes pedidos, por todos os meios admissíveis em direito, nos moldes do art. 369 do CPC, bem como pela distribuição dinâmica do ônus da prova (art. 373, § 1°, CPC/2015) em relação aos fatos de prova inviável pela alimentada;
f) a condenação do Requerido ao pagamento dos honorários advocatícios, bem como as custas e despesas processuais. 
Dá-se à causa o valor de R$ 21.120,00 (vinte e um mil, cento e vinte reais).
Nestes termos,
Pede-se Deferimento.
Local, data XXX
NOME ADVOGADO
OAB/UF n° XXX

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