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trabalho gestalt ED (abnt)

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Universidade Paulista
Susana Garcia Magno da Silva
Ra- D81HBH-0
Gestalt
Manaus-Am
2019
Susana Garcia Magno da Silva
Ra- D81HBH-0
Gestalt
Trabalho de curso apresentado a Universidade Paulista – UNIP, campus de Manaus- Am, como parte dos requisitos necessários para a obtenção de notas para dependência de ED sob orientação Prof.º(ª) Mayara Diefenbach
Manaus- AM
2
2019
sumário
 introdução	 04
A Psicologia da Gestalt	05
A Percepção	06
A Teoria da Forma	07
 Meio Geográfico e Meio Comportamental	08
 Campo Psicológico	10
 Insight	11
A Teoria de Campo de Kurt Lewin 	12
 Conclusão	15
Referências Bibliográficas	16
Introdução
Um dos principais temas trazido pela Gestalt é tornar mais explícito o que está implícito, projetando na cena exterior aquilo que ocorre na cena interior, permitindo assim que todos tenham mais consciência da maneira como se comportam aqui e agora, na fronteira de contato com seu meio. Trata-se de seguir o processo em curso, observando atentamente os “fenômenos de superfície” e não mergulhando nas profundezas obscuras e hipotéticas do inconsciente – que só podem ser exploradas com a ajuda da iluminação artificial da interpretação.
 
A Psicologia da Gestalt
A Psicologia da Gestalt originou-se na Alemanha, entre 1910 e 1912. A tradução da palavra alemã “Gestalt” é complexa e os termos, em português, que mais se aproximam de sua tradução seriam “forma”, “configuração”.  Os três pesquisadores que marcaram essa corrente teórica foram Marx Wertheimer, Kurt Koffka e Wolfgang Köhler. Esses pesquisadores embasaram-se nos estudos psicofísicos – os quais relacionaram a forma e sua percepção. Seus experimentos iniciaram-se com relação à percepção e sensação do movimento. Visavam entender os processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica, quando o estímulo físico percebido pelo sujeito possui uma forma diferente da que corresponde à realidade.
O fundador da Psicologia da Gestalt, Wertheimer, tomou por objeto a análise e compreensão do movimento aparente. Realizou experiências com dois pontos de luz, acendendo e apagando as duas luzes no escuro, em diferentes intervalos de tempo entre o acender de uma lâmpada e o apagar de outra e também em diferentes velocidades nesse intervalo. O pesquisador chegou à conclusão de que o movimento percebido nas luzes se dava na mente do sujeito, através da ilusão de ótica.
A teoria da Gestalt tem como ponto inicial e principal objeto a percepção. De acordo com os gestaltistas, o processo da percepção encontra-se entre os estímulos fornecidos pelo meio e a resposta do indivíduo. De acordo com os gestaltistas, o comportamento deveria ser observado em seus aspectos mais globais e deveria haver a consideração das condições que alteram a percepção do estímulo. É nos fenômenos da percepção que a Gestalt descobre as condições para a compreensão do comportamento do homem. A maneira como se percebe o estímulo provocará o comportamento humano. O conceito de insight é de suma importância para a Gestalt. É definido como um evento cognitivo no qual a relação e a ligação de eventos psicológicos conferem forma à figura e fazem com que o sujeito compreenda a figura formada.
A Percepção
Para os gestaltistas entre o estímulo que o meio fornece e a resposta do individuo, encontra-se o processo de percepção, assim, o que o individuo percebe e como percebe são dados importantes para compreensão do comportamento humano. A gestalt faz críticas ao Behaviorismo, já que para os gestaltistas o comportamento deve ser estudado nos seus aspectos mais globais, levando em consideração as condições que alteram a percepção do estímulo já que eles se baseiam na teoria do isomorfismo, onde a parte está sempre relacionada ao todo.
 O fenômeno da percepção é norteado pela busca de fechamento, simetria e regularidade dos pontos que compõem uma figura. O campo psicológico é entendido como um campo de força que nos leva a procurar à boa-forma, tem uma tendência que garante a busca da melhor forma possível em situações que não estão muito estruturadas. Para Kurt Lewin a totalidade dos fatos que determinam o comportamento do individuo num certo momento, para ele o campo psicológico era o espaço da vida considerado dinamicamente, onde se levam em contam não somente o individuo e o meio, mas também a totalidade dos fatos coexistentes e mutuamente interdependentes; Lewin criou o conceito de grupo, onde o grupo não é a soma das características de seus membros, mas algo novo resultante de processos que ali ocorrem, transportou o nação de campo psicológico para a psicologia social, criou o conceito de campo social formado pelo grupo e o seu ambiente.  Diferente do associacionismo a psicologia da gestalt vê a aprendizagem como a relação entre o todo e a parte, para o behaviorismo e o associacionismo aprendemos porque estabelecemos relações dos objetos mais simples para os mais complexos, enquanto que para a gestalt o todo tem papel fundamental para a compreensão do objeto, considerava que a aprendizagem e a solução de problemas se relacionam com a estruturação do campo perceptual, deriva da gestalt o termo insight que designa uma compreensão imediata, quanto uma espécie de entendimento interno.
A teoria da Boa Forma
A teoria da forma, a Gestalt, preocupa – se com a indução do individuo a fazer de seu comportamento no estabelecer da boa forma da realidade, fazendo daquilo que o mesmo acredita ser real a partir de sua percepção, isto é, partindo de algo já presumidamente formado e existente em sua consciência no desenrolar da realidade. 
O que o ser percebe e como percebe são dados fundamentais e imprescindíveis para a compreensão, inclusive subjetivamente, do comportamento humano. A percepção, na teoria em questão, tende a tomar-se de uma forma mais global, mais universal, ao passo que levando em consideração as condições que alteram a percepção do estímulo, quando de forma isolada, isenta das manifestações e estímulos exteriores, a mesma pode perder o seu entendimento. Baseada na teoria do isomorfismo, buscando sempre um fechamento, simetria e regularidade dos pontos que compõem uma situação, uma imagem, um movimento etc., em que é de imenso valor a consideração dos estímulos da maneira mais ampla possível.
O nosso comportamento mantém relação estreita com estímulos exteriores. Com base nestes mesmos estímulos, podemos estabelecer determinados comportamentos, e estes quando não relacionados com estímulos externos, podem se constituir de maneiras distintas. Em determinados momentos o nosso comportamento refletirá a estímulos de maneira uniforme e homogenia, e em outros terá uma concepção totalmente equivocada do real.
O individuo tende a buscar a superação da ilusão de ótica a fim de se conseguir a boa forma, a decodificação, por exemplo, de uma imagem ou de uma situação, presente a nossa percepção com diretriz primeira. A interação do meio geográfico, o meio como ele é de fato, e a percepção do individuo, o meio resultante da soma individuo e meio geográfico, ocorre quando, concomitante a interpretação do meio físico, tem-se a reflexão dos estímulos baseados numa percepção anterior do próprio ser; tal percepção regida pelas forças da simetria, da simplicidade, do equilíbrio e da estabilidade. Quando o ser, dominado por força da percepção e sua interação com o meio físico, busca unir os elementos que compõem uma imagem ou uma situação, o mesmo se encontra dominado pela força do campo psicológico. Este, por sua vez, compreende como um campo de força que nos induz a procurar à boa – forma. O campo psicológico busca preencher as lacunas vazias de situações que não se encontram perfeitamente estruturadas para um bom entendimento da realidade. Tal processo, o de preencher as lacunas em branco e distorcido do real, acontece baseadoem princípios que munem tal procedimento e o tornam mais eficaz: o da proximidade, semelhança e fechamento.
Meio Geográfico e Meio Comportamental 
O comportamento é determinado pela percepção do estímulo e, portanto, estará submetido à lei da boa-forma. O conjunto de estímulos determinantes do comportamento é denominado meio ou meio ambiental São conhecidos dois tipos de meio: o geográfico e o comporta mental.
O meio geográfico é o meio enquanto tal, o meio físico em termos objetivos. O meio comportamental é o meio resultante da interação do indivíduo com o meio físico e implica a interpretação desse meio através das forças que regem a percepção (equilíbrio, simetria, estabilidade e simplicidade). No exemplo, a pessoa que cumprimentamos era um desconhecido — esse deveria ser o dado percebido, se só tivéssemos acesso ao meio geográfico. Ocorre que, no momento em que vimos à pessoa, a situação (encontro casual no trânsito em movimento, por exemplo) levou-nos a uma interpretação diferente da realidade, e acabamos por confundi-la com uma pessoa conhecida. 
Esta particular interpretação do meio, onde o que percebemos agora é uma “realidade” subjetiva, particular, criada pela nossa mente, é o meio comportamental. Naturalmente, o comportamento é desencadeado pela percepção do meio comportamental. Certamente, a semelhança entre as duas pessoas do exemplo (a que vimos e a que conhecemos) foi a causa do engano. Nesse caso, houve uma tendência a estabelecer a unidade das semelhanças entre as duas pessoas, mais que as suas diferenças. Essa tendência a “juntar” os elementos é o que a Gestalt denomina de força do campo psicológico.
Campo Psicológico
Observando-se o comportamento espontâneo do cérebro durante o processo de percepção, chegou-se a elaboração de leis que regem essa faculdade de conhecer os objetos. Sendo assim, o campo psicológico é entendido como um campo de força que nos leva a procurar a boa-forma. Esse campo de força psicológico tem uma tendência que garante a busca da melhor forma possível em situações que não estão muito estruturadas. Os princípios verificados foram:
Proximidade — os elementos mais próximos tendem a ser agrupados. Na figura abaixo, vemos três colunas e não três linhas:
Boa Continuidade — Parte do princípio que as partes sucedem-se umas as outras com coerência. Sem quebras bruscas e ou interrupção de sua fluidez visual. Buscamos a estabilidade visual espontaneamente.  O princípio da Gestalt da "boa continuidade" diz que os elementos gráficos que sugerem uma linha visual contínua tendem a agruparem-se. Mais ainda, padrões visuais com boa continuidade podem sugerir ao observador que o padrão continua além do fim do padrão propriamente dito. Ou seja, nós mentalmente "completamos" ou "pintamos" o restante do padrão.
Semelhança — os elementos semelhantes são agrupados. Abaixo vemos três linhas e não quatro colunas.
Fechamento — ocorre uma tendência de completar os elementos faltantes da figura para garantir sua compreensão. Na figura a seguir vemos um triângulo e não alguns traços.
 
Portanto, a lei básica da Gestalt é explicada: Quanto melhor for a organização visual da Gestalt em (forma), facilitando a compreensão da linguagem visual, isto é, rapidez de leitura ou interpretação, maior será seu grau de pregnância. E vice-versa.
Insight
O termo insight foi introduzido na psicologia pela Gestalt, que o definiu como uma resposta repentina para um problema, como se o sujeito passasse, subitamente, de um estado de desconhecimento para um estado de conhecimento. É uma espécie de momento de iluminação que acontece geralmente de forma inconsciente. Gosto de ilustrar o insight com a célebre expressão “EUREKA” do físico Arquimedes.·.
INSIGHT A Psicologia da Gestalt, diferentemente do associacionismo, vê a aprendizagem como a relação entre o todo e a parte, onde o todo tem papel fundamental na compreensão do objeto percebido, enquanto as teorias de S-R (Associacionismo, Behaviorismo) acreditam que aprendemos estabelecendo relações — dos objetos mais simples para os mais complexos. 
Exemplificando, é possível a uma criança de 3 anos, que não sabe ler, distinguir a logomarca de um refrigerante e nomeá-lo corretamente. Ela separou a palavra na sua totalidade, distinguindo a figura (palavra) e o fundo. No caso, a criança não aprendeu a ler a palavra juntando as letras, como nos ensinaram, mas dando significação ao todo.
Nem sempre as situações vividas por nós apresentam-se de forma tão clara que permita sua percepção imediata. Essas situações dificultam o processo de aprendizagem, porque não permitem uma clara definição da figura-fundo, impedindo a relação parte/todo. Acontece, às vezes, de estarmos olhando para uma figura que não tem sentido para nós e, de repente, sem que tenhamos feito nenhum esforço especial para isso, a relação figura-fundo elucida-se. A esse fenômeno a Gestalt dá o nome de insight. O termo designa uma compreensão imediata, enquanto uma espécie de “entendimento interno”. 
A conhecida logomarca da Coca-Cola é destacada do fundo pela criança, que identifica a figura como se soubesse ler a palavra. 
A teoria de campo de Kurt Lewin
Kurt Lewin nasceu na Prússia, o que hoje se conhece como Polônia. Depois, sua família se mudou para a Alemanha, onde Kurt estudou medicina e biologia, mesmo que acabasse se interessando mais pela psicologia e a filosofia. Na Alemanha, Kurt foi enviado para lutar na Primeira Guerra Mundial e ali foi ferido. Quando voltou, começou a trabalhar no Instituto Psicológico de Berlim. Com a ascensão nazista, Kurt decide sair da Alemanha e acaba por se estabelecer nos Estados Unidos, onde ministrará aulas em diferentes universidades.
Com o objetivo de examinar o comportamento humano, Kurt Lewin buscou inspiração nas teorias que vinham da relatividade e da física quântica (Díaz Guerrero, 1972). Encontrou uma teoria que poderia usar a teoria de campo. Para integrá-la na psicologia, optou por estudar os comportamentos sem isolá-los de seu contexto natural.
Um campo, na física, é uma zona do espaço onde existem propriedades representadas por magnitudes físicas (temperaturas, forças, etc). Lewin usou o conceito físico de “campo de forças” (Lewin, 1988) em sua teoria de campo para explicar os fatores ambientais que influenciam o comportamento humano.
O comportamento, em sua opinião, não depende nem do passado nem do futuro, e sim dos fatos e acontecimentos atuais e de como o sujeito os percebe. Os fatos estão interconectados e constituem um campo de forças dinâmico que podemos denominar espaço vital.
Por isso, o espaço vital ou campo psicológico de forças viria a ser o ambiente que engloba a pessoa e sua percepção da realidade próxima. Trata-se, em definitivo, de um espaço subjetivo, próprio, que guarda a forma que olhamos o mundo, com nossas aspirações, possibilidades, medos, experiências e expectativas. Além disso, este campo conta com alguns limites, estabelecido especialmente pelas características físicas e sociais do ambiente.
O foco da teoria de campo de Kurt Lewin permite estudar nosso comportamento com uma perspectiva de totalidade, sem ficarmos em uma análise das partes separadas. A influência do campo psicológico sobre o comportamento é tal que Lewin considera que chega a determiná-la: se não existem mudanças no campo, não haverá mudanças no comportamento.
Para Lewin, a psicologia não devia focar o estudo da pessoa e do ambiente como se estas fossem duas peças a serem analisadas de forma separada, e sim ver o modo como se afetam entre si, em tempo real.
Como em um campo de forças, todas as partes se afetam entre si. Para compreender nosso comportamento, temos que levar em consideração todas as variáveis que estão intervindas em tempo real: tanto a nível individual quanto a nível grupal. Além disso, estes elementos não podem ser analisados de forma isolada, temos que concentrar o estudo nas interações para ter uma visão holística do que ocorre. Para explicar, Lewin (1988), introduziu três variáveisque considerava fundamentais. Estas são as seguintes:
A força: A força é a causa das ações, a motivação. Quando existe uma necessidade, se produz uma força ou um campo de forças, o que leva à produção de uma atividade. Estas atividades têm uma valência que pode ser positiva ou negativa. Por outro lado, a valência das atividades dirige forças até as outras atividades (positivas) ou contra elas (negativas). O comportamento resultante corresponde à mistura psicológica de diferentes forças.
A tensão: a tensão é a diferença entre as metas propostas e o estado atual da pessoa. A tensão é interna e nos empurra para finalizar a intenção.
A necessidade: é aquilo que inicia as tensões motivadoras. Quando existe uma necessidade física ou psicológica no indivíduo, se desperta um estado interior de tensão. Este estado de tensão faz com que o sistema, neste caso a pessoa, se altere para tentar restabelecer o estado inicial e satisfazer a necessidade.
Lewin afirma que a teoria do campo determina quais são os comportamentos possíveis e quais os impossíveis de cada sujeito. O conhecimento do espaço vital nos permite predizer razoavelmente o que a pessoa fará. Todo o comportamento ou, pelo menos, todo comportamento intencional, é motivado: tensões o impulsionam, forças o movem, valências o dirigem e apresenta metas.
Kurt Lewin (1997) afirma que nossas ações podem ser explicadas a partir de um fato: percebemos caminhos e meios particulares para descarregar determinadas tensões. Atraem-nos aquelas atividades que vemos como meios para liberar a tensão. Para Kurt, este tipo de atividade teria uma valência positiva e por isso experimentaríamos uma força que nos impulsiona a realizá-las. Outras atividades teriam o efeito oposto: aumentariam a tensão e por isso teriam um efeito repulsivo.
Conclusão
Gestalt é uma teoria que estuda como os seres humanos percebem as coisas. A psicologia da Gestalt enfoca as leis mentais - os princípios que determinam a maneira como percebemos as coisas.  Ela prega que nossa percepção não se dá por “Pontos Isolados”, mas sim, por uma visão de “Todo”. Então, funda-se na idéia de que o todo é mais do que a simples soma de suas partes.
REFERÊNCIAS
https://www.infoescola.com/psicologia/gestalt/
https://blog.revendakwg.com.br/destaque/teoria-e-principais-leis-da-gestalt-um-estudo-da-forma/
http://psicologiaocomportamentohumano.blogspot.com/2012/04/gestalt.html
http://dimensaohumana.blogspot.com/2007/07/por-que-insight.html
https://amenteemaravilhosa.com.br/teoria-de-campo-de-kurt-lewin/

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