Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Bioenergética: Glicólise e ciclo de krebs Prof. Patrícia Silveira O que é necessário para que um carboidrato seja metabolizado? Carboidratos e metabolismo Carboidratos e metabolismo Carboidratos e metabolismo Carboidratos e metabolismo Nos enterócitos a absorção não dependente da insulina ➢ O transportador de glicose tipo 2 (GLUT2)possui a maior cinética entre os GLUT, esta presente nos hepatócitos, células β pancreáticas, mucosa intestinal e rins. ➢ A alta afinidade do transportador GLUT2 com a glicose promove que o transporte á essas células seja proporcional à glicemia. ➢ Este GLUT2 transportador não tem sua atividade modulada pela insulina. ➢ Na célula intestinal a absorção e a reabsorção de glicose no rim é via GLUT2 e via transportador SGLT1. Como a Glicose entra nas células intestinais? O caso dos transportadores SGLT1 e GLUT2 SGLT1 possui um local de ligação ao sódio, e é essa ligação que induz uma alteração conformacional no transportador, tornando-o acessível à glicose e favorecendo o transporte. Como a Glicose entra nas células? A glicose, principal fonte de energia celular, é transportada na maioria das células por difusão facilitada, através de proteínas transportadoras presentes na membrana plasmática. Está caracterizada a existência de uma família de transportadores (GLUT1- GLUT12), com características funcionais e distribuição tecidual distintas. A velocidade de transporte da glicose, bem como de alguns outros monossacarídeos, é aumentada pela insulina Observe o que acontece com a glicose e seus receptores na diabetes ➢ Dentre os carboidratos, a glicose ocupa posição central no metabolismo de todos os organismos vivos. Ela é um composto rico em energia, e, portanto, pode ser considerada um bom combustível. ➢ A completa degradação bioquímica de uma molécula de glicose (reações bioquímicas de oxidação) resultam na produção de dióxido de carbono e água e geram uma grande quantidade de energia livre- ATP (2.840kJ/mol). ➢ A célula estoca grandes quantidades de glicose por meio do seu armazenamento em polímeros, como o amido (nas células vegetais) e o glicogênio (nas células animais). ➢ Quando a demanda de energia aumenta, a glicose pode ser liberada desses polímeros e utilizada para produzir ATP de maneira aeróbica (pelo processo de respiração celular, utilizando O2) ou anaeróbica (pelo processo de fermentação, sem O2). Carboidratos e metabolismo da Glicose Destino metabólico da glicose Destino metabólico da glicose Glicólise Importância da Glicólise no metabolismo Glicólise Ponto central 1 molécula de glicose é quebrada em 2 de piruvato Reações de oxidação ocorrem qd há perda de hidrogênios e de elétrons Glicólise Glicólise Fase preparatória 1 1- Glicose entra na célula 2- sofre uma reação de fosforilação pelo ATP (catalisada pela Hexoquinase) Após este passo da reação a glicose não consegue mais sair da célula (reação irreversível) Glicólise Fase preparatória 1 Na etapa 2, uma enzima tem que abrir o anel catalisar a reação e fecha-lo novamente. A glicose começa a ser desestabilizada para ser quebrada. A frutose 6 fosfato é mais fácil de ser quebrada que a glicose. Glicólise Fase preparatória 2 São várias etapas (etapas: 3, 4 e 5)! Na etapa 3, ocorre uma segunda reação de fosforilação com gasto de ATP- em outras palavras...mais energia está sendo empregada para quebrar a molécula (reação irreversível) Glicólise Fase preparatória 2 São várias etapas (etapas: 3, 4 e 5)! Na etapa 4, o carboidrato de seis carbonos é quebrado em dois fragmentos de três carbonos. • Uma frutose 1,6-bisfosfato é clivada em um gliceraldeído 3-fosfato (GAP) e Um di-hidroxiacetona fosfato (DHAP) pela aldolase (reação reversível) Glicólise Fase preparatória 2 São várias etapas (etapas: 3, 4 e 5)! Na etapa 5, somente o gliceraldeído pode seguir no ciclo. Então, a di-hidroxiacetona fosfato precisa ser convertida em gliceraldeído. Nesta fase preparatória teve gasto de 2 ATP!!!! Nesta fase de pagamento terá produção de ATP, NADH e piruvato!!!! Como foram produzidos 2 moléculas de gliceraldeído será tudo multiplicado por 2. Glicólise O piruvato é a molécula que entra na mitocôndria Ciclo de Krebs e cadeia fosforilativa Destino do Piruvato Mitocôndria, ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons Função das Mitocôndrias ➢ É o centro do metabolismo oxidativo da célula, convertendo os produtos da degradação de proteínas, carboidratos e gorduras em energia química estocada na forma de ATP. Como ocorre a produção de energia na mitocôndria? Respiração Celular ➢Composta de três Etapas: 1. Glicólise: não necessita de oxigênio para ocorrer e é realizada no citoplasma; 2. Ciclo de Krebs: requer a presença de oxigênio e ocorre na matriz da mitocôndrias. 3. Cadeira transportadora de elétrons: requer a presença de oxigênio e ocorre na crista da mitocôndrias. RESPIRAÇÃO CELULAR Mitocôndria, ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons Mitocôndria, ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons Reação 1. o piruvato ao entrar na mitocôndria perde um carbono e se liga a enzima CoA formando o o acetil CoA. O acetil CoA se liga a uma molécula com quatro carbonos, o oxaloacetato, liberando o grupo CoA e formando uma molécula com seis carbonos, chamada citrato. A enzima citrato sintase catalisa a reação Ciclo de Krebs: reação 1 Função principal do ciclo de Krebs: Produzir NADH e FADH2!!!! ADPATP Mitocôndria, ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons Reação 2. o citrato é convertido em seu isômero, o isocitrato. Na realidade, este é um processo com duas etapas, que envolve primeiramente a remoção e em seguida a adição de uma molécula de água, por isso o ciclo do ácido cítrico é algumas vezes descrito como tendo nove etapas (em vez das oito listadas aqui). A enzima aconitase catalisa a reação Ciclo de Krebs: reação 2 ADPATP Mitocôndria, ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons A enzima isocitrato desidrogenase catalisa a reação Reação 3: o isocitrato é oxidado e libera uma molécula de dióxido de carbono, restando uma molécula com cinco carbonos (o α cetoglutarato). Durante esta etapa, o NAD+ é reduzido, formando NADH+ H+ , liberando também uma molécula de CO2 Ciclo de Krebs: reação 3 ADPATP Mitocôndria, ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons A enzima α cetoglutarato desidrogenase catalisa a reação Reação 4: é semelhante à terceira. Neste caso, o α cetoglutarato é oxidado, reduzindo o NAD+ é reduzido, formando NADH+ H+ e liberando uma molécula de dióxido de carbono no processo. A molécula restante, com quatro carbonos, se liga à Coenzima A, formando um composto instável, a succinil CoA. Ciclo de Krebs: reação 4 ADPATP Mitocôndria, ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons A enzima Succinil CoA sintetase catalisa a reação Reação 5: o CoA do succinil CoA é substituído por um grupo fosfato, que em seguida é transferido ao ADP para formar ATP. A molécula de quatro carbonos formada nessa etapa é chamada de succinato. Em algumas células, GDP—guanosina difosfato—é usada no lugar de ADP formando GTP— guanosina trifosfato—como produto ADPATP Ciclo de Krebs: reação 5 Mitocôndria, ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons A enzima succinato desidrogenase catalisa a reação Reação 6: o succinato é oxidado formando outro composto com quatro carbonos, chamado fumarato. Nessa reação, dois átomos de hidrogênios—com seus elétrons—são transferidos para FAD produzindo FADH2. ADPATPCiclo de Krebs: reação 6 Mitocôndria, ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons Reação 7. uma molécula de água é adicionada à molécula de fumarato, com quatro carbonos, convertendo-a em outra molécula com quatro carbonos, o malato. A enzima Fumarase catalisa a reação ADPATP Ciclo de Krebs: reação 7 Mitocôndria, ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons Reação 8. Na última etapa do ciclo do ácido cítrico, o malato é oxidado, regenerando o oxaloacetato—o composto de quatro carbonos inicial; Outra molécula de NAD é reduzida a NADH2 no processo. A enzima malato desidrogenase catalisa a reação ADPATP Ciclo de Krebs: reação 8 Cadeia transportadora de elétrons ➢Esse processo também é chamado de fosforilação oxidativa ou de cadeia respiratória e ocorre na membrana interna (crista) da mitocôndria. Função: ➢ produzir ATP por meio da passagem de elétrons de alta energia pela cadeia transportadora de elétrons; ➢ Regeneração do NAD e FAD: transferência de elétrons provenientes do NADH2 e FADH2 até a molécula de oxigênio. Mitocôndria, ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons Cadeia Transportadora de Elétrons ➢ Formada por quatro complexos proteicos: ✓ Complexo I:NADH Desidrogenase ✓ Complexo II: Succinato Desidrogenase ✓ Complexo III: Citocromo B redutase ✓ Complexo IV: Citocromo C oxidase Mitocôndria, ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons ➢ Transportadores de elétrons: ✓ Ubiquinona ✓ Citocromo C ATP sintase Estrutura Cadeia Transportadora de Elétrons Mitocôndria, ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons ➢ Para cada ATP formado são necessários 4H+! ➢ Cada NADH libera 10H+; logo cada NADH produz 2,5 ATPs ➢ Cada FADH2 libera 6H+; logo cada FADH2 produz 1,5 ATPs NADH FADH2 Formação do ATP Quantos ATPs por glicose são produzidos na respiração celular ? • Tabela com o saldo ➢ Entre 30-32ATPs Mitocôndria, ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons Lembrar que a glicose é processada em dois compostos de piruvato Saldo geral de formação de energia: Nelson, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. Porto Alegre: Artmed, 2011. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. BERG, Jeremy M.; STRYER, Lubert; TYMOCZKO, John L. Bioquímica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012, 376p. Karp, Gerald; Biologia Celular e Molecular: Conceitos e experimentos. 3ed. São Paulo: Manole, 2015 . Assistir aos vídeos: https://www.youtube.com/watch?v=XI8m6o0gXDY https://www.youtube.com/watch?v=39HTpUG1MwQ Mitocôndria, ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons Principais Referências
Compartilhar