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CENTRO UNIVERSITARIO INTERNACIONAL UNINTER EDILAINE ANZOLIN RU: 757794 Relatório de pesquisa e pratica profissional_diversidade educativa DOIS VIZINHOS 2015 CENTRO UNIVERSITARIO INTERNACIONAL UNINTER Edilaine Anzolin Ru: 757794 Relatório de pesquisa e pratica profissional_diversidade educativa Relatório de pesquisa e pratica profissional Diversidade Educativa apresentada a UTA- No curso de licenciatura em pedagogia Tutora Alice Mencatto Polo de dois vizinhos. DOIS VIZINHOS-PR 2015 Introdução Este trabalho tem a intenção de refletir sobre a problemática da diversidade cultural nas escolas, as consequências dessa interação de culturas bem como os desafios que se colocam aos professores e quais as estratégias que estes podem ou estão a utilizar em relação às suas práticas educativas para o colmatar de certas dificuldades que nelas possam surgir e para facilitar uma maior integração de alunos de diversas origens culturais nos estabelecimentos de ensino. O objetivo deste trabalho é fazer uma análise sobre as práticas pedagógicas dos docentes, que permita perceber o que pode e o que está a ser feito, para receber e integrar crianças de nacionalidades e culturas diferentes na sala de aula e mostrar que a diversidade pode ser uma mais-valia para todos os intervenientes do processo educativo. Como metodologia optou-se pela realização de inquéritos por questionário, sobre esta temática, a docentes que tivessem, na sua sala de aula, crianças de diferentes nacionalidades e consequentes origens culturais. Os resultados obtidos dizem-nos que a integração de alunos de diferentes nacionalidades, culturas, etnias ou religião, na sala de aula, está a ser feita de modo muito positivo nas escolas e os professores têm contribuído para isso com a sua atitude, prática e formação e com a implementação de projetos pedagógicos no âmbito da temática multicultural nas suas turmas, também o fato de considerarem a diversidade cultural um desafio positivo e um fator de enriquecimento no desenvolvimento global. A diversidade cultural na escola O professor em sala de aula sente grande dificuldade para trabalhar com tanta diversidade e fazer com que seja aceita entre os alunos. Tenta construir entre eles conceitos de solidariedade, amizade, respeito e que entendam a educação que se pretende diversificada e inclusiva. É impossível não perceber as salas de aulas tornando-se cada vez mais heterogenias e alguns questionamentos surgem nesse contexto: Como compreender os elementos comuns e as singularidades entre as culturas? Como lidar com a diversidade cultural na sala de aula? Que pedagogia desenvolver para sensibilizar para a importância da temática étnico-racial? Como entender e valorizar a diversidade para superar as situações de descriminações? Nos dias atuais, vivemos sob uma mudança constante em todos os sentidos da vida social e cultural, o que nos leva a perceber como temos a necessidade de inclusão no nosso conhecimento da diversidade e do enredamento dos problemas sociais, entendendo que sempre se pode trabalhar na igualdade o que é diferente. Reconhecer que a sociedade brasileira é multicultural significa compreender a diversidade ética e cultural dos diferentes grupos, em que determinante da classe social, raça, gênero e diversidade atuam de forma marcante. A diversidade vista do ponto cultural pode ser entendida como a construção histórica, cultural e social das diferenças, que foram construídas pelos sujeitos sociais ao longo das relações históricas. Portanto o “diferente” só passa a ser percebido dessa forma, porque nós seres humanos assim os identificamos. Sabe-se que a escola tem função educativa e a responsabilidade de transmitir conhecimentos sistematizados, porem acaba não desempenhando seu papel devido à enorme diversidade encontrada no seu meio escolar. Então na tentativa de não discriminar acaba por trabalhar as diferenças e quando ocorre trabalhar-se a diversidade, sem problematizar. Varias tentativas de mudanças tem procurado apontar as questões das relações e das situações surgidas em sala de aula, mostrando como e quando ocorrem a discriminação no espaço escolar e a dificuldade dos profissionais da educação em lidar com essas situações, pois “a luta pelo direito as diferenças sempre esteve presente na história da humanidade e sempre esteve relacionada com a luta dos grupos e movimentos que colocaram e continuam colocando em cheque um determinado tipo de poder, a imposição de um determinado padrão de homem de política, de religião, de arte, de cultura”. (GOMES, 2003, p.73) Nesse contexto a questão da relação entre diversidade cultural e prática docente, constitui aspecto relevante na construção de uma escola democrática, porem, sabemos que a existência da diversidade provoca conflitos, tensões e resistências as mudanças de paradigmas. Segundo as diretrizes dos PCNs a escola deveria trabalhar com ênfase a questão da Diversidade Cultural, para conhecer a cultura dos diversos grupos que a compõe posicionando-se contra qualquer tipo de discriminação, já que a escola é considerada como espaço sociocultural e instrucional responsável pela transmissão do conhecimento e pela cultura. A escola pode e deve ser espaço onde acontece a formação ampla do aluno, que se aumente seu processo de humanização e aprimore suas habilidades que fazem de cada um de nós seres humanos. Juntos escola e educadores podem e devem desenvolver propostas e iniciativas que visam à superação do preconceito e da discriminação dentro dos princípios éticos de igualdade, dignidade, justiça, respeito mútuo ás diferenças. Considerando o cotidiano e as manifestações culturais dos alunos, utilizando se de instrumentos como as diversas mídias que pode auxiliar muito o trabalho do professor na sala de aula. O acesso ao conhecimento, às relações sociais e culturais que contribuam para o desenvolvimento do aluno como sujeito sociocultural e na sua vivência social é sem dúvida objetivo de todos. Nessa perspectiva nós educadores, temos papel importante na valorização do estudo e no questionamento das questões culturais que nossos alunos estão inseridos e reformulando. Entendemos que é de extrema importância trabalhar as diferenças étnicas que constituem tais questões, propiciando que eles, alunos façam uma leitura critica da formação histórica do povo brasileiro. Inserida nesse contexto de relações socioculturais desiguais, a escola tem produzido a exclusão daqueles grupos cujos padrões étnicos culturais não correspondem aos dominantes. O multiculturalismo é um tema muito atual e pertinente, tanto na sociedade, bem como no contexto escolar. O docente tem um papel muito importante a desempenhar neste âmbito intercultural, pois a sua atitude, prática e formação influenciam no processo educativo, podendo favorecer ou mesmo criar obstáculos ao desenvolvimento cognitivo, social e emocional dos alunos como também ao desenvolvimento de competências e capacidades de cada um. Um conhecimento aprofundado da escola e do meio em que esta se insere, deve ser dos primeiros passos para garantir uma boa educação multicultural, onde a informação relativa aos alunos dessa escola possa ser utilizada na organização da mesma, valorizando a pedagogia diferenciada e a flexibilidade curricular, imprescindíveis para a aprendizagem e sucesso escolar pretendido pelos docentes e pela própria escola. Considerar que “toda a educação é cultura”, torna-se possível, portanto, à medida que a aprendizagem de sistemas simbólicos, sócio-históricos e culturais ocorre por meio das relações dos atores sociais, o que se dá por meio da educação. Cabe, então, indagar: educação ou “educações”? Da mesma forma que o entendimento de educação é pluralizado, também o é o de cultura. A compreensão e a riqueza dessa pluralidade nos conduzema refletir sobre a instituição escolar de maneira geral e, em específico, sobre a cultura e a educação escolar. Se a relação entre cultura e educação produz aprendizagens, que aspectos da cultura afro-brasileira têm sido abordados na educação escolar? O que se verifica, muitas vezes, é a invisibilidade da história de lutas, enfrentamentos e resistências das ditas “minorias” na educação escolar. Aprender os valores sócios históricos e culturais por meio da prática pedagógica faz parte das reivindicações históricas do movimento negro em prol da educação democrática. O estudo mostra a importância da diversidade cultural nos mais variados domínios de intervenção (línguas, educação, comunicação e criatividade) e oferece sólidos argumentos para decisões e atores sociais sobre a importância de se investir na diversidade cultural como dimensão essencial do diálogo intercultural, na construção de estratégias para o desenvolvimento sustentável, na garantia do exercício das liberdades e dos direitos humanos e no fortalecimento da coesão social e da boa governança. A imagem mostra a cultura e um conjunto de hábitos, comportamentos, valores morais, crenças e símbolos, dentre outros aspectos mais gerais, como forma de organização social, política e econômica que caracterizam uma sociedade. Além disso, os processos históricos são em grande parte responsáveis pelas diferenças culturais, embora não sejam os únicos fatores a se considerar. Isso nos permite afirmar que não existem culturas superiores ou inferiores, mas sim diferentes, com processos históricos também diversos, os quais proporcionaram organizações sociais com determinadas peculiaridades. No Nordeste, a cultura é representada através de danças e festas como o bumba meu boi, maracatu, caboclinhos, carnaval, ciranda, coco, reisado, frevo, cavalhada e capoeira. O Centro-Oeste brasileiro tem sua cultura representada pelas cavalhadas e procissão do fogaréu, As representações culturais no Norte do Brasil estão nas festas populares como o círio de Nazaré e festival de Parintins, a maior festa do boi-bumbá do país. A culinária apresenta uma grande herança indígena, No Sudeste, várias festas populares de cunho religioso são celebradas no interior da região. Festa do divino, festejos da páscoa e dos santos padroeiros, com destaque para a peregrinação a Aparecida O Sul apresenta aspectos culturais dos imigrantes portugueses, espanhóis e, principalmente, alemães e italianos. Algumas cidades ainda celebram as tradições dos antepassados em festas típicas Conclusão Precisamos entender que a diversidade cultural existente na sala de aula, pode ser vista de forma que não leve a tratamentos diferenciados nem a reprodução das desigualdades e a exclusão social, porem tenha uma perspectiva crítica, que supere as atitudes meramente condenatórias e regate o espaço escolar para viabilizar práticas pedagógicas que elevem e destaquem a diversidade cultural. Ao analisarmos o que ocorre no interior das escolas através de situações vivenciadas pelos educadores verifica-se que a escola está reproduzindo as discriminações e preconceitos que a sociedade insiste em manter. Mas, percebe-se também, que inúmeras tentativas estão sendo realizadas pelos educadores para superar essas diferenças. Nota-se que os educadores encontram cada vez mais resistência para trabalhar a diversidade, pois os alunos chegam trazendo conceitos já interiorizados que dificultam o trabalho do professor em sala de aula. Fica evidente que muitos educadores não possuem conhecimento ou até mesmo preparo suficiente para expor o assunto sobre o preconceito e a discriminação em sala de aula e assim simplesmente perdem a oportunidade de esclarecimento e formação do educando. É importante estar conhecendo a prática educacional que o professor utiliza diante da diversidade escolar, para que possa auxiliá-lo a desenvolver na sala de aula. Referencias bibliográficas GOMES, Nilma Lino. “Educação e Diversidade Étnicocultural” In: RAMOS, ADÃO, BARROS (coordenadores). Diversidade na Educação: reflexões e experiências. Brasília: Secretaria de Educação Média e Tecnológica/MEC, 2003.
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