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PROBLEMA APRESENTADO 
 
1) Nirelaine Simitino comprou um celular muito moderno que depois de 
algum tempo apresentou problema na bateria. Ela se dirigiu à assistência 
técnica da marca e foi informada que deveria deixar o celular para ser 
encaminhado ao fabricante para análise do problema. Nirelaine não 
concordou em ficar sem o celular, embora a assistência técnica garantisse 
que estava agindo em conformidade com o disposto no artigo 18, parágrafo 
1º da Lei 8.078, de 1990. Ela então se dirigiu a uma barraca de venda de 
produtos importados e comprou uma bateria nova, bem barata, que o 
vendedor afirmou que serviria para o modelo de celular dela. 
Nirelaine substituiu a bateria e continuou usando o aparelho celular que, 
uma semana depois, explodiu causando a destruição do próprio aparelho e 
de bens que estavam próximos ao local do acidente. Ela ingressou com uma 
ação contra o fabricante do celular e não teve êxito na causa. 
 
 
A responsabilidade civil pelo fato do produto e do serviço consiste em imputar ao 
fornecedor a responsabilidade pelos danos causados ao consumidor devido a defeito na 
concepção ou fornecimento de produto ou de serviço. 
 
O magistrado negou o pedido da consumidora, provavelmente pelo fato de que não 
houve responsabilidade do vendedor ou do fabricante pelos atos praticados pela 
consumidora, que lhe causaram os danos. 
 
Assim diante da análise do caso, há que destacar que não houve responsabilidade do 
fornecedor de produtos e serviços, pelos danos provocados, pois o que houve foi mau 
uso do produto pela consumidora e não má qualidade de produtos e serviços colocados 
no mercado de consumo. 
 
Assim a fundamentação será a seguinte: 
 
A constatação do mau uso do aparelho confirmado por Laudo técnico destaca-se da 
jurisprudência: 
“.....” 
 Também, não há interesse de agir, pois não houve provado encaminhamento do 
produto á assistência técnica, embora haja nota fiscal do produto que confirma que o 
mesmo fora comprado em -/-/-, Estando a ação fundamentada apenas na narrativa da 
inicial. 
Desta forma, apesar de estar configurada a relação de consumo entre as partes, e a 
incidência do art. 6º VIII, do CDC, bem como a inversão do ônus da prova, no caso, 
cabia ao autor, demonstrar de forma mínima, os fatos constitutivos do seu direito 
alegado. 
 
Afirma o autor, haver adquirido o produto em ---/ ----/----, e que este apresentou 
problemas em ---/---/---, e que em contato com a assistência técnica foi informada que 
deveria deixar o celular para ser encaminhado ao fabricante para análise do problema. 
No entanto, não traz o autor, a prova do contato com a assistência técnica, com o 
vendedor ou fabricante, o que esvazia as possibilidades, previstas no art. 18 do CDC. 
 
Posto isto, considerando, por consequência da falta de provas de encaminhamento do 
produto a assistência tecnica, bem como, diante da comprovação do mau uso do 
aparelho eletrônico, pelo autor, foi INDEFIRIDO, os pedidos de danos materiais e 
morais. 
E com fulcro no artigo 487, I do CPC, julgou IMPROCEDENTE o pedido formulado na 
inicial. 
 
(Foi consultado o CDC, fundamentação baseada na sentença dos autos: 0819207-
76.2013.8.24.0090- Juizado Especial de Santo Antonio da Lisboa e o Recurso de 
Apelaçao:1ª Camara Cível- 0015085.08.2012.8.22.0005, processo de origem: 02ª Vara 
Cível-Gi –Paraná - 0015085.08.2012.8.22.0005.

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