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1 INTRODUÇÃO
De acordo com a lei 8.955/1994 e seus artigos, incisos e alíneas estipularam-se as condições para o relacionamento entre as partes relativas ao contrato de franquia empresarial, conhecido como franchising, gerando assim o contrato de franquia empresarial.
Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços. 
Eventualmente, também pode compreender o direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvido ou detido pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício.
Temos então, o Franqueador que detém a marca, tecnologia, patente e conhecimentos específicos de negócios, e que os disponibiliza, parcial ou totalmente, mediante sistema de franquia, para o franqueado que aceita utilizar, mediante remuneração ao franqueador, a oferta específica do franqueador para utilizá-lo em seu negócio próprio.
Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF, 2012), o Brasil é um dos maiores mercados de franquias do mundo e ocupa o quarto lugar no ranking mundial em número de estabelecimentos, ficando atrás apenas de Estados Unidos, China e Canadá. 
Nós últimos anos, o interesse de empresas, empreendedores e investidores no setor de franquias tem aumentado em função da diversidade de oportunidades, da facilidade de abertura de negócios e da possibilidade de compartilhamento de riscos/investimentos do sistema de franquias (MILMAN, 1996; SILVA, 2008; BARBOSA, 2010; ABF, 2012).
O sistema de franquias se baseia na relação contratual entre dois agentes: franqueador e franqueado. Ao franqueador compete o licenciamento da marca e o suporte aos franqueados, incluindo treinamento, fornecimento de produtos, planejamento de marketing e apoio administrativo-financeiro. 
O sistema de franquias oferece benefícios ao franqueador e franqueado e possibilita a obtenção de ganhos de escala, acesso a marcas consolidadas, abertura de negócio com baixo risco, distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos, expansão por meio de capital proveniente de licenciamento da marca, crescimento rápido e obtenção de serviços de suporte do titular da marca (CHERTO; RIZZO, 1995; AZEVEDO; SILVA, 2002; RIZZO, 2005; SILVA, 2008).
2. CONTEXTO HISTÓRICO DA FRANQUIA:
Baseando-se em CHERTO e RIZZO, 1995, historicamente, não há consenso sobre a origem do sistema de franquias. Os autores sugerem que o termo surgiu na França, por volta dos séculos XII e XIII, proveniente da palavra franchisage, que significa transferência de direito, outorga de privilégio ou concessão de uso com exclusividade. De acordo com pesquisas de autores como SILVA, 2008, SCHWARTZ, 2003 e IFA, 2012, Há indícios de que os primeiros contratos de franquia surgiram nos Estados Unidos, em 1852. Na ocasião, a fabricante de máquinas de costura Singer Sewing Machine Company concedeu a Revista da Unifebe terceiros licença de revenda de seus produtos para comerciantes independentes. 
Em 1899, a Coca-Cola criou a primeira franquia de produção ao conceder licença para empresários de outras regiões/países produzirem e comercializarem seus refrigerantes. Entre 1917 e 1921, o sistema de franquias se difundiu nos Estados Unidos e surgiram as primeiras franquias de serviços, como a da locadora de veículos Hertz (CHERTO; RIZZO, 1995). 
SCHWARTZ, 2003 cita que em 1930, o sistema se expandiu pelo mundo através da General Motors, que promoveu a expansão de seus pontos de revenda para diversos países, onde o sistema ganhou força nos Estados Unidos após a segunda guerra mundial, com vários ex-combatentes que se tornaram proprietários de negócios. Já no Brasil, em 1960, surgiu a primeira franquia com a escola de idiomas Yázigi e, na década seguinte, o sistema se expandiu com a instalação de lojas Mc Donald’s. Na década de 1980, surgiram também as franquias Boticário, Água de Cheiro e Bob´s, dentre outras (CHERTO; RIZZO, 1995). Diante desta demanda em 1987, com a criação da Associação Brasileira de Franchising (ABF) e do Instituto Brasileiro de Franchising, os acordos entre franqueador e franqueados passaram a ser formalizados por meio de contratos de franquias (CHERTO; RIZZO, 1995). 
A formalização desses acordos se tornou depois obrigatória com a publicação da Lei 8.955/94, que regula o setor até dias atuais. 
De acordo com SEBRAE, 2005; ABF, 2012, Hoje o sistema de franquias no Brasil alcançou posição de destaque, sendo percebido como uma modalidade consolidada e bem-sucedida de geração de novos negócios, de expansão de empreendimentos, especialmente para micros, pequenas e médias empresas com capacidade de investimento reduzida.
2.2 LEGISLAÇÃO:
A Lei de Franquias nº 8955/94 foi promulgada em 1994, dispõe sobre o contrato de franquia empresarial (franchising) e dá outras providencias. De certa forma que cada artigo tem uma função, vejamos o que cada um pode instruir. 
Começando pelo Art. 2º que traz o Conceito Legal de franquia empresarial Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvido ou detido pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício.
Já o Art. 3 trata do COF Circular de Oferta de Franquia: é o documento pelo qual o franqueador transmite ao franqueado informações jurídicas, econômicas e financeiras relacionadas ao empreendimento. Sem sombra de dúvida, é o instrumento mais importante na relação entre franqueador e franqueado. As regras a respeito da COF são tratadas entre os artigos 3º e 7º que pode ser feita uma análise detalhada de suas principais informações a respeito de uma Segurança Jurídica e Econômica nos seguintes incisos I, II, III e XIII do artigo terceiro, por meio dessas informações referidas nos incisos   o interessado no negócio poderá sanar essas e outras dúvidas relativas à segurança jurídica e a solidez econômica da marca. 
Os incisos IV, V, VI e XII esclarecem quais apontamentos mínimos relacionados ao funcionamento da franquia deverão constar na COF. Eles dizem respeito ao modelo de negócio, às competências a serem atendidas pelo franqueado e ao suporte oferecido pela rede. 
Por fim, o inciso XV do artigo terceiro e o artigo quarto e seu parágrafo único estabelecem as regras relacionadas ao contrato de adesão em si. De que forma ele deverá ser apresentado aos interessados, Quais as consequências que podem acarretar no caso do descumprimento das normas, Tudo isso deverá estar claro no instrumento. Caso contrário, ele poderá ser anulado, brigando a franqueado a devolver eventuais valores recebidos. O artigo sétimo prevê a equiparação da sanção em caso de uso de informações falsas.
2.3 CLASSIFICAÇÃO:
MARTINS, 1998 descreve que o contrato de franquia é bilateral, consensual, oneroso, empresarial, de execução continuada, internacional ou nacional, híbrido e complexo, de prestações recíprocas.
Bilateral Significa dizer que ambas as partes tem obrigações, franqueador e franqueado. Consensual, pois se aperfeiçoa o contrato pelo simples consentimento das partes. É típico porque está regulamentado pela lei 9.855/94. De Execução Continuada, o contrato de franquia é de duração, as prestações se realizam de forma continua e permanente. Híbrido é formado por elementos de outros contratos, como o de fornecimento, de concessão, de prestação de serviços. Formal, pois se submete a formas precisas e exigidas em lei. Empresarial o contrato de franquia é empresarial porque é estabelecido entre dois empresários. Comutativo contrato em que as prestações de ambas aspartes são de antemão conhecidas e guardam entre si certa equivalência de valores.
2.4 NATUREZA JURÍDICA:
Entende-se por natureza jurídica o regime jurídico que o tema fica subordinado. A franquia se opera com base no contrato, por isso podemos dizer que está situado no campo do Direito Contratual.  Forma-se, pela junção de elementos de contratos distintos, é assim um contrato misto, ou seja, resulta de combinações de elementos de diferentes contratos.
Fabio Ulhôa Coelho, 2012 diz que a franquia consiste na conjugação de dois contratos: o de licenciamento de uso e de marca e o de organização empresarial. Em outro sentido Fran Martins, 1990 diz que o contrato de franquia compreende uma prestação de serviços e uma distribuição de certos produtos. A prestação de serviços é feita pelo franqueador ao franqueado, possibilitando a essa venda de produtos que tragam a marca daquele, distribuição é a tarefa do franqueado, que se caracteriza pela comercialização do produto. 
2.5 GERAÇÕES DE FRANQUIAS:
De acordo com Chiavenato (2005), o tipo de franquia pode ser classificado como industrial ou de varejo. Sua classificação é realizada com base no ramo de atividade desenvolvida pelo franqueador. O autor cita que a franquia de indústria é aquela em que o franqueado cria e administra uma empresa industrial, como a Coca Cola, negócio em que as fábricas engarrafadoras de bebida são de propriedade dos franqueados, enquanto que a Coca-Cola fornece apenas os xaropes concentrados e o know-how. Por outro lado, na franquia de varejo, o franqueador cria e assume um negócio em que comercializa somente produtos ou serviços. Pode-se também caracterizar uma franquia como híbrida, onde o franqueado comercializa produtos e serviços em conjunto. Como exemplo pode ser citada a organização O Boticário, uma empresa de varejo de produtos. 
Daniel Plá, 2001 relata no livro tudo sobre Franchising que: 
Com a evolução a Franchising sofreu mudanças constantes para adaptação ao mercado, levando a uma maior integração dos franqueadores com seus franqueados e assim as franquias passaram a ser identificadas através de uma classificação pelo nível de prestação de serviço que mantinham com suas redes, em níveis de gerações de acordo com o serviço oferecido.
Segundo informações de alguns sites de Franquias, coexistem, no mercado brasileiro, franquias que se encontram em seis estágios diferentes de desenvolvimento e profissionalismo. De forma didática, as franquias são divididas em seis gerações a saber:
Franquia de Primeira Geração ou Franquias de Marca e Produto: Trata-se de um sistema alternativo e não exclusivo de distribuição de produtos ou serviços. O franqueador licencia sua marca ao franqueado e distribui seus produtos ou serviços sem exclusividade, ou seja, os mesmos produtos ou serviços podem ser encontrados em outros varejistas ou prestadores de serviços que não os franqueados. Caracterizam-se pela licença de uso de marca e pouco suporte ao franqueado, Ex: Kodak. 
Não há exclusividade em favor do franqueado. Os mesmos produtos ou serviços podem ser encontrados em diversos pontos de venda, inclusive em lojas multimarcas. 
Tipo de concessão: produto/serviço e marca.
Nível de profissionalização: baixo.
Tendência de mercado: tende a desaparecer.
Grau de risco: oferece muitos riscos de ambas as partes.
Liberdade de ação para o franqueado: grande.
Contrato: era raro um contrato entre as partes até o advento da Lei Magalhães Teixeira (Lei 8955/94), que muitas vezes acabava sendo um mero contrato verbal. Os produtos ou serviços podem ser encontrados, geralmente com a mesma marca, em outros pontos de venda, inclusive lojas ou unidades multimarca que nada têm a ver com a rede de franquias desse franqueador.
Investimentos do franqueador e do franqueado: baixos (baixo custo de entrada neste negócio).
Tipos de assistência/consultoria: pouca assistência na operação do negócio e na tecnologia de rede.
Franquias de Segunda Geração: Os americanos chamam esse tipo de franquia de “Traditional Franchises”, oferecem um pouco mais de suporte ao franqueado. Geralmente o franqueado é obrigado a comprar a mercadoria do franqueador e os royalties e taxas de promoções estão embutidos no preço da mercadoria. Assim como ocorre com as franquias de 1ª Geração, a ênfase continua na licença de uso de marca associada à revenda de certos produtos ou à prestação de certos serviços que quase sempre envolvem a utilização de produtos, equipamentos ou insumos fornecidos pelo próprio franqueador. A diferença básica entre esses dois tipos de franquia reside no fato de que, nas franquias de 2ª Geração, os produtos ou serviços é que são a razão de ser do negócio.
Pode ser uma franquia de revenda ou distribuição exclusiva, como é o caso do Boticário e Casa do Pão de Queijo. A tendência é que as empresas que se utilizam desse esquema de atuação acabem optando por evoluir para o patamar seguinte, as Franquias de 3ª Geração. Aliás, muitas já o fizeram, ou estão fazendo.
Tipo de concessão: produto/serviço e marca. Revenda ou distribuição exclusiva.
Nível de profissionalização: baixo/médio.
Tendência de mercado: pouca duração.
Grau de risco: oferece riscos para ambas as partes.
Liberdade de ação para o franqueado: média/grande.
Contrato: é eventualmente firmado um contrato entre as partes.
Investimentos do franqueador: mais elevados do que no caso anterior.
Tipos de assistência/consultoria: pouca assistência na operação do negócio e na tecnologia de rede.
Franquias de Terceira Geração: também chamadas de Franquias de “Formato” de Negócio, ou de “Business Format Franchises” Além da licença de uso de marca, o franqueador repassa know how operacional a toda a sua rede, prestando serviços de assessoria e acompanhando de perto o dia-a-dia das operações dos franqueados. 
A essência das franquias deste tipo está na transferência do know-how desenvolvido pelo franqueador ao franqueado, em tudo o que diz respeito à instalação, operação e gestão de um negócio como o que será implantado e operado pelo franqueado. Trata-se de um tipo de franquia no qual costuma existir um espírito de parceria e equipe na rede.
Numa típica franquia de 3ª geração, todos os métodos, processos e sistemas relacionados ao negócio que o franqueado irá instalar e operar são previamente desenvolvidos e testados na prática, pelo franqueador, para depois serem transferidos ao franqueado através de treinamento, manuais, consultoria de campo e mais uma série de outros mecanismos e ferramentas.
O objetivo, no caso, é garantir a manutenção, em toda a rede de estabelecimentos que venha a ser instalada, de um padrão mínimo de qualidade e de uniformidade, tanto visual, quanto operacional, que assegure a eficiência e a eficácia de todas as franquias. Que, espera-se, deverão ser um bom negócio para os respectivos franqueados e também para o franqueador. Neste caso, os investimentos são de médio porte, como as lavanderias ou a rede Mister Pizza.
Tipo de concessão: produto/serviço e marca, Revenda ou distribuição exclusiva, Operação Comercial do Negócio.
Nível de profissionalização: médio.
Tendência de mercado: tende a permanecer a médio prazo.
Grau de risco: oferece grau médio de riscos de ambas as partes.
Liberdade de ação para o franqueado: menor liberdade ao franqueado, maior controle pelo franqueador.
Contrato: é normal um contrato entre as partes.
Investimentos do franqueador: médios.
Tipos de assistência/consultoria: avanço na assistência na operação do negócio e na tecnologia de rede.
Experiência piloto: pode oferecer planejamento e experiência de várias unidades piloto. Busca maior controle de gestão das unidades franqueadas.
Franquias de Quarta Geração: também denominadas de Franquias de Rede de Aprendizado Contínuo. Destacam-se pela quantidade e qualidade dos serviços prestados. São franquias que possuem Conselho de Franqueados, que participa das decisões da empresa, colaborando para o fortalecimento da marca. Ex. Yázigi curso de línguas. 
A padronização está baseadana conscientização e na motivação da rede. É o tipo de franquia que agiliza a solução de problemas e o desenvolvimento de novos diferenciais competitivos e essenciais à sobrevivência dos negócios. O nível de profissionalização é alto, de acordo com a tendência de mercado e oferece pouco risco. Há uma grande assistência na operação do negócio, na tecnologia de rede e nos planos estratégicos de marketing com terceirização de serviços especializados. Alguns exemplos são grandes drogarias e postos de gasolina.
Nesse tipo de franquia, as regras do dia-a-dia são menos rígidas naquilo em que a rigidez não é essencial. A padronização está menos baseada no típico esquema de “comando e controle” e mais na conscientização e na motivação da rede. O funcionamento e a padronização da rede estão fundamentados mais no senso de Missão e em Valores (estes sim, bastante rígidos, especialmente naquilo que afete a “essência competitiva” da organização, em objetivos claros e compartilhados e em relacionamentos fundados no respeito mútuo.
A troca de informações entre franqueador e franqueados é contínua, sendo um caminho de duas mãos. A comunicação entre os franqueados e destes com o franqueador não é apenas tolerada, mas estimulada o tempo todo. O mesmo ocorre no que diz respeito à participação dos franqueados em certas decisões estratégicas. As franquias de 4ª Geração bem estruturadas fazem uso de tudo aquilo que as franquias de 3ª geração têm de melhor, ao mesmo tempo em que oferecem mais liberdade de atuação à rede. É evidente que, para que as coisas funcionem como devem, os franqueadores que optarem por esse tipo de sistema deverão estar ainda mais atentos aos processos de recrutamento, seleção, treinamento, motivação e monitoramento de seus franqueados. Estas redes de franquias contam com a participação ativa dos franqueados no processo de tomada de decisões estratégicas. Esta mudança de postura acontece num momento em que a quantidade e a velocidade de circulação das informações são muito maiores, como conseqüência de novas tecnologias trazidas pela Internet e outros meios de comunicação. 
Tipo de concessão: produto/serviço e marca. Revenda ou distribuição exclusiva. Operação Comercial do Negócio.
Nível de profissionalização: alto.
Tendência de mercado: em alta.
Grau de risco: oferece pouco risco de ambas as partes.
Liberdade de ação para o franqueado: pequena.
Contrato: há sempre um contrato entre as partes.
Investimentos do franqueador: muito investimento em qualidade da rede.
Tipos de assistência/consultoria: grande assistência na operação do negócio e na tecnologia de rede. Muita assistência em planos estratégicos de marketing, com terceirização de serviços especializados em franquias.
Experiência piloto: oferece grande know-how e inúmeras experiências piloto de comercialização.
Franquias de Quinta Geração: Marcelo Cherto define as franquias de quinta geração como sendo as franquias sociais, voltadas para a disseminação em diversos locais, e sob a responsabilidade de diversas pessoas e organizações, as atividades de entidades beneficentes bem estruturadas. 
Daniel Plá as define como sendo franquias de quarta geração que têm a garantia de recompra pelo franqueador. Isso só é viável quando o franqueador é detentor do ponto comercial (proprietário ou locatário, que aluga ou subloca ao franqueado). Ex. McDonald’s e De Plá Fotografia.
Tipo de concessão: produto/serviço e marca. Revenda ou distribuição exclusiva. Operação Comercial do Negócio.
É o melhor tipo de franquia.
Nível de profissionalização: altíssimo
Tendência de mercado: em alta, principalmente no exterior.
Grau de risco: mínimos riscos de ambas as partes.
Liberdade de ação para o franqueado: mínimo.
Contrato: exige contrato entre as partes.
Investimentos do franqueador: grande investimento com altíssima tecnologia.
Tipos de assistência/consultoria: grande assistência na operação do negócio e na tecnologia de rede, com excelente nível. Muita assistência em planos estratégicos de marketing, com terceirização de serviços especializados em franquias.
Experiência piloto: muitas unidades próprias para experiência piloto, além das demais unidades franqueadas.
Franquias de Sexta Geração muito além das franquias. Durante anos, quando se falava em franquia, era comum que se pensasse apenas em lanchonetes, lojas de perfumes, de roupas e de mais um ou outro segmento. A imagem da franchising ficou, por muito tempo, associada ao pequeno varejo. Mas este é apenas mais um dos mitos que cercam o sistema. 
Nos últimos tempos, tem sido comum que grandes corporações passem a se utilizar, se não do Franchising propriamente dito, pelo menos de boa parte das ferramentas e técnicas que lhe são peculiares, para implantar, desenvolver e/ou gerir seus canais de distribuição, notadamente redes de negócios redes de revendas, de representantes, de agentes, de dealers, etc. através das quais escoam seus produtos e interagem com o mercado consumidor de seus produtos e/ou serviços.
Tais organizações percebem que isto lhes permite criar e manter diferenciais competitivos, que já não conseguem obter usando os meios tradicionais. E isto tende a se intensificar. Afinal, os tempos de concorrência feroz não são apenas uma fase passageira. Daqui para frente vai ser assim. E empresas de todos os portes e de todos os ramos de atividade terão de usar toda sua criatividade para encontrar saídas para sobreviver e prosperar, diferenciando-se de seus concorrentes.
Pois é precisamente a esta utilização das técnicas e ferramentas tópicas das melhores operações de franquia para o aperfeiçoamento de redes de negócios e de canais de marketing formados por outros tipos de parceiros, que não franqueados, que para efeitos meramente didáticos, dá-se o nome de Franquias de Sexta Geração.
2.6 OBJETO E OBJETIVO:
O Objeto são as Marcas Franqueadas que identificam os produtos ou serviços e deve ter registro perante o órgão competente, o INPI. 
O Franqueador pode iniciar sua expansão com um pedido de registro ainda em andamento, assim como ser licenciado por uma terceira empresa, esta titular dos direitos das marcas, com poderes claros para seu uso e sublicença através de sistema de franquia.
O principal objetivo é proporciona a criação de novos empregos e produz riqueza para o país acelerando o desenvolvimento econômico. Uma estratégia empreendedora de entrada no mercado utilizada por muitos empresários é a franquia, fazendo uso de marcas e patentes de produtos ou serviços licenciados e respeitados no mercado. As franquias fornecem aos franqueados oportunidades para obtenção de sucesso de forma rápida e segura. Para o proprietário da marca, ele oferece possibilidades de expansão. Ao permitir a entrega do mesmo serviço em distâncias internacionais, ele proporciona dimensões inimagináveis de crescimento.
Toledo (2005) que diz que franquear no Brasil, com o objetivo de crescimento, é uma forma de oportunidade de dar estrutura a inúmeras empresas que não teriam as mesmas condições em outro tipo de empreendimento, que envolve recursos em geral e tecnologia que possibilitaria o crescimento e solidez no mercado visto que o mercado brasileiro está cada vez mais dinâmico e competitivo. O público que se atrai por esse tipo de empreendimento é aquele com capital e perfil empreendedor para gerenciar o negócio.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
No cenário atual, as empresas concorrem não somente com outras, localizadas nas proximidades, mas com outras empresas do Brasil ou até mesmo do mundo. O conhecimento passou a ser um diferencial, o profissional deve buscar oportunidades no mercado, inovar de forma criativa e trazer assim lucratividade. 
Empresários de todo mundo buscam um objetivo principal, o de lucrar, o que permite a continuidade e crescimento de seu empreendimento ou empresa. Muitos brasileiros, hoje, querem ter o negócio próprio, querem empreender, querem lucrar.
Através desse trabalho, é possível entender conceitos importantesa respeito do empreendedorismo e franquias. Sendo a franquia o licenciamento do uso de uma marca, onde se funde a capacidade mercadológica, tecnológica e gerencial do franqueador, com capacidade de trabalho do franqueado tornando uma oportunidade de negócio atraente. Ainda, o franqueado recebe do franqueador dos serviços ou produtos suporte, orientação e treinamentos o que minimiza os riscos. Quanto à transferência de tecnologia, embora possa ocorrer, é uma estratégia de cada tipo de franquia, mais específica. Fato é que o franqueado busca, normalmente, um suporte em uma marca já consolidada no mercado ou em crescimento e que venha proporcionar maior segurança na viabilidade da empreitada.
Além disso fica mais fácil de empreender com segurança, pois a lei determina, ainda, que o contrato de franquia deverá sempre ser escrito e assinado na presença de duas testemunhas, e que ele terá validade independentemente do registro perante cartório ou órgão público.  Ademais, a Lei de Franquias deixa livre as partes para contratar, devendo ser observados somente os princípios da boa-fé, equilíbrio econômico e da função social do contrato, nos termos da legislação ordinária nacional. 
REFERÊNCIAS:
ABF. Associação Brasileira de Franchising. Disponível em: <http://www.portaldofranchising.vom. br>. Acesso em: 28 de abril de 2019.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FRANCHISING Disponível em: <http://www.portaldofranchising.com.br/> Acesso em: 28 de abril de 2019
AZEVEDO F.; SILVA, V. L. Franquias de alimentos e coordenação de cadeias agroindustriais: uma análise empírica. Revista de Administração da USP. v. 37, n.1, 2002. p. 51-62.
BARBOSA, J. A.. Variáveis Explicativas da Internacionalização de Franquias Brasileiras –Um Estudo Causal à Luz das Teorias da Agência e da Escassez de Recursos. 2010, f., 109.Dissertação (Administração de Empresas). Fundação Getúlio Vargas – Escola de Administração de Empresas de São Paulo, Brasil, 2010.
CHERTO Marcelo DICAS PRÁTICAS PARA QUEM PENSA EM INVESTIR NUMA FRANQUIA. www.cherto.com.br www.franchisestore.com.br
CHERTO, M.; RIZZO, M. Franchising na Prática. São Paulo: Makron Books, 1995.
CHIAVENATO, I. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo: Saraiva, 2005
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial. 13 ed. São Paulo: Saraiva, 2012. P.38.
DANIEL PLÁ Livro: “Tudo sobre Franchising”, de (Editora SENAC,
2001) e Revista Meu Próprio Negócio.
IFA. International Franchise Association. Disponível em: <http://www.franchise.org/>. Acesso em: 28 de abril de 2019
MARTINS, Frans. Contratos e Obrigações Comerciais. 14 ed. Rio de Janeiro: Forense, 1990. P.578.
MILMAN, F. Franchising: Lei n. 8.955, de 15 dezembro de 1994. 1. ed. Porto Alegre: livraria do Advogado, 1996.
SCHWARTZ, José Castro. Franquia de A a Z – O que Você Precisa Saber. 1. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003.
SEBRAE, 2018: publicado 16 de marco de 2018, disponível em:<http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/conheca-os-tipos-de-franquias,98bb39407feb3410VgnVCM1000003b74010aRCRD> acessado em 28 de abril de 2019.
SEBRAE. Manual do Empresário: Franquia. Vitória: SEBRAE, 2005.
SILVA, D. M. A internacionalização das redes de franquias brasileiras e a necessidade de adaptação do composto de marketing aos novos mercados. In: XXVIII ENANPAD. Anais... Curitiba, 2008, p.1-16.

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