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Dengue Etiologia: Vírus da Dengue É um arbovírus do gênero flavivírus da Família Flaviviridae Transmitido por mosquitos Composto de RNA de filamento único Possui 4 sorotipos (DEN-1, 2, 3, 4) Cada sorotipo proporciona imunidade específica por toda a vida e imunidade cruzada a curto prazo Todos os sorotipos podem causar doença grave e mortal Há variação genética dentro dos sorotipos Algumas variantes genéticas dentro de cada sorotipo parecem ser mais virulentas ou ter maior potencial epidêmico Viremia Viremia Período de incubação extrínseco DIAS 0 5 8 12 16 20 24 28 Ser humano 1 Ser humano 2 Mosquito pica / Adquire vírus Mosquito pica / Transmite vírus Período de incubação intrínseco Doença Doença Transmissão do Vírus da Dengue para o Aedes aegypti Aedes aegypti 4 Conhecendo o ciclo biológico do Aedes aegypti O Aedes aegypti se desenvolve em água limpa e parada. OVO * 2 a 3 dias (condições normais) ALADO 43 dias aproximadamente PUPA de 2 a 3 dias LARVA de 5 a 7 dias * O ovo pode viver no seco, grudado no criadouro ate um ano. 5 Ciclo biológico do Aedes aegypti 6 Impacto Mundial da Dengue http://www.who.int/csr/disease/dengue/impact/en/ A pandemic in 1998, in which 1.2 million cases of dengue fever and DHF were reported from 56 countries worldwide, was unprecedented. Data for 2001-2002 indicate a situation of comparable magnitude. In 2001, the Americas alone reported over 652,212 cases of dengue of which 15,500 were DHF nearly double the cases reported for the same region in 1995. The challenge for national and international health agencies is to reverse the trend of increased epidemic dengue activity and increased incidence of DHF. 7 Impacto Mundial da Dengue http://www.who.int/csr/disease/dengue/impact/en/ Impacto Mundial da Dengue http://www.cdc.gov/dengue/epidemiology/index.html http://www.cdc.gov/dengue/epidemiology/index.html Impacto da Dengue nas Américas Alteração da distribuição geográfica de patógenos e vetores Condições ideais para Dengue: Latitude: 350 norte 350 sul Altitude: 2.200 m Temperatura ambiental: 15 a 40° C Umidade relativa alta e moderada Reemergência da Dengue Fatores Ambientais Incremento das doenças de transmissão vetorial Mudanças climáticas Alteração de ecossistemas Dengue Febre Amarela Mudanças na transmissão biológica Mudanças ecológicas Mudanças socio-econômicas José Luis San Martín OPAS/OMS O aumento da temperatura Diminui o ciclo gonotrófico Diminui o período de incubação extrínseco do vírus Aumenta a atividade hematofágica do vetor Aumenta a velocidade da forma imatura para alada Expansão geográfica latitude e altitude 11 http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/31/Dengue-classica-at---2013.pdf Manifestações Clínicas da Dengue Assintomática Infecção pelo vírus dengue Sintomática Febre hemorrágica do dengue Febre do dengue Febre Indiferenciada Sem sangramento Com sangramento sem choque Com choque Dengue Classificação Fonte: WHO, 1997 (adaptado) Dengue com complicação GI GII GIII GIV Classificação da Dengue 14 Febre Indiferenciada Apresentação mais comum entre as formas sintomáticas da dengue. Indistinguível de outras doenças virais agudas: febre de curta duração, faringite, rinite, tosse branda. Lactentes e pré-escolares. Mais comum em locais com grande circulação do vírus (incidência 29-56%). Dengue clássica Febre (39ºC a 40º C) Duração de 4 a 5 dias (2 a 7 dias) Cefaléia Dor retro-orbitária Constante Prostração Mialgia e artralgia Hemorragias Exantema Febre Hemorrágica da Dengue Dengue clássica com MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS: Prova do laço positiva; Petéquias; Hematomas; Sangramento locais de punção; Sangramento mucosas; Sangramento do TGI; Metrorragia. Dimas Kliemann, POA, 2011. A prova do laço negativa não exclui dengue. • Ela pode estar positiva em outras doenças. • Formas graves também podem cursar com prova do laço negativa. • Sua principal utilidade é quando for positiva (alto valor preditivo positivo). 18 Sinal de alarme Dengue 19 Febre Hemorrágica da Dengue Defervescência da febre (3º e 7º dia) • Trombocitopenia ( <=100. 000/mm3) • Aumento da permeabilidade vascular: – Extravasamento de plasma – Hipoalbuminemia (Derrame pleural, pericárdico, ascite) – HEMOCONCENTRAÇÃO Adulto: Hto > 20% do valor basal Criança: Hto>10% do valor basal Valores superiores a: 45% em crianças; 48% em mulheres; 54% em homens Síndrome do Choque por Dengue Manifestações hemorrágicas acrescidas de sinais e sintomas de choque cardiovascular: – Pulso rápido e fraco; – Extremidades frias/pele pegajosa; – Diminuição da pressão de pulso; – Hipotensão. Dimas Kliemann, POA, 2011. Fatores de Risco FHD Dimas Kliemann, POA, 2011. a) dor abdominal intensa e contínua; b) vômitos persistentes; c) hipotensão postural e/ou lipotímia; d) hepatomegalia dolorosa; e) sangramento de mucosa ou hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena); f) sonolência e/ou irritabilidade; g) diminuição da diurese; h) diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia; i) aumento repentino do hematócrito; j) queda abrupta de plaquetas; k) desconforto respiratório Sinais de Alarme Sinal de alarme Dengue 24 Dengue grave Dengue 25 Dengue grave 26 Dengue Fases da doença Fonte: WHO/TDR, 2009 Fases da Doença 27 Dengue Classificação de risco Estadiamento da doença + Política Nacional de humanização Reduzir o tempo de espera Acelerar o atendimento, diagnóstico e tratamento Organização do serviço Prioridade de acordo com a gravidade Fonte: Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue. Brasília-DF-Brasil/2009. Classificação do Risco 28 Dengue Suspeito de dengue A B C D Sem sangramento e sem sinais de alarme Com sangramento Com sinais de alarme Com sinais de choque Estadiamento clínico Fonte: Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue. Brasília-DF-Brasil/2009. Estadiamento Clínico da Dengue 29 *Disponibilização de leitos (macas ou/e poltronas), possibilitando o mínimo de conforto possível ao paciente durante sua observação. Fluxograma para Classificação de Risco de Dengue Fonte: Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue. Brasília-DF-Brasil/2009. Fluoxograma para Classificação do Risco 30 Tratamento 31 Tratamento Tratamento Tratamento Dengue Sem sinais de alarme Com sinais de alarme A B C Dengue sem e com sinais de alarme Dengue grave Nova classificação da OMS Extravasamento plasmático grave Hemorragia grave Comprometimento grave de órgãos Fonte: WHO/TDR, 2009 Nova Classificação da OMS 35 Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D OMS/TDR MS/Brasil Classificação clínica de dengue Grupo B Grupo C Grupo A Classificação Clínica da Dengue 36 Denguecom/sem sinais dealarme Dengue Grave Dengue provável ●Morarou viajar para áreaendêmicadedengue ●Febrecom mais 2 dos seguintes critérios: Náuseas/vomito Exantema Artralgiaemialgia Prova do laço+ Leucopenia Algum sinal de alarme Exame laboratorial (específico) confirmado Com sinais de alarme* Dor abdominal Vômitopersistente Evidênciaclínica deacúmulodefluído Sangramento emmucosa Letargia/irritabilidade Aumento do fígado >2cm Exame laboratorial inespecífico: ↑Hematócrito simultâneo com ↓Plaquetas *Exige observação rigorosa e intervenção médica Extravasamento plasmático graveevoluindo para: Choque Acúmulo de fluído com desconfortorespiratório Hemorragia grave (definido pelo médico) Envolvimento grave de órgãos: Fígado: AST/ALT≥1000 SNC: alteração daconsciência Coração e outros órgãos Fonte: WHO/TDR, 2009 Critérios para nova classificação 37 estabilização hemodinâmica durante 48 horas; ausência de febre por 48 horas; melhora visível do quadro clínico; hematócrito normal e estável por 24 horas; plaquetas em elevação e acima de 50.000/mm3 . Critérios de Alta Hospitalar Recuperação do estado geral Elevação das plaquetas Diminuição do Hematócrito Estabilidade da PA e Temperatura Ausência de agravamento Recuperação do apetite 38 Exames específicos: Sorologia: Elisa IgM Isolamento viral: padrão ouro (mais específico) RT-PCR Histopatologia Imunohistoquímica Diagnóstico Laboratorial TESTE RÁPIDO NS1 (Elisa) Detecta antígeno viral específico Coleta até o 5º dia. Diagnóstico Laboratorial Doenças Exantemáticas Rubéola, sarampo, eritema infeccioso Febres hemorrágicas Leptospirose Febre Amarela Hantavirose Malária Diagnóstico Diferencial http://www.saude.sp.gov.br/resources/ccd/materiais-de-comunicacao/dengue/cartao13_dengue_atualizado_v13.pdf http://www.saude.sp.gov.br/resources/ccd/materiais-de-comunicacao/dengue/cartao13_dengue_atualizado_v13.pdf Diante de um caso suspeito... A suspeita foi confirmada? Qual a fase da doença? Há sinais de alarme? Avaliar estado hemodinâmico e necessidade de hidratação. É necessário a internação hospitalar? Doença febril aguda com duração de até 7 dias acompanhada de pelo menos 2 dos seguintes sintomas: cefaléia, dor-retrorbital, prostração, artralgia, mialgia ou exantema Não esquecer!! Não usar AAS ou antinflamatórios nos casos suspeitos de dengue. Usar paracetamol A melhor forma de combater a dengue é reduzir os criadouros
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