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* CORTICOESTERÓIDES E AS DROGAS ANTIINFLAMATÓRIAS NÃO ESTERÓIDES (DAINEs ou AINEs) Atuam no dano celular, nos processos inflamatórios e na dor somática. * CORTICOSTERÓIDES E AS DROGAS ANTIINFLAMATÓRIAS NÃO ESTERÓIDES (AINEs) Inflamação: Processo de defesa do organismo contra uma agressão física,química ou por agentes microbiológicos. Esforço do organismo em destruir organismos invasores, inativar substâncias nocivas e iniciar a recuperação tecidual. * Podem ocorrem reações inflamatórias a agentes geralmente inócuos e as próprias reações de defesa causam lesões teciduais O processo é desencadeado por substâncias químicas liberadas nos próprios tecidos lesados * Mediadores químicos nos processos inflamatórios: a) Aminas (Histaminas) b) Lipídios ( Prostaglandinas) c) Peptídeos ( Bradicinina) Tumor Rubor Calor Dor * Prostaglandinas: Mediadores produzidos em quase todos os tecidos do corpo em quantidades muito pequenas. Agem localmente nos tecidos com metabolização rápida. Não circulam no sangue em concentrações significativas Regulam o processo inflamatório,a temperatura corporal, a analgesia ,a agregação plaquetária e inúmeros outros processos. Ativam o sistema imunológico iniciando o processo de defesa (inflamação) * Dois importantes grupos de drogas, os glicocorticosteróides e as drogas antiinfiamatórias não esteróides (AINEs), têm a habilidade de inibir a atividade de duas das enzimas catalíticas da cascata inflamatória. * * ANTIINFLAMATÓRIOS • CLASSIFICAÇÃO - AINES – não esteróides - GLICOCORTICÓIDES Outros: anti-reumáticos; fármacos para tratamento da gota AINES existem mais de 50 tipos Obs: nenhum é ideal – desencadeiam efeitos indesejados * EFEITOS FARMACOLÓGICOS Αnalgésico Αntiinflamatório Αntipirético Αntiplaquetário * AÇÕES FARMACOLÓGICAS ANALGÉSICO • Dores leve a moderada • Eficaz contra dor associada à inflamação • Eficácia inferior aos OPIÓIDES • Associação do AINES com opióides • Ação nas terminações nervosas periféricas • Não afetam a consciência * AÇÕES FARMACOLÓGICAS ANTITÉRMICO/ANTIPIRETICO - Pirogênio endógeno: interleucina-1 – estimula a produção da PGE - Aumento do ponto de ajuste da temperatura - Redução da febre: não hipotermia – reajuste do termostato - Vasodilatação e sudorese - Ação Central Hipotalâmica: * * * AÇÕES FARMACOLÓGICAS Efeito Antiinflamatório Redução das prostaglandinas vasodilatadoras (PG2 e PGI2) Menor vasodilatação e permeabilidade – menor edema Reduz dor * Efeitos Sobre as Plaquetas Inibição da síntese do tromboxano Inibem a agregação plaquetária e prolongam o tempo de sangramento AÇÕES FARMACOLÓGICAS * OBS: Nem todos AINEs manifestam os 04 efeitos Ex: Endometacina – fortemente antiinflamatória Ibuprofeno – ação antiinflamatória média Paracetamol – ação antiinflamatória mínima AÇÕES FARMACOLÓGICAS * Mecanismos de ação INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE PROSTAGLANDINAS INATIVAÇÃO DA ENZIMA ARAQUIDONATO CICLOOXIGENASE (COX): CICLOOXIGENASE A ciclooxigenase (COX) apresenta três isoformas (ou isozima) chamadas de COX-l, COX-2 e COX-3: COX-l - presente na maioria das células de tecidos do organismo – função fisiológica (Constitutiva) COX-2 - responsável pela inflamação COX-3 - é a provável isoforma da ciclooxigenase encontrada no sistema nervoso central (isto é, no tecido cerebral). * AINEs Inibição da COX-l: Os efeitos devem ser encarados, em sua maioria, como indesejáveis, como erosões e ulcerações da mucosa gástrica ou mesmo uma perfusão renal reduzida na presença de estresse físico ou trauma. Entretanto, um efeito que pode ser utilizado é a redução da agregação plaquetária, especialmente na prevenção da formação de trombo arterial. Ex.: Aspirina (AAS) * AINEs Inibição da COX-2: A isozima COX-2 somente está presente durante períodos de estresse, já que é sempre novamente formada e liberada. A inibição da COX2, portanto, resulta na supressão do processo inflamatório, efeitos antipiréticos e analgésicos, e diminuição das contrações uterinas. Ex.: Piroxican, Diclofenaco, Nimesulida. * AINEs Inibição da COX-3: O paracetamol apresenta apenas propriedade antipiréticas e levemente analgésicas. Já que a COX-3 é restrita ao cérebro, a inflamação musculoesquelética (periférica) não pode ser influenciada por essa droga. * AINEs - ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES SALICILATOS: ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO - AAS, ASPIRINA PARA AMINOFENÓIS ( ANILÍNICOS) PARACETAMOL - TYLENOL, VICK PYRENA, TANDRILAX (não é considerado um AINE) PIRAZOLONAS DIPIRONA - ANADOR, NOVALGINA (não é considerado um AINE) PROPILFENAZONA - TONOPAN, SARIDON FENILBUTAZONA - MIOFLEX * DERIVADOS (FENIL) PROPIÔNICOS IBUPROFENO - ALGI-DANILON, SPIDUFEN NAPROXENO - NAPROSYN, FLANAX CETOPROFENO – PROFENID DERIVADOS ANTRANÍLICOS (FENAMATOS) ÁCIDO MEFENÂMICO – PONSTAN DERIVADOS ACÉTICOS INDOMETACINA - AGILISIN, INDOCID DICLOFENACO - CATAFLAM,VOLTAREN, TANDRILAX * ÁCIDOS ENÓLICOS (OXICAMS) PIROXICAM - FELDENE, INFLAMENE MELOXICAM - MOVATEC TENOXICAM -TILATIL OUTROS NABUMETONA - RELIFLEX NIMESULIDE - NISULID, SCAFLAM COXIB CELECOXIB - CELEBRA ROFECOXIB - VIOXX * * * Glicocorticóides * Hipotálamo e Hipófise Anterior Cada hormônio da hipófise anterior é regulado por um fator de liberação específico do hipotálamo. O controle de liberação desses fatores é realizado por mecanismos de retroalimentação. fator de liberação da CORTICOTROPINA (CRF) ACTH secretado pela hipófise anterior regula a liberação de glicocorticóides pelo córtex da supra renal * Rang & Dale, 2001 Mec. Regulação da Síntese de Glicocorticóides * Corticotropina e Esteróides Supra-renais A corticotropina (ACTH) estimula a síntese e a liberação de glicocorticoídes (p. ex hidrocortisona) do córtex supra-renal (alguns androgênios) O fator de liberação da corticotropina (CRF) do hipotálamo regula a liberação de corticotropina, que é regulado por fatores neurais e pelos mecanismos de retroalimentação negativa dos glicocorticóides plasmáticos. A liberação de mineralocorticóides (aldosterona) do córtex da supra-renal é controlada pelo sistema de renina-angiotensina. * Principais Ações dos Glicocorticóides AÇÕES METABÓLICAS Sobre os carboidratos: a captação e utilização da glicose e da gliconeogênese = hiperglicemia Sobre as proteínas: catabolismo, do anabolismo Sobre os lipídios: efeito permissivo sobre os hormônios lipolíticos e redistribuição da gordura (Síndrome de Cushing) * Principais Ações dos Glicocorticóides AÇÕES REGULADORAS Sobre o hipotálamo e a hipófise anterior: ação de retroalimentação negativa, resultando em diminuição da liberação dos glicocorticóides endógenos. Sobre os eventos vasculares: vasodilatação reduzida, diminuição da exsudação de líquidos. * Principais Ações dos Glicocorticóides AÇÕES REGULADORAS Sobre os eventos celulares: - Nas áreas de inflamação aguda: do influxo e da atividade dos leucócitos; - Nas áreas de inflamação crônica: da atividade nas células mononucleares, proliferação de vasos sangüíneos, fibrose. - Nas áreas linfóides: expansão das cels T e B e ação das cels T secretoras de citocinas. * Principais Ações dos Glicocorticóides AÇÕES REGULADORAS Sobre os mediadores inflamatórios e imunes: na produção e ação das citocinas, incluindo muitas interleucinas, TNF , GM-CSF; da produção de IgG dos componentes do complemento do sangue. * Principais Ações dos Glicocorticóides AÇÕES REGULADORAS Efeitos globais: da inflamação crônica e nas reações autoimunes; entretanto, ocorre também deteriorização da cicatrização Deteriorização da cicatrização e nos aspectos protetores da resposta inflamatória. * Efeitos Indesejáveis * Propriedades Farmacológicas Ação Curta Ef. Antiinflamat. Ef. Mineralocort. -Hidrocortisona 1 1 - Corticosona 0,8 0,8 Ação Intermediária - Prednisona 4 0,3 - Prednisolona 5 0,8 - Metilprednisolona 5 0,5 - Triancinolona 5 0 * Propriedades Farmacológicas Ação Prolongada Ef. Antiinflamat. Ef. Mineralocort. -Betametasona 30 0 - Dexametasona 30 0 - Parametasona 10 0 Mineralocorticoídes - Fludrocortisona 10 125 - Desoxicorticosterona 0 20 * Principais indicações clínicas Terapia de reposição para pacientes com insuficiência renal (p. ex. doença de Addison). Ministrar juntamente com um mineralocorticóide * Principais indicações clínicas Terapia antiinflamatória e imunossupressora - Na asma (por inalação, ou, nos casos graves, por via sistêmica) - topicamente, em condições inflamatórias da pele, dos olhos, ouvidos e nariz. - nos estados de hipersensibilidade (p. ex., reações alérgicas graves a drogas ou ao veneno de insetos) - em doenças auto-imunes ( lupus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide, anemia hemolítica, púrpura trombocitopênica idiopática) - na prevenção da doença de enxerto - versus -hospedeiro após transplante de órgãos * Principais indicações clínicas Terapia de doenças neoplásicas - Em combinação com agentes citotóxicos - No tratamento de malignidade especifícas (p.ex., Doença de Hodgkin, leucemia linfocítica aguda) - Para reduzir o edema cerebral em pacientes com tumores cerebrais primários e metastáticos (dexametasona) - Como componente do tratamento antiemético em combinação com a quimioterapia
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