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A comunicação comunitaria resumo

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AULA 01
Ao final desta aula, você será capaz de:
1-Contextualizar historicamente o homem e seu desenvolvimento nas relações de poder;
Desde de os primórdios os homens se reúnem em grupos e nesses grupos surgem lideranças espontaneamente. A busca por soluções para os problemas consequentes da adaptação ao meio ambiente exige do ser humano a construção e a transformação de um saber...
2-Identificar quais são os grupos de pressão, assim como os regimes totalitários e também qual a função dos partidos no contexto social;
Os grupos de pressão são organizações, instituições sociais,não governam mas se interessam pelo governo, diante dos próprios interesses, são 4 , grupos políticos,religiosos,econômicos e espirituais!
Regime totalitário é aquele que é um sistema de governo em que todos os poderes ficam concentrados nas mãos do governante máximo. Desta forma, no regime totalitário não há espaço para a prática da democracia, nem mesmo a garantia aos direitos individuais. Não há a liberdade de expressão e a pressão do governo sobre os cidadãos pode chegar ao extremo. 
Os partidos são quase exclusivamente políticos, Um partido pode se tornar um grupo de pressão (quando não está no governo). finalidade de alcançar o poder e conservá-lo em benefício de seus dirigentes, como também dar aos seus membros os benefícios materiais e espirituais
3- Reconhecer a importância dos meios de comunicação e sua atuação junto aos grupos da sociedade;
Alcançar a opinião pública, que é uma instância de vital importância para o funcionamento das democracias modernas.” é utilizada como principal ferramenta de relacionamento.
Os grupos de pressão e os meios de comunicação são considerados determinantes na batalha pela visibilidade de causas e de movimentos sociais reivindicatórios.
4- Relacionar os temas tratados na aula a governos que vivem em regimes ditatoriais e a situação da imprensa nesses países.
Sem liberdade de expressão não há liberdade de imprensa. E sem liberdade, não há democracia.
A comunicação oral e visual é utilizada como principal ferramenta de relacionamento.
A comunicação se desenvolveu paralelamente ao crescimento dos grupos.
A liderança é representada pelos governantes e também pelos lideres sociais, econômicos e religiosos.
Cada grupo se utiliza de praticas comunicativas e da mídia para obter credibilidade e aceitação dos indivíduos constituintes.
São grupos que interferem na sociedade:
(4)
Grupos políticos 
Coligações é um pacto entre dois ou mais partidos políticos, normalmente de ideias afins, para governar um país, uma região ou outra entidade administrativa.
Grupos econômicos 
Grandes empresas,bancos,multinacionais,
Grupos sociais 
Defesa de direitos,classes ou grupos excluídos socialmente
Grupos espirituais 
Tem base nos princípios religiosos
GRUPOS DE PRESSÃO: “organizações, instituições sociais,não governam mas se interessam pelo governo, que, diante dos próprios interesses inseridos e uma estratégia mais ou menos vasta, intervêm – exercitando a influência que possuem ou pressionando – nas atividades dos partidos, dos políticos, no governo, no parlamento, e em outras assembléias ou centros de poder político, com o fim de obter uma particular política ou específica ação e iniciativa em próprio favor, ou conseguir influenciar um decisão importante”.
Exemplos de grupos de pressão: Organizações Não Governamentais - ONGs, Organizações da Sociedade Civil, partidos políticos, sindicatos, categorias profissionais (CREA, CREMERJ, OAB), lobistas, grupos religiosos, entre outros exemplos.
GRUPOS DE PRESSÃO
Preocupam-se com uma questão de cada vez. 
Exemplo: obter a aprovação ou a não-aprovação de uma lei; induzir o governo a alguma ação, como construir uma rodovia etc.
Não governam, mas se interessam pelo governo.
• Tentam influir sobre as decisões dos políticos e dos administradores, sem 
assumir, porém, as responsabilidades da gestão do poder.
Em certas circunstâncias, os grupos de pressão se tornam partidos.
Pode acontecer que um partido de menor importância se submeta a serviço 
de um grupo de interesse: a este partido tocará a função de ser somente um 
aliado e de se mover nos rastros de um grande partido que procura alcançar 
o poder.
AS FORMAS DE PRESSÃO,AS FORMAS DE AÇÃO E SEUS MEIOS 
AÇÃO DIRETA: quando a fase de pedido ou ameaça é feita diretamente pelo grupo interessado contra o poder oficial (opressor e oprimido). Exemplo: sindicatos (greves), lobbies (ameaça diplomática ou violenta), terrorismo, sequestros.
AÇÃO INDIRETA: a intenção não é necessariamente clara, é subentendida. Utiliza principalmente os meios de comunicação, como a propaganda e os noticiários. Além da manipulação direta, conseguem o controle da opinião pública. A imprensa sofre pressão sobre si mesma e exerce pressão sobre seus destinatários (pressão em cadeia). Exemplo: pesquisas de opinião dirigidas.
SABOTAGEM: manejar coisas ou pessoas muito importantes para a vítima.
BOICOTE: dificultar a vida de alguém ou de alguma empresa com a omissão ou a interrupção das relações sociais ou econômicas, de modo que pareça natural.
OPINIÃO PÚBLICA: é a reação de um público que pode julgar e opinar diante de um fato da atualidade, existindo já uma opinião matriz. 
A pressão pode ser feita através da informação e formação (manipulação e persuasão) com uma intensidade que provoca a reação do público, formando uma opinião pública que faz pressão sobre uma determinada questão.
A IMPORTANCIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NO PROCESSO DE OPNIÃO PUBLICA
opinião pública uma instância de vital importância para o funcionamento das democracias modernas.”
o papel de intermediar a relação entre Estado e a sociedade atuar como fonte de legitimação política. Em muitos casos, a história recente demonstrou que a grande luta de vários governos traduziu-se na busca da aceitação de suas iniciativas pela opinião pública.
Enquanto regime político sustentado pelo consentimento, a democracia requer que as decisões púbicas sejam constantemente justificadas pelo governo, a fim de que recebam a aprovação da sociedade para que possam ser implantadas na prática. 
“A comunicação pública, seja entendida como aquela praticada pelo governo para prestar esclarecimentos à sociedade, seja entendida como aquela prática no âmbito da esfera pública, assume papel de destaque como elemento fundamental na formação e consolidação da opinião pública sobre assuntos públicos, uma vez que se insere como uma das principais fontes de informação no jogo político, que vai se estabelecer na esfera pública” (NOVELLI apud DUARTE, 2007, p.176, 2007, 72).
O meio de comunicação é escolhido de acordo com os interesses do grupo, o tipo e o objetivo da ação que este executa e de quem participa do movimento.
Os meios de comunicação estão ancorados quase que exclusivamente nas mãos das classes dominantes e, por essa razão, o fluxo de comunicação que dele provém é inspirado na sua ideologia e finalidade.
Os grupos de pressão e os meios de comunicação são considerados determinantes na batalha pela visibilidade de causas e de movimentos sociais reivindicatórios.
Os poderes políticos e os poderes econômicos têm nos instrumentos de informação um dos meios mais significativos para a influência e a sugestão das massas.
A COMUNICAÇÃO NOS REGIMES TOTALITARIOS 
Totalitarismo é um sistema de governo em que todos os poderes ficam concentrados nas mãos do governante máximo. Desta forma, no regime totalitário não há espaço para a prática da democracia, nem mesmo a garantia aos direitos individuais. Não há a liberdade de expressão e a pressão do governo sobre os cidadãos pode chegar ao extremo. 
Historicamente, a prática do poder totalitário é perpassada pela utilização de meios violentos para a manutenção do poder absoluto e incontestado. Prisão, tortura e até o assassinato de dirigentes políticos da oposição, além de sindicalistas, artistas, intelectuais e qualquer integrante da sociedade civilque se oponha ou tenha ideias antagônicas ao regime vigente é utilizado como ferramenta de coerção. 
Os regimes totalitários podem ser de caráter militar ou civil, leigo ou religioso, de esquerda ou de direita.
Sem liberdade de expressão não há liberdade de imprensa. E sem liberdade, não há democracia. Democracia é pluralismo, diversidade, diálogo, admissão de conflitos, respeito aos dissidentes e às divergências. Portanto, sem pluralismo a liberdade de imprensa é apenas um slogan. [...] Ser plural é uma questão-chave em face da existência de inúmeros interesses, pretensa, ou efetivamente, de caráter público. Como espelho da sociedade, cabe à imprensa reproduzir uma imagem repleta de pontos de vista e abordagens diferentes para os mesmo temas, e não uma visão única e reducionista do assunto” (FARIA apud DUARTE, 2007, p.176).
DEMOCRACIA (do grego demo+kratos): é um regime de governo em que o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos — forma mais usual.
• GRUPO: “reunião de coisas que forma um todo; pequena associação ou reunião de pessoas ligadas para um fim comum”.
• PRESSÃO: “ato ou efeito de comprimir ou apertar; influência constrangedora ou coercitiva; ação insistente sobre a vontade alheia por parte ou com a intervenção de quem tem autoridade ou força; procurar induzir alguém a comportar-se num certo modo.”
PODER: “ter a faculdade de; ter possibilidade, autorização, ter força para; ter força física ou moral, ter influência; rigor, potência; faculdade de ação em relação à personalidade e capacidade jurídica: legislativa, executiva e judiciária”.
PARTIDO: “grupo de pessoas estavelmente organizado, com a finalidade de alcançar o poder e conservá-lo em benefício de seus dirigentes, como também dar aos seus membros os benefícios materiais e espirituais que isto comporta, realizando uma junta na qual o grupo em questão deseja incluí-lo”. 
Os partidos são quase exclusivamente políticos, enquanto que os grupos tendem a preocupar-se com problemas específicos e não se dirigem ao povo (ou eleitores) em termos amplos. Um partido pode se tornar um grupo de pressão (quando não está no governo).
AULA 02
COMUNICAÇÃO POPULAR E COMUNICAÇÃO COMUNITARIA 
1- Conhecer os diferentes conceitos de Comunicação Popular e Comunitária no Brasil e no mundo;
comunicação organizacional.politica,cientifica,comunicação do estado ou governamental.
2- Identificar as iniciativas de comunicação desenvolvidas por grupos da comunidade e pelos movimentos sociais.
A atividade de Comunicação Comunitária é também conhecida pelo termo “Comunicação Pública,  Segundo Brandão, atualmente a atividade de comunicação púbica abarca uma área de grande variedade de saberes e, por isso, pode-se dizer que é um conceito em construção. os diferentes conceitos de Comunicação Popular e Comunicação Comunitária. Com base nestes conceitos, iremos identificar grupos da comunidade e grupos ligados a movimentos sociais que desenvolvam iniciativas na área de comunicação comunitária, nas suas diferentes vertentes de atuação (científica, política ou organizacional, entre outras.).
As comunicações populares e as comunitárias se vinculam aos movimentos e manifestações reivindicatórios, sindicais e libertários que buscam, de uma forma geral, a justiça social. 
 É uma expressão alternativa de comunicação e tem sua origem nos movimentos populares dos anos de 1970 e 1980, tanto no Brasil quanto na América Latina.
Tem como característica a expressão das lutas populares por melhores condições de vida, que ocorrem a partir dos movimentos sociais, tais como o movimento estudantil, o feminismo, o movimento hippie, movimento dos sem-terra, entre outros. Representam um espaço para participação democrática do povo. 
 Possui conteúdo crítico-emancipador e de reivindicação e tem a comunidade como ator principal, o que torna um processo com bases na educação e na democracia.
Trata-se de um instrumento político para exteriorizar a concepção de mundo de uma comunidade, seus anseios e compromissos na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. 
 Representa um processo comunicativo que surge da ação dos grupos populares. Tem caráter de mobilização coletiva na figura dos movimentos populares, que desenvolve canais próprios de comunicação. 
Trata-se de uma forma de expressão de segmentos excluídos da população, mas em processo de mobilização, visando atingir seus interesses e suprir necessidades de sobrevivência e de participação política
DIFERENTES AREAS DA COPMUNICAÇÃO PUBLICA .
Hoje em dia é possível identificar cinco áreas diferentes de conhecimento e de atividade profissional, identificadas como comunicação pública:
1.Comunicação pública identificada com os conhecimentos e técnicas da área de Comunicação organizacional;
que trata de analisar a comunicação no interior das organizações e entre ela e seus públicos, buscando estratégias e soluções. 
Sua característica é tratar a comunicação de forma estratégica e planejada, visando criar relacionamentos com os diversos públicos e construir uma identidade e uma imagem dessas instituições, sejam elas públicas ou privadas.
2.Comunicação pública identificada com comunicação científica;
O objetivo maior é criar canais de integração da ciência com a vida cotidiana das pessoas, ou seja, despertar o interesse da opinião pública em geral pelos assuntos da ciência, buscando encontrar respostas para a curiosidade em compreender a natureza.
No Brasil, especialmente, a comunicação científica tem se desenvolvido nas áreas de agricultura e saúde.
3-Comunicação pública identificada com comunicação do Estado e o/ou governamental;
Está é uma dimensão da comunicação pública que entende ser de responsabilidade do estado e do governo estabelecer um fluxo informativo e comunicativo com seus cidadãos.
A comunicação governamental pode ser entendida como comunicação pública, na medida em que ela é instrumento de construção da agenda pública e direciona seu trabalho para a prestação de contas, o estímulo para o engajamento da população nas políticas adotadas, o reconhecimento das ações promovidas nos campos político, econômico e social. Em suma: provoca debate público.
4.Comunicação pública identificada com comunicação política;
Comunicação pública identificada com estratégias de comunicação da sociedade civil organizada.
Pode-se entender a área de comunicação política sob dois ângulos: 
1) Comunicação dos partidos: a utilização de instrumentos e técnicas da comunicação para expressão pública de ideias, crenças e posicionamentos políticos. 
2) Políticas da comunicação: as disputas perenes entre proprietários de veículos e detentores das tecnologias de comunicação e o direito da sociedade de interferir e poder determinar conteúdos e o acesso a esses veículos e tecnologias em seu benefício.
O segundo ponto é basicamente focado nas questões sobre as políticas públicas de comunicação e telecomunicação, que envolvem o Direito de Comunicação que trata de redes, conglomerados e de convergências tecnológicas.
COMUICAÇÃO PUBLICA IDENTIFICADA COMO ESTRATEGIA DA COMUNICAÇÃO CIVIL ORGANIZADA 
a sociedade civil organizada é a parcela da sociedade civil que se constitui e se organiza atuando como força política na procura de soluções para os conflitos sociais. É a estrutura moldando-se em superestrutura para defender interesses da maioria, ou mesmo parciais, atuando em conjunto com o Estado e as forças de mercado, na ‘busca maior’, qual seja, a de uma melhor simbiose com a Sociedade civil"
Trata-se de práticas e formas de comunicação desenvolvidas pelas comunidades e pelos membros do terceiro setor e movimentos sociais e populares que também são conhecidas como comunicação comunitária e/ou alternativa. A prática da comunicação, a partir da consciência de que as responsabilidades públicas não são exclusivas do governo, mas da sociedade organizada.
Brandão afirma que“esse é um campo em que prevalecem as práticas comunitárias e provavelmente o lugar onde se alcançou uma interdisciplinaridade nunca conseguida no campo acadêmico ou no mercado”. O termo comunicação pública passa a ser utilizado como referência de uma prática atividade democrática e social de comunicação, sem compromisso com a indústria midiática e entrelaçada com o cotidiano das populações e suas práticas políticas.
A restauração da democracia e o consequente crescimento de novas formas de vivências democráticas despertam a necessidade de informação voltada para a construção da cidadania. A própria noção de cidadania muda e começa a ser entendida de forma mais participativa, como livre exercício de direitos e deveres, situação para a qual só se está preparado quando existem condições de informação e comunicação. 
“A comunicação hoje é um ator proeminente e é parte constituinte da formação do novo espaço público.”
BRANDÃO, Elizabeth Pazito. Comunicação Pública: estado, mercado, sociedade e interesse público. In DUARTE, Jorge (org.). Editora Atlas: SP, 2007.
COMUNICAÇÃO POPULAR E COMUNITARIA
Algumas definições 
Mário Kaplún: “Representa uma comunicação libertadora, transformadora, que tem o povo como gerador e protagonista.” 
Regina Festa: “A comunicação popular nasce efetivamente a partir dos movimentos sociais, mas sobretudo da emergência do movimento operário e sindical, tanto na cidade como no campo, e se refere ao modo de expressão das classes populares.”
 Gilberto Gimenez: “A comunicação popular implica a quebra da lógica da dominação e se dá não a partir de cima, mas a partir do povo, compartilhando dentro do possível seus próprios códigos.”
Cicília Peruzzo: "A comunicação comunitária acaba por se revelar um fenômeno complexo, pois não tem a visibilidade amplificada como é a da grande mídia, além de poder ser compreendida de diferentes maneiras. 
Em suma, diferentes manifestações de comunicação que ocorrem em nível local são colocadas indiscriminadamente sob o rótulo de comunitárias, o que acaba por gerar distorções na compreensão do fenômeno."
“A nova democracia representativa, insistentemente lembrada quando o assunto é democracia e cidadão, impõe a organização estratégica dos cidadãos para que obtenham uma forma de poder mais diretamente influenciar na formulação de políticas públicas ou na reivindicação de seus direitos do que pode exprimir o voto e a eleição dos representantes políticos que, frequentemente, não cuidam dos interesses dos cidadãos pelos quais foram eleitos. [...] É nesse cenário que se coloca a comunicação pública, pois ela cresce e se organiza na mesma medida em que cresce e se estabelece o poder desses cidadãos da nova configuração da sociedade.”
AULA 3 Liberdade de expressão e o exercício da cidadania
1- Compreender que todo cidadão tem direito à informação e à liberdade de expressão;
2- Identificar o que é cidadania e como a participação política e a mobilização social contribuem para o fortalecimento e a construção da cidadania;
3- Reconhecer a função da comunicação no processo de.
“Cidadania implica em mobilização, cooperação e formação de vínculos de co-responsabilidade para com os interesses coletivos e a regra da luta pela inclusão social são as expectativas e opiniões conflitantes e não o consenso de vontades.”
 A partir da afirmação acima, crie sua definição de cidadania e veja, ao final da aula, se você, mesmo antes de ler os textos que seguem, soube definir, com precisão, este importante conceito.  
Liberdade de comunicação e sensura 
Existem mecanismos práticos atuais para exercer seu direito fundamental de acesso à informação? 
• Como o cidadão pode exercer seu direito fundamental de acesso à informação? 
• Há comando legal para que as informações tidas como oficiais sejam disponibilizadas? 
• Ou há blindagem para evitar tal acesso? 
Saiba mais sobre direito de informação e acesso à comunicação no site do Fórum para a Democratização da Comunicação.
No Brasil, o processo de construção da cidadania tem sido lento e gradual, porém não linear. Houve, inclusive, períodos de retrocesso e de supressão dos direitos básicos, como golpes de Estado.
Cidadania implica em mobilização, cooperação e formação de vínculos de co-responsabilidade para com os interesses coletivos, e a regra da luta pela inclusão são as expectativas e opiniões conflitantes e não o consenso de vontades. 
Por isso mesmo, as lutas mais recentes por direitos políticos, civis e sociais ajudaram o Brasil a ampliar a noção de cidadania enquanto um direito universal, não restrito a grupos ou classes sociais, definindo o cidadão como um sujeito capaz de interferir na ordem social em que vive, participando das questões públicas, debatendo e deliberando sobre elas.
Conceito em construção permanente, a comunicação surge como uma importante ferramenta na dinâmica da vivência da cidadania. Seja para viabilizar o acesso à informação, estimular os debates das questões públicas, disponibilizar canais de comunicação e facilitar a participação em algumas esferas deliberativas.
Hoje a comunicação é o ponto de partida ou de encontro para o processo de reaprendizado da cidadania. 
“Os maiores obstáculos à realização da cidadania plena hoje são as desigualdades sociais e a concentração do poder. Além disso, entende-se que é preciso atualizar o conceito tratando de assuntos como o direito à cidadania planetária (em espaços globais) e o direito à cidadania midiática (em espaços eletrônicos) – melhor entendida como o acesso, a circulação e a habitação do espaço midiático.”  
AULA 4 IMPRENSA ALTERNATIVA 
1- Identificar a imprensa alternativa e seu histórico;
2- Compreender suas características e origem no contexto social e político brasileiro;
3- Conceituar e contextualizar historicamente a imprensa alternativa;
4- Tratar a imprensa alternativa na atualidade.
a imprensa alternativa surgiu da articulação de duas forças igualmente compulsivas: o desejo das esquerdas de protagonizar as transformações institucionais que propunham e a busca, por jornalistas e intelectuais, de espaços alternativos à grande imprensa e à universidade. É na dupla oposição ao sistema representado pelo regime militar e às limitações à produção intelectual-jornalística sob o autoritarismo, que se encontra o nexo dessa articulação entre jornalistas, intelectuais e ativistas políticos.”
Fonte: http://kucinski.com.br/pdf/livros_jornrevPrint.pdf, Livro “Jornalistas e Revolucionários”, Bernardo Kucinski)
Eram jornais que se apresentavam como alternativa de leitura aos grandes jornais então existentes. Tratavam de temas comumente abordados pela imprensa e circulavam no mesmo circuito: eram vendidos em bancas ou por assinaturas e em locais de fluxo flutuante (universidades, centros de convenções etc.).
O que caracteriza o jornal como alternativo é o fato de representar uma opção enquanto fonte de informação, pelo conteúdo que oferece e pelo tipo de abordagem. Mas também os pequenos jornais, boletins informativos e outras formas de comunicação (como o teatro popular, literatura de cordel, alto-falantes, folhetos, cartilhas, vídeos, slides, carro de som etc. – do circuito dos movimentos populares) eram chamados de alternativos mais pela força do sentido do seu conteúdo e sem dispensar a leitura de jornais convencionais.
AULA 5
- Compreender o que é o terceiro setor e como são as organizações da sociedade civil;
2- Identificar como a comunicação comunitária é utilizada para a mobilização social;
3- Articular os processos comunicativos com a promoção da cidadania ativa.
O conceito de terceiro setor é comumente usado com bastante simplicidade e clareza, mas há um debate acadêmico em torno de sua imprecisão e o real sentido para a sociedade.
Se por um lado coloca-se o terceiro setor como esfera que se destina a enfrentar os grandes problemas nacionais, por outro aponta-se essa proposta como artimanha do capital para abrandar as responsabilidades que cabem ao Estadoe as próprias empresas dentro de suas áreas de competências.
O OBJETIVOS DA COMUNICAÇÃO NO TERCEIRO SETOR 
Os processos comunicativos – desde os interpessoais e grupais até aqueles que se servem de suportes impressos, eletrônicos e digitais – perpassam as atividades visando:
Mobilizar os segmentos beneficiários da ação; 
• Efetivar as mudanças pretendidas; 
• Tornar as organizações conhecidas e respeitadas pela integridade de suas ações propostas; 
• Angariar apoios e recursos financeiros; 
• Tornar públicas as propostas fundantes da razão de ser da instituição e assim mudar a cultura e solidificar propostas transformadoras da sociedade.
Instruir e motivar a ação de voluntários; 
• Dirimir conflitos internos e externos; 
• Prestar contas das atividades desenvolvidas e das conquistas obtidas, entre outros objetivos.
COMUNICAÇÃO NO TERCEIRO SETOR EXERCICIO
No Terceiro Setor os processos comunicativos, desde os interpessoais e grupais até aqueles que se servem de suportes impressos, eletrônicos e digitais, perpassam as atividades objetivando: (A) mobilizar os segmentos beneficiários da ação; efetivar as mudanças pretendidas; tornando as organizações conhecidas e respeitadas pela integridade de suas ações propostas; e angariar apoios e recursos financeiros; (B) tornar públicas as propostas fundantes da razão de ser da instituição e assim mudar a cultura e solidificar propostas transformadoras da sociedade. (C) instruir e motivar a ação de voluntários; dirimir conflitos internos e externos; prestar contas das atividades desenvolvidas e das conquistas obtidas. 
COMUNICAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO
comunicação realizada dentro dos movimentos sociais e das organizações de base se norteia pela participação direta das pessoas. No caso dos meios de comunicação populares e comunitários, a participação ocorre na criação do meio, na discussão sobre seu perfil editorial, na produção, difusão de conteúdos e assim por diante. 
 
A estratégia é a transformação da sociedade, mas para sua efetivação é necessário dar passos concretos na direção do empoderamento social por meio do conhecimento especializado e dos canais de comunicação.
Significa dizer que a qualquer cidadão deve ser dada a oportunidade de participar do planejamento e das definições das políticas de produção e difusão de mensagens, de relações públicas, das campanhas, entre outras, pelo menos no âmbito das “comunidades”, como estratégia para ampliação progressiva da cidadania.
AULA 6 
1- Conhecer os princípios que regulamentam a Comunicação Social na Constituição Brasileira;
2- Compreender a discussão sobre a criação dos Conselhos de Comunicação no Brasil.
A Constituição de 1988 estabelece, no artigo 220, as bases ou o princípio geral e universal que deverá reger os meios de comunicação social.
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
o§ 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.
o§ 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
o§ 3º - Compete à lei federal:
I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada;
• II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente.
o§ 4º - A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias estará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e conterá, sempre que necessário, advertência sobre os malefícios decorrentes de seu uso.
o§ 5º - Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.
o§ 6º - A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de autoridade.
Art. 224. Para os efeitos do disposto neste capítulo, o Congresso Nacional instituirá como seu órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei.
Desta forma, em nossa Constituição é declarada e assegurada a livre manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não podendo existir qualquer tipo de restrição dentro dos princípios constitucionais.
Os dispositivos seguintes são um desdobramento deste princípio básico, existindo, entretanto, alguns enunciados que merecem destaque.
Além, obviamente, da proibição de censura de natureza ideológica, política e artística, o texto traz uma perspectiva mais interessante, pois participativa e, logo, incentivadora da cidadania, quando se refere à criação, através de lei federal, de meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas que firam o disposto na Constituição e contrariem valores e sentimentos culturais de comunidades específicas.
Note-se que não deverão ser o legislador federal e estadual, ou o juiz, distante de sentimentos específicos e com raízes culturais muitas vezes diferentes, aqueles que dirão o que pode ou não ser transmitido através de programa ou programação de rádio e televisão.
• A Constituição de 1988 estabelece, portanto, o controle social dos meios de comunicação. Acontece que a Constituição detalhou a forma de propriedade destes mecanismos e detalhou, ainda, o que, no princípio, já estava óbvio, não estabelecendo o essencial: uma estrutura pública que permita este controle de forma democrática.
• Em uma leitura um pouco mais crítica do que prega a Constituição sobre a “a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo”, vemos que a realidade, portanto, a prática não acontece conforme a teoria.
egunda agência reguladora a ser criada no país, a Agência Nacional de Telecomunicações –ANATEL foi a primeira a ser instalada, em 5 de novembro de 1997. Concebida para viabilizar o atual modelo das telecomunicações brasileiras e para exercer as atribuições de outorgar, de regulamentar e de fiscalizar esse importante setor de infraestrutura, a Anatel foi dotada de inovadora personalidade institucional.
Conforme a Lei Geral de Telecomunicações (LGT) - a Lei nº 9.472/1997 - a Anatel é uma autarquia administrativamente independente, financeiramente autônoma, vinculada ao Ministério das Comunicações, e não se subordina hierarquicamente a nenhum órgão do governo ou aos poderes políticos. Seu processo decisório caracteriza-se coma última instância administrativa e suas decisões só podem ser contestadas judicialmente. A composição colegiada da direção superior da instituição favorece a transparência, a tomada de decisões por seus membros e evita personalismos.
CONSELHO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL 
são organismos instituídos legalmente com a finalidade de proporcionar à sociedade a participação democrática em debates relacionados ao setor. 
São instrumentos que contribuem para o controle público sobre a área. Em âmbito nacional, o órgão é previsto pela Constituição Federal de 1988 - regulamentado pela Lei 8.389, de 30 de dezembro de 1991 - e tem como atribuição realizar pareceres, recomendações e outras solicitações encaminhadas pelo Congresso Nacional.
Leia com atenção a afirmação a seguir e comente sobre a importância da regulação do campo das telecomunicações para a prática democrática das ações comunicativas. 
“A constituição brasileira estabelece que ‘os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio’, mas este e os demais artigos quetratam da comunicação social não foram regulamentados e, na prática, não é isso que ocorre. 
A concentração dos meios de comunicação segue sendo como um dos pontos mais frágeis da democracia brasileira”.
Não se esqueça de levar em consideração na resposta os conceitos de comunicação comunitária, cidadania, democracia e liberdade de expressão garantida pela constituição, entre outros relevantes para a disciplina, que foram apresentados e discutidos nas nossas aulas.
Conselhos de Comunicação Social (CCS) são organismos instituídos legalmente com a finalidade de proporcionar à sociedade a participação democrática em debates relacionados ao setor. São instrumentos que contribuem para o controle público sobre a área. Em âmbito nacional, o órgão é previsto pela Constituição Federal de 1988 - regulamentado pela Lei 8.389, de 30 de dezembro de 1991 - e tem como atribuição realizar pareceres, recomendações e outras solicitações encaminhadas pelo Congresso Nacional. 
AULA 7
Teoria do agendamento e as organizações da sociedade civil 
	O conceito de agendamento apareceu pela primeira vez em um estudo de   McCombs e Shaw, EUA (1972) a partir de uma análise dos efeitos da mídia no eleitorado durante campanhas políticas americanas da época e prega a valorização de determinadas temáticas e uso de estratégias comunicativas.
	
 Compreender o que é a teoria do agendamento e porque os temas propostos pela sociedade civil organizada não têm o devido espaço nos veículos de comunicação de massa;
2- Reconhecer quem são os envolvidos no trabalho jornalístico e reforçar a importância de cada um dos atores;
3- Identificar os pontos de interesse para a promoção de notícias;
4- Refletir sobre a razão de a sociedade civil não ter tanta habilidade para conseguir agendar assuntos que considera importantes na mídia de massa.
O processo de produção da notícia é extremamente complexo e envolve, desde a elaboração/captação/redação/edição/veiculação, uma audiência interativa. Envolve momentos de contextualização e descontextualização dos fatos. É resultado da cultura profissional, da organização do trabalho, dos processos produtivos, dos códigos particulares (as regras de redação), da língua e das regras do campo das linguagens, da enunciação jornalística e das práticas jornalísticas.
A imagem que a mídia constrói da realidade é resultado de uma atividade profissional de mediação vinculada a uma organização que se dedica basicamente a interpretar a realidade social e mediar os que fazem parte do espaço público. O jornalismo não só transmite, mas prepara e apresenta uma realidade dentro das normas e das regras do campo jornalístico.
O conceito de agendamento apareceu pela primeira vez em um estudo de   McCombs e Shaw, EUA (1972) a partir de uma análise dos efeitos da mídia no eleitorado durante campanhas políticas americanas da época.
Segundo Lippmann, os meios de comunicação de massa são o principal elo entre os acontecimentos no mundo e as imagens desses acontecimentos que guardamos em nossas mentes.
“Como afirma Cohen, se é certo que a imprensa pode, na maior parte das vezes, não conseguir dizer às pessoas como pensar, tem, no entanto, uma capacidade espantosa de dizer aos seus próprios leitores sobre que temas eles devem pensar”.
TIPOS DE AGENDA 
Agenda individual ou intrapessoal: corresponde às preocupações sobre as questões públicas que cada indivíduo interioriza.
Agenda interpessoal: são os temas mencionados nas relações interpessoais, percebidos por cada sujeito e discutidos nas suas relações;
Agenda da mídia: é o elenco temático selecionado pelos meios de comunicação.
Dentre as teorias da comunicação que analisam os efeitos de longo prazo da mídia, destaca-se a Hipótese do Agendamento ou Agenda Setting. Para se entender como acontece essa influência da mídia, os teóricos envolvidos com a pesquisa de agendamento identificaram e destacaram algumas das agendas existentes. Assinale a afirmativa que identifica corretamente as agendas e as inter-relações possívei
A agenda da mídia é o conjunto de assuntos difundidos pelos meios de comunicação e que tem grande poder de influência na agenda pública.
Agenda pública: é o conjunto de temas que a sociedade como um todo estabelece como relevante e lhe dá atenção.
Agenda institucional: são as prioridades temáticas de uma instituição.
Agendamento: valorização de determinadas temáticas e uso de estratégias comunicativas.
Segundo Vizeu (referência), a agenda diária de cobertura dos fatos pelos telejornais muitas vezes se confunde com a agenda pública.
As consequências desse agendamento e do enquadramento dos acontecimentos feito pelos noticiários sugerem que eles nos propõem o que devemos pensar e também como pensar. 
Essa técnica de escolher qual é a pauta dos noticiários é chamada de teoria do agendamento ou, em inglês, agenda setting.
Nesta aula, iremos compreender o que é a teoria do agendamento e a razão da prática do agendamento valorizar determinadas temáticas e uso de estratégias comunicativas que não levam em conta os temas propostos pela sociedade civil organizada.
Abordaremos, também, quem são os atores envolvidos no trabalho jornalístico e vamos reforçar a importância de cada um dos atores. Para finalizar, iremos questionar por que a sociedade civil não consegue visibilidade para agendar os debates que considera importante na mídia de massa.
Saiba mais em O "mundo" dos telejornais: a teoria do agendamento (http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=459TVQ003).
A AGENDA DA MÍDIA E A AGENDA PÚBLICA
O processo de agendamento pode ser descrito como um processo interativo.
 A influência da agenda pública sobre a agenda da mídia é um processo gradual através do qual, a longo prazo, se criam critérios de noticiabilidade, enquanto a influência da agenda da mídia sobre a agenda pública é direta e imediata, principalmente quando envolve questões que o público não tem uma experiência direta.  
Quais são os atores envolvidos no trabalho jornalístico
Promotores de noticia : Indivíduos que identificam uma ocorrência como especial. 
São aqueles que propõem a agenda política (governos, ONGs, movimentos, população) e que estão envolvidos no campo político.
News assemblers : Profissionais que transformam um perceptível conjunto de ocorrências promovidas em acontecimentos públicos através de publicação ou radiodifusão.
Consumindores da noticia: Aqueles que assistem a determinadas ocorrências disponibilizadas pelos meios de comunicação. 
Estão sujeitos à influência da mídia e ajudam a construir a agenda pública.
Sociedade civil x agenda da mídia de massa 
“O campo jornalístico constitui um alvo prioritário da ação estratégica dos diversos agentes sociais, em particular, dos profissionais do campo político.”
A ação estratégica dos promotores de notícias depende de recursos capazes de mobilizar os jornalistas, mas a situação dos diversos promotores não é igual no que tange o acesso ao campo jornalístico. O acesso ao campo jornalístico constitui uma das fontes e sustentáculos das relações existentes de poder.
A importância das ações da sociedade civil e dos movimentos sociais reivindicatórios serem divulgados na mídia é a visibilidade que a ação ganha a partir do momento que foi “ao ar”. 
Visibilidade é fundamental para a mobilização e para que o assunto, seja qual for, entre para agenda pública e, como consequência, para a agenda da mídia ou mesmo, ao contrário, em um círculo virtuoso de noticiabilidade.
A grande dificuldade, como vimos, é vencer as barreiras dos interesses da grande mídia – financeiros, editoriais, políticos, entre outros – e ultrapassar as pautas comandadas pela teoria do agendamento.
Teoria do agendamento 
O conceito de agendamento apareceu pela primeira vez em um estudo de   McCombs e Shaw, EUA (1972) a partir de uma análise dos efeitos da mídia no eleitorado durante campanhas políticas americanas da época.
Agendamento: valorização de determinadas temáticase uso de estratégias comunicativas.
		No processo de produção jornalístico existem três atores envolvidos: os promotores de notícias (aqueles que propõem a agenda política), os News assemblers (profissionais especializados responsáveis em difundir notícias) e os consumidores de notícias. 
Dentre os promotores da notícia estão: governos, ONGs, movimentos sociais, população. Identifique quais desses promotores tem mais dificuldade em ter seus temas difundidos nas mídias noticiosas e as razões para a ausência dessas pautas na mídia:
	
	
		
	
	
ONGs e movimentos sociais porque defendem causas e bandeiras, perspectivas e projetos de sociedade que estão em desacordo com os interesses dos conglomerados de mídia.
O processo de produção da notícia é extremamente complexo e envolve, desde a elaboração/captação/redação/edição/veiculação, uma audiência interativa. Envolve momentos de contextualização e descontextualização dos fatos. 
É resultado da cultura profissional, da organização do trabalho, dos processos produtivos, dos códigos particulares (as regras de redação), da língua e das regras do campo das linguagens, da enunciação jornalística e das práticas jornalísticas.
	
	Os pontos de interesse à promoção de notícia jornalística, são:
	
	
Intencionalidade por trás de acontecimentos; pseudo-acontecimentos; e criação de fatos políticos
A pauta existe por quê? 
	D A pauta existe porque a imprensa deve ser seletiva ao noticiar os fatos
	
Segundo Lippmann, os meios de comunicação de massa são o principal elo entre os acontecimentos no mundo e as imagens desses acontecimentos que guardamos em nossas mentes.
“Como afirma Cohen, se é certo que a imprensa pode, na maior parte das vezes, não conseguir dizer às pessoas como pensar, tem, no entanto, uma capacidade espantosa de dizer aos seus próprios leitores sobre que temas eles devem pensar”.
Aula 8 
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Entender o que é opinião pública e suas características;
2- Identificar a interação entre opinião pública e o processo democrático do país.
esta aula será entendido o conceito de opinião pública e suas características, além de identificarmos sua interface com o processo democrático do país.
Ainda nesta aula, trabalharemos a expressão opinião pública como parte do conjunto de conceitos considerados clássicos por algumas áreas, por exemplo, na Ciência Política, tendo sido estudada por pensadores como Locke, Rousseau e Kant, entre outros.
Para finalizar, daremos ênfase à opinião pública como condição fundamental para a democracia, por produzir e difundir a informação e ser agente da participação democrática.
Definição de opnião publica 
Segundo Figueiredo e Cervellini (“Contribuições para o conceito de opinião pública”, 1995), opinião Pública pode ser definida como “todo fenômeno que, tendo origem em um processo de discussão coletiva e que se refira a um tema de relevância pública (ainda que não diga respeito a toda sociedade), esteja sendo expresso publicamente, seja por sujeitos individuais em situações diversas, seja em manifestações coletivas” (1995, p.116 apud NOVELLI, Ana Maria Romero. Comunicação e opinião pública. 2002, p.73).
Desta forma, opinião pública é a pública expressão de consenso e de dissenso com respeito às instituições, transmitida através da imprensa, do rádio, da televisão etc. É por essa razão que a cobertura midiática e a opinião pública estão fortemente relacionadas.   
		Por opinião pública se define "todo fenômeno que, tendo origem em um processo de discussão coletiva e que se refira a um tema de relevância pública (ainda que não diga respeito a toda sociedade), esteja sendo expresso publicamente". Por quem essa expressão é feita?
	
	
Por sujeitos individuais em situações diversas ou em manifestações coletivas
Opinião Pública pode ser definida como todo" fenômeno que, tendo origem em um processo de discussão coletiva e que se refira a um tema de relevância pública". Desta forma, opinião pública é a pública expressão de consenso e de dissenso com respeito às instituições, transmitida através da imprensa, do rádio, da televisão etc. É por essa razão que a cobertura midiática e a opinião pública estão fortemente relacionadas.   
OPNIÃO PUBLICA E DEMOCRACIA
 Em defesa de uma opinião pública democrática: Conceitos, entraves e desafios. São Paulo: Editora Paulus, 2014.)
	Opinião  pública é a livre e democrática expressão de uma  comunidade em relação a um determinado tema em circulação em um dado contexto.A opinião pública condiciona e é condicionada pela comunicação midiática. Se existe concentração de mídia, existe controle da opinião, da liberdade de expressão e, portanto, prejuízo para a democracia.
	
Opinião pública é a pública expressão de consenso e de dissenso com respeito às instituições transmitida através da imprensa, do rádio, da televisão etc.
Opinião pública e movimentos sociais precedem lado a lado e se condicionam reciprocamente. Sem opinião pública, a esfera da sociedade civil está destinada a perder a própria função e, finalmente, desaparecer. 
Mas a partir da definição de opinião pública, podemos observar, a seguir, quatro aspectos relevantes à discussão:
Em 1º lugar, que a opinião pública deve ser originária do debate público ou de um processo democrático de discussão coletiva. 
Em 2º lugar, que para a opinião pública se constituir há a necessidade de uma expressão púbica da opinião como pré-requisito para o debate.
Em 3º lugar, que o tema de discussão deve ter relevância pública e social.
Em 4º lugar, a opinião pública deve corresponder à opinião de um grupo de pessoas que tenha característica em comum.
FATORES QUE DIFICULTAM A CONCEITUAÇÃO 
Figueiredo e Cervellini afirmam que a dificuldade na conceituação e no entendimento dos vários aspectos da opinião pública advém de quatro fatores:
• O fato de que fenômenos da opinião pública podem pertencer a diversos campos do conhecimento, como Sociologia, Ciência Política, Comunicação, Economia e Psicologia que inversamente a outros conhecimentos, alcançou um alto grau de especialização antes de passar por um processo gradual de desenvolvimento conceitual;
DIGITAR OS OUTROS TRÊS....
OPNIÃO PUBLICA FORMADA ATRAVÉS DA INFORMAÇÃO
Os cidadãos formam opinião através da informação, destacando-se a que é propiciada pelos meios de massa. A mídia cumpre, em tese, uma função fundamental para a democracia, por produzir e difundir a informação e ser agente fundamental de formação da opinião pública, da participação ou da apatia política. A qualidade da democracia depende, entre outros fatores, da qualidade da informação e das características da estrutura de comunicação social.”
AULA 9
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Compreender as características gerais das rádios comunitárias;
2- Identificar as diferenças entre as rádios comunitárias e as rádios comerciais;
3- Compreender as características gerais e os tipos de TVs comunitárias e como se organizam e se estabelecem em relação às TVs da grande mídia;
4- Tratar dos tipos de TVs comunitárias e seus aspectos históricos;
5- Conhecer o processo de produção audiovisual comunitária e seus propósitos educativos.
As rádios e TVs comunitárias existem para garantir o direito de fala da comunidade expressado individual ou coletivamente. Temos nos veículos comunitários, nas rádios, principalmente, o empoderamento popular na sua forma mais radical. No Brasil, a legislação regulatória para rádios e TVs comunitárias dificulta a instalação desses veículos localmente, quase ao ponto de inviabilizar a formação de um espaço simbólico de exercício da cidadania, da democracia e do desenvolvimento social da comunidade.
Nesta aula serão abordadas as características gerais das rádios comunitárias e das TVs comunitárias e iremos compará-las aos veículos comerciais e as mídias tradicionais. Ainda nessa aula, serão relacionados os aspectos históricos que proporcionaramo surgimento da mídia veículos comunitários no Brasil. Para finalizar, iremos tratar do processo de produção audiovisual comunitária e seus propósitos educativos.
opções abaixo representam rádios comunitárias:
1. É focada na comunidade, portanto seu conteúdo tem como objetivo o desenvolvimento local.
2. É laica, isto é, não faz proselitismo de nenhuma religião. 
3. É educativa, no sentido de sua programação ser pensada com objetivo de educação para o exercício da cidadania.
5. É um instrumento de ouvidoria e funciona como canal de prestação de contas.
 O QUE DEFINE UMA RADIO COMO COMUNITARIA
Segundo o Ministério das Comunicações, o Serviço de Radiodifusão Comunitária foi criado pela Lei 9.612, de 1998, regulamentada pelo Decreto 2.615 do mesmo ano.
 Trata-se de radiodifusão sonora, em frequência modulada (FM), de baixa potência (25 Watts) e cobertura restrita a um raio de 1km a partir da antena transmissora. Podem explorar esse serviço somente associações e fundações comunitárias sem-fins lucrativos, com sede na localidade da prestação do serviço. As estações de rádio comunitárias devem ter uma programação pluralista, sem qualquer tipo de censura, e devem ser abertas à expressão de todos os habitantes da região atendida.
DIVERSIDADE
INCLUSÃO
PARTICIPAÇÃO
As rádios comunitárias têm objetivos, funções e características que as diferenciam das rádios comerciais porque são prioritariamente desenvolvidas para agir localmente no interior dos limites da própria comunidade. Rádios comunitárias, em geral:
•Não possuem fins lucrativos.
•São focadas na comunidade, portanto seus conteúdos têm como objetivo o desenvolvimento local.
•São laicas, isto é, não fazem proselitismo de nenhuma religião. 
•É educativa, no sentido de sua programação ser pensada com objetivo de educação para o exercício da cidadania.
•Possui programação musical de qualidade.
•Só faz publicidade ética de produtos e serviços os quais interessem à comunidade.
•É um instrumento de ouvidoria e funciona como canal de prestação de contas.
(LUZ, Dioclécio. Quem tem medo das rádios comunitárias? Revista Caros Amigos. Especial Mídia. Ano XV. Número 52. abril, 2011. p.16/17)
RÁDIOS COMUNITÁRIAS => LEGISLAÇÃO
O órgão regulador do setor de telecomunicações, a ANATEL, é a agência nacional que regula o setor de radiodifusão. No caso das rádios comunitárias, a Lei no. 9.612/98 é a lei que regula sua implantação e escopo de ação. 
Na matéria “Quem tem medo das rádios comunitárias?” da Revista Caros Amigos. Especial Mídia (Ano XV. Número 52. Abril, 2011. p.16/17, o jornalista Dioclécio Luz comenta sobre as restrições impostas por essa Lei e pelas Resoluções e Portaria da ANATEL que praticamente inviabilizam a implantação de uma rádio comunitária.
• Determina potência máxima de 25 watts e alcance de 1 km;
• Usa de dispositivos criados pela ditadura para a repressão das rádios ilegais;
• Designa um só canal de frequência para as rádios comunitárias de todo o país;
• Determina que as rádios comunitárias trabalhem na frequência de 87,5 a 88,1, sendo que a faixa de FM no dial vai de 88 a 108 MHz. Isto é, não há como sintonizar uma rádio comunitária se ela está fora do dial;
• Exige que os dirigentes das rádios comunitárias residam dentro de um círculo determinado pelo raio de alcance de 1 km;
• Veda a formação de redes;
• Veda a publicidade, permitindo apenas “apoio cultural”;
• Não protege a emissora da interferência de outros serviços de radiodifusão, mas pune caso a rádio comunitária interfira em outras transmissões;
• Criou um complexo sistema burocrático que leva em média oito anos para liberar a implantação da rádio.
“O cenário futuro para as rádios comunitárias é totalmente sombrio quando se sabe que elas têm o Governo, as grandes redes de comunicação e várias igrejas, como inimigas. Mas há outro cenário, este iluminado, quando se percebe que o povo, ao descobrir o rádio, está se organizando e colocando no ar emissoras comunitárias; aprendendo, muitas vezes por conta própria, a importância do veículo que têm nas mãos. Apesar desses inimigos poderosos, as rádios fazem jornalismo, e reinventam o jornalismo; recriam a noção de cidadania; fazem a comunicação ser mais humana; promovem a reflexão de todos aqueles temas tabus antes censurados pelos poderosos; opinam, falam, manifestam-se.”
OPINIÃO FORMADA ATRAVÉS DA INFORMAÇÃO
A televisão a Cabo é um dos sistemas de transmissão das chamadas TV por Assinatura, ou TVs Pagas. A Lei 8.977 de 6 de janeiro de 1995, regulamentada pelo Decreto-Lei 2.206 de 14 de abril de 1997, estabelece a obrigatoriedade das operadoras de TV a Cabo disponibilizar seis canais de utilização gratuita, no sentido dos canais de acesso público. 
Pelo Artigo 23 são três canais legislativos (destinados ao Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas/Câmaras de Vereadores de cada município); um canal universitário (para uso partilhado das universidades sediadas na área de prestação do serviço), um educativo-cultural (reservado para uso dos órgãos que tratam de educação e cultura do governo federal, governos estaduais e municipais) e um comunitário (aberto para utilização livre por entidades não governamentais e sem-fins lucrativos).
Siga as TV Senado (twitter.com/tvsenado) e a TV Câmara (twitter.com/tvcamara) no twitter.
Promovendo a participação popular no processo de produção dos audiovisuais, busca-se desmistificar a televisão, discutir assuntos de interesse público candentes aos grupos locais e motivar o envolvimento das pessoas na democratização dos meios de comunicação de massa por meio da apropriação pública das tecnologias da informação
Vimos ao longo do curso a importância das Rádios Comunitárias para garantia do direto à expressão dos membros de uma dada comunidade. Sobre este tipo de emissora é correto afirmar transmitem uma programação de interesse social vinculada à realidade local;As  rádios  comunitárias  contribuem de forma decisiva para se ampliar a democratização dos meios de produção e circulação de informações, assim como  contribui para  formar junto à comunidade em que está inserida um forte e amplo conceito de cidadania. 
		As rádios comunitárias são definidas por Peruzzo (1998, p. 252, 253) como tendo por "finalidade primordial de servir à comunidade", podendo "contribuir efetivamente para o desenvolvimento social e a construção da cidadania". Cite a questão que exemplifica esta definição.As rádios comunitárias podem e devem ser instrumento de divulgação das atividade e reivindicações populares auxiliando as comunidades a ter voz ativa na sociedade,
Uma dos  principais   objetivos de uma  rádio comunitária é  justamente essa: fortalecer os  vínculos  comuitários para que seus  interesses comuns sejam  resguardados e assegurados.
		Os canais gratuitos de TVs, se institucionalizaram em decorrência das negociações ocorridas entre várias forças que controlam os meios de comunicação de massa no Brasil entre elas o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação. Assim, é correto afirmar que tais forças, são: o Governo e empresas de comunicação, parlamentares e entidades da sociedade civil.
AULA 10
	
	
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Compreender as características gerais do jornalismo comunitário;
2- Identificar a relação do jornalismo comunitário com as demandas locais da comunidade.
Aula 10: JORNALISMO COMUNITÁRIO
	
Introdução
Segundo Umberto Eco, quem controla os meios de comunicação controla o país. Portanto, como vimos na aula sobre a teoria do agendamento, os interesses que comandam a agenda da mídia são permeados por interesses que, em grande parte, não consideram as demandas por informação da sociedade civil.
Nesse sentido, afirma o autor, é nítido que o jornalismo não pertence aos jornalistas, mas sim aos patrões, que são os donos dos jornais, e que acabam na maioria das vezes por dar a palavra final ao defenderem a elite e não o povo.Nesta aula, trataremos de compreender as características gerais do jornalismo comunitário e seu engajamento social e político. Abordaremos a prática do jornalismo comunitário em contraponto ao jornalismo desenvolvido nos veículos de comunicação de massa. Para finalizar, daremos ênfase aos problemas locais para a prática de jornalismo comunitário e sua relação com a comunidade.
PROCESSO DE PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
1) A pauta nasce de reuniões com os moradores.
2) Os problemas são resolvidos pelo Conselho da Comunidade. 
3) É geralmente sem fins lucrativos.
4) Não aceita verbas de um político ou de um candidato que depois venha a usar a comunidade em benefício próprio.
5) Possui conteúdo variado, que procura refletir as questões locais.
	
	
Não se pode aceitar verbas de um político ou de um candidato que depois venha a usar a comunidade em benefício próprio. Quem manda na linha editorial é o povo. 
O jornal comunitário tanto pode circular no bairro, como na fábrica, na escola etc.
O jornal comunitário possui conteúdo variado, que procura não apenas refletir as questões locais, mas que também busca traduzir para a comunidade os fatos do país e do mundo.
É um jornalismo que fala diretamente ao coração das pessoas, sempre com palavras simples, capaz de jamais se enganar sobre os nomes das pessoas do local, por exemplo.  
É uma linguagem preferencialmente coloquial, quase intimista, bem diferente do formalismo próprio da imprensa hegemônica. Todos devem ser ouvidos com respeito, carinho, atenção, mesmo quando não saibam se expressar direito.
O verdadeiro jornalismo comunitário – seja no impresso, seja nas Rádios Comunitárias (ver aula 9) – faz diariamente uma troca de idéias com as pessoas. Assim, a comunidade vai crescendo em organização, em consciência política, na compreensão da realidade, valorizando-se como cidadãs e aprendendo a olhar o mundo com outros olhos, com um olhar crítico e participativo, não com um olhar cabisbaixo e alienado. Assim se constrói um país soberano e livre.
Saiba mais: RIBEIRO, Cassia Gisele. O Jornalismo comunitário eleva autoestima das comunidades. http://aprendiz.uol.com.br/content/vethenowis.mmp 
Conheça alguns jornais comunitários que estão na rede: 
Eco Livre: http://ecolivre.com.br/ 
Jornal Cantereira: http://www.bocc.ubi.pt/pag/freitas-viviane-papel-social-do-jornalismo-comunitario.pdf
Cláudio Abramo (2002): “Na atual conjuntura, o profissional que trabalha com jornalismo se vê diante de um mercado de trabalho acirrado e competitivo. A profissão não é mais algo romântico como em décadas passadas, hoje o jornalista precisa seguir as regras do jogo e trabalhar conforme a posição da empresa, ele não tem mais o direito de ter suas ideologias, mas deve seguir a ideologia dos patrões”.
Para Umberto Eco (1984) quem controla os meios de comunicação controla o país, portanto, é nítido que o jornalismo não pertence aos jornalistas, mas sim aos patrões, que são os donos dos jornais, e que acabam na maioria das vezes por dar a palavra final ao defenderem a elite e não o povo. 
Portanto, torna-se difícil o engajamento político contrário dos interesses dos grandes veículos de comunicação levando jornalistas com posições ideológicas a buscarem esses veículos alternativos para ter o direito a opinião.
Segundo Viviane Belizario de Freitas (2006), “o jornalismo comunitário apresenta-se na atualidade como um caminho para profissionais trabalharem mais livremente, não sendo obrigados a seguir a linha ideológica da empresa jornalística. Essa forma de jornalismo dá ao profissional a liberdade perdida com a industrialização da notícia. O jornalismo comunitário apresenta-se como um espaço para o debate de questões de interesses diferentes dos grandes veículos de comunicação e o profissional quando atua nessa área acaba por ter a oportunidade de debater assuntos de interesse da comunidade, mas que não teriam espaço na grande imprensa, sendo assim, ele pode discutir e aprofundar o fato”.
Para Maria da Glória Gohn (2004), “o jornalismo comunitário divide uma linha tênue entre o jornalista e o militante de uma causa, portanto, grande parte dos profissionais envolvidos com esses veículos de comunicação também atua na luta por uma causa.”
O JORNALISMO COMUNITARIO E OS PROBLEMAS LOCAIS 
Conforme Maria Cicília Peruzzo (1998), “As pautas do jornalismo comunitário diferem-se das pautas dos grandes veículos de comunicação, pois no jornalismo comunitário as questões são discutidas no micro e não no macro. Temas que muitas vezes só interessam àquela comunidade e não teriam espaço em outros tipos de veículos de comunicação que tenham por princípio a comunidade. Isso se deve ao fato que o jornalismo comunitário geralmente está ligado a uma zona geográfica delimitada e, na maioria dos casos, não é muito grande, portanto, a cobertura dos fatos gera em cima de acontecimentos da região e faz com que a população se veja refletida nos acontecimentos locais”.
Para Regina Festa (1991), “No jornalismo comunitário o mais importante é a contextualização do fato, ou seja, ele não traz só a notícia, mas diz o porquê e como isso aconteceu. Além disso, o enfoque não busca mostrar as coisas ruins do lugar, mas sim valorizar a cultura local”.
Gislene Rosa Silva (2003) afirma que, “Nos veículos de comunicação comunitária as populações carentes não são mostradas como criminosos e bandidos, como acontece muitas vezes na grande mídia. Portanto, com o olhar da imprensa comunitária, as pessoas são vistas com olhos diferentes da visão da grande imprensa. Mudando o fato delas se verem da forma divulgada pelos grandes veículos de comunicação, faz com que elas não mais aceitem essa condição e enxergar a diferença de onde elas moram e de como isso é demonstrado na grande imprensa.
Considera etapas de produção de projeto em comunicação comunitária: (A) visitar espaços comunitários para conhecer as atividades que são desenvolvidas. Podem ser organizações da sociedade civil, sindicatos, comunidades tradicionais (como indígenas e quilombolas), igrejas, escolas públicas, associações de moradores etc.; (B) fazer um levantamento junto aos representantes da comunidade sobre as necessidades na área de mobilização social, promoção da cidadania e educação e como as ferramentas de comunicação podem ser utilizadas; (C)

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