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PROCESSO CIVIL - RECURSOS

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PROCESSO CIVIL 3 – RESUMO RECURSOS
LARA ALVES VIEIRA 
 
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
Conceito de Recurso: o recurso é um remédio voluntário idôneo a ensejar reforma, invalidação, esclarecimento ou integração da decisão impugnada.
Reforma -> advém de erro material {Apelação – pode ser que seja}
Invalidação -> advém de erro processual {Apelação – pode ser que seja}
Esclarecimento -> obscuridade, contradição {Embargos de Declaração}
Integração -> omissão {Embargos de Declaração}
Exemplos:
1 - A-----B (Ação de Reparação de Danos Materiais c/c Morais)
Sentença julgando procedente o dano material, condenando o réu a pagar R$15.000,00.
Obs.: Nesse caso, o juiz foi omisso e permaneceu silente quanto ao pedido de indenização por danos morais. O objetivo do advogado é que haja uma integração na decisão proferida e o juiz sane a omissão. Deverá utilizar-se dos Embargos de Declaração, que será julgado pelo próprio juiz prolator da decisão embargada.
2- Representante (Menor Impúrbere) ---- Suposto Pai (Ação de Investigação de Paternidade c/c Alimentos)
Ação foi distribuída para a 1ª Vara de Família de Petrópolis.
Foi proferida sentença julgando improcedente a investigação de paternidade e procedente o pedido de alimentos. 
Obs.: Nesse exemplo observamos uma contradição, se não é pai não é devido o pagamento de alimentos. É cabível o recurso de Embargos de Declaração devendo o juiz prolator da sentença, o juiz de direito da 1ª Vara de Família de Petrópolis, esclarecer tal contradição. 
3 – A-------B (Ação de cobrança)
Foi proferida sentença julgando procedente para condenar “C” a pagar o valor de R$100.000,00 sob pena de desfazimento da obra. 
Obs.: Há uma obscuridade, afinal “C” é estranho ao processo, e por isso o juiz prolator dessa decisão deverá esclarecer. Geralmente a obscuridade gera dúvidas à todos os envolvidos. 
ATENÇÃO! EMBARGOS DE DECLARAÇÃO SÃO JULGADOS PELO PROLATOR DA DECISÃO IMPUGNADA.
4- LOCADOR --- LOCATÁRIO (Ação de despejo por falta de pagamento)
1ª Vara Cível de Petrópolis
Contestação – quitação
Sentença julga procedente o pedido para condenar o réu a desocupar o imóvel locado no prazo de 15 dias, sob pena de despejo. 
Há um erro material previsto no Código Civil, o locatário deverá ser julgado pelo TJRJ (órgão hierarquicamente superior). 
5 – Sentenças com ausência de fundamentação
Há um erro processual, previsão no CPC que deverá haver fundamentação. Apelação diante da invalidação, TJRJ sana o vício e devolve o processo. 
Obs.: Havendo a interposição do recurso de apelação ante erro processual, sendo o mesmo reconhecido pelo tribunal caberá a este invalidar a decisão e em seguida remete-la a instância inferior para que sane o vício.
CARACTERÍSTICAS RECURSAIS
1. Surgem dentro do mesmo processo (apenas a fase costuma ser diferente, fase recursal, o agravo de instrumento não é exceção);
-> O agravo de instrumento é o mesmo processo, mas sobe ao órgão hierarquicamente superior sozinho, e é autuado com nº próprio. 
2. Voluntariedade (ou seja, as partes podem ou não recorrer);
PRINCÍPIOS RECURSAIS
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
É a confirmação ou não de uma decisão, é uma segunda opinião.
	1.a) Plano Horizontal (duplo grau horizontal)
Ex.: TURMAR RECURSAIS são compostas por 03 juízes estaduais/federais. Nesse caso, um processo que tramita no JEC e sofre um recurso inominado, sobe para a turma recursal. 
	1.b) Duplo Grau Horizontal
Ex.: Recurso de apelação interposto em face de sentença prolatada na 1ª Vara cível de Petrópolis, sobe para ser julgada no TJRJ.
TAXATIVIDADE
Tal princípio prevê que as partes só podem se valer dos recursos previstos na lei, de forma que não pode inventar outros recursos. 
O art. 994, CPC, apresenta um rol exemplificativo, isso porque tenho outros recursos espalhados pela lei, como o recurso inominado na lei dos juizados especiais. 
OS RECURSOS SÃO TAXATIVOS, DEVEM ESTAR PREVISTOS EM LEI, MAS O ROL DO ART. 994, CPC É EXEMPLIFICATIVO, POIS EXISTEM OUTROS RECURSOS ALÉM DAQUELES.
SINGULARIDADE, UNICIDADE OU UNIRECORRIBILIDADE 
Esse princípio significado que em face de cada ato judicial cabe apenas um recurso.
ATOS JUDICIAIS:
- Sentença;
- Decisão Interlocutória;
- Despacho de mero expediente;
- Acórdão;
- Decisão monocrática.
“REFORMATIO IN PEJUS”
Aquele que recorre nunca terá a decisão majorada pelo recurso por ele interposto. Dessa forma, não piora, no máximo se mantém.
Ex.1: A----B (Ação de cobrança) Pedido: R$100.000,00
Sentença procedente – B apela
Os limites serão R$0 (dar provimento) – R$100.000,00 (negar provimento)
Não piora a situação de B, no máximo, se mantém tendo que pagar os R$ R$100.000,00. Ele não será condenado a pagar mais se recorrer.
Ex.2: A----B (Ação de cobrança) Pedido: R$100.000,00
Sentença parcial procedente (R$ 50.000,00)
Apelação de “A” – Os limites serão R$ 100.000,00 (dar provimento) e R$50.000,00 (negar provimento)
Apelação de “B” – Os limites serão R$0 (dar provimento) e R$50.000,00 (negar provimento)
Nesse caso há uma RELAÇÃO DE PREJUDICIALIDADE, se os dois recorrem a situação de um vai agravar. Todavia, não se trata de uma exceção ao princípio do reformatio in pejus, porque o recurso de “A” não irá prejudicar “A”, mas o de “B” pode prejudica-lo, e vice-versa. 
FUNGIBILIDADE
Consiste na possibilidade de admissão de um recurso interposto por outro, que seria o cabível, na hipótese de existir dúvida objetiva sobre a modalidade de recurso adequada, ou seja, em certos casos o tribunal faz vista grossa e analisa o recurso errado como se certo fosse.
Requisitos:
Interposição no menor prazo;
Dúvida objetiva; 
Não se tratar de erro grosseiro.
- Mundo jurídico tem tal matéria controvertida, não cabe em situações que já foram pacificadas, como:
- Decisão interlocutória que revoga gratuidade de justiça, será cabível agravo de instrumento, o CPC/73 falava que era cabível apelação, existiam duas correntes. Porém hoje a situação é pacífica, não cabendo mais o princípio da fungibilidade. 
- Não cabe esse princípio no JEC/JEF no recurso inominado quando o advogado coloca como apelação, pois trata-se de erro grosseiro.
CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS
RECURSO TOTAL X RECURSO PARCIAL
A ---- B (Ação de reparação de danos morais c/c materiais) 
Sentença julgando improcedente
“A” – tem três caminhos: 
Inércia e o trânsito em julgado
Recorre TOTAL: morais + materiais
Recorre PARCIAL: só sobre os danos materiais, ou só sobre os danos morais. Nesse caso, o tribunal só irá reconhecer o que foi objeto do recurso, não podendo analisar a outra parte que não foi recorrida.
No caso de recurso parcial, aplica-se por analogia o princípio da congruência, onde o tribunal limita-se ao recurso (Efeito devolutivo). 
Segundo o princípio da congruência o pedido formulado pelo autor na petição inicial limita a sentença, logo é vedado ao juiz proferir sentença extrapetita, citrapetita ou ultrapetita. Fazendo uma analogia a este princípio o efeito devolutivo limita o tribunal a julgar o recurso nos moldes das razões apresentadas, ou seja, é vedado ao tribunal conhecer matéria estranha ao recurso. 
RECURSOS ORDINÁRIOS X RECURSOS EXCEPCIONAIS
Recursos excepcionais: São as exceções – Resp Recurso Especial (STJ) e RE Recurso Extraordinário (STF). 
Recursos Ordinários: São os outros – apelação, embargos de declaração,...
RECURSO PRINCIPAL X RECURSO ADESIVO
A --- B (Ação de cobrança)
Sentença julga parcialmente procedente -> publicação em 20.02.2019, último dia para apelar será 18.03.2019. 
“A” apela – 27/02/2019
“B” apela – 18/03/2019 		-> ambos são recursos principais, autônomos e independentes entre si.
- Recurso Adesivo:
“B” – apelação (18.03.2019 último dia) } Recurso Principal
“A” – contrarrazões + recurso adesivo } Recurso Acessório
Obs.: O acessório segue o principal, se o principal não tiver o mérito julgado, o acessório também não terá. Se o acessório faltar algum requisito de admissibilidade o principal será julgado mesmoassim. 
Obs.: As contrarrazões não são recursos adesivos.
Havendo publicação de sentença caso se trate de sucumbência recíproca, ambas as partes tem o prazo de 15 dias para apelar, caso ambas apelem os 2 recursos serão considerados principais (autônomos e independentes), porém caso uma só das partes apelem a outra poderá, no prazo das contrarrazões apresentar recurso adesivo, o qual será acessório à apelação que será a principal. Logo, deve-se considerar que o acessório segue o principal, portanto a ausência de qualquer requisito de admissibilidade o recurso principal que impeça o julgamento de seu mérito também afetará o recurso adesivo, que como consequência não terá seu mérito julgado. 
PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL
Os julgamentos dos recursos são divididos em duas fases: 1) Juízo de admissibilidade e o 2) Juízo de mérito. 
O juízo “a quo” é o juízo relator da decisão impugnada pelo recurso
A----B (Ação de cobrança) 1ª Vara Cível de Petrópolis
B---A Apelação dirigida ao juízo “a quo”, “A” será intimado para no prazo de 15 dias apresentar contrarrazões. 
O juízo “a quo” remete ao TJRJ, chamado de tribunal “ad quem”.
Obs.: ÓRGÃO FRACIONÁRIO -> TJ – CÂMARAS CÍVEIS e o TRF - TURMAS CÍVEIS, onde funcionam como se fossem varas. 
Ocorre a distribuição a 10ª Câmara Cível do TJRJ, grupo de desembargadores (3 ou 5 desembargadores), a decisão é colegiada. 
Obs.: DESEMBARGADORES NO ÓRGÃO FRACIONÁRIO
- Relator
- Revisor
- Vogal
- Presidente
-> Se forem 3 desembargadores um irá acumular a função de presidente. Se forem 5 desembargadores terá 1º vogal e 2º vogal.
O desembargador relator irá fazer o 1º juízo de admissibilidade recursal -> CONHECER, RECEBER, ADMITIR, significam a mesma coisa, 1º juízo de admissibilidade positivo. Após chama o colegiado para integrar.
Sessão de admissibilidade (EMENTA: Resumo do julgamento publicado na imprensa oficial):
2º juízo de admissibilidade recursal: dar seguimento
Juízo de mérito: pode dar provimento ou negar provimento 
Voto: íntegra de decisão fundamentada da decisão de cada desembargador. 
GLOSSÁRIO
- Juízo “a quo” – prolator da decisão impugnada
- Tribunal “ad quem” – órgão competente para o julgamento do recurso.
- Órgão fracionário – Câmara Cíveis (TJ) e Turmas Cíveis (TRF)
PRESSUPOSTOS INTRÍNSICOS
1. Cabimento
Art. 1001, CPC – dos despachos não cabem recursos. 
Isso porque, o despacho não tem carga decisória, apenas impulsiona a lide.
DESPECHO DE MERO EXPEDIENTE – é o ato através do qual o juiz impulsiona a marcha processual, sem haver contudo carga decisória. Ex.: despacho que designa AIJ, despacho em provas, despacho em réplica.
Sobre os demais atos cabem recursos.
2. Legitimidade
Art. 996, CPC – as partes, o terceiro e o MP quando atuar como parte ou com custos legis. 
3. Interesse
Quem tem? A Parte vencida, Terceiro juridicamente interessado e MP como parte vencida ou custos legis quando houver ilegalidade.
4. Inexistência dos fatos extintivos
a) Aceitação: – unilateral, - expressa ou tácita, - prévia ou posterior a interposição de recurso;
b) Renúncia: - unilateral, - prévia a interposição de recurso, - expressa.
5. Inexistência de fatos impeditivos
a) Desistência: - unilateral, -posterior a interposição do recurso, - expressa;
b) Falta de depósito prévio da multa.
Obs.: unilateral não depende da anuência da outra parte.
Ex.: A----B (Ação de cobrança)
Sentença julga procedente – R$50.000,00
- Se “B” expedir guia de pagamento, está ACEITANDO a sentença, é expressa. Não precisa nem peticionar. 
- Se ocorrer a transação, as partes renunciam as vias recursais.
- Se “B” apelar e depois peticionar desistindo do recurso.
PRESSUPOSTOS EXTRÍNSICOS 
Preparo
-> é o recolhimento das custas recursais. 
O preparo é imediato (art. 1007, caput, CPC), essa é a regra geral, o preparo no ato da interposição, interpôs o recurso já deve ter deito o pagamento. 
Lei 9099/95 – JEC, Recurso inominado, é a exceção, após a interposição do recurso tem 48h para efetivar o preparo. 
Falta de preparo ≠ Insuficiência de preparo
- Falta de preparo, não pagou nada, art. 1007, §4º, CPC. Nesse caso o valor deverá ser feito em dobro (2x), em 5 dias sob pena de deserção. 
5 DIAS + RECOLHIMENTO EM DOBRO
Obs.: porte de remessa e retorno só cabe em autos físicos, é o deslocamento do processo. 
- Insuficiência de preparo, pagou menos que deveria (art. 1007, §2º, CPC), é intimado para que em 5 dias complemente.
5 DIAS
Recurso deserto = Recurso sem preparo
Ex.: Interpõe recurso com falta de preparo, no prazo de 5 dias se tiver insuficiência de preparo não terá mais o prazo de 5 dias para complementar, declarando-se deserto, é uma única chance. No CPC/73 era possível os dois. 
Dispensa objetiva ≠ Dispensa Subjetiva
- Dispensa objetiva: recursos que não tem recolhimento de custas, que a lei isenta, ex: embargos de declaração.
- Dispensa Subjetiva: art. 1007, §1º, CPC, são dispensados a fazenda pública, o MP, os beneficiários de Gratuidade de Justiça. 
Fazenda Pública: União, estados, municípios, D.F. e autarquias.
Obs.: art. 1007, § 6º, CPC, um exemplo é a decretação do estado de sítio, desde que tenha justo impedimento o relator perdoará.
Tempestividade
A regra geral é de 15 dias, mas tem duas exceções:
Embargos de Declaração – 05 dias
Recurso Inominado – 10 dias
Regra geral – 15 dias
Regularidade Formal
Os recursos são interpostos de forma escrita. 
Não admite-se a interposição de recurso através de cota nos autos, ou seja, deve ser por petição e não escrito diretamente nos autos físicos. 
RECURSO: 1) Peça de Interposição (é o endereçamento); 2) Razões Recursais (porque deseja a reforma, os motivos). 
EFEITOS RECURSAIS
1. Efeito Impeditivo (é comum a todos os recursos)
-> A interposição do recurso impede o trânsito em julgado da decisão recorrida.
2. Efeito Devolutivo (“devolve” ao poder judiciário)
Este efeito devolve ao tribunal “ad quem” o consentimento da matéria impugnada. Portanto, o efeito devolutivo está para o recurso, assim como o princípio da congruência está para a petição inicial, o juiz fica vinculado. Dá mesma forma o tribunal ad quem só se manifesta sobre os pontos do recurso, sendo vedado se manifestar sobre pontos estranhos ao recurso.
3. Efeito Suspensivo
Ocorre quando a sentença proferida em 1ª instância não pode ser executada até o julgamento do recurso. Mesmo que se autoriza, excepcionalmente, a execução, esta será provisória enquanto pendente o recurso.
A---B (Ação de cobrança) – Sentença de procedência (R$ 100.000,00)
B - Apelação (Duplo efeito: devolutivo + suspensivo)
Ação fica suspensa até ser julgada, “a” não pode fazer nada.
A – Execução provisória para pagar sob pena de:
		-> PENHORA – é reversível 
		-> AVALIAÇÃO (são suficientes os bens) – é reversível 
		-> EXPROPRIAÇÃO (levar bens em hasta pública e aliena-los) – é irreversível
Logo, no caso de execução provisória só podem ocorrer atos executivos reversíveis, pois o tribunal pode receber o recurso e “B” ser revertido ao seu status “quo ante”.
O efeito impeditivo é comum a todos os recursos, o efeito devolutivo+ efeito suspensivo = duplo efeito, pode ser só devolutivo, mas nunca só impeditivo. 
AMICUS CURIAE
- Natureza jurídica: intervenção de terceiros;
- Interesse que o motiva: institucional;
- Distinção entre amicus curiae e a assistência: 
		Locador ----- Locatário		“C” sublocatário (assistente)
		MP ----- Incorporadora (que desmata área indígena) FUNAI (interesse institucional da FUNAI)
- A decisão que indefere o amicus curiae é recorrível;
- A decisão que defere o amicus curiae é irrecorrível; 
ORDEM DOS PROCESSOS NO TRIBUNAL
A --- B (ação de cobrança) 1ªVC de Petrópolis;
Sentença procedente;
B – apelação ao juízo “a quo”;
Juízo “a quo” intima “A” para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias;
Juízo “a quo” faz remessa ao Tribunal “ad quem” (TJRJ);
ART. 929 e 930, CPC – DISTRIBUIÇÃO DO RECURSO NO TRIBUNAL
Chegando ao Tribunal “ad quem” o recurso será distribuído a umdos órgãos fracionários: TJ – Câmara Cível e TRF – Turma Cível;
Quando o processo é distribuído e chega ao Desembargador Relator ele exerce seus poderes;
1º Juízo de admissibilidade, se estiver ok segue o recurso;
ART. 932, CPC – PODERES DO RELATOR
Se não for o caso do Desembargado julgar sozinho segue o recurso;
Em seguida (ART. 934) O presidente do órgão fracionário designará data para a sessão de julgamento;
A publicação da Sessão de Julgamento (ART. 935), entre a data de publicação da pauta e da sessão de julgamento decorrerá, pelo menos, 5 dias antes (podem ser mais dias, mas nunca menos que 5 dias). Se algum processo não for julgado deverá ser feita a publicação novamente, reputando o novo prazo de 5 (cinco) dias, desde que não tenham sido expressamente adiados para a primeira sessão seguinte não precisa de nova publicação; 
A sessão de Julgamento (ART. 937) irá proceder da seguinte forma: 1) Relator irá expor a causa lendo o relatório; 2) o presidente dará a palavra ao recorrente; 3) e depois dará a palavra ao recorrido; 4) por último será dada a palavra ao membro do MP. TODOS pelo tempo máximo de 15 minutos em sustentação oral.
A votação (ART. 938 e 939) será dividida em duas:
Preliminares
- Insuficiência de preparo -> complementa em 5 dias
- Intempestividade (vício insanável, não irão conhecer o recurso)
Mérito (art. 941)
A publicação do Acórdão (ART. 943, CPC) – ementa “resumo”
O art. 942, CPC – apelação pode ter 3 resultados: 1) decisão unânime; 2) Maioria, quando há voto vencido (CPC/73 existia o recurso de embargos infringentes nessas situações), hoje as sessões continuam nos termos do art. 942, ocorrendo uma ampliação do julgamento automática, como se fosse uma nova sessão. 
APELAÇÃO
Cabimento
Art. 1009 – Da sentença cabe apelação (Tanto as sentenças terminativas, sem resolução de mérito, como as sentenças definitivas, com resolução de mérito).
Art. 1015 – É um rol taxativo do recurso Agravo de Instrumento, de forma que os atos (decisão interlocutória) que não estiverem constantes nesse artigo terá como recurso a apelação. 
Exemplos: - Decisão Interlocutória que defere a tutela antecipada (Agravo de Instrumento, art. 1015, I, CPC).
- Decisão que julga procedente o pedido, tornando a antecipação de tutela definitiva (Essa decisão é a sentença, contra sentença cabe apelação). 
Ex. 2: A---B (Ação de Reparação de Danos Morais)
A - Decisão que indefere o requerimento de oitiva de testemunhas X (como essa decisão interlocutória não está no rol do art. 1015, será apelação).
- Decisão que julga improcedente o pedido (Sentença – Apelação). 
Nesse caso, “A” irá fazer uma única apelação, no mérito irá impugnar a sentença e preliminarmente irá impugnar a decisão interlocutória. Não existem duas apelações, com o indeferimento da decisão interlocutória “A” irá esperar ser proferida a sentença para então apelar no prazo da publicação da sentença. (será feita em dois capítulos)
Ex. 3.: A----B
A – oitiva da testemunha Y 
- Decisão indefere a oitiva da testemunha 
-Decisão julgando procedente – Apelação de “B” 
- Decisão interlocutória – Apelação de “A” (deverá apelar no prazo de 15 dias da publicação da sentença)
	Duas hipóteses: 
Duas apelações de recursos principais
Fazer um recurso adesivo.
2. Prazo - 15 dias da publicação da sentença;
3. A apelação tem preparo;
4. Teoria da causa madura; 
A --- B (Ação de cobrança)
Sentença com ausência de fundamentação – vício processual – INVALIDAÇÃO
Apelação – juízo “a quo”, intima outra parte para apresentar contrarrazões em 15 dias – remessa ao tribunal “ad quem” – distribuição à um dos órgão fracionários – o relator faz o 1º juízo de admissibilidade recursal – colegiado faz o 2º juízo de admissibilidade e o juízo de mérito – Então o colegiado pode dar provimento ou negar provimento – se ele dar provimento irá invalidar a sentença e fará remessa ao juízo “a quo – HÁ UMA EXCEÇÃO, quando o órgão colegiado invalida a sentença e ele mesmo sana o vício sem remessa ao juízo “a quo”, essa é a chamada TEORIA DA CAUSA MADURA.
Requisitos para sua aplicação (devem ser concomitantes)
Causa Madura, já enfrentou o devido processo legal;
Art. 1013, §3º, I ao IV do CPC
A--- B (Ação de Cobrança)
Sentença extingue o processo com base no art. 485, I, CPC (indeferir petição inicial)
A – Apelação
Tribunal “ad quem” – dar provimento – pode julgar com base da teoria da causa madura? Não, pois como foi o indeferimento da petição inicial não houve a citação de “B”, não preenchendo o requisito do devido processo legal.

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