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AULA 2- Modalidades das obrigações

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DIREITO CIVIL – Modalidades das Obrigações – Espécies Síntese 02
André Mendes
	
SINTESE DA MATÉRIA
Modalidades das Obrigações (art. 233 a 285 do CC)
As principais espécies das obrigações encontram-se delimitadas nos artigos 233 a 285 do Código Civil, no Título I, do Livro I, da Parte Especial. Nesses artigos estão previstas as obrigações de dar, fazer, não fazer, alternativas, divisíveis, indivisíveis e solidárias. Além dessas, iremos abordar algumas outras que possuem maior relevância jurídica. Por fim, cabe a observação que os autores não apresentam as espécies das obrigações não tipificadas de forma unânime, seja a título de classificação ou mesmo de definição.
 Quanto à natureza do vínculo
Podem ser civis ou naturais.
Civis – São expressamente tuteladas pelo ordenamento jurídico, que lhes reconhece a plenitude de sua eficácia;
Naturais – Não são previstas no direito positivo, mas apenas no direito natural. É também chamada de obrigação imperfeita.
- Questão: Você saberia dizer porque a obrigação natural também é chamada de obrigação imperfeita?
Observações:
No nosso direito, a noção de obrigação natural é assimilada aos deveres morais, que não são suscetíveis de sanção;
Nada impede que o devedor cumpra voluntariamente a obrigação natural. Em assim fazendo, o devedor confere à obrigação natural uma existência jurídica;
Se o devedor de uma obrigação natural pagá-la voluntariamente, não poderá exigir a repetição do pagamento, sob o argumento de que ele não era obrigado a pagar a prestação;
O exemplo clássico de obrigação natural é a dívida de jogo.
- Questão: Imagine que o devedor não chegue a pagar a obrigação natural, mas prometa pagar, emitindo uma nota promissória, ou outro documento que comprove que tem um débito. O credor pode exigir o pagamento?
A execução voluntária de uma obrigação natural não é uma liberalidade, é o cumprimento de uma obrigação moral;
O credor também não é um donatário – ele recebe o que lhe é moralmente devido.
- Caso: em um caso interessante, em que uma mulher cuidou de uma amiga durante os últimos anos de vida desta, um tribunal canadense considerou válido um cheque em branco deixado pela falecida à sua benfeitora, que o preencheu com o valor de 50.000 dólares canadenses (a soma das quantias despendidas com a assistência à enferma). A Corte considerou que a assistência alimentar é uma das categorias de obrigações naturais e que a mulher enferma reconheceu a existência de uma obrigação moral de indenizar as despesas efetuadas por sua amiga e que, portanto, o pagamento era válido e deveria ser suportado pela herança. (Corte Superior de Québec, Cahane c. Curatelle publique, CS Montreal, n. 500-05-007134-842, citado por Jean-Louis Baudoine Viccent Karim, Doit des obligations, Thémis, Montreal, p.6-7).
 Quanto aos elementos constitutivos
Dividem-se em simples e complexas. 
Simples – caracterizada pela existência de apenas um sujeito ativo, um sujeito passivo e um objeto;
Complexa – quando ocorre uma multiplicidade de sujeitos e/ou objetos.
 Quanto à multiplicidade de prestações
Dividem-se em alternativa, cumulativa e facultativa.
Alternativa ou disjuntiva – tem por objeto mais de uma prestação, ficando o devedor liberado se entregar apenas uma delas;
Cumulativa – há uma pluralidade de prestações e todas devem ser solvidas, sem exclusão de qualquer delas. As prestações devidas estão ligadas pela partícula ou conjunção copulativa “e”;
Facultativa – Constitui uma obrigação simples. Não há multiplicidade de prestações e sim uma única prestação devida ao credor. Contudo, em virtude da lei ou do contrato há uma permissão para que o devedor exonere-se do vínculo obrigacional, através da entrega de outra prestação diferenciada da vinculada na obrigação. O credor só pode exigir a prestação obrigatória.
 Quanto ao fracionamento da prestação	
Dividem-se em divisível e indivisível.
Divisível – quando o objeto da prestação for suscetível de cumprimento parcial;
Indivisível – Quando não for possível ou permitida a fracionalidade em razão da natureza do objeto, por ordem econômica, por força da lei ou por convenção
 Quanto à multiplicidade de sujeitos
Pode ser simples ou solidária (arts. 264 a 285, CC).	
Simples – A obrigação poderá ter multiplicidade de sujeitos, mas com cada um responsável apenas pelo cumprimento de parte da prestação ou recebimento de parcela desta, sendo, neste caso, o vínculo simples;
Solidária – Há relações obrigacionais com multiplicidade de sujeitos, nas quais estes representam juridicamente um todo, a que se denomina solidariedade. Ocorrerá solidariedade quando na mesma relação obrigacional figurarem mais de um devedor (solidariedade passiva) ou mais de um credor (solidariedade ativa), cada qual obrigado pela totalidade da prestação.
Observações:
Solidariedade não se presume. Resulta da lei, ou da vontade das partes (art. 265);
As obrigações solidárias possuem três características marcantes: pluralidade de credores ou devedores, integralidade da prestação e corresponsabilidade dos interessados.
- Questão: Qual o principal efeito da solidariedade ativa? E da solidariedade passiva?
 Quanto à responsabilidade pelo resultado ou ao fim a que se destina
Pode ser de meio, de resultado e de 
De Resultado – É aquela em que o devedor possui um compromisso com o êxito. O devedor se obriga não apenas a empreender a sua atividade, mas a produzir o resultado esperado pelo credor.
De Meio – Nessa modalidade o devedor não se compromete com o resultado final, mas em atuar segundo as mais adequadas regras técnicas e científicas disponíveis naquele momento.
De Garantia – é a que visa eliminar um risco que pesa sobre o credor ou as suas consequências. Em regra as obrigações de garantia representam uma subespécie das de resultado. Exemplos são as obrigações do fiador, do segurador, do vendedor nos casos de vício redibitório, do alienante quanto à evicção, etc.
 Quanto ao momento da execução
Pode ser de execução instantânea, diferida e continuada.
Execução instantânea ou momentânea – consuma-se num só ato. É cumprida imediatamente após a sua constituição, como numa venda e compra à vista;
Execução diferida – também deve ser cumprida num só ato, mas em um momento futuro, como na entrega em determinada data posterior do objeto alienado;
Execução continuada, periódica, ou de trato sucessivo – é cumprida por meio de atos reiterados, como na prestação de serviços, na compra e venda a prazo ou em prestações periódicas, ou no pagamento do aluguel pelo locatário, ou do consumidor de água e energia.
 Quanto aos elementos do negócio
Podem ser pura e simples, condicionais, a termo e modais.
Pura e simples – Não estão sujeitas a termo, condição ou encargo. Produzem efeitos imediatos;
Condicional – São aquelas cujo efeito está subordinado a um evento futuro e incerto (art. 121);
A Termo – São aquelas cujo efeito está subordinado a um evento futuro e certo;
Modais ou com encargo – Se encontra onerada por cláusula acessória que impõe um ônus ou obrigação acessória ao beneficiário de determinada relação jurídica. Trata-se de pacto acessório às liberalidades (doação, rtestamento).
 Obrigação Propter Rem	
Etimologicamente propter significa “em razão da” e rem “coisa”. São obrigações que decorrem da titularidade de um direito real. São obrigações que se ligam à coisa e são transmitidas junto com a coisa, vinculando o patrimônio do novo titular da coisa.
	
 Obrigações líquidas e ilíquidas	
 Obrigações principais e acessórias
 QUANTO À NATUREZA DA PRESTAÇÃO
Essa é a classificação mais importante que será estudada e divide as obrigações em de dar, fazer e de não fazer.
Obrigações de DAR;
Obrigações de FAZER;
Obrigações de NÂO FAZER.

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