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Avaliacao de compreensibilidade de pictogramas de uso tonalizantes e tinturas

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1009 
 
Avaliação de compreensibilidade de pictogramas de instruções de uso de tonalizantes e 
tinturas 
Pictograms comprehensibility evaluation of tonalizants and tincture use instructions 
 
FORMIGA, Eliana de Lemos 
Doutoranda em design na PUC-Rio - ESPM-Rio 
 
 
Palavras-chave: compreensibilidade, ergonomia informacional, design da informação 
 
Pesquisa desenvolvida para testar a compreensibilidade de pictogramas das instruções de uso de tonalizantes e tintas 
para cabelos por mulheres. Foram usados três métodos da Ergonomia Informacional: Teste de compreensão; Teste de 
classe de adequação; Teste de distribuição de classes de adequação e feitos cruzamentos das respostas. As conclusões 
estão relacionadas com a boa compreensão dos símbolos e recomendações para seus futuros redesenhos. 
 
Key-words: comprehensibility, informational human factors, information design 
 
This research was developed for testing the comprehensibility of pictograms comprehensibility evaluation of tonalizants 
and tincture use instructions for women hair . We applied three methods Informational Ergonomics: Comprehension 
test; Adequation class test; Distribution adequation class test and we made the croissments with the results. The 
conclusions are related with the high symbols comprehension and the recommendations for the future redesigns. 
 
 
1. Introdução 
A partir da importância das embalagens como fator primordial de compra e uso de produtos industrializados 
e como projeto de Design, nos propusemos a pesquisar qualitativamente sobre a eficiência das instruções de 
uso com símbolos avaliando seu grau de compreensibilidade através de métodos da Ergonomia 
Informacional. 
 
A hipótese primeira a ser verificada nesta pesquisa foi a de que os usuários com renda mensal entre um e três 
salários mínimos e com nível de escolaridade até o 2º grau têm problemas de compreensão das instruções de 
uso impressas em embalagens de alimentos e produtos de limpeza. Essa hipótese foi formulada a partir de 
resultados de pesquisas feitas por Wogalter (1999) nos Estados Unidos, comparando nível de compreensão e 
comportamento com operários nativos e imigrantes; por Olmstead (1994) em pesquisa comparativa de 
compreensibilidade de sinalização pública com sujeitos chineses, japoneses e americanos e por Formiga 
(2002) em pesquisa de compreensibilidade de sinalização de hospitais públicos. Nesses estudos, os 
resultados constataram que diferenças de nível de escolaridade, idade e cultura refletem nos níveis de 
compreensibilidade de símbolos gráficos e pictóricos. 
 
Um produto poderá ser mal usado ou e/ou rejeitado se suas instruções não forem bem entendidas. Supomos 
assim que os desenhos e textos das instruções criadas pelos designers e responsáveis pelo marketing de 
lançamento do produto são baseados num entendimento tomando como base eles próprios e não os usuários 
desses produtos. 
 
2. Objetivos 
Para se ter eficiência no entendimento das instruções é necessário que se avalie o nível de compreensão dos 
nossos consumidores entendendo seu repertório e suas especificidades culturais. Sabendo-se quais os 
símbolos, cores, tipos de letras que o consumidor / usuário reconhece e entende, podemos então completar a 
diagramação das instruções confiando que sejam eficazes. 
 
3. Resultados preliminares 
Primeiramente, selecionamos alguns produtos variados entre comidas e cosméticos. A pesquisa exploratória 
foi feita apenas com oito pessoas de ambos os sexos, com ganhos mensais na faixa de um a três salários 
mínimos, exercendo funções compatíveis com escolaridade de 1º grau. Entrevistamos porteiros, empregadas 
domésticas, manicures e balconistas. Apesar do número pequeno, obtivemos um resultado unânime 
 
1010 
 
indicando que essas pessoas não lêem as instruções das embalagens de produtos comestíveis, exceto o tempo 
de cozimento do macarrão, além de não utilizarem produtos congelados ou pré-prontos. 
Uma curiosidade dessa pesquisa foi que três delas responderam que liam as etiquetas das roupas que usavam, 
antes de lavar ou passar, mas se importavam menos se o produto fosse uma comida. “Meu filho briga 
comigo se eu estragar uma roupa dele”. Quase a maioria (seis pessoas) disse ler as instruções das geladeiras, 
televisões, celulares, por serem produtos caros e que não poderiam correr o risco de estragá-los. 
 
Outros produtos que nos chamaram atenção foram os xampus, tinturas, tonalizantes e alisantes. As mulheres 
lêem pelo menos no primeiro uso suas instruções e justificam a importância da compra desses produtos, 
escolhendo muitas vezes produtos caros que não são direcionados ao seu poder aquisitivo. Elas se 
preocupam em cuidar muito dos cabelos e das unhas pois no seu entender são os pontos de destaque de uma 
pessoa, principalmente quando estão atrás de um balcão e muitas vezes de uniforme. O uso de produtos 
direcionados aos cuidados pessoais é visto pelos consumidores como possibilidade maior de emprego e 
aceitação dos patrões e público, ajudando na ascensão social e funcional tão desejadas. 
 
4. Delineamento da pesquisa 
Resolvemos então focar nossa pesquisa de instruções, nos produtos de cuidados pessoais, especificamente na 
parte que contém símbolos gráficos e pictóricos que são de compreensão mais difíceis, porém facilitam a 
comunicação da mensagem por poderem ser entendidos por usuários de origens diferentes e graus de 
escolaridade diversos. 
 
- 4.1 Sujeitos da pesquisa 
A pesquisa qualitativa foi focada em 30 consumidoras/usuárias de 20 a 50 anos, pensando nessas mulheres 
como compradoras e manipuladoras desses produtos. Os sujeitos da pesquisa foram escolhidos de acordo 
com sua função: vendedoras, balconistas, atendentes e recepcionistas, que precisam de uma boa aparência 
para interagir com o público e que trabalham nos bairros de Copacabana, Ipanema e Centro do Rio de 
Janeiro. Moram em bairros diferentes do Rio de Janeiro e têm culturas diferentes, mas compartilham as 
mesmas funções, com poucas variações de salário e são usuárias dos mesmos produtos. 
 
De acordo com Chapanis (1990), o estudo deve ser similar assim como uma possível situação real e deve 
estar dentro de dois princípios: heterogeneidade projetual dentro da pesquisa e estudos preliminares de 
situações réplicas com variações de sujeitos de amostragem, variáveis ou procedimentos. Com base nesse 
autor, escolhemos uma amostragem menor do que a recomendada pela ANSI-Z535.3 para desenvolvermos 
uma pesquisa qualitativa aplicada com intuito de ampliá-la posteriormente, para então poder recomendar 
seus resultados às indústrias dos produtos em questão. 
 
- 4.2 Estudo do segmento e escolha do produto 
Dentre os produtos de cuidados pessoais, escolhemos a tintura/tonalizante de cabelo, por ser um produto 
químico e precisar de mais atenção do que qualquer outro no seu uso. Na maior parte, as usuárias de baixo 
poder aquisitivo aplicam a tintura e o alisamento em casa, por elas próprias ou pela vizinha, amiga ou mãe. 
 
- 4.3 Levantamento dos produtos e suas instruções 
As marcas dos produtos de tonalizantes/tinturas foram escolhidas baseando-se nos depoimentos dos lojistas 
dos produtos mais vendidos: Salon Line, Color Touch, Soft Color, Colorelle e Movida da Garnier, Beaty 
Color. Retiramos o folheto do produto Salon Line da pesquisa, pois as instruções são dadas apenas através 
de texto. 
 
5. Referencial teórico 
 
- 5.1 Ergonomia informacional: avisos e advertências 
A pesquisa se propõe a verificar o nível de compreensibilidade, por métodos da Ergonomia Informacional, 
que as mulheres que trabalham com o público têm das instruções de uso de produtos embalados. 
 
A resposta e a percepção do usuário aos símbolos são condicionadas por características físicas e psicológicas 
conhecidas como fatores humanos. Para haver compreensão correta da mensagem é necessário que o usuário 
 
1011domine o respectivo repertório ou que a mensagem seja tão clara que a relação com o objeto, ação ou idéia 
seja feita imediatamente. 
 
- 5.2 Ergonomia cultural 
Conforme Tonya Smith-Jackson e Michael Wogalter (1998), a ergonomia cultural (cultural ergonomics / 
human factors - CE/HF) é uma abordagem que considera situação e características baseadas nas variações 
entre as culturas. Várias dessas características e fatores ambientais têm sido mostrados que influenciam a 
percepção de risco, comportamento perante o risco e obediência, tanto como outros processos e 
comportamentos. Quando aplicamos uma abordagem CE/HF para pesquisa de informação de segurança, 
vemos que pesquisadores deveriam ter atenção cuidadosa no planejamento e implementação das atividades 
de pesquisa. É preciso discutir metodologias, estratégias de recrutamento e resultados que são considerados 
quando estamos projetando a pesquisa para produzir a aplicação de cruzamento cultural. 
 
- 5.3 Métodos e testes para avaliação da compreensibilidade de símbolos gráficos 
Relacionamos diferentes métodos, técnicas e testes já comprovados cientificamente em pesquisas 
internacionais que podemos utilizar para medir o grau de compreensibilidade de símbolos (ícones, 
pictogramas, símbolos gráficos e símbolos de relação conceitual) tanto para sinalização, quanto para 
informações de avisos e advertências em embalagens e equipamentos, com usuários de um determinado 
serviço (público alvo). Alguns desses métodos são recomendados na norma ISO 9186-2000 para testar 
símbolos públicos. Escolhemos então três desses métodos para teste. 
- 5.3.1 - Teste de compreensão 
O teste de compreensão mostra o grau de entendimento correto de cada símbolo e é sem dúvida o 
procedimento de teste mais importante no desenvolvimento de símbolos para informação pública. Dados 
qualitativos deste procedimento podem dar subsídios aos designers para escolha mais adequada das 
variantes. Categorias de resposta para avaliação com os pontos correspondentes para o teste de compreensão 
de acordo com Brugger. 
 
- 5.3.2 - Teste de classe de adequação 
No teste de classe de adequação, o método básico de normatização da ISO-1989 (já modificada), sujeitos 
têm que escolher os símbolos para um referente dado numa ordem descendente de mérito de acordo 
com a adequação considerada. O teste é normalmente aplicado em sujeitos de sexo e idades diferentes. As 
idades são divididas em faixas. Este teste não mostra a qualidade do símbolo, apenas a sua posição relativa 
no grupo. 
 
- 5.3.3 - Teste de distribuição de classes de adequação 
Este foi o segundo teste aplicado por Brugger, para taxar a adequação dos símbolos em uma escala de 3 
pontos de acordo com o método de pré-seleção de Foster (90/91) para a revisão da ISO 9186. 
Este procedimento traz mais informação que o de classe de adequação que só mostra a posição relativa do 
símbolo no seu grupo. 
 
6. Estratégias metodológicas 
A escolha dos testes foi feita por serem complementares, fáceis de aplicar e transportar, podem ser feitos nos 
locais de trabalho dos sujeitos, são confiáveis e já foram aplicados por outros pesquisadores como relatado 
no referencial teórico. 
 
- 6.1 Preparação do material 
A primeira etapa foi selecionar os símbolos a partir dos folhetos de instrução de uso dos produtos e organizar 
um quadro geral com um número relacionado a cada um deles. 
Foram escolhidos quatro (4) referentes de acordo com as etapas de uso dos produtos: 
 Preparação do produto que chamamos de MISTURA; 
 PINTURA, referente à ação de passar o produto nos cabelos; 
 TEMPO DE APLICAÇÃO que varia conforme o produto e é essencial para seu bom desempenho; 
 ENXAGÜE, que é a ação de lavar os cabelos para retirada do tonalizante. 
 
 
1012 
 
6.2 Quadro geral dos símbolos 
 
 
 
Obs: os símbolos 1 e 5 do referente Pintura foram repetidos como 1 e 3 no referente Tempo de espera pois 
são usados em dois folhetos para esses dois referentes. 
 
- 6.3 Preparação dos blocos e cartas e aplicação dos testes 
 
Teste de compreensão 
Este teste apura efetivamente a compreensão ou não do símbolo mostrado. Não existe comparação pois os 
símbolos estão dispostos em páginas diferentes e traduzem referentes diferentes. Cada sujeito recebeu um 
bloco com 5 páginas. A primeira para preenchimento dos seus dados: nome, idade, se usa tintura/tonalizante, 
grau de escolaridade, bairro onde mora e função no emprego. As subseqüentes, cada uma com um símbolo, 
escolhidos randomicamente, mas cada página com um referente diferente. 
Ex: Página 1: Dados; página 2: mistura; página 3: enxagüe, página 4: pintura e página 5: tempo de aplicação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nenhuma explicação é dada, apenas que o sujeito 
deverá escrever abaixo do símbolo o que acha que 
ele representa. As respostas são computadas de 
acordo com a tabela de Bruger (ler nas respostas). 
Se uma variante excede o critério de aprovação 
de 66% das respostas, nas categorias certo e 
provável ela será usada como base para imagem 
padrão, que é uma descrição verbal dessa 
variante. 
 
Teste de Classe de Adequação 
No teste de classe de adequação, o método básico de normatização da ISO-9186–1989, sujeitos têm que 
escolher os símbolos para um referente dado numa ordem descendente de mérito de acordo com a 
adequação considerada. 
 
Procedimento 
Os símbolos são mostrados em p/b, com 3 x 3 cm, dispostos em páginas de um bloco. As 5 variantes para 
cada referente são mostradas numa mesma página com o título do referente. O sujeito analisa cada referente 
e escolhe os símbolos por ordem de preferência, de 1 (melhor) a 5 (pior). 
 
1013 
 
 
Avaliação 
Foram computados os pontos obtidos para cada símbolo numa escala de 1 a 5. A classificação do símbolo 
não dá nenhuma informação em qualidade absoluta, apenas mostra sua posição relativa dentro do conjunto 
testado. 
 
Teste de distribuição de classes de adequação 
Este procedimento traz mais informação que o de classe de adequação que só mostra a posição relativa do 
símbolo no seu grupo. 
 
Procedimento e avaliação 
Os símbolos com 3 cm de largura foram colados em cartões pretos de 5 x 5 cm postos numa pilha para cada 
referente, em cima de uma mesa. Um papel de base, com 3 palavras categorias: BOM, REGULAR e RUIM. 
O sujeito separava os cartões, escolhendo em que categoria ele classificava. 
De acordo com a freqüência das respostas de classe 1 (BOM) o símbolo foi dado como aprovado e analisado 
comparativamente às outras respostas. 
 
7. RESULTADOS DOS TESTES 
Resultados do Teste de Compreensão 
TOTAL DE 30 MULHERES DE 20 A 50 ANOS 
REFERENTES 
MISTURA MÉDIA 
1 3,7 
2 3 
3 2 
4 5,4 APROVADO 
5 4 APROVADO 
PINTURA 
1 5,75 APROVADO 
2 4,5 APROVADO 
3 4,3 APROVADO 
4 4,2 APROVADO 
5 3 
TEMPO DE APLICAÇÃO 
1 4 APROVADO 
2 4,1 APROVADO 
3 3,3 
4 2 
5 2,8 
ENXAGÜE 
1 4,6 APROVADO 
2 3,8 
3 2,8 
4 4 APROVADO 
5 4 APROVADO 
TABELA DE AVALIAÇÃO 
CERTO 6 PONTOS 
PROVÁVEL 5 PONTOS 
PROVÁVEL MARGINALMENTE 4 PONTOS 
RESPOSTA OPOSTA 3 PONTOS 
ERRADA 2 PONTOS 
NÃO SEI 1 PONTO 
NENHUMA RESPOSTA 0 PONTOS 
 
Cada sujeito respondeu a 4 desenhos, um de cada referente. A média para aprovação de cada símbolo pelo teste de 
acordo com a norma ISO 9186 é de 66%. Se 6,0 equivale a 100%, 66% equivale à média 4,0. Logo, o símbolo que 
alcançar a média 4,0 estará aprovado, mediante a confirmação por outro teste. 
 
Resultados do Teste de Classe de Adequação 
SUJEITOS: 30 MULHERES DE 20 A 50 ANOS 
 
1014 
 
ESCALA DE 1 A 5 EM ORDEM DECRESCENTE 
REFERÊNCIA Conclusões 
MISTURA SÍMBOLO CLASSIFICAÇÃO Os percentuais mostrados assinalam a 
categoria de preferência de cada 
símbolo. 1 2o 32,20% 
 2 DISTRIBUIDO 
 
O símbolo escolhido para cada 
referência deve ser oque tem seu maior 
percentual para o 1o lugar (assinalado 
em vermelho). 
 3 5o 50,00% pior 
 4 DISTRIBUIDO 
 5 EMPATE - 1o/3o 32,20% melhor 
PINTURA 
 1 1o 60,71% melhor 
 2 DISTRIBUIDO 
 3 4o 40,85% pior 
 4 4o 28,57% 
 5 2o 35,71% 
TEMPO DE APLICAÇÃO 
 1 1o 28,57% 
Como o símbolo 5 obteve um percentual 
bem maior para sua colocação de 1o 
lugar, no referente Tempo de Aplicação, 
deve ser o escolhido. 
 2 2o 50,00% 
 3 4o 35,71% 
 4 5o 50,00% pior 
 5 1o 59,00% melhor 
ENXAGÜE 
 1 EMPATE - 1o/5o 28,57% 
A escolha mais consensual seria o 
número 5 pois obteve um 2o lugar com 
39,28%. 
 2 5o 28,57% pior 
 3 4o 28,57% 
 4 3o 32,14% 
 5 2o 39,28% melhor 
 
 
Resultado do Teste de distribuição de Classes de Adequação 
SUJEITOS: 30 MULHERES DE 20 A 50 ANOS 
Conclusões 
A soma dos pontos que o símbolo alcança indica quantas vezes ele foi citado naquela categoria (bom, regular ou 
ruim). Podemos considerá-lo qualitativamente numa categoria quando seu resultado for expressivamente maior que 
os outros alcançados nas outras categorias. 
 BOM REGULAR RUIM 
 MISTURA 
1 17 11 2 No quadro geral, podemos notar, que dentre os símbolos, 
informando o referente MISTURA, o número (1) alcançou a 
qualificação de BOM, tanto quanto o de número (5). 
Os símbolos (2) e (3) foram qualificados como RUINS. 
O símbolo (4) se qualificou tanto como BOM como REGULAR. 
2 5 8 17 
3 3 6 21 
4 13 13 4 
5 23 4 3 
PINTURA 
1 24 3 3 No quadro geral para exprimir PINTURA, o símbolo (1) foi 
qualificado como BOM; 
o símbolo (2) foi considerado como BOM e REGULAR; o 
símbolo (3) foi considerado RUIM e os símbolos (4) e (5) foram 
considerados REGULARES. 
2 13 13 4 
3 6 10 14 
4 10 12 8 
5 7 13 10 
TEMPO DE APLICAÇÃO 
1 15 13 2 No quadro geral para exprimir TEMPO DE APLICAÇÃO, 
os símbolos (1), (2) e (5) foram qualificados como BONS; o 
símbolo (3) foi considerado como REGULAR e o símbolo (4) foi 
considerado RUIM. 
2 13 11 6 
3 5 15 10 
4 7 5 18 
5 13 7 10 
ENXAGÜE 
1 16 10 4 No quadro geral para exprimir ENXAGÜE, 
os símbolos (1), (2), (3) e (5) foram qualificados como BONS; o 
símbolo (4) não tem nenhuma categoria específica. 
2 13 10 7 
3 12 9 9 
 
1015 
 
4 10 11 9 
5 18 8 4 
TABELA DE CRUZAMENTO DOS RESULTADOS DOS TESTES 
 
TESTE DE 
COMPREENSÃO TESTE DE ADEQUAÇÃO 
TESTE DE CLASSE 
DE ADEQUAÇÃO 
MISTURA 
1 17 
2 
3 
4 5,4 13 
5 4,0 1o/3o 32,20% 23 
PINTURA 
1 5,7 1o 60,71% 24 
2 4,5 13 
3 4,3 
4 4,2 
5 
TEMPO DE APLICAÇÃO 
1 4,0 1o 28,57% 15 
2 4,1 2o 50,00% 13 
3 
4 
5 1o 59,00% 13 
ENXAGÜE 
1 4,6 1o/5o 28,57% 16 
2 
3 
4 4,0 
5 4,0 2o 39,28% 18 
 
8. Conclusões gerais e recomendações 
Os resultados desta pesquisa poderão trazer benefícios às indústrias de tonalizantes e tinturas no interesse de 
ampliá-la e reformular os folhetos de instruções de uso dos seus produtos, adequando-os melhor aos fatores 
de compreensão dos seus usuários. Segundo norma da ANSI Z535.3 (American National Standard) é 
sugerida uma amostra de 50 sujeitos para que uma pesquisa quantitativa de ergonomia informacional seja 
representativa de uma população. 
 
REFERENTE MISTURA 
O símbolo 5 obteve maior índice de aceitação pelos usuários. Podemos pensar em redesenhar o símbolo 4 
pois ele apresenta chances de bom reconhecimento. 
 
REFERENTE PINTURA 
O símbolo 1 obteve o maior índice de aceitação pelos usuários em todos os testes. Podemos escolhê-lo para 
representação da informação. 
 
REFERENTE TEMPO DE APLICAÇÃO 
Podemos escolher os símbolos 1 e 2 pois tiveram índices altos de aceitação, porém devemos reparar que o 
símbolo 5 obteve percentuais justificáveis para que sofra um redesenho. 
 
REFERENTE ENXAGÜE 
Os símbolos 1 e 5 tiverem índices maiores de aceitação em todos os testes. Podemos utilizá-los então para 
representar a informação. 
Obs: O símbolo 1 usado para o referente Pintura e Tempo de aplicação é o mesmo. Como encontramos em 
um folheto, os testes provaram que ele pode ser usado para exprimir as 2 etapas sem perda da compreensão. 
 
 
1016 
 
Quadro dos símbolos aprovados pelos testes 
 
 
 
Observações dos resultados 
 Os elementos gráficos relacionados diretamente à ação do referente são de mais fácil compreensão 
representados pelos cabelos e pelos acessórios (chuveiro, relógio), como também pela posição da cabeça. Os 
acessórios deverão ser escolhidos de acordo com os costumes do cotidiano do público alvo; 
 Os elementos de ornamentação ou cenário para a ação interferem na compreensão como sombras, fundos, 
quadros; 
 Os desenhos devem ser de traço simples para não haver dúvidas quanto aos elementos gráficos 
componentes; 
 Devem ser evitadas fotos não nítidas ou quando o folheto for impresso com pouca precisão. 
 
Conforme conclusão e análise dos testes, os símbolos deverão ter algumas adequações nos seus redesenhos 
a partir dos conceitos gráficos aprovados mediante um sistema gráfico que tenha identidade com o folheto. 
Em seguida, recomenda-se a aplicação de pelo menos dois dos testes feitos para cruzamento dos resultados, 
com pelo menos 50 sujeitos, juntando os símbolos do fabricante, os símbolos redesenhados e os aprovados 
nessa pesquisa. Recomendamos aos fabricantes que observem a importância da compreensão dos usuários 
nas suas instruções e usem testes da Ergonomia Informacional para prevenir usos inadequados dos produtos. 
 
9. Referências bibliográficas 
AICHER, Otl & KRAMPEN, Martin. Sistemas de signos en la comunicación visual. Ed. Gustavo Gilli. 
Barcelona, 1979. 
BRUGGER, Christof. Public information symbols: a comparison of ISO testing procedures. Proceedings of 
IEA 1994/HFES 1994 Congress. Luntheren, The Netherlands. 1994. 
ISO - International Standard Organization nos 7001, 9186. -2001. 
OLMSTEAD, Wendy T., Cultural differences in comprehension of public information symbol for 
health care facilities. West Lafayette, Indiana, USA. 1994 
SMITH-JACKSON, Tonya e WOGALTER, Michael. Aplying cultural ergonomics/human factors to safety 
information research. Proceedings of IEA 2000/HFES 2000 Congress. 
WOGALTER, Michael S. Factors influencings the effectiveness of warnings. Visual Information for Every 
Day Use – design and research perspectives. Taylor & Francis, 1999.p 93-110. 
ZWAGA, Harm J. G., BOERSEMA, Theo & HOONHOUT, Henriëtte C. M. Visual information for 
everyday use. London, 1999. 
 
Eliana de Lemos Formiga – eformiga@espm.br 
	- 5.3.1 - Teste de compreensão

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