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Transfusões Sanguíneas

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Transfusões Sanguíneas
Evaldo Landi
2015
Hemocomponentes - produtos gerados um a um nos serviços de hemoterapia, a partir do sangue total, por meio de processos físicos, como centrifugação e congelamento. 
Concentrado de hemácias.
Plasma fresco congelado.
Concentrado de plaquetas.
Crioprecipitado.
Hemoderivados - produtos obtidos em escala industrial, a partir do fracionamento do plasma por processos físico-químicos.
Albumina humana.
Concentrado de fatores da coagulação.
Anticoagulante: CPDA1 – citrato, fosfato, destrose e adenina.
O que há para transfundir.
Porque e quando transfundir.
Quando não transfundir.
Como transfundir.
Como identificar e tratar as reações transfusionais.
O que há para transfundir:
Concentrado de Hemácias (220 a 280 mL, hematócrito 65 a 80%).
Plasma Fresco Congelado (>180 mL e > 70UI FVIII/100 mL).
Concentrado de Plaquetas (50 a 60 mL, 5,5x1010 plaquetas).
Crioprecipitado (10 a 15 mL)
1. Concentrado de Hemácias: 
1.1. Hemorragias agudas: o hematócrito e hemoglobina não são bons parâmetros.
Freqüência cardíaca acima de 100bpm a 120bpm. 
Hipotensão arterial. 
Queda no débito urinário. 
Frequência respiratória aumentada. 
Enchimento capilar retardado (> 2 segundos). 
Alteração no nível de consciência.
1.2. Anemias normovolêmicas: o hematócrito e hemoglobina podem nortear decisões embasadas na história e quadro clínico.
< 7,0 g/dL quando risco de hipóxia tecidual e comprometimento das funções vitais: taquicardia, hipotensão postural, síncopes, edemas, dispneia aos mínimos esforços.
> 7,0 e < 9,0 g/dL em cardiopatias, pneumopatias, pacientes idosos e anemias não regenerativas.
1. Concentrado de Hemácias: 
Quanto transfundir?
- Pacientes pediátricos: 10-15ml/kg de peso deve elevar a hemoglobina em aproximadamente 2-3 g/dL.
- Pacientes adultos: 1 a 2 unidades deve elevar a hemoglobina em aproximadamente 1,5-3,0 g/dL.
2. Plasma Fresco Congelado:
2.1. Sangramento ou risco de sangramento causado por deficiência de múltiplos fatores da coagulação.
Hepatopatia.
Coagulação Intravascular Disseminada (CID).
2.2. Sangramento severo causado por uso de anticoagulantes orais (Warfarina) ou necessidade de reversão urgente da anticoagulação.
2.3. Transfusão maciça com sangramento por coagulopatia.
2.4. Sangramento ou profilaxia de sangramento causado por deficiência isolada de fator da coagulação para a qual não há produto com menor risco de contaminação viral (concentrado de fator da coagulação) disponível.
2.5. Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT)
2. Plasma Fresco Congelado:
Quanto transfundir:
- 10-20 ml de por quilo de peso aumenta de 20% a 30% os níveis dos fatores de coagulação.
Como transfundir:
Intervalos de 6 a 8 horas conforme o controle do sangramento, correção do TP e TTPA e a capacidade de aceitação de volume.
3. Concentrado de plaquetas:
3.1. Plaquetopenias por falência medular.
3.2. Distúrbios associados a alterações de função plaquetária.
3.3. Plaquetopenias por diluição ou destruição periférica.
Transfusão maciça. 
Coagulopatia intravascular disseminada (CID).
Plaquetopenias imunes. 
Dengue hemorrágica. 
3.4. Procedimentos cirúrgicos ou invasivos em pacientes plaquetopênicos.
Conceitual: Transfusões terapêuticas versus transfusões profiláticas.
3. Concentrado de plaquetas:
Quanto transfundir:
- 1 unidade de concentrado de plaquetas (CP) para cada 7 a 10 kg de peso do paciente.
Transfusões terapêuticas (alvo > 40.000/µL):
Adultos > 55kg de peso – dose mínima de 6,0 X 1011 (8-10U de CP unitários ou 1U CP obtidos por aférese). 
Pacietes 15-55kg de peso – dose mínima de 3,0 X 1011 (4-6U de CP unitários ou 0,5-1U CP obtidos por aférese).
Crianças < 15kg – dose de 5-10mL/kg. 
Transfusões profiláticas (alvo > 25.000/µl): 
Adultos > 55kg de peso – dose mínima de 4,0 X 1011 (6-8U de CP unitários ou 1U CP obtidos por aférese). 
Pacientes menores – dose 1U de CP unitários para cada 10kg de peso
4. Crioprecipitado:
4.1. Tratamento de hipofibrinogenemia congênita ou adquirida (<100mg/dl) ou disfibrinogenemia. 
Tratamento trombolítico.
Transfusão maciça.
Coagulação intravascular disseminada. 
4.2. Repor Fator XIII em pacientes com hemorragias por deficiência deste fator, quando não se dispuser do concentrado de Fator XIII industrial.
4.3. Repor Fator de von Willebrand em pacientes que não têm indicação de DDAVP ou não respondem ao uso de DDAVP, quando não se dispuser de concentrados de Fator de von Willebrand ou de concentrados de Fator VIII ricos em multímeros de von Willebrand.
4. Crioprecipitado:
Quanto transfundir:
- 1.0-1.5 bolsas de crioprecipitado por cada /10kg de peso do paciente. 
Quando não transfundir
Concentrado de hemácias para expansão do volume vascular, quando a capacidade de transporte de O2 estiver adequada.
Concentrado de hemácias para promover aumento da sensação de bem-estar.
Plasma fresco congelado como expansor volêmico  e em pacientes com hipovolemias agudas (com ou sem hipoalbuminemia). 
Plasma fresco congelado em sangramentos sem coagulopatia. 
Plasma fresco congelado para correção de testes anormais da coagulação na ausência de sangramento.
Plasma fresco congelado em estados de perda protéica e imunodeficiências.
Concentrado de plaquetas em plaquetopenias por consumo sem sinais de sangramento.
Crioprecipitado dentro das indicações preconizadas quando houver hemoderivado disponível.
Como transfundir:
Solicitar o hemocomponente em formulário adequado e prescrever volume e tempo de infusão.
Usar scalp números 19 ou 21 ou acesso venoso central.
Se for instalar, verificar a identificação do paciente no rótulo do produto e confirmar com o paciente ou na sua pulseira de identificação. Qualquer dúvida ou inconsistência nas informações, não usar o produto.
Não exceder o período de infusão de 4 horas por unidade de concentrado de hemácias e de 1 hora por unidade de plasma fresco congelado, pool de unidades de plaquetas e pool de crioprecipitado. Quando este período for ultrapassado, a transfusão deve ser interrompida e a unidade descartada. 
Como transfundir:
Não deve ser adicionado nenhum fluido ou droga ao produto hemoterápico a ser transfundido. 
Hemácias podem ser transfundidas em acesso venoso compartilhado, apenas, com cloreto de sódio 0,9% (SF). 
Nunca diluir o concentrado de hemácias antes da infusão.
O produto hemoterápico deve ser transfundido com equipo com filtro de 170µ capaz de reter coágulos e agregados. 
Como transfundir:
Transfusões de extrema urgência são previstas em protocolo do serviço e não deve excluir provas pré transfusionais básicas e a conclusão de todos os ensaios mesmo após a transfusão.
Provas pré-transfusinais:
Tipagem ABO e Rh(D).
Pesquisa de anticorpos irregulares no soro do receptor (Coombs Indireto).
Teste de antiglobulina direto nas hemácias do receptor (Coombs direto).
Retipagem ABO do(s) concentrado(s) de hemácias a serem transfundidos.
Prova de compatibilidade entre o soro do receptor e as hemácias do doador. 
Como identificar e tratar as reações transfusionais.
“Reação transfusional é toda e qualquer intercorrência que ocorra como consequência de uma transfusão sanguínea, durante ou após a sua administração.”
Como identificar e tratar as reações transfusionais.
Reações imediatas – menos de 24 horas.
	Reação febril não hemolítica.
	Reação hemolítica aguda.
	Reação alérgica.
	TRALI
	Sobrecarga volêmica.
	Bacteremia
Como identificar e tratar as reações transfusionais.
Febre (elevação da temperatura corporal em 1º C) com ou sem calafrios.
Calafrios com ou sem febre.
Dor torácica, dor abdominal.
Hipertensão e hipotensão.
Dispneia, taquipneia, hipóxia, sibilos.
Prurido, urticária, edema.
Náuseas, vômitos.
Falência circulatória (sedação e ventilação mecânica).
Escurecimento da urina. 
Como identificar e tratar as reações transfusionais.
Reações tardias – mais de 24 horas.
	Reação hemolítica tardia.
	Aloimunização.
	Doenças
infecciosas.
	Hemossiderose.
	Púrpura pós transfusional.
	Doença enxerto contra hospedeiro.

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