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Resumo imunologia primeira prova completo

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Imunologia: estudo da imunidade em sentindo mais amplo, e dos eventos celulares e moleculares que ocorrem após o organismo encontrar microorganismos ou macromoléculas estranhas. Imunidade é uma reação contra substâncias estranhas – microorganismos e macromoléculas (proteínas, polissacarídeos), independente das conseqüências fisiológicas/patológicas da reação. As células e as moléculas responsáveis pela imunidade formam o Sistema Imune, e a resposta coletiva e coordenada à introdução de substâncias estranhas no organismo é a Resposta Imune.
Imunidade Inata
 A defesa inicial do hospedeiro que consiste em mecanismos que existem antes da infecção (e para evitar), que são capazes de rápidas respostas aos micróbios e que reagem essencialmente do mesmo modo às infecções repetidas. Ela avisa e direciona a resposta imune adquirida.
a) barreiras físicas e químicas, como a pele (queratina, lípidos e ácidos gordos), a saliva e o muco presente nas mucosas e no tracto respiratório.
 b) componentes celulares: as células efetoras da imunidade inata são representadas principalmente pelos fagócitos (neutrófilos, monócitos e macrófagos), células dendríticas e células NK (Natural Killer). 
Os neutrófilos têm meia-vida curta e possuem grânulos citoplasmáticos contendo enzimas microbicidas importantes no processo de eliminação dos agentes infecciosos. 
Os macrófagos possuem maior capacidade fagocítica e, ao contrário dos neutrófilos, multiplicam-se e sobrevivem por mais tempo no sítio de infecção nos tecidos. 
As células dendríticas, por sua vez, caracterizam-se por longas projeções de membrana e, uma vez estimuladas, executam tanto a pinocitose quanto a fagocitose de partículas. Também são importantes na integração da imunidade inata com a adaptativa.
 Já as células NK, são células circulantes originárias de progenitor linfóide que atuam de maneira diferente dos fagócitos, uma vez que possuem muitos grânulos contendo mediadores que, ao serem liberados, induzem a morte da célula-alvo por citotoxicidade.
c) componentes moleculares: compreendem as citocinas, quimiocinas e as proteínas do complemento e de fase aguda.
- citocinas: são proteínas que regulam e coodernam muitas das atividades das células da imunidade inata. medeiam diversas respostas celulares, como ativação e recrutamento, inibição, diferenciação e crescimento das células. Suas funções ligando-se a receptores específicos presentes na superfície das células.
- quimiocinas: são proteínas de baixo peso molecular com finalidade exclusiva de recrutar leucócitos para os locais de infecção e tecidos linfóides. Como as citocinas, também atuam via ligação a receptores específicos na superfície celular.
- proteínas do complemento: são plasmáticas e atuam na amplificação da fagocitose e da inflamação, além de eliminarem agentes infecciosos.
- proteínas de fase aguda: sintetizadas no fígado, auxiliam na fagocitose e na ativação do sistema do complemento. 
1. Reconhecimento de patógenos
PRR -> podem ser TLR (membrana/endossomal), NLR e RLR(membrana) reconhecem PAMP (LPS, dsRNA, flagelina) 
Quando agentes infecciosos ultrapassam as barreiras epiteliais alcançando os tecidos subjacentes, entram em contato com populações de células da imunidade inata, como macrófagos e células dendríticas residentes. 
A interação dessas células com os agentes infecciosos ocorre por intermédio dos Receptores de Reconhecimento de Padrão (PRR, do inglês Pattern Recognition Receptors) que, por sua vez, reconhecem os Padrões Moleculares Associados a Patógenos (PAMP, do inglês Pathogen-Associated Molecular Pattern). Os PAMP são estruturas comuns conservadas evolutivamente e essenciais para a sobrevivência dos microrganismos. Como exemplo, podemos citar a flagelina (componente do flagelo bacteriano), LPS (lipopolissacarídeo da parede de bactérias Gram-negativas), zimosan (componente da parede celular de fungos), dsRNA (RNA dupla fita, comum em alguns vírus), dentre outros. Os PRR podem ser encontrados em diferentes populações celulares e estar presentes tanto na membrana plasmática ou endossomal, como os receptores TLR (Toll-Like Receptors), quanto no citoplasma, como os receptores RLR (RIG-1-Like Receptors) e NLR (Nod-Like Receptors). 
Diferentes PRR são expressos numa mesma célula, o que faz que esta tenha capacidade de reconhecer várias classes de microrganismos.
Quando ocorre a interação PAMP-PRR, ocorre liberação de sinais intracelulares que culminam na indução da transcrição de genes importantes para a ativação celular ou a indução da fagocitose. (2º sinal da imunidade adquirida) 
2. Mecanismos efetores: 
Para o controle e proteção contra os agentes infecciosos, os fagócitos primeiramente devem reconhecer os microrganismos-alvo que por sua vez, são mortos pela fagocitose. Ademais, estas células podem amplificar a resposta imune através da inflamação (Figura 1).
Fagocitose: Processo utilizado pela célula para englobar partículas sólidas, que lhe irão servir de alimento. A célula produz expansões da membrana plasmática (pseudópodes) que envolvem as partículas e as englobam. Primeiramente, a partícula fica em uma bolsa que recebe o nome de fagossomo. Posteriormente, ocorre a fusão do fagossomo com lisossomos, formando assim o fagolisossomo, onde enzimas lisossomais e intermediários reativos de nitrogênio (como o óxido nítrico (NO) e espécies reativas de oxigênio (ROS- Reactive Oxygen Species, como o ânion peróxido e o peróxido de hidrogênio) são produzidos para a destruição do microrganismo.
Mo -> pseudópodes -> fagossomo --> lisossomos -> enzimas ácidas + bomba de prótons -> morte do m.o.
Inflamação: consiste no recrutamento celular com a finalidade de amplificar a resposta imunológica no sítio infeccioso. 
Quando macrófagos residentes são ativados ao reconhecerem o agente infeccioso por PRR, produzem citocinas pró-inflamatórias (IL-1, TNF e IL-6) que estimulam as células do endotélio vascular a expressarem moléculas de adesão (selectinas). 
As selectinas são reconhecidas por receptores expressos nos leucócitos circulantes, o que promove a fraca adesão destas células à superfície endotelial. 
Devido à força do fluxo sanguíneo em conjunto com a fraca adesão, os leucócitos circulantes deslizam sobre o endotélio (rolamento).
 Quimiocinas produzidas no local da infecção pelas células residentes e por células endoteliais ativadas auxiliam no recrutamento e na adesão dos leucócitos ao endotélio, além de induzirem aumento da afinidade de ligação das integrinas (outra classe de moléculas de adesão) expressas nos leucócitos aos seus ligantes nas células endoteliais. 
Tal interação intensifica mais a adesão destas células ao endotélio e inicia o processo de migração, no qual os leucócitos transpassam a parede endotelial por diapedese, alcançando o sítio de infecção nos tecidos a fim de eliminar os microrganismos.
Além do recrutamento celular, as células residentes no local infeccioso (fagócitos, mastócitos) também produzem mediadores que aumentam o fluxo sanguíneo (vermelhidão), causam a vasodilatação (calor) e o aumento da permeabilidade do endotélio vascular (acúmulo de fluídos e células provenientes da circulação) -> formando o edema (inchaço). Tais alterações teciduais causadas por estes mediadores inflamatórios sensibilizam receptores neuronais levando à dor e, em casos mais crônicos, à perda de função do local inflamado. Deste modo, calor, rubor, inchaço, dor e perda de função, são os sinais clínicos da inflamação.
Além de ser crucial no recrutamento e na amplificação dos mecanismos efetores da imunidade inata, a inflamação também é importante em outras funções, como remoção de células e tecidos lesados, inativação de toxinas e reparo tecidual.
 Devido ao rompimento das barreiras epiteliais, os microrganismos alcançam os tecidos subjacentes. Fagócitos residentes reconhecem PAMP de microrganismos através dos seus receptores PRR e fagocitam os agentes infecciosos, que são englobados dentro de fagossomos que por fim se fundem a lisossomos(fagolisossomos). Dentro dos fagolisossomos, os microrganimos são destruídos pela ação das enzimas líticas lisossomais e das espécies reativas de oxigênio (ROS) e nitrogênio (óxido nítrico - NO) (Fagocitose). Os fagócitos ativados produzem mediadores inflamatórios que induzem a expressão de moléculas de adesão e receptores na superfície endotelial (selectinas e receptores para integrinas) que facilitam a adesão dos leucócitos circulantes (neutrófilos, inicialmente). Em resposta a quimiocinas produzidas no local, os leucócitos migram para o sítio de infecção nos tecidos por diapedese (Inflamação), onde reconhecem os microrganismos e exercem suas funções na tentativa de eliminá-los.
 
Mediadores da inflamação 
1. Aminas vaso-ativas 
Elas estão em estoques pré-formados. 
Histamina (mastócitos, basófilos)leva à dilatação arteriolar, aumentando a permeabilidade do vaso e, consequentemente, facilitando a saída de leucócitos para o sítio inflamatório.
Neuropeptídeos Eles têm ação inicial. Seu principal representante é a substância P. Suas ações são: aumento da permeabilidade vascular, transmissão dos sinais de dor, junto com a bradicinina, regulação da pressão sanguínea e estímulo da atividade secretória de células endoteliais e imunológicas, acarretando suas ações características.
Bradicinina Suas ações principais são aumento de permeabilidade, contração de musculo liso, vasodilatação e produção de dor.
Metabólitos do ácido araquidônico (eicosanóides) leucócitos, mastócitos, células endoteliais e plaquetas.
O ácido araquidônico (AA) é um ácido graxo presente de forma esterificada nas membranas das células. 
Os eicosanóides são produzidos pelas vias da ciclooxigenase e lipoxigenase que, são sistema enzimáticos que degradam o ácido agentes que são importantes mediadores químicos. 
 Ciclooxigenase
 Prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxano(antagonista) 
As duas primeiras levam à vasodilatação, inibição da agregação plaquetária e estão envolvidas na patogenia da dor e febre no processo inflamatório. O último está relacionado com o processo de coagulação, uma vez que leva à vasoconstrição e promove a agregação plaquetária.
Lipoxigenase
Leucotrienos e lipoxinas (antagonistas)
são produzidos por neutrófilos e alguns macrófagos, sendo quimiotático para neutrófilos, além de causar broncoespasmo, vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular. Fator ativador de plaquetas 
Imunidade Adquirida
Sistema Imune Adquirido 
Determinantes Específicos (EPÍTOPOS) ANTÍGENOS – Reage com um patógeno específico 
Linfócitos B = BCR (Receptor p/ Reconhecimento Ag) 
Linfócitos T = TCR (Receptor p/ Reconhecimento Ag)
 
 Os mecanismos de defesa mais altamente evoluídos são estimulados pela exposição aos agentes infecciosos e aumentam em magnitude e capacidade defensiva em cada exposição sucessiva a um micróbio particular. Pelo fato de que esta forma de imunidade desenvolve-se como uma resposta a infecção e se adapta a ela, é designada imunidade adquirida. 
As características que definem a imunidade adquirida são a grande especificidade para as distintas macromoléculas e a capacidade de memória e responder mais vigorosamente as repetidas exposições ao mesmo micróbio. 
Os componentes da imunidade adquirida são os linfócitos e seus produtos. As substâncias estranhas que induzem respostas específicas ou são alvos dessas respostas, são chamados antígenos. 
Imunidade humoral é mediada por moléculas do sangue, chamadas anticorpos, que são produzidos pelos linfócitos B. 
Os anticorpos reconhecem especificamente os antígenos microbianos, neutralizam a infecciosidade dos micróbios e marcam os micróbios para a eliminação pelos vários mecanismos efetores. É o principal mecanismo de defesa contra os micróbios extracelulares e suas toxinas. 
Imunidade mediada por célula é mediada por células chamadas linfócitos T; os microorganismos intracelulares, tais como vírus e algumas bactérias, sobrevivem e proliferam dentro dos fagócitos e de outras células do hospedeiro, onde ficam inacessíveis aos anticorpos circulantes. A defesa contra essas infecções é uma função da imunidade celular, que promove a destruição dos micróbios que residem nos fagócitos ou a lise das células infectadas. 
A imunidade adaptativa humoral tem como principal molécula efetora o anticorpo. Em uma infecção, o antígeno é transportado pela via linfática para o linfonodo, e linfócitos B vindos da circulação ou residentes nos linfonodos reconhecem o antígeno, na forma solúvel ou não, através do seu receptor de célula B (B Cell Receptor-BCR). Dessa forma, os linfócitos B são ativados transformando-se em plasmócitos capazes de secretar anticorpos que entram na circulação até encontrar o local de infecção e exercer suas funções efetoras. 
 
Antígenos: subst. estranhas que induzem resposta imunológica específica ou são alvo de tais respostas. São reconhecidos por anticorpos e receptores de célula T. 
a. Epítopo: Região do antígeno efetivamente reconhecida pelo anticorpo ou receptor de linfócitos. b. Hapteno: Molécula que quando isolada é um antígeno sem propriedade imunogênica, sendo necessária sua associação a outra molécula para que se torne imunogênica 
 A resposta natural aos microorganismos estimula as respostas imunológicas adquiridas e influencia a natureza das respostas adquiridas. Por outro lado, as respostas adquiridas utilizam muitos dos mecanismos efetores da imunidade natural para eliminar os microorganismos, e geralmente aumentam a atividade antimicrobiana dos mecanismos de defesa da im. natural. 
A imunidade contra um microorganismo pode ser induzida pela resposta do hospedeiro (ativa), ou pela tranferência de anticorpos ou linfócitos específicos (passiva) 
 Características da resp. im. adquirida
 a. Especificidade: garante que antígenos distintos desencadeiem respostas especificas 
i. A parte do antígeno reconhecida especificamente pelos linfócitos é chamada determinante ou epitopo. 
ii. Os linfócitos expressam, em sua superfície, receptores capazes de distinguir diferenças discretas na estrutura de antígenos diversos. 
b. Diversidade: permite que o sistema imunológico responda a uma grande variedade de antígenos. i. O número total de especificidades antigênicas dos linfócitos é denominado repertório linfocitário. c. Memória: acentuação das respostas a exposições posteriores ao mesmo antígeno. 
i. A exposição a um antígeno aumenta a habilidade de resposta do sist. Imune àquele antígeno. 
ii. Respostas imunológicas secundárias (posteriores à primeira exposição) ocorrem mais rapidamente, são de maior intensidade e podem ser qualitativamente diferentes da resp. im. primária. 
iii. Cada exposição a um antígeno expande o clone de linfócitos específicos.
iv. A estimulação de linfócitos inativos pelo antígeno gera células de memória de longa duração, com melhor atuação nas próximas exposições que células não previamente estimuladas. 
d. Especialização: gera respostas que são apropriadas para a defesa contra tipos diferentes de microorganismos. e. Autolimitação: as respostas imunológicas normais diminuem com o passar do tempo, retornando ao estado basal (homeostasia)
 i. A eliminação do antígeno termina a estimulação do linfócitos. 
ii. Os antígenos e as resp. imunológicas estimulam mecanismos reguladores. 
iii. Auto-limitação permite que o sistema imunológico volte a ficar preparado para responder a outros antígenos. 
f. Tolerância a antígenos próprios: previne o dano ao hospedeiro durante a resposta a antígenos estranhos.
 i. A auto-tolerância é mantida: pela capacidade de eliminar linfócitos que expressam receptores específicos para antígenos próprios e de permitir que linfócitos encontrem antígenos próprios em circunstancias que são capazes de estimulá-los ou que levem à desativação de linfócitos auto-reativos.
ii. Anormalidades na indução ou manutenção da auto-tolerância resulta em desordens chamadas doenças auto-imunes.
Células do Sistema Imune
O progenitormielóide dá origem aos eritrócitos, plaquetas, granulócitos (neutrófilos, eosinófilos, basófilos), mastócitos e os monócitos. 
O progenitor linfóide da origem a linfócitos T e B e células NK (natural killer). 
EOSINÓFILOS 
Os eosinófilos são muito menos numerosos do que os neutrófilos, constituindo apenas 2-3% do total de leucócitos. Seu núcleo, em geral, é bilobulado. O citoplasma do eosinófilos é quase inteiramente ocupado por grânulos específicos. O retículo endoplasmático, as mitocôndrias e o aparelho de Golgi são pouco desenvolvidos. 
Essas células fagocitam e eliminam complexos de antígenos com anticorpo que aparecem em casos de alergia, como a asma brônquica. Observou-se experimentalmente que o eosinófilo não fagocita antígeno (soroalbumina bovina) nem seu anticorpo (gamaglobulina específica) isoladamente. Todavia, o eosinófilo fagocita o complexo desse antígeno com seu anticorpo. Esses granulócitos são atraídos para as áreas de inflamação alérgica pela histamina, produzida principalmente por basófilos e mastócitos. Há evidências de que os eosinófilos produzam moléculas que inativem leucotrienos e histamina, assim modulando a inflamação. 
NEUTRÓFILOS 
Os neutrófilos ou polimorfonucleares têm núcleos formados por dois a cinco lóbulos (mais freqüentemente, três lobulos) ligados entre si por finas pontes de cromatina. Constituem importante defesa celular contra a invasão de microorganismos. Os neutrófilos no sangue circulante são esféricos e não fagocitam, mas se tornam amebóides e fagocitários tão logo toquem um substrato sólido sobre o qual possam emitir seus pseudópodos. 
BASÓFILOS 
Os basófilos têm núcleo volumoso, com forma retorcida e irregular. A membrana plasmática dos basófilos, como a dos mastócitos, possui receptores para a imunoglobulina E (IgE). Eles liberam seus grânulos para o meio extracelular, sob a ação dos mesmos estímulos que promovem a expulsão dos grânulos dos mastócitos. No entanto, apesar das semelhanças, basófilos e mastócitos não são aspectos diferentes do mesmo tipo celular, pois se originam de precursores diferentes. 
MASTÓCITOS 
A principal função dos mastócitos é armazenar potentes mediadores químicos da inflamação, como a histamina, heparina, ECF-A (fator quimiotáxico dos eosinófilos), SRS-A, serotonina e fatores quimiotáxicos dos neutrófilos.
Esta célula não tem significado no sangue, sendo uma célula própria do tecido conjuntivo. Ela participa de reações alérgicas (de hipersensibilidade), na qual chama os leucócitos até o local e cria uma vasodilatação.
CÉLULAS NK 
Os linfócitos NK (Natural Killer) são células matadoras naturais, ou células assassinas e fazem parte de 10-15% dos linfócitos do sangue. Elas lisam (destroem) a células tumorais (estranhas) ou infectadas por vírus sem que estas expressem algum antígeno ativador da resposta imune específica. Este tipo de resposta é chamada de resposta imune inespecífica, pois não há reconhecimento de epítopos e nem formação de células monoclonais específicas ou qualquer memória imunológica (que é sempre específica). 
Estas células costumam expressar receptores CD de superfície, não existindo nenhum marcador específico para os NK. O marcador mais encontrado e usado atualmente para detectá-los é o CD16 ou o CD56. 
As células NK também lisam células cobertas por IgG. Essa função é denominada de citotoxidade celular dependente de anticorpo. 
MONÓCITOS 
Os monócitos têm o núcleo ovóide, em forma de rim ou de ferradura, geralmente excêntrico. Os monócitos do sangue representam uma fase na maturação da célula mononuclear fagocitária originada na medula óssea. Esta célula passa para o sangue, onde permanece apenas alguns dias, e, atravessando a parede do capilares e vênulas, penetra em alguns órgãos, transformando-se em macrófagos, que constituem uma fase mais avançada na vida da célula mononuclear fagocitária. 
MACRÓFAGOS 
Os macrófagos são células de altíssimo poder fagocitário.  
Possui funções de extrema importância para o sistema imune: 
Apresentador de antígenos: Os macrófagos são células que vão fagocitar a antígeno e digerí-lo no fagolisossoma. Porém os seus epítopos são levados até a superfície da célula e apresentado ao linfócito T ou ao linfócito B. Ao mesmo tempo ele sintetiza o MHC-classe II (MHC é um antígeno produzido pela célula, originado em genes chamados de HLA-D) que se combinará com o linfócito T. Este irá estimular todo o sistema imune do organismo e "convocar" as células para o ataque. 
Limpador: Os macrófagos são células que chegam para fazer a limpeza de um tecido que necrosou, ou que inflamou. Eles fagocitam restos celulares, células mortas, proteínas estranhas, calo ósseo que se formou numa fratura, tecido de cicatrização exuberante etc. Após esta limpeza, os fibroblastos ativos (no caso de uma necrose) vão ao local e preenchem o espaço com colágeno. 
Produtor de interleucinas: O macrófago é o principal produtor da interleucina I (IL-1). Ele produz a IL-1 quando fagocita organismos invasores (micróbios), que dá o alarme para o sistema imune. Esta citocina estimula linfócitos T helper até o local da infecção, onde serão apresentados aos epítopos nos macrófagos. Além disso a IL-1 estimula a expansão clonal dos linfócito T-helper e dos linfócitos B específicos contra os epítopos (são moléculas específicas dos antígeno que é capaz de criar uma população de células específica para combatê-lo) 
A IL-1 é responsável pela febre nas infecções e inflamações que ocorrem no corpo. Ela vai ao hipotálamo e estimula a produção de prostaglandinas, que ativam o sistema de elevação da temperatura. A IL-1 também aumenta a produção de prostaglandinas pelos leucócitos , que vai contribuir para a inflamação e dor. Além disso a IL-1 estimula a síntese de proteínas de adesão leucocitária nos endotélios (como a ICAM-1) e facilita a adesão dos leucócitos para realizar a diapedese. 
Os macrófagos são resposáveis pelo sistema monocítico fagocitário (SMF), pois vem da maturação dos monócitos que chegam pelo sangue. Existem células que são morfologicamente diferentes dos macrófagos, mas tem a mesma função, e provém dos monócitos da mesma forma, sendo, então parte do SMF. São eles: 
- monócito sanguïneo - circulante no sangue; 
- Células de Kuppfer - fígado; 
- Macrófagos alveolares - pulmão; 
- Células dendríticas - região subcortical dos linfonodos; 
- Células de Langerhans - pele. 
LINFÓCITO T 
Os linfócitos T são células que tem diversas funções no organismo, e todas são de extrema importância para o sistema imune. O nome linfócito T derivada das células serem dependentes do timo para o seu desenvolvimento, sendo então o T de Timo-dependentes. 
Funcionalmente os linfócitos são separados em linfócito T-helper, linfócito T-citotóxico, linfócito T-supressor e linfócito T de memória. Cada um deles possui receptores característicos (além do TCR que é padrão para as células T), que são identificáveis por técnicas imunológicas e que tem funções específicas. Entretanto, todas as células T possuem os receptores TCR e o CD3. 
O linfócito T-helper possui receptor CD4 na superfície, que tem a função de reconhecer macrófagos ativados. É o principal alvo do vírus HIV. Esta célula é o mensageiro mais importante do sistema imune. Ele envia mensagens de ataque para diversos leucócitos para realizar a guerra imunológica contra o agente agressor. O linfócito T-helper é a célula que interage com os macrófagos, reconhecendo o epítopo que lhe é apresentado.A IL-1 estimula a expansão clonal de linfócito T-helper monoclonais que vão secretar diversas interleucinas.
- estimulação do crescimento e proliferação de linfócito T-citotóxicos e supressoras contra o antígeno;
- estimulação do crescimento e diferenciação dos Linfócitos B em plasmócitos para produzir anticorpos contra o antígeno; 
- ativação dos macrófagos; 
- auto estimulação (um linfócito T-helper pode estimular o crescimento da população de linfócito T- helpers.). 
Linfócitos T supressores sãolinfócitos que tem a função de modular a resposta imune através da inibição da mesma. Ainda não se conhece muito a respeito desta célula, mas sabe-se que ele age através da inativação dos linfócitos T citotóxicos e helpers, limitando a ação deles no organismo numa reação imune. Sabe-se que o linfócito T-helper ativa o linfócito T-supressor que vai controlar a atividade destes linfócito T- helpers, impedindo que eles exerçam sua atividades excessivamente. Os linfócitos T-supressores também participam da chamada tolerância imunológica, que é o mecanismo por qual o sistema imune usa para impedir que os leucócitos ataquem as próprias células do organismo. Portanto se houver deficiência na produção ou ativação dos linfócitos T supressores, poderá haver um ataque auto-imune ao organismo. 
O linfócito T-citotóxico apresenta receptores TCR. Especializado para o reconhecimento de antígenos associados ao complexo MHC-I na superfície de outras células. Produz perforinas e outras proteínas que matam células estranhas, células infectadas por vírus e algumas células cancerosas. 
O linfócito T de memória apresenta receptores TCR, e é uma célula preparada para responder mais rapidamente e com maior intensidade, diante de nova exposição ao mesmo antígeno. 
LINFÓCITOS B 
Os linfócitos B são células que fazem parte de 5 a 15% dos linfócitos circulantes, se originam na medula óssea e se desenvolvem nos órgãos linfóides. O nome linfócito B é devido a sua origem na cloaca das aves na Bursa de Fabricius. 
São células de núcleo grande e que possuem o retículo endoplasmático rugoso e o complexo de Golgi extremamente desenvolvidos em seu citoplasma, e especialistas em síntese de gamaglobulinas quando ativadas. Porém em repouso, estas organelas não estão desenvolvidas. 
Os linfócitos B têm como função própria, a produção de anticorpos contra um determinado agressor. Anticorpos são proteínas denominadas de imunoglobulinas ou imunoglobulinas que exercem várias atividades de acordo com o seu isotipo (IgG, IgM, IgA) Estes anticorpos realizam diversas funções como : opsoninas, ativadores de complemento, neutralizadores de substâncias tóxicas, aglutinação, neutralização de bactérias, etc... 
Os linfócitos B possuem como principal marcador de superfície a IgM monomérica, que participa do complexo receptor de antígenos. Esta imunoglobulina entra em contato com o antígeno quando lhe é apresentado diretamente ou indiretamente pelos macrófagos. A IgM se ligando ao epítopo, internaliza o complexo IgM-epítopo. Este complexo realiza diversas modificações na célula, que tem a finalidade de induzi-la a produção de imunoglobulinas. 
Os linfócitos B em repouso não produzem imunoglobulinas, mas quando estimulados por interleucinas (como a IL-4 e a IL-1) vão sofrer expansão clonal e se transformar numa célula ativa denominada de plasmócito. Os plasmócitos possuem na sua ultra-estrutura, o REG e o complexo de Golgi desenvolvido, e o núcleo com aspecto de roda de carroça. Secretam ativamente anticorpos específicos na resposta imune humoral (RIH). 
 Os linfócitos são células que reconhecem e respondem especificamente a antígenos estranhos; são mediadores da imunidade humoral e celular. 
a. Linfócitos B: células capazes de produzir anticorpos. Eles reconhecem antígenos extracelulares e se diferenciam em células secretoras de anticorpos (plasmócitos), funcionando como mediadores da imunidade humoral 
b. Linfócitos T: reconhecem os antígenos de microorganismos intracelulares, destruindo-os ou destruindo as células infectadas.
i. Não produzem anticorpos.
 ii. Apresentam especificidade restrita a antígenos: reconhecem apenas peptídeos antigênicos que estejam ligados a proteínas do hospedeiro, codificadas por genes do complexo principal de histocompatibilidade (MHC) e que se expressam na superfície de outras células. Portanto, não reconhecem antígenos solúveis. 
iii. Linfócitos T auxiliares: em resposta à estimulação antigênica, secretam proteínas chamadas citocinas, cuja função é estimular a proliferação e ativação dos linfócitos T e outras células (macrófagos e outros leucócitos) 
iv. Linfócitos T citotóxicos ou citolíticos: destroem células que produzem antígenos estranhos, como as células infectadas por vírus e outros microorganismos intracelulares. 
v. Linfócitos T reguladores: parecem ter a função de inibir as respostas imunológicas. Não são totalmente compreendidos.
iv. Células Natural Killers (NK): imunidade natural contra os vírus e outros organismos extracelulares. 
c. Células apresentadoras de antígenos (APCs): células que capturam antígenos e os apresentam a linfócitos específicos.
i. Células dendríticas: APCs com maior grau de especialização. Capturam antígenos provenientes do meio externo, transportam-nos para os órgãos linfóides e os apresentam aos linfócitos T inativos para o início da resposta imune.
Células efetoras: linfócitos T ativos, células fagocitárias e outros leucócitos desempenham esse papel na eliminação do antígeno.
12. Fases da resposta imunológica adquirida 
a. Reconhecimento de antígenos: todo individuo possui números linfócitos derivados de clones, e cada clone se formou a partir de um único precursor e é capaz se responder a um determinado antígeno distinto. Quando o antígeno entra no organismo, ele sensibiliza um clone pré- existente especifico e o ativa (hipótese da seleção clonal).
 i. Existem clones específicos para um antígeno antes mesmo da exposição ao antígeno. Os receptores específicos são expressos em um estágio e local de maturação onde os linfócitos ainda não encontraram nenhum antígeno. 
ii. Um clone individual de linfócitos pode reconhecer e responder a apenas um antígeno.
 iii. A administração de um antígeno estimula a proliferação de populações específicas de linfócitos. 
b. Ativação dos linfócitos: requer dois sinais distintos. 
O primeiro é o antígeno. O segundo é formado por produtos microbianos ou por componentes das respostas imunológicas naturais ao microorganismo (hipótese dos dois sinais) 
i. Antígeno: assegura que a resposta imunológica resultante seja específica 
ii. Segundo sinal: assegura que a resposta imunológica seja produzida quando ela é necessária. iii. A resposta à ativação consiste na síntese de novas proteínas, proliferação celular e em sua diferenciação em células efetoras e células de memória.
c. Fase efetora: é a eliminação dos antígenos. Os anticorpos e os linfócitos T eliminam os microorganismos intracelulares e extracelulares, respectivamente. Essa atividade necessita da participação de outras células e de mecanismos de defesa da imunidade natural.
d. Homeostasia: é o declínio da resposta imunológica, com apoptose de grande parte da prole de linfócitos estimulados pelo antígeno devido à diminuição de estímulos. 
1. Células do sist. imunológico adquirido: as células que estão envolvidas na resposta imunológica adquirida são linfócitos específicos para o antígeno, células apresentadoras de antígenos (APCs) e células efetoras que eliminam os antígenos. 
2. Os linfócitos são as únicas células do corpo capazes de reconhecer e distinguir de modo específico diversos determinantes antigênicos e são, consequentemente, responsáveis por duas características definidoras da resposta imunológica adquirida: especificidade e memória. 
3. Os linfócitos consistem em populações distintas que diferem quanto às suas funções e seus produtos protéicos, mas que são indistintos morfologicamente. 
a. As proteínas da membrana podem ser usadas como marcadores fenotípicos para distinguir populações de linfócitos fucionalmente distintas. 
4. Desenvolvimento dos linfócitos:
 a. Como todas as células sanguineas, os linfócitos se originam de células-tronco da medula óssea.
 b. Os linfócitos B completam seu desenvolvimento na medula óssea, enquanto que os linfócitos T o completam no Timo (ver resumo do capítulo 7).
c. O tamanho da população de linfócitos inativos se mantém constante mediante o equilíbrio entre a geração de novas células pelosprogenitores na medula óssea e a morte das células que não entram em contato com nenhum antígeno 5. Ativação dos linfócitos: na resposta imunológica adquirida, os linfócitos inativos são ativados por antígenos e outros estímulos para se diferenciarem em células efetoras e células de memória.
 a. Síntese de novas proteínas: logo após a estimulação, os linfócitos começam a transcrever genes que estavam dormentes e a sintetizar uma grande variedade de novas proteínas, como citocinas (nas células T), receptores de citocinas, etc. 
b. Proliferação celular: em resposta ao antígeno e aos fatores de crescimento produzidos pelos linfócitos estimulados por antígenos e por outras células, ocorre a divisão por mitose do linfócito especifico para o antígeno, resultando na expansão clonal.
c. Diferenciação em células efetoras: uma parte da prole dos linfócitos estimulados se transforma em células efetoras, cuja função é eliminar o antígeno.
 i. Linfócitos T pode se diferenciarem em células T auxiliares e células T citotóxicas. Células T auxiliares expressam proteínas em sua superfície que interagem com ligantes de outras células (macrófagos, células B), além se secretarem citocinas que ativam outras células. Células T citotóxicas (CTLs) desenvolvem grânulos contendo proteínas que destroem células infectadas por vírus e células tumorais.
ii. Linfócitos B se diferenciam em células produtoras de anticorpos (plasmócitos), com núcleo característico, citoplasma abundante e reticulo endoplasmático rugoso bem desenvolvido.
d. Diferenciação em células de memória: uma parte da prole dos linfócitos B e T estimulados por antígenos se diferencia em células de memória, que agem como intermediarias das respostas rápidas e 6 acentuadas (secundaria ou de memória) a exposições subseqüentes ao mesmo antígeno.
 i. As células de memória podem sobreviver em um estágio funcionalmente dormente ou de ciclo lento por muitos anos após eliminação do antígeno.
 Células Apresentadoras de Antígenos (APCs): são células especializadas em capturar microorganismos e outros antígenos, apresentá-los aos linfócitos e fornecer sinais que estimulam a proliferação e diferenciação dos linfócitos. 
a. Células dendríticas; desempenham papel importante na captura do antígenos e na indução de respostas dos linfócitos T às proteínas antigênicas.
i. São encontradas sob o epitélio da maioria dos órgãos, onde sua função é a captura de antígenos estranhos e seu transporte para os órgãos linfóides periféricos.
b. Células Fagocitárias Mononucleares: consiste em células que apresentam uma linhagem comum e cuja função primária é a fagocitose. As células do sist. fagocitário mononuclear se originam na medula óssea, circulam pelo sangue e são ativadas nos diferentes tecidos.
 i. Monócito: forma circulante, sendo o primeiro tipo celular a entrar no sangue periférico depois de deixar a medula óssea. Uma vez estabelecidos nos tecidos, essas células amadurecem e se diferenciam em macrófagos. 
ii. Micróglia: macrófago localizado no sist. nervoso central.
 iii. Células de Kupffer: macrófagos situados na superfície do endotélio dos sinusóides hepáticos. 
iv. Macrófagos alveolares (células de poeira): macrófagos localizados nas vias aérias. 
v. Osteoclastos: células fagocitárias multinucleadas, resultantes da fusão de vários macrófagos, responsáveis pelo remodelamento ósseo. 
vi. As células fagocitárias mononucleares desempenham papel de APCs nas respostas imunológicas adquiridas mediadas pelas células T. Também exercem papel como células efetoras. 
c. Células dendríticas foliculares: são células com projeções membranosas presentes nos centro germinativos dos folículos linfóides nos linfonodos, no baço e no tecido linfóide associado à mucosa. Aprisionam antígenos associados a anticorpos ou produtos do complemento e os apresentam em sua superfície para serem reconhecidos pelos linfócitos B. 
7. Anatomia e função dos tecidos Linfóides: os tecidos linfóides são classificados em órgão geradores, também chamados de órgãos linfóides primários, onde os linfócitos expressam inicialmente os receptores de antígenos e atingem a maturidade fenotípica e funcional, e em órgão periféricos, também chamados de órgão linfóides secundários, onde as respostas dos linfócitos aos antígenos estranhos são iniciadas e desenvolvidas. 
a. Órgãos linfóides primários: timo e medula óssea. No período embrionário são o fígado e o baço.
b. Órgãos linfóides secundários: linfonodos, o baço, o sist. imunológico cutâneo e o sistema imunológico associado a mucosas. 
os primeiros são os principais sítios de desenvolvimento dos linfócitos e os segundos fornecem o ambiente no qual os linfócitos podem interagir entre si, com células acessórias e com antígenos. 
É nos órgãos chamados primários é o local em que os linfócitos se diferenciam a partir de células pluripotentes, proliferam e amadurecem em células funcionais e é neles que os linfócitos adquirem seu repertório antígeno-específicos, que permitem sua ação contra tais antígenos, com os quais os organismos se defrontam durante a vida. Neles ocorre ainda seleção das células para tolerância aos auto-antígenos (próprios do organismo), tornando-se capazes de reconhecer somente antígenos estranhos.São representados nos mamíferos pelo timo, onde amadurecem as células T, e pelo fígado e a medula óssea, nos quais amadurecem as células B. O fígado é o local de amadurecimento somente durante a vida fetal. 
Os órgãos ditos secundários compreendem o baço, os linfonodos (também denominados nódulos linfáticos), as placas de Peyer, a medula óssea e as tonsilas. As células presentes nesses tecidos secundários tiveram origem nos tecidos primários, migraram pela circulação e atingiram tais tecidos. 
1- Medula óssea 
- local de geração de todas as células do sangue
- fígado e baço (vida fetal) ; ossos chatos (vida adulta)
- estrutura esponjiforme (células gordurosas, fibroblastos e
precursores das células sangüíneas)
- maturação de todas as células, exceto linfócitos T
- estímulo para o crescimento celular
2. Timo: é o local de desenvolvimento das células T. 
a. É um órgão formado por dois lobos, situado no mediastino anterior. Cada lobo é subdividido em múltiplos lóbulos por septos fibrosos e cada lóbulo consiste em um córtex externo e uma medula interna. 
Córtex do timo: LT imaturos; maior quantidade de LT
Medula do timo: LT maduros e migram para o sangue e os tecidos linfóides periféricos. 
b. A funcionalidade do timo regride progressivamente. (involução com a idade)
c.Células epiteliais não-linfóides, macrófagos e células dendríticas (linfóides e mielóides) estão espalhadas pelo timo.
3- Linfonodos: 
 a. Um linfonodo consiste em um córtex externo e uma medula interna. Cada linfonodo está cercado por uma cápsula fibrosa através da qual penetram inúmeros vasos linfáticos aferentes. A linfa (líquido intersticial) é filtrada pelo córtex e entra nos seios medulares, e sai do linfonodo através do vaso linfático eferente no hilo. 
b. Sob o seio subcapsular, a camada mais externa do córtex contém agregados celulares chamados folículos. Alguns folículo possuem uma área central chamada de centro germinativo (folículos sem centro germinativo são chamados de folículos primários).
c. Diferentes classes de linfócitos são seqüestrados em regiões distintas dos nódulos.
i. Os folículos são as zonas de células B dos linfonodos. 
O folículos primários contém principalmente linfócitos B desenvolvidos, porém inativos. Os centros germinativos são locais de proliferação acentuada de células B, seleção de células B produtoras de anticorpos e geração de células B de memória.
ii. Os linfócitos T estão localizados principalmente no córtex, entre os folículos. 
iii. A segregação anatômica das diferentes classes de linfócitos em áreas distintas dos linfonodos depende das citocinas, e assegura que cada população de linfócito esteja em contato intimo com as células APCs apropriadas (células T com células dendríticas – que possuem um mesmo receptorde citocinas que as cel. T; células B com células dendriticas foliculares).
d. Os antígenos penetram através da pele e dos tratos gastrointestinal e respiratório são transportados para os linfonodos principalmente pelos vasos linfáticos.
 As células dendríticas dos tecidos epiteliais capturam os antígenos e entram nos vasos linfáticos, migrando para os linfonodos para o interior do sangue;
- o sistema linfático proporciona UM MECANISMO DE COLETA DE ANTÍGENOS, e os linfonodos (nos vasos linfáticos) “APRESENTAM” À LINFA O MATERIAL ANTIGÊNICO.
--- Os linfócitos e as células acessórias são encontrados com frequência em íntima proximidade, mas não formam junções intercelulares, isso permite a migração e recirculaçãodos linfócitos entre a linfa, o sangue e os tecidos.
---Os centros germinativos desenvolvem-se em resposta a estimulação antigênica, são locais de proliferação de células B, seleção das células B produtoras de antígenos e geração de células B.
As células dendríticas foliculares, que residem nos centros germinais, exibem antígenos nas suas superfícies e funcionam para ativar seletivamente as células B, que se ligam aos antígenos.
Linfócitos T virgens penetram em cada linfonodo pela linfa.
A organização de várias populações celulares nos linfócitos é essencial para gerar respostas imunes.
4-Baço: é o principal local de respostas imunológicas a antígenos provenientes do sangue. É suprido por uma única artéria esplênica que se ramifica. 
a. Polpa Branca: Tem arquitetura semelhante a um Linfonodo, com regiões distintas de Linfócitos B e T.
 É responsável por promover respostas imunes adquiridas aos antígenos transportados pelo sangue, sendo que as disposições de células B, T e APCs promovem as interações necessárias para o desenvolvimento eficiente de uma resposta imune. 
b. Polpa Vermelha: Constituída por ramos arteriolares da artéria esplênica dispersos entre grandes números de macrófagos, eritrócitos, células dendríticas, linfócitos e células plasmáticas. 
Os macrófagos retiram microorganismos e hemácias lesadas do sangue. Funciona como filtro do sangue, retirando da circulação aqueles microorganismos que não foram capturados por macrófagos e não foram levados aos linfonodos. c. É o principal local de fagocitose de microorganismos recobertos de anticorpos (opsonizados). As APCs capturam os antígenos transportados pelo sangue. 
 Sistema imunológico cutâneo: a pele contém um sistema imunológico especializado, constituído de linfócitos e APCs.
a. Células de Langerhans: são células dendríticas imaturas do sistema imunológico cutâneo, localizadas na porção suprabasal da epiderme. Formam uma rede que permite a captura de antígenos que entram pela pele. Estimulados pelas citocinas inflamatórias, as células de Langerhans perdem sua adesão das células epidérmicas, e então migram para a derme e para os linfonodos, estimuladas provavelmente por quimiocinas. 
b. Linfócitos intra-epidérmicos são linfócitos que podem expressar um conjunto mais restrito de receptores de antígenos, que fazem parte da resposta imune inata. c. Derme: contém linfócitos T perivasculares e macrófagos. 9 13. Sistema imunológico associado a mucosas: as superfícies mucosas dos tratos gastrointestinal e respiratório são colonizadas por linfócitos e APCs, que iniciam as respostas imunológicas contra os antígenos ingeridos e inalados. 
a. Placas de Peyer (íleo)
b. Amídalas e A
Sistema imunológico associado a mucosas: 
as superfícies mucosas dos tratos gastrointestinal e respiratório são colonizadas por linfócitos e APCs, que iniciam as respostas imunológicas contra os antígenos ingeridos e inalados.
 a. Placas de Peyer (íleo
b. Amídalas e Adenóides (trato respiratório e digestório superior)
c. Apêndice
3.1-Funções da circulação dos linfócitos Expor antígenos a um grande número de linfócitos num microambiente adequado dos órgãos linfóides secundários. Isso é importante já que as células linfóides são monoespecíficas e existe apenas um numero finito de linfócitos capazes de reconhecer um determinado antígeno. Quando um antígeno adentra num animal já sensibilizado, há diminuição do fluxo linfocitário, permitindo que estes leucócitos antígeno-específicos fiquem retidos nos linfonodos drenando a fonte de antígenos.
Antígenos e Anticorpos
Antígenos:  qualquer substância que possa ser especificamente ligada a um anticorpos ou receptor de célula T      
Anticorpos: podem reconhecer quase todos os tipos de moléculas (açúcares, lipídios, ácidos nucleicos e proteínas)‏  
   
Receptor de Células T (TCR): reconhecem apenas proteínas  
 
Imunógenos: moléculas que estimulam respostas imunes  
Hapteno: molécula pequena demais para gerar respostas imune mas suficiente para se ligar à anticorpos  
Carreador: macromolécula agregada aos haptenos pra conferir imunogenicidade.  
Determinante Antigênico ou Epítopo: porção da macromolécula a qual o anticorpo ou TCR se liga especificamente  
Exigências para imunogenicidade: Estranheza, Alto Peso Molecular, Complexidade Química e Capacidade para ser degradada  
 
Estranheza: próprio e não-próprio, distância filogenética e auto-imunidade  
Resposta ao estranho. Animais não tem resposta imune contra o próprio, quanto mais estranha a substância, mais imunogênica ela se torna.  Auto-imunidade: problemas na auto-tolerância, linfócitos que expressam receptores específicos para antígenos próprios, fazendo o indivíduo devolver resposta imune contra si próprio.              
  
Alto Peso Molecular: Alto peso molecular + pouca complexidade química = não é imunogênico.
Alto peso molecular + agregação com moléculas de baixo peso molecular = grande complexidade química = torna-se imunogênico.
menores 1 KDa → não imunogênico; penicilina, aspirina
entre 1 e 6 KDa → mediamente imunogênico; insulina                 
maiores que 6KDa → geralmente imunogênicos; albulima  
  
   
Complexidade química: O aumento da complexidade química resulta no aumento da sua imunogenicidade.
proteínas → diversidade de aminoácidos 
Ex: polilisina 30 KDa → fracamente imunógena 
aumento da imunogenicidade → associação de aa
conformação primária a quaternária.
Resposta Primária: determinantes sequenciais /estrutura 1ª
Resposta Secundária: determinantes conformacionais /estrutura 2ª, 3ª e 4ª
   
Capacidade de ser degradada:
-processamento e apresentação de antígenos:
 as APCS se ligam de forma não covalente a moléculas do MHC apresentando os antígenos em fragmentos de peptídeos para as Células T, ativando-as.
-D e L-aminoácidos 
D não são imunogênicos, persistem na degradação enzimática. L suscetíveis a degradação, imunogênicos.
-carboidratos   não são processados ou apresentados. Aticam somente as células B, já que as T só reconhecem prot.;
   
Outros requisitos:  
   
MHC Composição genética do indivíduo imunizado
O controle genético da capacidade de responder imunologicamente é controlado pelo MHC. (que nem transplante e sangue)
   
Dosagem, via de administração e número de imunizações 
Doses insuficientes de antígeno podem resultar na falha da resposta imune (a quantidade pode não ativar um número suficiente de linfócitos ou pode causa ume feito de não-resposta)
A administração repetida de antígeno é necessária para estimular uma forte resposta imune.
 A via de administração pode afetar o resultado da estratégia de imunização, porque ela determina o tipo de a serem envolvidos nas respostas.
  
  
 Local de ligação com o antígeno:  
   
Linfócito B→ regiões determinantes de complementariedade (5-7 aa)‏  
   
Linfócito T→ TCR (8-15 aa)‏  
 Epítopos reconhecidos por Linfócitos B e T  
   
Linfócitos B → antígenos solúveis resíduos alterais de polissacarídeos e partes hidrofílicas das proteínas, podem ter sequência de aa ou não.
   
Linfócitos T → antígenos “apresentados”  segmentos hidrofóbicos de proteínas. Antígenos mais comuns vários epítopos diferentes.
Proteínas → altamente imunogênicos (obedecidos critérios anteriores)‏  antígenos multideterminantes++++ epítopos
Carboidratos → potencialmente imunôgenicos Ex: sistema ABO  
Lipídios → raramente imunogênicos. Normalmente haptenos  
Ácidos nucleicos → pouco imunogêncicos Ex: anticorpos anti-DNA (LES)‏ - Ligam-se a carreadores.
Antígenos multideterminantes e polivalentes   a ligação entre ac – lt são interações eletrostáticas, hidrofóbicas, pontes de hidrogênico e Wander walls, como são fracas, há uma grande área de interações possíveis.
 i.Os antígenos tem muitos epítopos, então algumas macromoléculas podem ser alteradas sem que se altere a estrutura imunogênica e antigênica da molécula inteira É possível destruir a atividade biológica de muitas toxinas sem afetar sua antigenicidade e imunogenicidade. 
Reatividade cruzada: 
Apesar da toxina e do toxoide diferirem entre si, eles apresentam uma reação cruzada.
i. Compartilham epítopos em número suficiente para permitir que a resposta imune contra o toxoide gere uma defesa eficiente contra a própria toxina.
ii. Uma toxina que foi modificada até o ponto de deixar de ser tóxica mas que ainda mantém suas estrutura imunológicas (toxóide), apresenta reação imunológica cruzada com a toxina. Dessa forma é possível imunizar pessoas utilizando toxóides e induzir a resposta imune contra alguns epítopos que ainda ficaram. 
ver no caderno *
homólogos antígeno e imunógenos idênticos
heterólogos antígeno heterólogo pode reagir ou não; se reagir tem reatividade cruzada e se torna um imunógeno.
                                                                          
Adjuvantes imunológicos  substância que aumenta a resposta imune contra um imunógeno. Mas não confere imunogenicidade a haptenos.
Anticorpos Receptores de antigenos   
Especificidade cada um se liga a um epítopo
Diversidade capacidade para grande número de antígenos
Afinidade e Avidez
 
NEUTRALIZANTE: se liga ao patógeno e impede de interagir com membrana celular (vacinas)  
OPSONIZACÃO: revestimento patógeno por proteínas sistema imune  
 ATIVAÇÃO COMPLEMENTO: anticorpo ligado pode desencadear o sistema complemento
  
3 classes. 
1.Anticorpos--> maior capacidade de discriminação antigênica com maior força de ligação. 
2. Receptor de Célula T  
3. Complexo de Histocompatibilidade Principal  
  
Ligação com o antígeno‏→‏início‏ da fase efetora da resposta   
Produção e distribuição--> linfócitos B e fluidos biológicos (meia-vida e quantidade)‏  
Sorologia‏→‏estudo ‏das ‏reações ‏antígeno-anticorpo  
Quando o sangue coagula os anticorpos permanecem no líquido residual --> soro. 
Uma amostra de sangue que contenha grande quantidade de anticorpos que se ligam a um antígeno --> anti-soro. 
O sangue contém muitos anticorpos diferentes cada um derivado de um clone particular de células B e cada um tendo uma especificidade distinta para o antígeno. 
 Estrutura
Todas as moléculas são semelhantes quanto à sua estrutura global (Características comuns = carga e solubilidade). 
Todas têm 2 cadeias leves idênticas e 2 cadeias pesadas idênticas. Cada cadeia leve é ligada com uma pesada por ligações dissulfeto e as 2 pesadas são unidas mutuamente. 
Elas têm uma série repetitiva de unidades homólogas, com 110 resíduos de aminoácidos que se enovelam --> dominio da imunoglobulina. 
 
A porção variável das cadeias leves e pesadas apresenta o sítio de ligação ao antígeno, contendo ainda regiões hipervariáveis denominadas Regiões Determinantes de Complementariedade-1 (hipervariabilidade) (CDR-1), CDR-2 e CDR3, responsáveis pelas regiões de maior diversidade e especificidade de reconhecimento do antígeno. 
O fragmento Fab (Fragment antigen binding) contém o domínio de imunoglobulina variável (V)
As regiões constantes das cadeias pesadas são responsáveis pelo início das funções efetoras.
A porção constante das cadeias pesadas do anticorpo contém o fragmento Fc (Fragment crystallizable) responsável pelas funções diferentes dos isotipos IgM, IgD, IgG, IgA e IgE. O fragmento Fc liga-se a receptores Fc existentes em diversas células do sistema imune e em plaquetas.
‏ leves: ‏(kappa)‏ou‏λ(lambda)‏  
pesadas: ‏μ‏(mi),‏ε‏(epsilon),‏α‏(alfa),‏γ‏(gama)‏e‏δ‏(delta)‏  
   
Região de dobradiça – flexibilidade ao anticorpo
5 classes diferindo suas características físico-químicas, tamanho, carga, solubilidade e comportamentos com antígenos. Classes são também chamadas de isótipos.
Diversidade
IgM pentamérico, primeiro a chegar na inflamação, está no sistema complemento, primeira resposta ao antígeno produz IgM. 
Não faz opsonização nem neutralização porque a Fc não está exposta.
IgG monomérico, faz tudo do sistema imune. Está no sistema complemento,faz opsonização, faz neutralização (liga aos recepetores e impede a ligação com as células). Está no leite materno para dar anticorpos ao bebê.
IgA dimérico e monomérico (garganta, mucosas) faz neutralização, inativa o antígeno.
IgE monoméric, resposta a vermes, alergias (mastócitos, basófilos e eosinófilos)
IgD receptor do linfócito B virgem.
Subclasses IgA1 IgA2 IgG1, IgG2, IgG3, IgG4
   
Afinidade – força de dissociação Avidez – valência de interação  
 
 o s

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