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Direito Penal II - 2º Bimestre

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Ilicitude (antijuricidade); Culpabilidade; Concurso de agentes; Concurso de crimes.
ILICITUDE (antijuricidade)
Conceito: É considerado segundo substrato do conceito analítico de crime. É a falta de uma autorização para a prática de uma conduta típica, ou seja, é a contrariedade da conduta praticada em relação ao ordenamento jurídico. 
Relação entre tipicidade e ilicitude: 2.1) Autônoma ou absoluta independência ( Beling – 1906): A tipicidade e a ilicitude não mantem qualquer relação. Primeiro se comprova um depois o outro. 2.2) Indiciariedade ou ratio cognoscendi ( Mayer – 1915): (Adotada pelo CP) – A tipicidade, uma vez demostrada, gera a presunção (relativa) de que também é ilícito. A consequência jurídica é que excluindo-se a ilicitude o fato típico (tipicidade) permanece. ** Ocorrerá o inverso do ônus da prova, caberá ao acusado demonstrar a incidência de uma das excludentes, desde que alegados pelo mesmo. ** Com a reforma do CPP em 2008, a referida teoria foi mitigada (relativizada), pois no art. 386, VI, CPP, permite a possibilidade de o próprio magistrado absolver o acusado amparado em uma excludente de ilicitude. Desde que haja dúvida razoável na sua incidência.   Art. 386, CPP -   O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:        IV –  estar provado que o réu não concorreu para a infração penal. 2.3) Absoluta dependência ou ratio essendi ( Mezger – 1930): Essa teoria cria o tipo total do injusto. A ilicitude é considerada a essência da tipicidade, ou seja, tem absoluta dependência entre si. * O efeito prático é que o titular da ação penal deverá provocar tanto o primeiro quanto o segundo substrato do crime (fato típico e ilícito). 2.4) Elementos negativos do tipo: O tipo penal seria composto de elementos positivos (elementos do fato típico – F.T.) bem como de elementos negativos (causas excludentes de ilicitude). O efeito jurídico é que o titular da ação penal deverá comprovar tanto a tipicidade quanto a ilicitude. 
Causas de excludentes de ilicitude: Art. 23, CP. Exclusão de ilicitude Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: I - em estado de necessidade;   							 II – em legítima defesa;									 III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.   Excesso punível        							 Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo. 
3.1) Estado de necessidade: a) conceito: É causa excludente de ilicitude que depende de uma situação de perigo, caracterizado pelo conflito de interesses lícitos, ou seja, uma colisão entre bens jurídicos pertencentes a pessoas diversas que se soluciona com a autorização conferida pelo próprio ordenamento jurídico para o sacrifício de um deles com a finalidade de preservar o outro bem jurídico. b) Natureza jurídica: Duas teorias vêm elucidar sobre a natureza jurídica do estado de necessidade. 1º Teoria: Teoria diferenciadora: Nessa teoria existem duas espécies de estado de necessidade. * Primeira espécie: Estado de necessidade justificante (quanto o bem sacrificado possui menor ou igual valor ao bem jurídico preservado). Ele exclui a ilicitude. * Segunda espécie: Estado de necessidade exculpante (quando o bem sacrificado possui maior valor do que o bem protegido). Essa espécie tem natureza jurídica de causa excludente de culpabilidade (Teoria adotada na Alemanha). 2º Teoria: Teoria Unitária: (É a teoria adotada pelo CP – Art. 24, CP). Haverá estado de necessidade quando o bem sacrificado seja de valor igual ou inferior ou bem preservado, tendo natureza jurídica de causa excludente de ilicitude. * Nessa teoria não existe estado de necessidade exculpante. Nessa situação será considerada apenas como causa de diminuição de pena. Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. OBJETIVOS
PERIGO ATUAL
SITUAÇÃO NÃO CAUSADA VOLUNTARIAMENTE PELO AGENTE
SALVAR DIREITO PRÓPRIO OU ALHEIO
INEXISTÊNCIA DE DEVER LEGAL DE EVITAR PERIGO
ESTADO DE NECESSIDADE
INEVITABILIDADE DO COMPORTAMENTO LEVISO
INEXIGIBILIDADE DE SACRIFICIO DO INTERESSE AMEAÇADO
SUBJETIVOS
CONHECIMENTO DA SITUAÇÃO DE FATO JUSTIFICANTE
c) Requisitos: c.1) Objetivos: → Perigo Atual: Art. 24, CP. Éo risco de lesão presente ou real. Significa dizer que é aquele que está acontecendo. Dentro da doutrina há divergência em relação ao perigo iminente. Alguns doutrinadores entendem que por opção do legislador a referida expressão não foi incluída. Porém para outra parcela doutrinária o perigo iminente também é abrangido, pois o direito não pode exigir do agente que espere a lesão acontecer. Obs: O perigo futuro, incerto, passado ou remoto não configura o estado de necessidade. ** Origens: a) Ação humana; b) Força da natureza; c) Ação de animais irracionais. → Situação não causada voluntariamente pelo agente: Pela interpretação literal do art. 24, CP. Somente nos casos em que o agente, de forma dolosa, cria a situação de perigo é que não poderá alegar a exculpante. Obs: Para o prof. Mirabete o CP deverá ser interpretado de forma sistemática, ou seja, a situação de perigo advindo de conduta culposa pelo agente também não será amparada pelo estado de necessidade, conforme regra do art. 13, § 2º, CP. Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Relevância da omissão § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;         				 b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. → Salvar direito próprio ou alheio: O direito penal amplia a possiblidade de aplicação do estado de necessidade nos casos em que o bem jurídico alheio esteja em perigo, é o chamando estado de necessidade de terceiro. * É necessária a autorização do titular do direito ameaçado? R.: Não! A vontade do terceiro é substituída pela vontade do agente. Obs: Também é necessária a legitimidade do bem tutelado. → Inexistência de dever legal de evitar perigo: (art. 24, § 1º, CP). A figura do garantidor (art. 13, § 2º) tem o dever de enfrentar situações de perigo, não podendo invocar o estado de necessidade antes a ausência de ação. → Inevitabilidade do comportamento lesivo: O comportamento que agredir bem jurídico deve ser absolutamente imprescindível para evitar a lesão. → Inexigibilidade de sacrifício do interesse ameaçado: Deverá ser levada em consideração a proporção do valor do bem protegido e do bem sacrificado. Nosso código adota a teoria unitária (só incide o estado de necessidade se o bem protegido é de igual ou maior valor que o bem lesionado). → Obs: De acordo com o §2º do art. 24, CP. Se o bem agredido for de maior valor que o bem protegido não se aplica estado de necessidade, mas somente causa de diminuição de pena. c.2) Subjetivos: Aliado a todos os requisitos objetivos soma-se a ideia de que o autor tem que ter conhecimento da situação de fato justificante. → Conhecimento da cauda justificante: * Classificação: - Quanto ao titular do bem preservado: A doutrina classifica o estado de necessidade em: Estado de necessidade próprio: quando o bem jurídico preservado é do próprio agente que pratica a conduta. Nos casos em que o bem jurídico preservado é de titularidade de terceiros, nasce o estado de necessidade de terceiros (É prescindível a anuência do terceiro). - Quanto ao valor do bem preservado: Divide-se em: estado de necessidade justificante quando bem jurídico preservado tiver valor igual ou superior ao bem jurídico agredido (Exclui a ilicitude). Estado de necessidade exculpante: quando o bem jurídico preservado é menor que o bem jurídico agredido (Exclui a culpabilidade). - Quanto à origem da situação de perigo: * Estado de necessidade ofensivo: O bem sacrificado pertence ao causador da situação de perigo. * Estado de necessidade agressivo: O bem sacrificado pertence a terceiro inocente, que não foi o causador da situação de perigo. (Exclui a ilicitude, mas será cabível reparação cível).
 3.2) Legítima defesa: a) Conceito: Art. 25, CP. Trata-se de causa de justificação que consiste em repelir agressão injusta, atual ou iminente, a direito próprio ou alheio, desde que seja utilizado moderadamente os meios necessários. b) Natureza Jurídica: Causa excludente de ilicitude. Obs: Para a teoria da tipicidade conglobante tanto estado de necessidade quanto a legítima defesa são considerados excludentes de tipicidade.
 INJUSTIÇA
OBJETIVOS
AGRESSÃO
ATUAL
IMINENTELEGÍTIMA DEFESA
USO MODERADO DOS MEIOS NECESSÁRIOS
PROTEÇÃO DE DIREITO PRÓPRIO OU ALHEIO
SUBJETIVOS
CONHECIMENTO DA SITUAÇÃO DE FATO JUSTIFICANTE
 
 
c) Requisitos: c.1 ) Objetivos: - Agressão: É a conduta humana (ação / omissão), consciente e voluntária, que cause lesão ou perigo de lesão a um bem jurídico tutelado pelo direito. Obs: Deve decorrer necessariamente de conduta humana! Porém o indivíduo poderá se valer de um animal como instrumento para manifestar sua vontade. * injusta: É aquela agressão que é contrária ao direito, não necessariamente típica. * Atual: Agressão que está ocorrendo no momento. * Iminente: Agressão que está prestes a ocorrer. – Uso moderado dos meios necessários: Meios necessários são aqueles meios menos lesivos, que estejam à disposição do agente no momento da agressão. É aquele meio adequado à repelir a agressão. Uso moderado: Significa empregar o meio necessário de forma suficiente a impedir a continuidade da ofensa. Obs: Todo excesso será passível de punição. – Proteção de direito próprio ou alheio: Pode defender tanto o seu direito quanto direito de terceiros. c.2) Subjetivos: - Conhecimento da situação de fato justificante: (Saber da situação de agressão). d) Classificação: I) Quanto à forma de reação: - Legítima defesa agressiva: a reação à agressão injusta configura um fato previsto em lei como infração penal; - Legítima defesa defensiva: Aquele agente que reage a agressão limita-se a impedir a prática de atos agressivos sem que cometa fato típico. II) Quanto à titularidade do bem: (igual ao estado de necessidade). A doutrina classifica a legítima defesa em: Legítima defesa própria: quando o bem jurídico preservado é do próprio agente que pratica a conduta. Nos casos em que o bem jurídico preservado é de titularidade de terceiros, nasce à legítima defesa de terceiros (É prescindível a anuência do terceiro). III) Quanto ao aspecto subjetivo de quem se defende: - Legítima defesa real: É aquela em que são preenchidos todos os requisitos para a sua configuração; - Legítima defesa putativa: configura-se quando o agente imagina ou fantasia a situação de agressão; - Legítima defesa excessiva: configura-se quando o agente, visando a interrupção da agressão, se utiliza ou de meios desnecessários ou ainda através do uso imoderado deles. 
	-
	Estado de necessidade
	Legítima defesa
	Origem do perigo
	- Ação humana; - Força da natureza; - Ação de animais irracionais.
	- Ação ou omissão humana; * Ataque animal pré-ordenado.
	Destinário do perigo
	Incerto
	Certo
3.3) Estrito cumprimento do dever legal: a) Conceito: É considerada causa excludente de ilicitude. Consiste na prática de um fato típico, em razão de cumprir o agente uma obrigação imposta por lei, de natureza penal ou não. Obs: Para a maioria da doutrina exige-se que o agente mantenha alguma relação com o Estado (agente público). Porém, há entendimento de que o particular poderia se valer dessa excludente. 
 3.4) Exercício regular de direito: a) Conceito: (Causa excludente de ilicitude). Consiste na prática de fato típico, em razão de uma faculdade conferida ao agente por lei. 
4) Ofendículos: É todo o aparato pré-ordenado que tem por finalidade a defesa do patrimônio. Em relação a sua natureza jurídica à dois posicionamentos: 1º) Exercício regular d e um direito; 2º) Legítima defesa.
5) Excessos no emprego das excludentes de ilicitude (ou causas de justificativa): → Previsão legal: art. 23, § único, CP. (Excesso é a desnecessária intensificação de um fato típico inicialmente amparado por uma excludente de ilicitude). * Estado de necessidade: art. 24, CP. O excesso recai na situação em que o agente, para afastar a situação de perigo, utiliza meios dispensáveis e sacrifica bem jurídico alheio. * Legítima defesa: O excesso se consubstancia no emprego de meios desnecessários para repelir a agressão, ou quando necessários, os emprega imoderadamente. * Exercício regular de direito: O excesso decorre do exercício abusivo do direito consagrado pelo ordenamento. Ex: pai que espanca filho. * Estrio cumprimento do dever legal: Ocorre excessoquando o agente público extrapola os limites legais, para que pratique a conduta imposta pela norma. 
CULPABILIDADE
Teorias: → Teoria Psicológica da culpabilidade (causalismo) → Teoria Psicológica normativa (neokantismo) → Teoria Extremada da culpabilidade (finalista) →Teoria Limitada da culpabilidade (finalista) – Adotada pelo CP.
Natureza jurídica: Há duas correntes doutrinárias acerca da natureza jurídica da culpabilidade: 1º corrente: Teoria bipartite: A culpabilidade não integra o conceito de crime. É considerada mero pressuposto de aplicação de pena. 2º corrente: Teoria tripartite: A culpabilidade é o terceiro substrato que integra o conceito de crime. É considerado juízo de reprovação ou censurabilidade social. Todos os substratos do crime são pressupostos de pena. 
Conceito: Culpabilidade significa o juízo de reprovabilidade que recai sobre o fato, praticado pelo agente que tem a capacidade de situar-se frente a sua conduta. 
INCOMPLETO
ANOMALIAS PSIQUICAS
DOENÇA MENTAL
DESENV. MENTAL
RETARDADO
IMPUTABILIDADE
MENORIDADE
EMBRIAGUEZ
Elementos: 3.1) Imputabilidade: É a possibilidade de se atribuir a alguém a responsabilidade pela prática de infração penal. Presume-se, de forma absoluta que todo agente maior de 18 anos seja imputável. Para isso ele deve ter capacidade de entender o caráter ilícito do fato e determinar-se de acordo com esse entendimento. Nosso código penal elenca os casos em que o agente será considerado inimputável. a) Anomalias psíquicas: (art. 26, CP) * Doença mental: É toda e qualquer enfermidade que exclua a capacidade intelectiva do agente, podendo ser físicas (pneumonia, tifo) ou mentais (esquizofrenia, psicose). → Não é possível se determinar de acordo com sua conduta. * Desenvolvimento mental incompleto: É aquele que não se completa em razão da idade do agente ou em razão da falta de convívio social e maturidade (silvícola-índio / menor). * Desenvolvimento mental retardado: É aquele que não se compatibiliza com a fase de vida em que se encontra determinado indivíduo: oligofrênicos. Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.     			 	 Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. ** Consequência jurídica nos caos do caput do art. 26 (completa ausência de discernimento) será causa de isenção de pena (excludente de culpabilidade). Em relação ao § é (capacidade relativa de discernimento) será causa de diminuição de pena. ** É indispensável perícia médica, porém ela não vincula a decisão do magistrado. b) Menoridade: (art. 27, CP e 228, CF) O código penal adota o sistema biológico, desse modo à aplicação da lei penal independe da inteligência ou da capacidade de discernimento do menor. É uma presunção absoluta.   		 	 	Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. 							Art. 228. CF - São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial. Art. 27 – Redução menoridade: 1ª Corrente: Só será possível com o advento de uma nova constituição, pois consistiu cláusula pétrea. 2º Corrente: Poderia ser implementada através de emenda constitucional, pois não é norma integrante do núcleo imutável da constituição. c) Embriaguez: (art. 28, CP) – É a intoxicação aguda produzida pelo álcool ou substância de efeitos análogos, apta a provocar a exclusão de capacidade do agente de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Ex: Clorofórmio (lança perfume); morfina; éter; benzina.   			 	Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: I - a emoção ou a paixão;       								 II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. § 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. c.1) Grau de embriaguez: 1º Fase: Excitação (fase do macaco) – nessa fase as funções intelectuais mostram-se excitadase o indivíduo permanece em estado eufórico. (GRAU LEVE); 2º Fase: Agitação (fase do leão) – caracteriza-se por perturbações psíquicas como reflexos sensoriais profundos. A capacidade intelectual é alterada bem como o juízo crítico e a atenção. 3º Fase: Comatória (fase do porco) – nessa situação o indivíduo demonstra profundo estado de alteração e o coma se instala progressivamente. c.2) Modalidades de embriaguez: O estado de embriaguez pode se dar sob diferentes situações. Nos casos em que ela decorre de voluntariedade, culpa ou pré-determinação do próprio agente, não implicam na sua inimputabilidade. Obs. 1: A teoria da actio libera in causa desconsidera o momento da prática do fato criminoso, quando o agente não tem consciência da ilicitude, para levar em consideração como marco da imputabilidade o período anterior a embriaguez. Obs. 2: A imputabilidade só é excluída nos casos de embriaguez completa, decorrente de caso fortuito ou de força maior. Se incompleta, gera causa de diminuição de pena. Obs. 3: A embriaguez deverá ser demonstrada através de exames clínicos, laboratoriais ou por testemunha. Obs. 4: A emoção e a paixão não excluem a imputabilidade, mas podem ser considerados na aplicação da pena. 3.2) Potencial consciência da ilicitude: a) Conceito: É a capacidade do agente em conhecer, ou no mínimo poder conhece, com o devido esforço da sua consciência, com juízo geral de sua própria esfera de pensamentos o caráter ilícito do seu modo de agir. ** Desse modo o desconhecimento da lei não exime o agente de responsabilidade penal. b) Excludentes: - Erro de proibição (art. 21, CP) – Se o erro foi inevitável (escusável) isenta o agente de pena. Porém, se evitável (inescusável), é causa de diminuição de pena. Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. 3.3) Exigibilidade de conduta diversa: a) Conceito: É elemento da culpabilidade que consiste na expectativa da sociedade acerca da prática de uma conduta diversa daquela que foi deliberadamente adotada pelo autor de um fato típico e ilícito. b) Excludentes: b.1) Coação MORAL irresistível: 
→ EXCLUDENTE DE CULPABILIDADE
MORAL
COAÇÃO
IRRESISTÍVEL 
RESISTÍVEL
→ EXCLUDENTE DE TIPICIDADE
FÍSICA
b.1.1) Conceito: Também é causa de excludente de exigibilidade de conduta diversa. Pode incidir na situação em que o coator, para alcançar o resultado ilícito, ameaça o coagido, e este em razão do medo, realiza a conduta criminosa. A intimidação recai sobre sua vontade, VICIANDO-A, de modo a retirar a exigibilidade legal de agir de maneira diversa. Obs. 1: A coação física irresistível é causa excludente de tipicidade, pois elimina por completo a vontade do coagido. Obs. 2: Nos casos de coação moral resistível a culpabilidade permanece devendo incidir apenas a atenuante genérica do art. 65, III, c, CP.   	Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: III - ter o agente: c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima; b.2) Obediência hierárquica: (Direito público) É causa excludente de exigibilidade de conduta diversa. Ocorre quando um funcionário público subalterno pratica uma infração penal em decorrência do cumprimento de ordem, NÃO manifestamente legal, emitida por superior hierárquico. Obs. 1: Requisitos para alegar Obediência hierárquica: - Relação de direito público; - Ordem não manifestamente legal; - Cumprimento estrito da ordem. Obs. 2: Temor reverencial não exclui a culpabilidade.
Estudar a parte: (Essa matéria peguei a internet, o professor não deu em sala, mas pediu para estudar, vai cair na prova!) - Concurso de crimes (art. 69, 70 e 71, CP) Capez p. 545 a 562. Concurso material											 Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penasprivativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela. § 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a substituição de que trata o art. 44 deste Código. § 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá simultaneamente as que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais. 
Concurso formal												Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.	 Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código. 
Crime continuado										Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código. 1)Conceito: Há concurso de crimes quando o agente, com uma ou várias condutas, realiza mais de um crime. Aplica-se a pena de acordo com a espécie de concurso reconhecido no caso concreto. 2) Espécies: 2.1) CONCURSO MATERIAL OU REAL: Encontra-se no art. 69; O agente, mediante DUAS OU MAIS CONDUTAS, produz dois ou mais resultados, idênticos ou não. →Requisitos: a) pluralidade de condutas. b) pluralidade de crimes. →Espécies: a) concurso material homogêneo: quando os crimes são da mesma espécie. O resultado são crimes idênticos. b) concurso material heterogêneo: quando os crimes não são da mesma espécie. O resultado são crimes diferentes. 
Quanto à APLICAÇÃO DA PENA, utiliza-se o SISTEMA DO CÚMULO MATERIAL, ou seja, SOMAM-SE AS PENAS. O art. 69 do CP adotou o sistema da cumulação das penas, isto é, as penas são aplicadas individualmente e em seguida somadas. Ex.: art. 155 + art. 213 do CP. Furto → Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel + Estupro → Art. 213.  Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso. O juiz aplica o critério trifásico para os dois (art. 68 – A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento). Em primeiro lugar, deve ser observado se há o concurso formal ou concurso continuado entre os crimes, por tratar o concurso material modalidade mais grave. Se não tiver, incidirá a regra (residual) do concurso material. Observe que no caso de concurso entre crimes punidos com reclusão e detenção, será cumprida em primeiro lugar a pena de reclusão, ou seja, sempre que houver cumulação de penas, as sanções mais graves serão cumpridas antes das mais leves, nos preceitos do art. 76, CP. Atenção! Tanto no concurso material homogêneo quanto no concurso material heterogêneo, no momento de aplicação da pena, estas serão somadas. O que difere um concurso do outro é exatamente a espécie de crimes e o resultado dos crimes.
2.2) CONCURSO FORMAL OU IDEAL:
Encontra-se no art. 70 do CP. O agente, mediante UMA ÚNICA CONDUTA, produz dois ou mais crimes, idênticos ou não. →Espécies: a) concurso formal homogêneo: os crimes são idênticos. Ex.: roubo em ônibus. Obs.: Para o STF, é concurso formal impróprio. b) concurso formal heterogêneo: os crimes são diferentes. Ex.: acidente de trânsito com morte e feridos.c) concurso formal perfeito (ideal, normal ou próprio): os resultados derivam de um único desígnio, ou seja, de um único plano, projeto, propósito. Ex.: agente que subtrai dez relógios de uma loja; motorista de ônibus que tem o desígnio de efetuar a ultrapassagem e resulta na morte de dezenas de pessoas. d) concurso formal imperfeito (anormal ou impróprio): os resultados derivam de uma pluralidade de desígnios. Deve ser sempre doloso. Ex.: agente que dispara contra duas vítimas, querendo matá-las.
Quanto à APLICAÇÃO DA PENA, cada espécie é compreendida de uma forma. No CONCURSO FORMAL PERFEITO, adota-se o SISTEMA DE EXASPERAÇÃO DA PENA, ou seja, o juiz aplica uma só pena, se idênticas, ou a maior, quando não idênticas, aumentada de 1/6 até a metade. O aumento varia de acordo com o número de resultados. Quanto maior o número de infrações, maior deve ser o aumento. Ex.: acidente de trânsito com duas vítimas fatais. Já no CONCURSO FORMAL IMPERFEITO, somam-se as penas, ou seja, aplica-se o SISTEMA DA CUMULAÇÃO DAS PENAS. Segue-se o mesmo raciocínio do concurso material, pois o agente atua com desígnios (vontade) autônomos em relação a cada um dos crimes. Ex.: aberratio ictus onde o agente quer matar A e assume o risco de matar B. Acaba matando os dois. Responde pelo art. 121 do CP de A (vontade) e pelo art. 121 do CP de B.   	Homicídio simples → Art. 121. Matar alguém. 2.3) CRIME CONTINUADO OU CONTINUIDADE DELITIVA: Encontra-se no art. 71 do CP. Ocorre quando o agente, mediante DUAS OU MAIS CONDUTAS, produz DOIS OU MAIS RESULTADOS da mesma espécie, os quais, pelas semelhantes condições de tempo, lugar e modo de execução, podem ser tidos uns como continuação dos outros.
Pergunta:
a) Qual a natureza jurídica do crime continuado?
Existem três teorias: 1ª) unidade real: efetivamente todos os crimes formam um só. 2ª) mista: os vários crimes em continuidade formam outro tipo de crime. 3ª) FICÇÃO JURÍDICA: para o efeito da pena, todos os crimes configuram um só. O Brasil adotou esta teoria. O art. 119 do CP demonstra esta teoria.   						Rehabilitação → Art. 119 - No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente. →Requisitos: a) crimes da mesma espécie: prevalece na doutrina que são os previstos no mesmo tipo penal. Não importa se na forma simples, qualificada ou privilegiada. b) condições semelhantes de tempo: a lei não esclarece e sim a jurisprudência, que é fonte formal imediata. Entende a jurisprudência que se tem que ter entre as várias infrações, prazo não superior a 30 dias. c) condições semelhantes de lugar: quando os crimes tiverem sido praticados na mesma comarca ou em comarcas vizinhas. Se comarcas distantes, desaparece a continuidade delitiva. d) modo de execução semelhante: quando os crimes tiverem sido praticados por meio do mesmo modus operandi.
→ Existem duas espécies de crime continuado: a) Crime continuado comum (genérico): está previsto no caput do art. 71 do CP. Ocorre quando os crimes que compõem a quantidade delitiva são praticados sem o emprego de violência ou grave ameaça contra a pessoa. a.1) Requisitos: -Pluralidades de condutas. - Pluralidade de crimes da mesma espécie. De acordo com a doutrina, são crimes previstos no mesmo tipo penal (mesmo que os crimes sejam tentados ou consumados), protegendo o mesmo bem jurídico. - Elo de continuidade. Quanto a APLICAÇÃO DA PENA, adota-se o SISTEMA DA EXASPERAÇÃO DA PENA, isto é, o juiz leva em conta uma só pena, se idênticas, ou a maior, quando não idênticas, aumentado-a de 1/6 a 2/3. Ex.: 5 furtos praticados em continuidade delitiva. Art. 155 do CP c/c o art. 71 do CP (5 vezes). b) Crime continuado específico: está previsto no § único do art. 71 do CP. Ocorre quando os crimes dolosos que compõem a continuidade delitiva são praticados com o emprego de violência ou grave ameaça contra vítimas diferentes. b.1)Requisitos: - Pluralidade de condutas. 
- Pluralidade de crimes da mesma espécie. - Elo de continuidade. - Crimes dolosos. - Com vítimas diferentes. - Cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa.
Pergunta:
a) É possível continuidade delitiva em crimes dolosos contra a vida? A súmula 605 do STF diz que não se admite continuidade delitiva nos crimes contraa vida. A redação da súmula é anterior à redação do art. 71, § único do CP. Entende grande parte da doutrina que essa súmula está superada. Agora se admite. Vai ser um crime continuado específico.
Quanto a APLICAÇÃO DA PENA, adota-se o SISTEMA DE EXASPERAÇÃO DA PENA, a exemplo do caput do art. 71 do CP, mas a pena pode ser aumentada até o triplo. O aumento da pena será determinado de acordo com o número de crimes. Quanto mais crimes, maior será o aumento.
→Atente-se que se da aplicação dessas regras resultar pena superior a que resultaria da aplicação do concurso material, o § único do art. 70 do CP determina a aplicação da regra do concurso material benéfico.
Melhor explicando, há o CONCURSO MATERIAL BENÉFICO se da aplicação da regra do crime continuado genérico, do crime continuado específico ou do concurso formal perfeito (exasperação da pena) tornar a pena maior do que a resultante da soma, terá a aplicação da regra do concurso material, em benefício do agente. Aplica-se esse sistema porque é melhor. 
- Concurso de agentes (art. 29, 30 e 31, CP). Capez p. 354 a 374 Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. § 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. 
Circunstâncias incomunicáveis Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.       
 Casos de impunibilidade Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. 
1)Conceito: O concurso de pessoas é o cometimento da infração penal por mais de uma pessoa. Tal cooperação da prática da conduta delitiva pode se dar por meio da coautoria, participação, concurso de delinquentes ou de agentes, entre outras formas. 2) Espécies de crimes quanto ao concurso de pessoas: a) Monossubjetivos ou concurso eventual: consistem nos crimes que podem ser cometidos por uma ou mais pessoas. Por exemplo, o homicídio. b) Plurissubjetivos ou de concurso necessário: são os que só podem ser praticados por uma pluralidade de agentes em concurso. Por exemplo, a quadrilha. b.1) Os crimes plurissubjetivos subdividem-se em delitos de condutas - Paralelas: as condutas se auxiliam, quando os agentes se unem em um prol de objetivo idêntico, para se obtiver do melhor resultado; -Convergentes: as condutas tendem a se encontrar para surgir o resultado; ou - Contrapostas: as condutas são praticadas umas contra as outras, quando os agentes são autores e vitimas ao mesmo tempo. 3) Espécies de concurso de pessoas: - Concurso necessário: refere-se aos crimes plurissubjetivos. - Concurso eventual: refere-se aos crimes monossubjetivos. 4) Autoria: a)Teoria unitária: não existe o partícipe, todos são considerados autores. Não é mais adotada no Brasil. b)Teoria extensiva: tem como base que todos são autores. Porém essa teoria admite as causas de diminuição de pena, visa os diferentes graus de autor. Nela surge o cúmplice, que é o autor menos importante, aquele que contribuiu de modo menos significativo. c) Teoria restritiva: Faz diferenciação entre autor e partícipe. O conceito restritivo de autor se divide em três critérios: c.1)Objetivo-formal: somente é considerado autor aquele que realiza a conduta principal (pratica o verbo) e o partícipe é aquele que sem realizar a conduta, concorreu para o resultado. Então nesse critério, o mandante de um crime não é considerado autor, aquele que planeja a conduta é considerado partícipe; c.2) Objetivo-material: autor não é aquele que realiza o verbo do tipo, mas a contribuição objetiva mais importante. Não é adotado; c.3) Domínio do fato: nessa teoria o autor é aquele que domina toda a realização delituosa. Não importa se o agente pratica ou não o verbo descrito. Então, nessa teoria o mandante é considerado autor, o chamado “autor intelectual” (aquele que não realiza o verbo, mas planeja e coordena toda a ação) é considerado autor. 5)Formas de concurso de pessoas a)Coautoria: são todos os agentes que em colaboração visam o mesmo resultado, realizando a conduta principal. Conforme Hans Welzel, a coautoria funda-se ao princípio da divisão de trabalho, quando cada autor colabora com a sua parte no fato na totalidade do delito. b)Participação: o partícipe é aquele que sem praticar o verbo, concorre de algum modo para a produção de resultado.
A diferença entre autor e partícipe é que o autor é aquele que realiza a conduta principal e o partícipe é aquele que sem realizar a conduta descrita no tipo, concorre para a sua realização. 6) Diferença entre autor e partícipe: a)Autor: aquele que realiza a conduta principal descrita no tipo incriminador. b) Partícipe: aquele que, sem realizar a conduta descrita no tipo, concorre para a sua realização.7) Natureza jurídica do concurso de agentes: O Código Penal adotou a teoria unitária que determina que todos, coautores e partícipes, respondam por um único delito. Artigo 29 CP. a) Teoria unitária: também conhecida como monista. Todos respondem por um único crime. b)Teoria dualista: há dois crimes, um cometido pelo autor e o outro pelo partícipe. c) Teoria pluralista: cada participante responde pelo seu delito próprio, havendo pluralidade de fatos típicos. Cada um vai ser punido por um crime diferente. 8) Requisitos do concurso de pessoas: a)Pluralidade de condutas: para ter concurso de pessoas, exigem-se duas condutas, duas principais pelos autores/coautoria ou uma principal e uma acessória, sendo por autor e partícipe. b)Relevância causal de todas elas: se a conduta não contribuiu em nada para a eclosão do resultado, não pode ser considerada como integrante do concurso de pessoas. c)Liame subjetivo ou concurso de vontades: a vontade de todos de contribuir para a produção de resultados, sendo o crime produto de uma cooperação desejada e recíproca. d) Identidade de infração para todos: teoria unitária, todos devem responder por um único crime. 9) Formas de participação: a)Moral: instigação (reforço da ideia) e induzimento (dar a ideia). b) Material: auxílio, cumplicidade (participação secundária). 10) Tipos de autoria e participação a)Autoria colateral: mais de um agente realiza a conduta, sem que um conheça o outro. Assim, cada um vai responder pelo crime que cometeu. Nesse tipo não se aplica a teoria unitária. b)Autoria incerta: na mesma situação da autoria colateral, porém sem saber quem foi o causador do resultado. Uma autoria incerta. c)Autoria desconhecida ou ignorada: não se sabe nem quem praticou a conduta. Por isso neste caso terá como consequência o arquivamento do inquérito policial. d)Participação de participação: quando ocorre uma conduta acessória de outra conduta acessória. É o auxílio do auxílio. e) Participação sucessiva: ocorre numa relação direta entre partícipe e autor, quando o partícipe concorre para a conduta principal mais de uma forma. f)Conivência ou participação negativa: ocorre quando o sujeito omite-se durante a execução do crime, quando tinha condições de evitar. Sem dever jurídico. g)Participação por omissão: ocorre quando o sujeito omite-se durante a execução do crime, quando tinha condições de evitar. Com dever jurídico. h)Participação em crime omisso: consiste em uma atitude ativa do agente, que auxilia, induz ou instiga outrem a omitir a conduta devida. i)Coautoria parcial ou funcional: os atos executórios do caminho do crime são distribuídos entre os diversos autores, cada um é responsável por uma parte para a que haja a consumação. j)Multidão delinquente: os agentes responderão pelo crime em concurso, tendo direito à atenuante genérica prevista no art. 65, III, e, do CP.     	Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: III - ter o agente: e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou. k)Participação impunível: ocorre quando o fato principal não chega a fase de execução, assim não pode ser punido.

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