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* BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO FACULDADE DE MEDICINA Dr. Luiz Felipe Wili Dra. Raquel B. Conti Wili * O CORAÇÃO: Orgão oco, elíptico, peso aprox. 300g Paredes musculares delimita 4 cavidades 2 tipos células : - musculares esqueléticas (lisa) -fibras musculares excitatórias. * * Gênese da Atividade Elétrica das Células Cardíacas Papel da Membrana Plasmática Cargas - no interior e + no exterior: célula polarizada (diástole elétrica) Estímulos físicos, químicos ou biológicos podem alterar a permeabilidade da MP Alteração do equilíbrio elétrico (inversão de cargas) * ESTÍMULO Altera a permeabilidade da membrana, provoca inversão de cargas gerando uma CORRENTE ELÉTRICA. DESPOLARIZAÇÃO CELULAR (sístole elétrica) * REPOLARIZAÇÃO As células se recuperam do estímulo e retornam ao seu estado de repouso (polarizadas) Processo lento, de sentido oposto ao da despolarização, que se inicia por onde esta começou Célula pronta para um novo estímulo * AUTOMATISMO CELULAR: Céls especializadas em condução, às custas de trabalho mitocondrial, são capazes de se despolarizarem espontaneamente. POTENCIAL TRANSMEMBRANA INSTÁVEL Presentes nas estruturas que compõem o tecido de condução: * * * * CORAÇÃO COMO UM SINCÍCIO * EXCITAÇÃO RÍTMICA DO CORAÇÃO NÓ SINUSAL FEIXES INTERNODAIS JUNÇÃO AV FEIXE DE HIS (RAMOS D e E) FIBRAS DE PURKINJE * * * * Galvanômetro: apaprelho capaz de medir diferenças de potenciais * ECG: REG. ATIVIDADES ELÉTRICAS QUE OCORREM A NÍVEL CELULAR EXAME NÃO INVASIVO BASTANTE INFORMATIVO BAIXO CUSTO * ECG:REGISTRO DA ATIVIDADE ELÉTRICA * INFORMAÇÕES A PARTIR DO ECG Ritmo cardíaco FC Eixo elétrico Sobrecarga de câmaras Alterações isquêmicas Distúrbios HE Repercussões de outras doenças Efeitos tóxicos de drogas Processos inflamatórios do miocárdio * ATENÇÃO Sensibilidade e especificidade variam conforme a doença ECG normal não exclui cardiopatia SEMPRE correlacionar com dados clínicos * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Forma de registrar a atividade elétrica do coração e reflete os eventos elétricos do conjunto das células. * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Excitação rítmica do coração NSA P M A (Feixes internodais) b Feixe by-pass NAV Feixe de His RD RE HFP HFA (Feixe de Bachmann - AE) Feixe de Kent * * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Ativação do Coração - NÓDO SINUSAL. Primeira região que despolariza progredindo para o Átrio Esquerdo (Feixe de Bachmann) e Nódo AV (Feixes Internodais). SÂP - representa o processo global de ativação dos átrios. AE AD SÂP * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Segmento PR - segmento isoelétrico que segue a onda P (despolarização atrial e atraso fisiológico do nódo AV). * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Complexo QRS - despolarização ventricular. 1º Vetor (septal) 2º vetor (septal baixo) * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Complexo QRS - despolarização ventricular. 3º Vetor (parede 4º Vetor (parede póstero- livre do VE) lateral e basal dos ventrículos) * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Complexo QRS - despolarização ventricular. Resultante (Vetor médio de QRS ventricular) SÂQRS * ELETROCARDIOGRAMA 12 DERIVAÇÕES (par de eletrodos) Plano Frontal: 6 derivações (bipolares/unipolares) Plano Horizontal (Precordiais): 6 derivações Polaridade estabelecida por convenção * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Plano Frontal Derivações Bipolares: Dois eletrodos dispostos em dois pontos da superfície do corpo e recolhe a diferença de potencial existente. Obs: um é dito explorador e o outro indiferente * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma Plano Frontal - Derivações Bipolares: * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma Plano Frontal - Derivações Bipolares: I II III * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Derivações Unipolares: Um único eletrodo dito explorador é colocado na superfície corporal e o outro fica distante do coração. Para que tenham a mesma magnitude do que as derivações bipolares, precisam ter sua voltagem amplificada (aVR, aVL e aVF ) * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma Plano Frontal - Derivações Unipolares: TCW L R F * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma Plano Frontal - Derivações Unipolares: L R F * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma Plano Frontal - Sistema de Seis Eixos: L R F I II III * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma Frontal - Sistema Seis Eixos aVL aVR aVF DI DII DIII 0° -30° -60° -90° -120° -150° -180° +180° 150° 120° 90° 60° 30° + + + + + + * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma no Plano Frontal Cálculo do Eixo Elétrico: Observa-se primeiro os complexos em DI e aVF, com quatro possibilidades iniciais: DI (+) aVF (-) DI (+) aVF (+) DI (-) aVF (-) DI (-) aVF (+) SÂQRS * PASSOS PRÁTICOS PARA DETERMINAÇÃO DO EIXO CARDÍACO: Observar DI e aVF; Identificar derivação isobifásica (se houver, o eixo estará perpendicular a esta) O vetor resultante estará paralelo a uma derivação unipolar se for perpendicular a uma derivação bipolar. * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma no Plano Frontal Cálculo do Eixo Elétrico: * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma no Plano Frontal Cálculo do Eixo Elétrico: * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma no Plano Frontal Cálculo do Eixo Elétrico: * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma no Plano Frontal Cálculo do Eixo Elétrico: * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma no Plano Frontal Cálculo do Eixo Elétrico: * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma no Plano Frontal Cálculo do Eixo Elétrico: * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma no Plano Frontal Cálculo do Eixo Elétrico: * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma no Plano Frontal Cálculo do Eixo Elétrico: * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma no Plano Frontal Cálculo do Eixo Elétrico: * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma no Plano Frontal Cálculo do Eixo Elétrico: * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma no Plano Frontal Cálculo do Eixo Elétrico: * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma no Plano Frontal Cálculo do Eixo Elétrico: * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma no Plano Frontal Cálculo do Eixo Elétrico: * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma no Plano Frontal Cálculo do Eixo Elétrico: * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma no Plano Horizontal Derivações Pré-Cordiais: V1 - 4º espaço intercostal, à borda esternal direita V2 - 4º espaço intercostal, à borda esternal esquerda V3 - no centro de linha imaginária entre V2 e V4 V4 - 5º espaço intercostal E, à linha médio-clavicular V5 - 5º espaço intercostal E, à linha axilar anterior V6 - 5º espaço intercostal E, à linha axilar média * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma no Plano Horizontal Derivações Pré-Cordiais: * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma no Plano Horizontal Derivações Pré-Cordiais: V1 V2 V3 V4 V5 V6 Corte Horizontal * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma - Traçado Papel de Registro Quadriculado milimetrado e de 5 em 5 traços possui uma linha mais forte na horizontal e na vertical Velocidade de deslocamento do Papel - 25mm/s 1s --------- 25mm 60s ------- 1500mm Obs: sabendo a distância (mm) entre uma onda R e outra divide-se 1500mm (60s) pela distância entre elas e obtém a freqüência cardíaca * Cardiologia O Registro Eletrocardiográfico * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma - Traçado Cálculo da Freqüência Cardíaca 1500 : 32 = ~ 47 bpm * Cardiologia Determinação da Freqüência Cardíaca 1 quad. 300 bpm 2 quad . 150 bpm 3 quad. 100 bpm 4 quad. 75 bpm 5 quad. 60 bpm DIVIDIR 1500 PELO NÚMERO DE QUADRADINHOS ( MM) (Cada quadradinho dura 0,04s, o que dá em 1 minuto (60s) 1.500 quadradinhos) * RITMO SINUSAL Ritmo fisiológico do coração Onda P positiva em DII, DIII e AVF Onda P negativa em AVR Pode ser bifásica em V1 Duração inferior a 0,12 seg. Amplitude máxima de 2.5mm Monofásica em DII * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Ativação do Coração - NÓDO SINUSAL. Onda P - representa ativação dos Átrios (AD e AE ). * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma - Análise Onda P: Eixo - entre 0 e 90° (obrigatoriamente positiva em D1, DII e aVF e obrigatoriamente negativa em aVR) Amplitude - maior em DII (sem exceder 2,5mm) Duração - máxima de 0,10s. (25mm = 1s; 1mm = 0,04s) Forma - arredondada monofásica, exceto em DIII, aVL e V1 que pode ser bifásica * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma - Análise Intervalo PR: Vai do início da onda P até o início da primeira onda do QRS Duração - varia de 0,12s a 0,20s. Obs: (< 0,12s = síndrome de pré-excitação) e (> 0,20s = bloqueio na condução atrioventricular) * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma - Análise Complexo QRS: Quando começa por uma onda positiva, ela se chama onda R. Quando começa por uma onda negativa, ela se chama onda Q Onda adicionais positivas e negativas se chamam R’ e S R S Q R R R’ S * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma - Análise Complexo QRS: Eixo - Vai de -30° a +90°. Obs: (brevilíneos, obesos, gestantes - desvio para esquerda até -30° enquanto longelíneos - desvio para direita até +120°) Duração - varia de 0,06s a 0,12s. Amplitude - pode indicar aumento de área cardíaca * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma - Análise Complexo QRS: Onda Q - profundidade máxima = 3mm ou 25% da onda R e duração máxima 0,03s. Obs - sempre anormal em V1 e V2 (necrose septal ~ infarto) * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma - Análise Segmento ST: isoelétrico nivelado pela linha de base determinada pelo segmento PR Início - ponto J ( início da inscrição do ST) e termina no início da onda T Distúrbios de repolarização (desníveis > 1,5mm) - pode significar corrente de lesão, sobrecargas, bloqueios, etc. * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma - Análise Onda T: Eixo - 0 a 90° (geralmente acompanha SÂQRS), positiva em DI, DII e aVF, negativa em aVR e variável em DIII e aVL) Forma - assimétrica (ramo ascendente lento e descendente rápido) Amplitude - menor que QRS (altas e pontiagudas pode significar hiperpostassemia, isquemia, etc.) * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma - Análise ONDA U: Ultima e menor deflexão do ECG Inscreve-se logo após a ondaT e antes da P do ciclo seguinte _ Visível apenas com FC baixas . INTERVALO QT: _variável de acordo com a FC _duração total da atividade elétrica ventricular _QT corrigido: QTc= QT/(raiz quadrada de RR) _Valores normais: 0.45s (450ms) para homens e 0.47s (470ms) para mulheres * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Complexo QRS - despolarização ventricular. * SOBRECARGA AD Onda P apiculada Amplitude maior ou igual que 2,5mm em DII (P pulmonale) * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Sobrecarga Atrial Esquerda ( duração de P ou dupla córcova) AD AE * SOBRECARGA AE P com duração > 0.12 seg (3 quad.), melhor visualizada em DII P em “corcova” em DII (P mitrale) Fase negativa em V1 > que 0.04 seg. (1 quad.) * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Sobrecarga atrial Direita ( amplitude de P) Sobreposição AD/AE * SOBRECARGA VD Desvio do eixo QRS para a direita R>S em V1 R em V1 e V2 > 7mm (adultos) S profunda em V5 e V6 * SOBRECARGA VE Índice de Sokolow Lyon: R V5 ou V6 somadas a S V1 > ou = 35mm Índice de Cornell: R de aVL somada a S de V3: 28mm em homens e 20mm em mulheres Alteração da repolarização ventricular (padrão “strain”) – ondas T negativas * ESQUEMA PARA INTERPRETAÇÃO DO ECG Ritmo Frequencia Eixo QRS Sinais de sobrecarga de câmaras Alterações de condução Alterações isquêmicas * * * Distúrbio de Condução Intraventricular Bloqueio do ramo D do feixe de His Bloqueio do ramo E do feixe de His Bloqueios fasciculares * Cardiologia Causas de ECG de baixa voltagem (QRS 5 mm nas derivações periféricas ou 10 mm nas precordiais) Enfisema Anasarca Pneumotórax Derrame Pleural Pericárdico Obesidade Hipotireoidismo * BRD Estimulo sofre atraso ou é bloqueado no ramo D do feixe de His Dependendo do grau de atraso o BRD pode ser completo ou incompleto Associado a: cardiopatia isquêmica, doença de Chagas, miocardite, embolia pulmonar, doenças congênitas (CIA). Em alguns casos, encontrado em indivíduos sadios * BRD completo Duração QRS > ou igual a 0.12 seg. (3 quadradinhos) Presença de onda R’ em V1 e V2 Onda S alargada em D1, DII, V5 e V6 Onda T negativa em aVR e V1 a V3 Bloqueio incompleto = distúrbio de condução pelo ramo D ( duração do QRS < 0.12 seg.) * BRD – V1 ou V2 * BRE completo Duração QRS > ou igual a 0.12 seg. Onda R alargada e com entalhes em D1, aVL, V5 e V6 Onda q ausente em D1, V5 e V6 (pode estar presente em aVL Onda T negativa nas derivações esquerdas D1, aVL e V4 a V6 * BRE Associado a: cardiopatia isquêmica, HAS, miocardiopatias, miocardites, doenças congênitas, estenose aórtica * BRE – D1, aVL , V5 ou V6 * BDASE Desvio do eixo para E (-30 a –90 graus) Ondas S amplas em DII, DIII e aVF com S de DIII maior que S de DII QRS com duração normal * INSUFICIÊNCIA CORONARIANA Redução do fluxo coronariano Dependendo do grau e duração podem ocorrer: isquemia > lesão > necrose As células da região subendocárdica são as primeiras a “sentirem” o transtorno metabólico gerado pela isquemia. A isquemia pode se extender para o subepicárdio * Relação entre derivações e paredes do ventrículo DII, DIII e aVF: parede inferior do VE V1 e V2: parede septal do VE V3 e V4: parede anterior do VE V5 e V6: parede lateral do VE D1 e aVL: parede lateral alta do VE V1 a V6,DI,aVL : parede anterior extensa V7 e V8: parede posterior do VE V3R e V4R: VD * ISQUEMIA SUBENDOCÁRDICA A repolarização ventricular é mais lenta (do epicárdio para o endocárdio). ONDAS T POSITIVAS, SIMÉTRICAS, AMPLAS nas derivações que a enfocam Geralmente é fugaz * Onda T normal * Onda T pontiaguda – isquemia subendocárdica * ISQUEMIA SUBEPICÁRDICA A repolarização se fez do endocárdio para o epicárdio (o contrário do normal) ONDA T NEGATIVA, PONTIAGUDA E SIMÉTRICA (onda T isquêmica) nas derivações que a enfocam * Onda T negativa – isquemia subepicárdica * LESÃO SUBENDOCÁRDICA Infradesnível do ponto J Segmento ST com infradesnível > 1mm, retilíneo, ou descendente com concavidade superior. Redução da amplitude da onda T Deve ser sempre correlacionado com a clínica, podendo estar presente em alterações metabólicas, ação de drogas, HAS, bloqueios de ramo, etc. * Segmento ST normal * INFRA DE ST – lesão subendocárdica * LESÃO SUBEPICÁRDICA SUPRADESNÍVEL DO SEGMENTO ST E DO PONTO J. Deve ser sempre correlacionado com a clínica, podendo estar presente em alterações metabólica(hiperpotassemia), miocardite aguda, repolarização precoce, pericardite aguda, cor pulmonale agudo * Supra de ST – lesão subepicárdica * NECROSE SUBENDOCÁRDICA Não altera o complexo QRS Pode ser diagnosticada indiretamente, pela lesão subendocárdica, associada ao quadro clínico e marcadores de necrose miocárdica (CPK, CK-MB, troponina) * NECROSE TRANSMURAL COMPLEXOS DO TIPO QS COM ONDA T NEGATIVA Corresponde a área eletricamente inativa * * * * * * * * * Arritmias Cardíacas Uma arritmia cardíaca é uma anormalidade na freqüência, regularidade ou na origem do impulso cardíaco, ou uma alteração na sua condução causando uma seqüência anormal da ativação miocárdica. * Ritmo Sinusal Diagnóstico Eletrocardiográfico Ondas P precedendo cada QRS Enlace A/V Ritmo regular (intervalos regulares entre os QRS) Freqüência entre 60 e 100 bpm ÂP entre +30 ° e +90 ° ° * ARRITMIAS SUPRAVENTRICULARES (QRS estreito): Extra sístole (batimento prematuro) Arritmia sinusal / Taqui sinusal Taquicardia atrial Arritmia juncional FA Flutter atrial Sd Wolff Parkinson White * Extrassístoles Batimentos precoces que se originam fora do marca passo sinusal Manifestações clínicas Assintomáticas Palpitações, “falhas”, “soco no peito” Exame físico Sístole prematura geralmente sem onda de pulso Pausa prolongada pós extrassístole, seguida por B1 de intensidade maior A origem das extrassístoles só pode ser identificada pelo ECG * Extrassístole Atrial Diagnóstico Eletrocardiográfico Ritmo irregular Onda P’ de morfologia diferente da onda P sinusal ocorrendo antes do batimento sinusal esperado As extrassistoles que se originam no mesmo foco tem morfologia semelhante ( a análise deve ser feita na mesma derivação) O complexo QRS geralmente é normal * Comum em pessoas normais Desencadeada por tensão emocional, café, fumo álcool Eventualmente pode iniciar Flutter atrial Fibrilação atrial Taquicardia Paroxística Supraventricular Tratamento Retirar café, fumo, álcool Medicamentos quando: Causar desconforto importante Desencadear arritmias mais sérias Extrassístole Atrial * Taquicardia Sinusal Fisiológica Infância, Exercício, Ansiedade, Emoções Farmacológica Atropina, Adrenalina, agonistas Café, Fumo, Álcool Patológica Choque, Infecções, Anemia, Hipertireoidismo, Insuficiência Cardíaca * Taquicardia Sinusal Diagnóstico Eletrocardiográfico Freqüência acima de 100 spm Ritmo regular Enlace A/V * Arritmia Sinusal Variação entre dois batimentos acima de 0,12 sec. Geralmente tem relação com a respiração Arritmia sinusal respiratória Comum em crianças Não necessita tratamento Mais raramente pode não ter relação com a respiração Pode ser manifestação de Doença Degenerativa do Nó Sinusal ( Sick Sinus Sindrome) * Arritmia Sinusal Respiratória Assintomática Variação da FC com a respiração Acelera-se na Inspiração Diminui na Expiração Na apnéia a FC fica regular Comum em crianças Não é patológica Não necessita tratamento * Taquicardia Supraventricular Diagnóstico Eletrocardiográfico FC entre 160 e 240 bpm Ritmo regular QRS geralmente normal Onda P não visualizada * * Taquicardia atrial FC entre 120 e 250 bpm Onda P não sinusal e com orientação diferente da normal Intervalo PP e RR regulares Em geral começo e término abruptos Pode ser multifocal (ondas P com morfologias diversas na mesma derivação) * Fibrilação Atrial É muito comum Etiologia Valvopatia mitral H.A. Cardiopatia isquêmica Tireotoxicose Pode ocorrer em pessoas normais Os átrios despolarizam-se 400 a 700 vêzes/minuto, como conseqüências: Perda da contração atrial (DC 20%) Formação de trombos atriais embolias sistêmicas e pulmonares * FA: * Fibrilação Atrial Diagnóstico clínico Por uma complicação Descompensação de uma ICC Embolias Palpitações Assintomático Exame físico Ritmo cardíaco irregular FC variável Déficit de pulso (depende da FC) Desaparece a onda A do pulso venoso * Fibrilação Atrial Diagnóstico Eletrocardiográfico Ausência da onda P Presença de onda f (geralmente em V1) Espaços R-R variáveis QRS normal * Fibrilação Atrial v1 (ondas F) v1 * Flutter atrial Frequência atrial em torno de 250-350 bpm Ondas F de flutter (negativas em DII, DIII e aVF no flutter típico) Relação F/QRS geralmente 2:1 Intervalos RR regulares Complexos QRS e onda T normais * * * * * Síndrome de Wolff Parkinson White Vias anômalas de condução AV (Feixes de Kent) PR curto Onda Delta Pacientes assintomáticos Crises de TPSV S. de Wolff Parkinson White Observar PR curto e onda Delta * ARRITMIAS VENTRICULARES (QRS largo) Extra sístoles Taquicardia ventricular (monomórfica/ polimórfica) Fibrilação ventricular * Extrassístole Ventricular É um batimento precoce que se origina nos ventrículos É comum em pessoas normais e não tem mau prognóstico Quando ocorre como manifestação de uma cardiopatia pode aumentar o risco de morte súbita Nas síndromes coronarianas agudas pode levar a fibrilação ventricular Quando associada a medicamentos ex. intoxicação digitálica pode levar a um ritmo letal * Extrassístole Ventricular Diagnóstico Eletrocardiográfico Ritmo irregular Onda P sinusal geralmente está oculta pelo QRS, ST ou onda T da extrassístole O complexo QRS Precoce Alargado, com mais de 0,12 sec Morfologia bizarra O segmento ST e onda T geralmente tem polaridade oposta ao QRS * Extrassístole Ventricular Extrasístole Ventricular Monomórfica Extrasístole Ventricular Polimórfica * Extrasístole Ventricular Pareada * Taquicardia Ventricular Conceito É a ocorrência de 3 ou mais batimentos de origem ventricular com freqüência acima de 100 bpm. Geralmente está associada a cardiopatias graves Manifestações clínicas A repercussão irá depender da disfunção miocárdica pré existente e da freqüência ventricular Pode levar a Fibrilação VEntricular Exame físico FC ao redor de 160 spm Ritmo regular ou discretamente irregular * Taquicardia Ventricular Diagnóstico Eletrocardiográfico FC: 100 e 220 spm Ritmo: regular ou discretamente irregular Ondas P : Com FC alta não são vistas Quando presentes não tem relação com o QRS QRS: tem a mesma morfologia das extrassístoles ventriculares * Fibrilação Ventricular A atividade contrátil cessa e o coração apenas tremula O débito cardíaco é zero, não há pulso, nem batimento cardíaco PARADA CARDÍACA No ECG temos um ritmo irregular, sem ondas P, QRS ou T FV fina FV grosseira * Bradicardia Sinusal Fisiológica Atletas Qualquer pessoa durante o sono Farmacológica Digital Morfina bloqueadores Patológica Estimulação vagal pelo vômito Hipotireoidismo Hipotermia Fase aguda do IAM inferior * BRADICARDIAS Bradicardia sinusal Bloqueio atrioventricular : primeiro, segundo e terceiro grau * Bradicardia Sinusal Diagnóstico Eletrocardiográfico Frequência cardíaca abaixo de 50 bpm Ritmo regular Enlace A/V * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma - BRADIARRITMIAS: Bradicardia Sinusal: da FC abaixo de 50 bpm 1500 / 32 ~ 47 bpm 32mm * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma - Interpretação das Arritmias: Bloqueio Atrioventricular: Isquemia das fibras do feixe A-V Compressão do Feixe A-V por tecido cicatricial Inflamação do Feixe ou das fibras da junção A-V Estimulação extrema do coração pelos nervos vagos * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma - Interpretação das Arritmias: Bloqueio Atrioventricular de 1º Grau: Ocorre um alentecimento na condução A-V com do Intervalo PR ( > 0.2 seg) Bloqueio Atrioventricular de 2º Grau: O alentecimento é tal que em uma série de impulsos, pelo menos um estímulo é totalmente bloqueado * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: I - BAV 1º Grau I - II - II - BAV 2º Grau 0,36s Falta QRS * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: BAV 2º Grau Mobitz I Ocorre aumento progressivo do intervalo PR, sendo, normalmente o mais longo PR aquele que antecede a onda P bloqueada (fenômeno de Wenckebach) BAV 2º Grau Mobitz II Ocorre constância do intervalo PR antes e depois da onda P bloqueada * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: I - BAV 2º Grau Mobitz I * * * * * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: I - BAV 2º Grau Mobitz II * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: I - BAV 3º (BAVT) Todos os estímulos advindos dos átrios são bloqueados e o coração se estimula a partir de um marcapasso ventricular ( P sem relação com QRS) * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Contrações Prematuras Batimento prematuro ou Extra-sístole Contração que ocorre antes do tempo previsto Resulta de focos ectópicos no coração, que emitem impulsos anormais de forma aleatória durante os batimentos cardíacos Causas - isquemia local, placas de calcificação, irritação tóxica, etc. * * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Contrações Prematuras Extra-sístole Atrial - complexo semelhante ao normal, porém prematuro. * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Contrações Prematuras Extra-sístole Juncional (junção A-V) - assemelha ao QRS, porém sem onda P. * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Contrações Prematuras Extra-sístole Ventricular Unifocal - complexos aberrantes, porém semelhantes entre sí. * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Contrações Prematuras Extra-sístole Ventricular Multifocal - complexos aberrantes e diferentes entre sí. * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Contrações Prematuras Taquicardia Ventricular - complexo QRS ritmico sem característica atrial ou juncional * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Contrações Prematuras Fibrilação Ventricular: Impulsos cardíacos desvairados, estimulando primeiramente uma porção do músculo ventricular, depois outra, então outra e mais outra, sem parar Muitas porções estão se contraindo ao mesmo tempo que outras relaxando, não há contração ordenada nem bombeamento, caracterizando Parada Cardíaca * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Contrações Prematuras Fibrilação Ventricular Grosseira: * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Contrações Prematuras Fibrilação Ventricular Fina: * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Contrações Prematuras Fibrilação Atrial: freqüência atrial entre 400 a 600 bpm, intervalos RR irregulares e ondas f. * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Contrações Prematuras Flutter Atrial - aspecto serrilhado, e freqüência atrial entre 220 e 350 bpm, intervalos RR regulares e ondas F * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Contrações Prematuras Flutter Atrial - aspecto serrilhado e freqüência atrial entre 220 e 350 bpm, intervalos RR regulares e ondas F * BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma: Contrações Prematuras Assistolia - forma clássica de parada do ritmo cardíaco *
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