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Agrotóxicos Introdução Estes produtos foram desenvolvidos durante a Primeira Guerra Mundial e extremamente utilizados na Segunda Guerra Mundial, como arma química. Passaram a ser usados como defensivo agrícola. O primeiro composto dessa classe, denominado DDT, foi fabricado em 1874 por Othomar Zeidler; contudo, foi apenas em 1939 que Paul Muller evidenciou suas propriedades inseticidas. A indústria de agrotóxicos é parte do processo de evolução e diversificação da indústria química. Realizadas entre fins da década de 1930 e no decorrer de 1940, identificaram que as armas químicas eram letais contra pragas que atacavam as culturas agrícolas). Terminada a Segunda Guerra Mundial em 1945, as estratégias de crescimento das empresas do ramo químico buscaram a diversificação para novos mercados nos quais pudessem aproveitar as moléculas desenvolvidas para fins bélicos. Foram criadas então, empresas-subsidiárias, oriundas principalmente de grandes grupos químicos (Bayer, Basf, Hoescht, DuPont), voltadas à produção de agrotóxicos organossintéticos. Objetivo O processo produtivo ocorre de forma descontínua, ou seja, em bateladas, e em plantas multi-propósito, sendo que os 24 produtos finais são de alto valor unitário. Esta revolução desembarcou no Brasil na década de 1960. Estabeleceu-se por meio da imposição das fábricas de agrotóxicos e do governo nacional sendo que o financiamento bancário para a aquisição de sementes era concedido apenas se o agricultor adquirisse também o agrotóxico e o adubo. Transferidas para o Brasil, país englobado entre os 5 maiores consumidores de agrotóxicos do mundo Classificação dos Agrotóxicos CLASSE TOXICOLÓGICA Tipos de Agrotóxicos Mais Utilizados Inseticidas – Combater insetos Fungicidas – Combater fungos Herbicidas – combater ervas daninhas Acaricidas – combater ácaros Nematicidas – combater nematóides Inseticidas Todo composto químico capaz de combater insetos é denominado inseticida. Os inseticidas são utilizados em lavouras, no combate de pragas que assolam as plantações, em indústrias e também em residências Organoclorados 1° Defensivo agrícola Stermechus subsignatus - Tamanduá-da-soja Anticarsia gemmatalis – Lagarta da soja Spodoptera frugiperda – Lagarta do cartucho pseudoplusia includens – Falsa medideira Anticarsia gemmatalis - Lagarta da soja pseudoplusia includens – Falsa medideira Fungicida Todo composto químico utilizado pela agricultura no combate aos fungos é denominado fungicida, os Fungicidas são substâncias químicas, de origem natural ou sintética que, aplicadas às plantas, protegem-nas da penetração e/ou do posterior desenvolvimento de fungos patogênicos em seus tecidos. Phakopsora pachyrhizi - Ferrugem-asiática Colletotrichum truncatum - Antracnose Mycrosphaera difusa – Oídio Corynespora cassiicola - Mancha-alvo Septoria glycines - Mancha-parda Cercospora kikuchii - Crestamento-foliar Isariopsis griseola - Mancha angular Herbicidas Herbicidas são compostos químicos utilizados na agricultura para controlar o desenvolvimento de ervas daninhas. Essas plantas são eliminadas geralmente quando disputam certos recursos com as cultiváveis, como por exemplo, espaço, água, sais minerais, entre outros. Ipomoea grandifolia - Corda-de-viola Commelina benghalensis - Trapoeraba Brachiaria decumbens - Capim- braquiária Ipomoea quamoclit - Corda- de- viola Brachiaria plantaginea - Capim marmelada Eleusine indica - Capim pé−de−galinha Panicum maximum - Capim-colonião Bidens pilosa - Picão-preto Acaricidas São substâncias utilizadas para combater ácaros que se alimentam de plantas, introduzem doenças, destroem lavouras atacadas e reduzem sua produção. Existem acaricidas de diversos tipos e com os mais variados princípios ativos, cada qual melhor indicado para determinado tipo de ácaro. Lyriomyza huidobrensis - Larva-minadora Polyphagotarsonemus latus - Acaro branco Nematicidas Nematicida é um tipo de pesticida químico usado para matar nematóides parasitas. Meloidogyne incógnita- Nematóide-das-galhas Danos causados por intoxicação Intoxicação Aguda Pode ocorrer de forma leve, moderada ou grave, a depender da quantidade de veneno absorvido, do tempo de absorção, da toxicidade do produto e do tempo decorrido entre a exposição e o atendimento médico. INTOXICAÇÃO AGUDA LEVE. Quadro clínico, irritação cutâneo-mucosa, náusea e discreta tontura. INTOXICAÇÃO AGUDA MODERADA. Quadro clínico caracterizado por cefaléia intensa, náusea, vômitos, cólicas abdominais, tontura mais intensa, fraqueza generalizada, parestesias, dispnéia, salivação e sudorese aumentadas. INTOXICAÇÃO AGUDA GRAVE Quadro clínico grave, caracterizado por miose, hipotensão, insuficiência respiratória, edema agudo de pulmão, convulsões, alterações da consciência, choque, coma, podendo evoluir para óbito. Intoxicação Crônica Os efeitos danosos sobre a saúde humana, incluindo a acumulação de danos genéticos, surgem no decorrer de repetidas exposições ao toxicante, que normalmente ocorrem durante longos períodos de tempo. A intoxicação crônica manifesta-se através de inúmeras patologias, que atingem vários órgãos e sistemas, com destaque para os problemas imunológicos, hematológicos, hepáticos, neurológicos, malformações congênitas e tumores. Uso de E.P.I O uso dos EPI é fundamental para reduzir o risco de absorção do produto tóxico pelo organismo, protegendo a saúde do trabalhador. Proteção respiratória: utilizar máscaras combinadas, com filtro químico e filtro mecânico, (ORGAN P2 – EPICON ou classe P2 – 5n11- 3M), ou máscara de borracha ou silicone com filtro para pesticidas. Proteção para as mãos: utilizar luvas de borracha nitrílica, PVC ou outro material impermeável. Proteção para os olhos: utilizar óculos de segurança para produtos químicos. Proteção para a pele e corpo: utilizar macacão de mangas compridas impermeáveis ou hidro repelentes e botas de PVC, chapéu impermeável de abas largas. Vantagens do uso de Agrotóxicos As vantagens do uso de agrotóxicos recaem sobre a maioria da população ao possibilitar a produção de alimentos em grande escala a um custo mais baixo. O Brasil configura-se hoje como um dos maiores exportadores agroindustriais. Se não fosse pelo uso de agroquímicos para controlar pragas ou doenças (cujo uso é estritamente regulamentado e somente pode ocorrer sob a prescrição de um agrônomo) tornaria inviáveis as plantações, afetando assim o suprimento de alimento das grandes populações urbanas. Desvantagens do uso de Agrotóxicos Eles provocam perda de fertilidade do solo, pois causam acidificação, mobilização de elementos tóxicos, imobilização de nutrientes, mineralização e redução rápida da matéria orgânica, destruição da bioestrutura e aumento da erosão Os alimentos obtidos têm pior qualidade nutricional e biológica, ou seja, são carentes em determinadas vitaminas, minerais, aminoácidos essenciais e substâncias que prolongam a vida de "prateleira" dos produtos.
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