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DIREITO TRIBUTÁRIO

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DIREITO TRIBUTÁRIO
Introdução ao Direito
Prof.ª M.sc. Gabriela de Cássia Moreira Abreu
CONCEITO
Ramo do direito que se ocupa das relações entre o fisco e as pessoas sujeitas a imposições tributárias de qualquer espécie, limitando o poder de tributar e protegendo o cidadão contra os abusos desse poder (Hugo de Brito Machado)
É a disciplina jurídica dos tributos
PRINCÍPIOS
da legalidade
da anterioridade
da isonomia
da irretroatividade
da capacidade contributiva
da vedação do confisco
da liberdade de tráfego
da uniformidade geográfica
LEGALIDADE
Garante que nenhum tributo será instituído, nem aumentado, a não ser através de lei.
Art. 150, I, CF “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça”
Art. 97, CTN
“Somente a lei pode estabelecer:
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II - a majoração de tributos, ou sua redução,
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal,
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades”.
ANTERIORIDADE
Nenhum tributo será cobrado em cada exercício financeiro, sem que a lei que o instituiu ou aumentou tenha sido publicada.
Prazo para a lei entrar em vigor: 90 dias (Art. 150, III, “c” da CF) – Prazo Nonagesimal
A CF veda expressamente a cobrança do tributo no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou (Art. 150, III, “b”).
IGUALDADE
A lei, em princípio não deve dar tratamento desigual a contribuintes que se encontrem em situação equivalente
Art. 150, II, CF: “em prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos”.
IRRETROATIVIDADE
A lei tributária só vale em relação a fatos geradores ocorridos depois do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.
Art. 150, III, “a” da CF: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado”.
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
O tributo deve ser cobrado de acordo com as possibilidades de cada um, tratar os desiguais de modo desigual.
Ex: Alíquota do IR
VEDAÇÃO DO CONFISCO
O tributo deve ser razoável, não podendo ser tão oneroso que chegue a representar um verdadeiro confisco.
Art. 150, IV, CF: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios utilizar tributo com efeito de confisco”
LIBERDADE DE TRÁFEGO
Não pode a lei tributária limitar o tráfego interestadual ou intermunicipal de pessoas e bens, salvo o pedágio de via conservada pelo Poder Público.
Art. 150, V, CF.
UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
O tributo da União deve ser igual em todo território nacional, sem distinção entre os Estados.
Art. 151, I, CF: É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro.
RELAÇÃO JURÍDICO-TRIBUTÁRIA
Sujeito ativo: quem detém o poder de cobrar ou exigir o tributo.
Sujeito passivo: quem deve cumprir a obrigação, principal ou acessória.
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
É a repartição do poder de tributar, constitucionalmente atribuído aos diversos entes públicos, de modo que cada um tenha o poder de instituir e arrecadar os tributos de sua exclusiva responsabilidade; envolve o poder de fiscalizar e cobrar tributos, e o de legislar a respeito.
Atributos: (ou competência legislativa plena), a indelegabilidade e a intransferibilidade de competência pelo não exercício.
PODER DE TRIBUTAR
É a atribuição legalmente conferida ao Estado, em caráter de exclusividade, para criar, aumentar, diminuir ou extinguir tributos, de forma a arrecadar recursos para a consecução de suas finalidades.
Art. 145, CF: União, Estados e Municípios.
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
TRIBUTO
Art. 3, CTN: “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA – prestação exigida em moeda, dinheiro – “pecuniariu = dinheiro”
COMPULSÓRIA – pagamento é obrigatório
QUE NÃO CONSTITUA SANÇÃO DE ATO ILÍCITO – penalidades por infração à lei tributária (multa) não é TRIBUTO
INSTITUÍDA EM LEI – previsto em lei - LEGALIDADE
COBRADA MEDIANTE ATIVIDADE ADMINISTRATIVA PLENAMENTE VINCULADA – autoridade administrativa está vinculada à previsão legal, não sendo mera liberalidade.
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Art. 145, CF - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
IMPOSTOS
É o tributo que tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
A situação geradora do tributo independe de qualquer contraprestação do Estado em favor do contribuinte. Ex: ICMS, IPI. Art. 145, I CF
IMPOSTOS FEDERAIS:
Imposto de Importação (II);
Imposto de Exportação (IE);
Imposto de Renda (IR);
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro e sobre Operações Relativas a Títulos de Valores Imobiliários (IOF);
Imposto Territorial Rural (ITR);
Grandes Fortunas (não instituído);
Outros tributos: Empréstimos compulsórios, Contribuições Sociais, Econômicas e Profissionais.
IMPOSTOS
ESTADUAIS:
Imposto Causa Mortis e Doação (ICD);
Imposto sobre circulação de mercadorias, prestação de serviços de transporte e comunicação (ICMS);
Imposto sobre propriedade de veículos automotores: fato gerador: propriedade de veículo automotor (IPVA).
MUNICIPAIS:
Imposto sobre a propriedade territorial urbana (IPTU);
Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI);
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
TAXAS
É espécie de tributo cujo fato gerador é o exercício regular do Poder de Polícia, ou o serviço público, prestado ou posto à disposição do contribuinte.
Ex: Taxa de licença de instalação e funcionamento (Prefeitura); Taxa de Bombeiro. Art 145, II, CF.
TAXAS
Prestação pecuniária, que, não sendo dever fundamental nem se vinculando às liberdades fundamentais, é exigida sob a diretiva do princípio constitucional do benefício, como remuneração de serviços públicos não essenciais.
TARIFAS
Receita decorrente da prestação de serviços públicos sob regime de concessão ou permissão.
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
É um tributo vinculado, em cujo fato gerador se inclui a valorização de imóvel do contribuinte, decorrente de obra pública. Art 145, III, CF.
CONTRIBUIÇÕES
São tributos destinados à coleta de recursos para certas áreas de interesse do poder público, na administração direta ou indireta, ou na atividade de órgãos que colaboram com a Administração.
Contribuições sobre a Movimentação Financeira ou transmissão de valores e de Crédito e Direitos de Natureza Financeira – CPMF;
Cofins;
INSS,
As contribuições para os órgãos de classe: OAB, CRC, etc.
CONTRIBUIÇÕES
Contribuições Sociais.
Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico.
Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou Econômicas.
Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública.
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
Funciona como simples antecipação. A União pode instituir para:
Atender despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
No caso de investimentos públicos de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
 Art 148, CF.

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