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DIREITO COMERCIAL - FALÊNCIAS

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DIREITO COMERCIAL
FALÊNCIAS
	
BREVES CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O QUE GARANTE AS DIVIDAS DE CERTA PESSOA?
O seu patrimônio, seja de uma Pessoa Física ou Jurídica.
A responsabilidade do devedor está positivada!
A garantia do credor é, portanto, a existência do patrimônio do devedor.
CONCURSO DE CREDORES 
(par conditio creditorium)
 
Ocorre quando vários credores pedem para reaver o patrimônio de um devedor. 
Ressalta-se que essa execução coletiva/concursal pode ocorrer em 2 hipóteses:
Falência: quando diz respeito ao empresário (Lei de Falências Nº 11.101/2005
Insolvência Civil: trata das pessoas que exercem atividade não empresarial.
Vamos agora a diferença entre esses dois institutos:
Na falência o empresário pode se preservar dela se for possível socorrer-se da recuperação judicial; na insolvência civil não há nada semelhante...
No que tange à extinção das obrigações, na falência, se o devedor (falido) após a realização do ativo, pagar ao menos 50% do debito quirografário, as obrigações serão declaradas extintas; na insolvência civil é preciso que se pague a totalidade do debito ou que se aguarde o decurso de 05 anos do encerramento do processo para que haja essa extinção. 
“Art. 774, CPC antigo. Liquidada a massa sem que tenha sido efetuado o pagamento integral a todos os credores, o devedor insolvente continua obrigado pelo saldo.
Art. 778, CPC antigo Consideram-se extintas todas as obrigações do devedor, decorrido o prazo de 5 (cinco) anos, contados da data do encerramento do processo de insolvência. “
PRESSUPOSTOS DA FALENCIA
O DEVEDOR DEVE SER EMPRESÁRIO
INSOLVÊNCIA JURÍDICA
SENTENÇA DECLARATÓRIA DA FALÊNCIA
Para um melhor entendimento, vamos a alguns conceitos....
O que é ser empresário? Empresário é aquele que exerce atividade econômica organizada, de forma profissional, para a produção ou circulação de bens ou de serviços (artigo 966, CC), com habitualidade e para obter lucro
Obs: NÃO se sujeitam a falência: Associação, Fundação, Atividade Intelectual Típica, Sociedade de Advogados.
Há empresários que estão excluídos do regime falimentar (Absoluta ou Relativamente):
Absoluta: Sociedade de Economia Mista (Empresa Publica); Câmaras de Serviços de Compensação de Liquidação Financeira; Entidades Fechadas de Previdência Complementar 
Relativa: Companhia de Seguro (Liquidação se da por meio extrajudicial pela SUSEP); Bancos (BACEN); Empresas de Leasing, Administração de Consorcio, Fundo de Mutuo e Sociedade de Capitalização; Operadoras dos Planos de Saúde (ANS).
Insolvência Jurídica (quando o PASSIVO superar o ativo): não existe nenhuma situação de insolvência se ela não for demonstrada pelo meio jurídico (hipóteses taxativas); não se pode, portanto, tentar demonstrar o que não estiver na forma da lei; vejamos as principais hipóteses/características:
IMPONTUALIDADE INJUSTIFICADA
EXECUÇÃO FRUSTRADA
PRATICA DE ATO DE FALENCIA PELO FALIDO
Vamos agora a explicação de cada uma:
 Impontualidade injustificada (artigo 94, I, Lei 11.101) se caracteriza quando houver inadimplemento de obrigação liquida documentada em titulo executivo (judicial ou extrajudicial)
“Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:		 I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência; “
“Art. 784, CPC antigo Ao credor retardatário é assegurado o direito de disputar, por ação direta, antes do rateio final, a prelação ou a cota proporcional ao seu crédito.
Art. 785, CPC antigo O devedor, que caiu em estado de insolvência sem culpa sua, pode requerer ao juiz, se a massa o comportar, que Ihe arbitre uma pensão, até a alienação dos bens. Ouvidos os credores, o juiz decidirá. “
Obs.: a forma de se provar a impontualidade é PROTESTAR quais títulos? Titulo de credito, cheque, nota promissória, letra de cambio, duplicata...
Mesmo os títulos que não são normalmente protestáveis devem sê-lo, objetivando sustentar o pedido de falência (na sentença judicial condenatória)
Ainda, a somatória do (s) titulo (s) deve atingir o montante de, pelo menos, 40 SALARIOS MINIMOS! 
Há hipóteses em que a impontualidade é JUSTIFICADA:
ART. 96, Lei 11.101 “A falência requerida com base no art. 94, inciso I do caput, desta Lei, não será decretada se o requerido provar:	 I – falsidade de título;						 II – prescrição;							 III – nulidade de obrigação ou de título;				 IV – pagamento da dívida;					 V – qualquer outro fato que extinga ou suspenda obrigação ou não legitime a cobrança de título;				 VI – vício em protesto ou em seu instrumento;”
 Execução frustrada (artigo 94, II, Lei 11.101): o empresário é executado, não paga, não deposita e não nomeia bens a penhora (de modo que não garante bens à execução) = TRÍPLICE OMISSÃO
A falência não será requerida nos próprios autos = o credor pede uma certidão ao juízo de execução e distribui o pedido de falência.
Aqui não há a obrigatoriedade dos títulos terem valor mínimo de 40 salários mínimos e nem o protesto destes títulos. 
“II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal;”
 prática de ato de falência pelo devedor falido (artigo 94, III, Lei 11.101): é presunção jurídica (não admite prova em contrario); os atos são SOMENTE aqueles previstos em lei:
liquidação precipitada (ou pagamento feito através de meio ruinoso/fraudulento... “se desfazendo de suas coisas por qualquer preço”; 
realização de negocio simulado: para estar presente o ato de falência deve haver a insolvência (econômica ou jurídica); quando há a simulação de um negocio que efetivamente não ocorreu.
Transpasse irregular: quando os credores do alienante não são notificados sobre a transferência do estabelecimento; aqui o devedor não fica com bens suficientes para realizar o ativo;
 estabelecimento: é o conjunto de bens que o empresário reúne para realizar suas atividades. Pode ser vendido porque é um bem, porem deve ser feita a notificação a todos os credores. 
Transferência simulada do principal estabelecimento: o ato de falência é você mudar sem uma justificativa econômica relevante para outro local.
 principal estabelecimento: local onde é mais relevante sua atividade empresarial; 
Constituição de garantia real: quando se é o credor de algo, pode exigir que haja (concomitantemente) a garantia real; o empresário pode, porem se a garantia é constituída a posteriori da divida, caracteriza-se como ato de falência. 
 garantia sobre alienação fiduciária, hipoteca – bem imóvel, penhora – bem móvel. 
Fuga/abandono do estabelecimento: não deixando ninguém com poderes e bens;
Descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano da recuperação; 
O PROCESSO FALIMENTAR
São 3 fases...
PRÉ-FALIMENTAR: começa com a petição inicial e termina com a sentença declaratória da falência;
FALIMENTAR: começa com a sentença declaratória e termina com a sentença de encerramento da falência – esse é o grosso do processo, onde demora mais.
REABILITAÇÃO: termina justamente com a declaração judicial da extinção da obrigação do falido
Obs.: a lei supletiva à 11.101 é o CPC
O SUJEITO ATIVO DENTRO DO PROCEDIMENTO
Art. 97. Podem requerer a falência do devedor:
I – o próprio devedor, na forma do disposto nos arts. 105 a 107 desta Lei;
II – o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante;
III – o cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da sociedade;
IV – qualquer credor.
§ 1o O credor empresário apresentará certidão do Registro Público de Empresas que comprove a regularidade de suas     atividades.
§ 2o O credor que não tiver domicílio no Brasil deverá prestar caução relativa às custas e ao pagamento da indenização de quetrata o art. 101 desta Lei.
 na S.A. o requerente da falência mais comum é o CREDOR
EXCEÇÕES:
O próprio devedor; caracterizando-se uma autofalência;
O sócio da sociedade devedora (NÃO se caracteriza como autofalência pois está requerendo a falência de outra pessoa – Pessoa Jurídica)
O cônjuge sobrevivente, herdeiro, inventariante são legitimados extrajudicialmente. 
Obs.: o credor sem titulo VENCIDO tem legitimidade para propor a ação de falência socorrendo-se da impontualidade do devedor em relação ao credito de terceiro; devera, portanto, provar na Petição Inicial que é credor, protestando o seu credito não vencido
O empresário, para pedir a falência de um terceiro, deve provar que é empresário regular (inscrito na Junta Comercial);
O credor domiciliado no exterior poderá requerer a falência do empresário SE PRESTAR CAUÇÃO (é a garantia de cunho indenizatório, se a falência for denegada) 
O JUIZO FALIMENTAR
COMPETENCIA PARA O PROCESSAMENTO DA FALENCIA: será competente o juízo local do principal estabelecimento (NÃO É A SEDE) do empresário que tiver a falência requerida;
principal estabelecimento: onde ocorre a maior atividade econômica; define onde deve tramitar a ação de falência dos empresários. 
Obs.: naqueles locais em que houver mais de 1 Vara especializada, aquele que conhecer o 1o pedido de falência torna-se preventa
 vis attractiva: o juízo é universal, de modo que atrai para si todas as ações que corram contra o falido e a massa falida. Entretanto, há 5 exceções:
	
As ações não reguladas pela lei de falências (como saber? Se não possuírem custo patrimonial, não será atraída) nas quais a massa falida for a autora ou litisconsorte ativa;
Ações que demandem quantia ilíquida: ainda não se está definido a quantia que será pedida;
Reclamações trabalhistas: irão continuar a serem processadas onde estavam (Justiça Especializada);
Credito Tributário: (latto sensu): não são atraídas; execução fiscal latu senso: credito tributário, previdenciário e não tributários inscritos na divida ativa 
Aqueles que tramitam na Justiça Federal
 os mais importantes são c, d, e.
RITO PROCESSUAL
São 2 ritos...
QUANDO A FALENCIA É REQUERIDA PELO CREDOR/SOCIO DA SOCIEDADE DEVEDORA
“Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:
I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência;
II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal;
III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial:
a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos;
b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não;
c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo;
d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor;
e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo;
f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento;
g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial.
§ 1o Credores podem reunir-se em litisconsórcio a fim de perfazer o limite mínimo para o pedido de falência com base no inciso I do caput deste artigo.
§ 2o Ainda que líquidos, não legitimam o pedido de falência os créditos que nela não se possam reclamar.
§ 3o Na hipótese do inciso I do caput deste artigo, o pedido de falência será instruído com os títulos executivos na forma do parágrafo único do art. 9o desta Lei, acompanhados, em qualquer caso, dos respectivos instrumentos de protesto para fim falimentar nos termos da legislação específica.
§ 4o Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, o pedido de falência será instruído com certidão expedida pelo juízo em que se processa a execução.
§ 5o Na hipótese do inciso III do caput deste artigo, o pedido de falência descreverá os fatos que a caracterizam, juntando-se as provas que houver e especificando-se as que serão produzidas.”
“Art. 96. A falência requerida com base no art. 94, inciso I do caput, desta Lei, não será decretada se o requerido provar:
I – falsidade de título;
II – prescrição;
III – nulidade de obrigação ou de título;
IV – pagamento da dívida;
V – qualquer outro fato que extinga ou suspenda obrigação ou não legitime a cobrança de título;
VI – vício em protesto ou em seu instrumento;
VII – apresentação de pedido de recuperação judicial no prazo da contestação, observados os requisitos do art. 51 desta Lei;
VIII – cessação das atividades empresariais mais de 2 (dois) anos antes do pedido de falência, comprovada por documento hábil do Registro Público de Empresas, o qual não prevalecerá contra prova de exercício posterior ao ato registrado.
§ 1o Não será decretada a falência de sociedade anônima após liquidado e partilhado seu ativo nem do espólio após 1 (um) ano da morte do devedor.
§ 2o As defesas previstas nos incisos I a VI do caput deste artigo não obstam a decretação de falência se, ao final, restarem obrigações não atingidas pelas defesas em montante que supere o limite previsto naquele dispositivo.”
“ Art. 98. Citado, o devedor poderá apresentar contestação no prazo de 10 (dez) dias.		Parágrafo único. Nos pedidos baseados nos incisos I e II do caput do art. 94 desta Lei, o devedor poderá, no prazo da contestação, depositar o valor correspondente ao total do crédito, acrescido de correção monetária, juros e honorários advocatícios, hipótese em que a falência não será decretada e, caso julgado procedente o pedido de falência, o juiz ordenará o levantamento do valor pelo autor.”
 o requerente deverá juntar uma certidão ao juízo da execução dando “conta” que aquilo aconteceu = EXECUÇÃO FRUSTRADA
Juntar o titulo protestado de terceiro e/ou protesto de terceiro e prova de que você é credor = IMPONTUALIDADE INJUSTIFICADA
PRATICA DO ATO DE FALENCIA: deve ser provado o ato (titulo de credor e protestos que comuniquem que efetivamente houve o ato: provas por meio de testemunhas, docs...) – cognição rápida! 
 é dado ao requerido um prazo de 10 dias para:
Fazer o deposito elisivo (quando a falência for baseada em dividas, o réu paga a divida com juros, multa, atualização e honorários e, com isso, não terá sua falência decretada)
Contestar + Depositar
Contestar (aqui o risco é alto, pois se só fizer isso sua falência é decretada)
Não faz nada e tem sua falência decretada – na base da REVELIA
 toda vez que o requerido de um pedido de falência promove o pagamento do titulo, ou deposita seu valor em juízo = A FALENCIA NÃO SERÁ DECRETADA! Este é o deposito elisivo. 
QUANDO HOUVER AUTO-FALÊNCIA
“Art. 105. O devedor em crise econômico-financeira que julgue não atender aos requisitos para pleitear sua recuperação judicial deverá requerer ao juízo sua falência, expondo as razões da impossibilidade de prosseguimento da atividade empresarial, acompanhadas dos seguintes documentos:
I – demonstrações contábeis referentes aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente para instruir o pedido, confeccionadas com estrita observância da legislação societária aplicável e compostas obrigatoriamente de:
a) balanço patrimonial;
b) demonstração de resultados acumulados;c) demonstração do resultado desde o último exercício social;
d) relatório do fluxo de caixa;
II – relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos;
III – relação dos bens e direitos que compõem o ativo, com a respectiva estimativa de valor e documentos comprobatórios de propriedade;
IV – prova da condição de empresário, contrato social ou estatuto em vigor ou, se não houver, a indicação de todos os sócios, seus endereços e a relação de seus bens pessoais;
V – os livros obrigatórios e documentos contábeis que lhe forem exigidos por lei;
VI – relação de seus administradores nos últimos 5 (cinco) anos, com os respectivos endereços, suas funções e participação societária.
“Art. 106. Não estando o pedido regularmente instruído, o juiz determinará que seja emendado.”
“Art. 107. A sentença que decretar a falência do devedor observará a forma do art. 99 desta Lei.
Parágrafo único. Decretada a falência, aplicam-se integralmente os dispositivos relativos à falência requerida pelas pessoas referidas nos incisos II a IV do caput do art. 97 desta Lei.”
 ao empresário compete pedir/decretar sua própria falência se for o caso; preceito-mandatário SEM sanção (se não o fizer, não sofrerá consequências);
 O pedido de falência de 1 SOCIO não se enquadra como autofalência
 O pedido se inicia com a Petição Inicial e se encerra com a Sentença Declaratória de Falência;
Caso haja desejo pela desistência, sua única possibilidade é se o pedido (de desistência) for feito ate a decretação da Falência. 
 O MP não atua no pedido de falência com fundamento na autofalência, só o fará depois de fixada a massa falida (concurso de credores) como custus legis ou titular da ação penal.
 Como supracitado, o artigo 105 descreve uma serie de documentos que o requerente deve juntar aos autos. O juiz, ainda, poderá pedir que ele complemente a documentação, o que não acarreta em consequências. Vale ressaltar que o juiz não poderá se eximir de decretar a falência somente devido a ausência desses documentos. 
SENTENÇA DECLARATÓRIA DE FALÊNCIA
Passemos a analisar quais são os conteúdos de uma sentença...
GENERICOS: é o conteúdo genérico que abrange todas as sentenças processuais = relatório, fundamento e dispositivo (CPC)
ESPECIFICOS 
“Art. 99. A sentença que decretar a falência do devedor, dentre outras determinações:
I – conterá a síntese do pedido, a identificação do falido e os nomes dos que forem a esse tempo seus administradores;
II – fixará o termo legal da falência, sem poder retrotraí-lo por mais de 90 (noventa) dias contados do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do 1o (primeiro) protesto por falta de pagamento, excluindo-se, para esta finalidade, os protestos que tenham sido cancelados;
III – ordenará ao falido que apresente, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos, se esta já não se encontrar nos autos, sob pena de desobediência;
IV – explicitará o prazo para as habilitações de crédito, observado o disposto no § 1o do art. 7o desta Lei;
V – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o falido, ressalvadas as hipóteses previstas nos §§ 1o e 2o do art. 6o desta Lei;
VI – proibirá a prática de qualquer ato de disposição ou oneração de bens do falido, submetendo-os preliminarmente à autorização judicial e do Comitê, se houver, ressalvados os bens cuja venda faça parte das atividades normais do devedor se autorizada a continuação provisória nos termos do inciso XI do caput deste artigo;
VII – determinará as diligências necessárias para salvaguardar os interesses das partes envolvidas, podendo ordenar a prisão preventiva do falido ou de seus administradores quando requerida com fundamento em provas da prática de crime definido nesta Lei;
VIII – ordenará ao Registro Público de Empresas que proceda à anotação da falência no registro do devedor, para que conste a expressão "Falido", a data da decretação da falência e a inabilitação de que trata o art. 102 desta Lei;
IX – nomeará o administrador judicial, que desempenhará suas funções na forma do inciso III do caput do art. 22 desta Lei sem prejuízo do disposto na alínea a do inciso II do caput do art. 35 desta Lei;
X – determinará a expedição de ofícios aos órgãos e repartições públicas e outras entidades para que informem a existência de bens e direitos do falido;
XI – pronunciar-se-á a respeito da continuação provisória das atividades do falido com o administrador judicial ou da lacração dos estabelecimentos, observado o disposto no art. 109 desta Lei;
XII – determinará, quando entender conveniente, a convocação da assembléia-geral de credores para a constituição de Comitê de Credores, podendo ainda autorizar a manutenção do Comitê eventualmente em funcionamento na recuperação judicial quando da decretação da falência;
XIII – ordenará a intimação do Ministério Público e a comunicação por carta às Fazendas Públicas Federal e de todos os Estados e Municípios em que o devedor tiver estabelecimento, para que tomem conhecimento da falência.
Parágrafo único. O juiz ordenará a publicação de edital contendo a íntegra da decisão que decreta a falência e a relação de credores.
Síntese do pedido e completa identificação do falido (sócios, local...)
Neste momento o juiz designa alguém para ser o ADMINISTRADOR JUDICIAL = este irá representar o interesse dos credores da massa falida
O juiz fixa o “TERMO LEGAL DA FALENCIA”; fixado ate 90 dias antes do primeiro protesto por falta de pagamento, no caso da impontualidade injustificada; ate 90 dias antes da Petição Inicial, no caso de ato de falência/autofalência; e quando for convolação de recuperação em falência, 90 dias antes do requerimento de recuperação
Neste período todas as contas do empresário serão auditadas;
Determinação que o falido entregue a relação de seus credores;
Explicitação do prazo para habilitação de créditos;
Ordens de suspensão das ações e execuções contra o falido: todas as ações que envolverem a falência irão para o juízo falimentar (vis attractivas);
Proibição de atos de disposição (todas as formas de “sair” do patrimônio um bem que o falido teria) ou de oneração (garantia) dos bens do falido 
Ordem de lacração do estabelecimento (se for o caso): TODO o patrimônio passa a fazer parte do ativo, com o objetivo de liquidar a divida.
Autorização para continuação provisória do negocio (com a presença do ADMINISTRADOR JUDICIAL se o juiz entender cabível) 		 se o juiz perceber que é valido se desfazer de alimentos perecíveis, por exemplo, opta por vende-los
 a falência tem um sistema recursal próprio e contra a sentença declaratória de falência cabe EMBARGOS DE DECLARAÇÃO!
SENTENÇA DENEGATÓRIA DE FALENCIA
Hipóteses...
SE FOR FEITO DEPÓSITO ELISIVO: quando há elisão, provoca-se o desaparecimento do pressuposto de insolvência jurídica; 
QUEM SUCUMBE (PROVA)? Aquele que tiver feito o deposito, no caso, o requerido. Ele irá também arcar com as verbas sucumbenciais. 
SE O JUIZ ACATAR A DEFESA DO FALIDO: aqui quem irá sucumbir é o requerente. 
 a causa de pedir remota é a mesma, mas as consequências acessórias são distintas!
Sumula 29, STJ: No pagamento em juízo para elidir falência, são devidos correção monetária, juros e honorários de advogado.
 quando for feito o deposito em pedido principal, o juiz denega a falência, determinando a complementação do pagamento;
 quando o juiz acolhe a defesa, condena o requerente as verbas normais de sucumbência. Além disso, o juiz deve verificar se o requerente agiu com DOLO manifesto, nesta hipótese condenara-lo à verba indenizatória 
A indenização poderá ser pleiteada em via própria se não houver condenação!
ADMINISTRAÇÃO DA FALÊNCIA
Quem preside a falência? O JUIZ. É ele que define como vai ser administrado o patrimônio do falido, em ultima instancia. 				 o juiz é auxiliado pelo MP, AdministradorJudicial, Assembleia de Credores e Comitê.
 o MP é custus legis nas impugnações de credito; parte na ação penal falimentar; auxiliar do juiz quando se manifestar nas prestações de contas do administrador. 
 o juiz se encarrega de nomear o administrador judicial, que será escolhido dentre os profissionais de sua confiança e que não estejam impedidos. 
No dia-a-dia, a administração da falência será competência do Administrador Judicial. 
O ADMINISTRADOR JUDICIAL
 Será escolhido pelo Juiz;
 representa legalmente a MASSA FALIDA;
 tem o dever de auxiliar o juiz na administração da falência;
COMO O ADMINISTRADOR JUDICIAL DEVE AGIR? Otimizando o patrimônio do falido, vendendo tudo da melhor forma possível... 
DEVERES DO ADMINISTRADOR JUDICIAL
Art. 22. Ao administrador judicial compete, sob a fiscalização do juiz e do Comitê, além de outros deveres que esta Lei lhe impõe:
II – na falência:
a) avisar, pelo órgão oficial, o lugar e hora em que, diariamente, os credores terão à sua disposição os livros e documentos do falido;
b) examinar a escrituração do devedor;
c) relacionar os processos e assumir a representação judicial da massa falida;
d) receber e abrir a correspondência dirigida ao devedor, entregando a ele o que não for assunto de interesse da massa;
e) apresentar, no prazo de 40 (quarenta) dias, contado da assinatura do termo de compromisso, prorrogável por igual período, relatório sobre as causas e circunstâncias que conduziram à situação de falência, no qual apontará a responsabilidade civil e penal dos envolvidos, observado o disposto no art. 186 desta Lei;
f) arrecadar os bens e documentos do devedor e elaborar o auto de arrecadação, nos termos dos arts. 108 e 110 desta Lei;
g) avaliar os bens arrecadados;
h) contratar avaliadores, de preferência oficiais, mediante autorização judicial, para a avaliação dos bens caso entenda não ter condições técnicas para a tarefa;
i) praticar os atos necessários à realização do ativo e ao pagamento dos credores;
j) requerer ao juiz a venda antecipada de bens perecíveis, deterioráveis ou sujeitos a considerável desvalorização ou de conservação arriscada ou dispendiosa, nos termos do art. 113 desta Lei;
l) praticar todos os atos conservatórios de direitos e ações, diligenciar a cobrança de dívidas e dar a respectiva quitação;
m) remir, em benefício da massa e mediante autorização judicial, bens apenhados, penhorados ou legalmente retidos;
n) representar a massa falida em juízo, contratando, se necessário, advogado, cujos honorários serão previamente ajustados e aprovados pelo Comitê de Credores;
o) requerer todas as medidas e diligências que forem necessárias para o cumprimento desta Lei, a proteção da massa ou a eficiência da administração;
p) apresentar ao juiz para juntada aos autos, até o 10o (décimo) dia do mês seguinte ao vencido, conta demonstrativa da administração, que especifique com clareza a receita e a despesa;
q) entregar ao seu substituto todos os bens e documentos da massa em seu poder, sob pena de responsabilidade;
r) prestar contas ao final do processo, quando for substituído, destituído ou renunciar ao cargo.
O ADMINISTRADOR DEVE BUSCAR INDICIOS DE IRREGULARIDADES NA ESCRITURAÇÃO DO FALIDO lato sensu: livros comerciais e tudo que o empresário tiver como registro. 
ARRECADAR TODOS OS LIVROS, REGISTROS E DOCUMENTOS QUE ELE ENCONTRAR SOB A POSSE DO FALIDO;
ARRECADAR TODOS OS BENS DO FALIDO (normalmente vai acompanhado de oficial de justiça);
REQUERER AO JUZI A VENDA ANTECIPADA DE BENS PERECIVEIS, DETERIORAVEIS OU SUJEITOS À CUSTOSA CONSERVAÇÃO;
REALIZAÇÃO DO ATIVO PARA A SATISFAÇÃO DO PASSIVO
A REMUNERAÇÃO DO ADMINISTRADOR
 o juiz irá fixar a remuneração com base na disponibilidade do ativo (% do ativo realizado).
 esta remuneração trata-se de um credito extra concursal: não entra no concurso de credores; este credito é anterior (de alguma maneira sempre será pago).
 60% dessa remuneração são pagos assim que for deliberado algum tipo de recurso para este pagamento; 40% é pago após a aprovação de prestação de contar (do administrador judicial para o juiz).
Obs.: o Administrador Judicial que renunciar será destituído, ou não terá suas contas aprovadas, de modo que não fara mais jus à remuneração; caso ele tenha sido substituído por um motivo justificável (morte, impedimento...) fara jus à remuneração proporcional ao trabalho já feito
SUBSTITUIÇÃO NÃO É PUNIÇÃO 
DESTITUIÇÃO É PUNIÇÃO; por isso o destituído nunca mais poderá assumir a posição de administrador judicial!
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Poderá se dar em:
Processo ordinário: no termino da falência 
Processo extraordinário:
Destituição
Substituição
Renuncia
 se o administrador judicial não prestar contar nessas 2 oportunidades, ele será intimado para fazê-lo em 5 dias sob pena de incorrer em crime de desobediência 
Obs.: a prestação de contas é autuada em apartado e julgada após o aviso dos credores e do falido, que terá prazo de 10 dias para impugna-la.
Se rejeitada as contas, o juiz pode decretar a indisponibilidade dos bens do administrador ou ate mesmo sequestra-los;
SUBSTITUIÇÃO NÃO É PUNIÇÃO! Causas: 	
Morte;
Incapacidade/impedimento;
Falência;
DESTITUIÇÃO É PUNIÇÃO! Causas:
Descumprimento das funções e obrigações legais do administrador judicial;
Se o interesse individual do administrador for conflitante com o da massa falida
 imaginando que está má gestão do administrador judicial acarrete um prejuízo à massa falida = o administrador poderá ser chamado a indenizar
Enquanto a falência estiver em curso, só a massa falida tem legitimidade ativa para processa o administrador, o credor não tem esta legitimidade ativa; 
Se o administrador judicial for destituído, o juiz o destitui e nomeia um novo, que deverá pedir a indenização (e se não o fizer poderá também ser destituído). 
Obs.: se não houver destituição, após o termino do processo falimentar, o credor individual (que pediu a destituição) pode ingressar com a ação de indenização e esta se aproveita a ele próprio. 
OUTROS INSTITUTOS DA ADMINISTRAÇÃO
Comitê
Art. 26. O Comitê de Credores será constituído por deliberação de qualquer das classes de credores na assembléia-geral e terá a seguinte composição:
I – 1 (um) representante indicado pela classe de credores trabalhistas, com 2 (dois) suplentes;
II – 1 (um) representante indicado pela classe de credores com direitos reais de garantia ou privilégios especiais, com 2 (dois) suplentes;
III – 1 (um) representante indicado pela classe de credores quirografários e com privilégios gerais, com 2 (dois) suplentes.
IV - 1 (um) representante indicado pela classe de credores representantes de microempresas e empresas de pequeno porte, com 2 (dois) suplentes
§ 1o A falta de indicação de representante por quaisquer das classes não prejudicará a constituição do Comitê, que poderá funcionar com número inferior ao previsto no caput deste artigo.
§ 2o O juiz determinará, mediante requerimento subscrito por credores que representem a maioria dos créditos de uma classe, independentemente da realização de assembléia:
I – a nomeação do representante e dos suplentes da respectiva classe ainda não representada no Comitê; ou
II – a substituição do representante ou dos suplentes da respectiva classe.
§ 3o Caberá aos próprios membros do Comitê indicar, entre eles, quem irá presidi-lo.
Art. 27. O Comitê de Credores terá as seguintes atribuições, além de outras previstas nesta Lei:
I – na recuperação judicial e na falência:
a) fiscalizar as atividades e examinar as contas do administrador judicial;
b) zelar pelo bom andamento do processo e pelo cumprimento da lei;
c) comunicar ao juiz, caso detecte violação dos direitos ou prejuízo aos interesses dos credores;
d) apurar e emitir parecer sobre quaisquer reclamações dos interessados;
e) requerer ao juiz a convocação da assembléia-geral de credores;
f) manifestar-se nas hipóteses previstas nesta Lei;
§ 1o Asdecisões do Comitê, tomadas por maioria, serão consignadas em livro de atas, rubricado pelo juízo, que ficará à disposição do administrador judicial, dos credores e do devedor.
§ 2o Caso não seja possível a obtenção de maioria em deliberação do Comitê, o impasse será resolvido pelo administrador judicial ou, na incompatibilidade deste, pelo juiz.
Art. 28. Não havendo Comitê de Credores, caberá ao administrador judicial ou, na incompatibilidade deste, ao juiz exercer suas atribuições.
Art. 29. Os membros do Comitê não terão sua remuneração custeada pelo devedor ou pela massa falida, mas as despesas realizadas para a realização de ato previsto nesta Lei, se devidamente comprovadas e com a autorização do juiz, serão ressarcidas atendendo às disponibilidades de caixa.
Art. 30. Não poderá integrar o Comitê ou exercer as funções de administrador judicial quem, nos últimos 5 (cinco) anos, no exercício do cargo de administrador judicial ou de membro do Comitê em falência ou recuperação judicial anterior, foi destituído, deixou de prestar contas dentro dos prazos legais ou teve a prestação de contas desaprovada.
§ 1o Ficará também impedido de integrar o Comitê ou exercer a função de administrador judicial quem tiver relação de parentesco ou afinidade até o 3o (terceiro) grau com o devedor, seus administradores, controladores ou representantes legais ou deles for amigo, inimigo ou dependente.
§ 2o O devedor, qualquer credor ou o Ministério Público poderá requerer ao juiz a substituição do administrador judicial ou dos membros do Comitê nomeados em desobediência aos preceitos desta Lei.
§ 3o O juiz decidirá, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sobre o requerimento do § 2o deste artigo.
Art. 31. O juiz, de ofício ou a requerimento fundamentado de qualquer interessado, poderá determinar a destituição do administrador judicial ou de quaisquer dos membros do Comitê de Credores quando verificar desobediência aos preceitos desta Lei, descumprimento de deveres, omissão, negligência ou prática de ato lesivo às atividades do devedor ou a terceiros.
§ 1o No ato de destituição, o juiz nomeará novo administrador judicial ou convocará os suplentes para recompor o Comitê.
§ 2o Na falência, o administrador judicial substituído prestará contas no prazo de 10 (dez) dias, nos termos dos §§ 1o a 6o do art. 154 desta Lei.
Art. 32. O administrador judicial e os membros do Comitê responderão pelos prejuízos causados à massa falida, ao devedor ou aos credores por dolo ou culpa, devendo o dissidente em deliberação do Comitê consignar sua discordância em ata para eximir-se da responsabilidade.
Art. 33. O administrador judicial e os membros do Comitê de Credores, logo que nomeados, serão intimados pessoalmente para, em 48 (quarenta e oito) horas, assinar, na sede do juízo, o termo de compromisso de bem e fielmente desempenhar o cargo e assumir todas as responsabilidades a ele inerentes.
Art. 34. Não assinado o termo de compromisso no prazo previsto no art. 33 desta Lei, o juiz nomeará outro administrador judicial.
 É um órgão de constituição facultativa; tem finalidade consultiva e de fiscalização. O juiz pode indicar sua instalação na sentença declaratória de falência ou ate por requerimento das partes.
A constituição é de um representante efetivo e de 2 suplentes (1 por classe), escolhidos por votos ou categoria de credores; para ser criada por credores pressupõe-se a Assembleia de Credores...
Sua competência está relacionada à manifestação na impugnação de credito, nos pedidos de restituição, sobre a oportunidade de venda antecipada de bens, concessão de desconto a devedor, ou formas ordinárias de realização do ativo;
Ele não deve existir em toda e qualquer falência. Deve, ao contrario, ser instaurado apenas quando a complexidade e o volume da massa falida o recomendar. 
Assembleia de Credores: pode ser convocada pelo juiz ou por representantes de 25% do capital de determinada categoria (garantia real, quirografária, trabalhista...); esses 25% são presididos pelo juiz.
Delibera sobre a substituição do administrador judicial ou sobre formas alternativas (tudo que não é ordinário) de realização do ativo. primeiro se recebe o que foi investido; depois é feita a partilha;
EFEITOS DA SENTENÇA DECLARATÓRIA DE FALÊNCIA
O FALIDO PERDE O DIREITO DE ADMINISTRAR SEU PATRIMÔNIO;
SE DISSOLVE A SOCIEDADE EMPRESARIAL;
Obs.: é possível que a falência atinja uma sociedade já dissolvida!
Enquanto não tiver encerrado a partilha, a sociedade continua a funcionar. Somente com o esgotamento do passivo a atividade estará encerrada.
 dissolução (ATO) -> liquidação -> partilha
PARA RECORDAR...
Regra geral: quem responde pelas dividas é o patrimônio social, não os sócios. 
	
	Subscreveu
	Integralizou
	FABIO
	30
	10
	JOSÉ
	30
	20
	CARLOS
	30
	30
Limitada: todos respondem ate o limite do que foi subscrito, e não o integralizado;
S.A.: somente responderão os sócios que não integralizaram (Fabio e José); 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 O efeito importante da falência é que o Administrador Judicial irá propor AÇÃO DE INTEGRALIZAÇÃO (é um critério de credito)
Geralmente vai contra o sócio que tiver mais dinheiro;
O JUIZ PODE ALIENAR DE CARA O PATRIMÔNIO DO SÓCIO?
1o – deve vender todo o patrimônio da sociedade (liquidando todo o ativo) e, se ainda sobrar débito, poderá pegar o patrimônio do sócio (que tem responsabilidade subsidiaria);
Lembrar: a responsabilidade do sócio é sempre subsidiária = primeiro se esgota todo o patrimônio da sociedade, depois o do sócio.
 
 em regra, os sócios de sociedade empresaria não respondem com seu patrimônio pelas dividas surgidas na Falência, caso o capital social de uma sociedade, que tenha seus sócios com responsabilidade limitada (LTDA e S.A., cada uma com sua característica), não esteja completamente integralizado, caberá ao Administrador Judicial propor a ação de integralização;
 penhorados os bens pessoais do sócio, estes somente serão vendidos após o exaurimento do acervo social, caso haja algum passivo social remanescente. 
 caso se trate de sociedade cuja responsabilidade é ilimitada (Nome Coletivo – todos os sócios; Comandita Simples – comanditado; Comandita por Ações – acionista diretor) os bens dos sócios são arrecadados pelo Administrador Judicial juntamente com os bens da sociedade empresaria, mas não serão liquidados se houver debito após os pagamentos ocorridos com o produto do pagamento social;
 no que tange a responsabilidade penal, os sócios se equiparam ao empresário individual; 
Se forem condenados a crime falimentar não poderão, por força da Lei de Registros Públicos, serem sócios ou administradores de outra sociedade, enquanto não forem reabilitados. 
 o administrador judicial irá arrecadar todos os bens do falido e formalizar em um inventario;

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