ARTIGO FLEXIBILIDADE (1) (2) (1)

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Colégio Dom Bosco

Leonardo Montelo

31/05/2019

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Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI
Prof. Orientador Rafael Thallison Mendes dos Santos
Educação Física Bacharelado EFLO341-1
Vanessa Serra Duarte
Naira coelho de araujo
Mariana Furtado Ramos
Janmylly Moreira S. e Silva

A INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO DE FLEXIBILIDADE NA
TERCEIRA IDADE

2
São Luís, 2019
Vanessa Serra Duarte
Naira coelho de araujo
Mariana Furtado Ramos
Janmylly Moreira S. e Silva

A influência do treinamento de flexibilidade na terceira idade

Artigo Científico apresentado em cumprimento da
disciplina: Prática interdisciplinar: Aptidão física e
saúde, como exigência para a obtenção de nota
ao Curso

Orientador Rafael Thallison Mendes dos Santos

São Luís, 2019
3
A influência do treinamento de flexibilidade na terceira idade

Vanessa Serra Duarte1
Naira coelho de araujo2
Mariana Furtado Ramos3
Janmylly Moreira S. e Silva4

RESUMO

A pretensão deste estudo foi analisar a influência do treinamento de flexibilidade na
terceira idade, tendo em vista que este grupo cresce anualmente, gerando maior
preocupação familiar, especialmente com as constantes quedas, oriundas da
limitação de flexibilidade das articulações e da força muscular. Trata-se de uma
revisão integrativa, em que se analisou artigos entre 2014 a 2017, com levantamento
de dados das plataformas Scielo, Google acadêmico, Lilacs, blogs e publicações
online. O objetivo deste artigo é averiguar de que forma o treinamento de
flexibilidade influencia na terceira idade, considerando que este método reduziu o
número de quedas e da independência física.

Palavras-chave: Terceira idade. Flexibilidade. Limitação. Treinamento.

ABSTRACT

The aim of this study was to analyze the influence of flexibility training in the elderly,
considering that this group grows annuall generating greater family concern,
especially with the constant falls, resulting from the limitation of joint flexibility and
muscle joints and muscle strength. It is a bibliographical review, in which articles
were analyzed between 2014 and 2017, with data collection from Scielo platforms,
Google academic, Lilacs, blogs and online publications. The objective of this article is
to investigate how flexibility training influences the elderly, considering that this
method reduced the reduced the number of falls and physical independence.

Key words: Elderly. Flexibility. Limitation. Training.

1 Estudante do período do curso Educação Física Bacharelado da Universidade UNISSELVI
2 Estudante do período do curso Educação Física Bacharelado da Universidade UNISSELVI
3 Estudante do período do curso Educação Física Bacharelado da Universidade UNISSELVI
4 Estudante do período do curso Educação Física Bacharelado da Universidade UNISSELVI
4

INTRODUÇÃO

Envelhecer faz parte de um processo biológico e físico natural presente na
nossa vida. Essa condição se carrega desde o nascimento e é suscetível aos
critérios como a genética e a forma como vivie. O somatório, no decorrer dos anos,
de processos fenomenológicos voltados para a transformação do corpo humano,
seja ele físico, psicológico ou social. O envelhecimento surge, primeiramente, por
meio de sinais e é percebido quando a inatividade física se faz presente. Magalhães
(2018) afirma que o sedentarismo é um fator que pode influenciar negativamente na
saúde das pessoas.
Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que
hoje pessoas com mais de 60 anos são quase 15% da população e a expectativa de
vida passou para 72,5 para os homens e 79,6 para as mulheres.
Com este avanço, a ideia de chegar à terceira idade com maior
qualidade de vida deu margem ao grupo a possibilidade de viver melhor,
conforme a mudança de atitude diariamente, como a alimentação, a
atividade física, a vida social, ações que propiciarão uma vida saudável e
com mais longevidade. Em contrapartida, muitos desta faixa etária não
envelhecem, de forma digna e vivenciam uma realidade contrária ao que exige sua
história e seu corpo, “o saber viver" difere do “poder viver", as oportunidades são
mínimas, considerando o número de idosos que compõe a população e que estão
alheios a uma vida precária, envelhecendo mais rápido, com limitações ainda mais
visíveis.
Para que o indivíduo envelheça com qualidade é necessário que as
capacidades – físicas, psicológicas e sociais – sejam praticadas cotidianamente,
haja vista que estes fatores determinarão o quão possível é viver de maneira
saudável.
Diante desta perspectiva, o presente artigo tem como objeto de estudo a
flexibilidade como uma das atividades físicas que melhora o bem estar na terceira
idade, bem como seu conceito, avaliação, e eficácia. Segundo Titanium (2018), “O termo
“flexibilidade” diz respeito à qualidade física responsável por condicionar a capacidade funcional
das articulações a se movimentarem dentro dos limites ideais de determinadas ações. Portanto,
ela pode abarcar forças externas ou não.”
5
Ressalte-se que a flexibilidade está associado a uma aptidão física, despertando o interesse das
áreas da saúde e esportiva. Pessoas com boa flexibilidade têm facilidade em praticar, de forma
eficácia, várias atividades esportivas.
Na terceira idade é comum os movimentos estarem mais rígidos e cansados, justamente pelo
esforço muscular exercido durante toda sua vida, o que é fundamental a prática da flexibilidade para
garantir que este grupo possa envelhecer sem a presença acentuada de dores, restrições em
relacionar com outras atividades que beneficiarão o idoso para uma boa qualidade de vida.

METODOLOGIA

Partindo da proposição de que a metodologia científica estuda uma
diversidade de métodos científicos, na visão de APPOLINÁRIO (2004, p. 18) é um:

[...] conjunto de procedimentos aceitos por determinada comunidade
científica que irá assegurar a qualidade e a fidedignidade do conhecimento
gerado. Em sua forma mais geral, o método científico configura-se como
uma forma de abordagem ou investigação da realidade.

O método está inserido na busca e análise de material bibliográfico e
documental que fosse suficiente para o estudo, haja vista que o objetivo é promover
uma atenção especial aos sujeitos da terceira idade, considerando a influência que a
flexibilidade pode ter em propiciar melhor qualidade de vida. De tal sorte que os
resultados obtidos demonstraram a importância que a temática carrega,
considerando que se trata de um fator importante para a saúde do idoso.
Para compor a dissertação, estabeleceu-se uma organização e coleta de
materiais (livros, artigos, monografias, revistas e publicações online destinadas à
análise da flexibilidade na terceira idade), em torno de duas semanas, entre os dias
11 a 24 de maio deste ano, sendo definido o público - alvo e de que maneira se
trabalharia a flexibilidade, haja vista que o problema decorre do tema que se inicia
com a restrição corporal do idoso e com as dificuldades em proporcionar esta
atividade em um grande número de pessoas desta faixa etária.
Ainda que não se tenha trabalhado com o aspecto quantitativo da pesquisa,
considerou-se os critérios de exclusão e inclusão a ela; aquele, determinado a priori,
ao grupo que não se encontra na terceira idade, enquanto
este, inclui a atenção aos
idosos.
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MATERIAIS E MÉTODOS

Este é um estudo de revisão integrativa, que se baseia na fundamentação teórica da
prática relacionada às evidências. O referente método objetiva reunir e sintetizar resultados
de pesquisas de um delimitado tema ou questão. Com o seguinte questionamento de
pesquisa: De que forma a flexibilidade influência a terceira idade?
A busca de artigos foi realizada nas bases de dados eletrônicos do Scientific Eletronic
Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (LILACS) e
revistas indexadas eletrônicas, por meio dos termos de acordo com a classificação dos
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Flexibilidade, terceira idade, atividade e aptidão
física, publicações relacionadas ao tema nos últimos cinco (05) anos. Após a pesquisa com
os descritores, os artigos foram identificados através do anos, resumos e área temática,
selecionando os que se enquadravam ao objetivo proposto no estudo.
Para o desenvolvimento desta pesquisa, optou-se pelo estabelecimento de propostas
nas seguintes etapas: Estabelecimento da hipótese ou questão de pesquisa; Amostragem
ou busca na literatura – Estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão usando base
de dados, seleção dos estudos; Classificação dos estudos – Extração das informações,
organizar e sumarizar as informações, formação do banco de dados; Avaliação dos estudos
incluídos na revisão – Aplicação de análises estatísticas (IBGE), inclusão/exclusão de
estudos, análise crítica dos estudos selecionados; Leitura crítica dos resultados – Discussão
dos resultados, propostas de recomendações, sugestões para futuras pesquisas; Síntese do
conhecimento ou apresentação da revisão – Resumos das evidências disponíveis, criação
de um documento que descreva detalhadamente a revisão.

RESULTADOS

Foram reunidos 4 artigos, conforme à temática e classificados em uma tabela para
propiciar melhor compreensão. A partir de interpretação de leitura e sua dimensão
contextual, selecionou-se artigos entre os anos de 2014 a 2017, para que se organizasse
cada estudo, em consonância ao tema central e, dessa forma, distribuí-los nas figuras a
seguir:

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AUTORES ANO TIPO DE ESTUDO

TEMA
COELHO,
Bruna dos
Santos;
Souza, Lucas
Kuser de;
Rafael
Bortoluzzi,
Cristian;
RONCADA

PERES,
Lucélia de
Oliveira

TIGGEMANN,
Carlos
Leandro;
DIAS,
Caroline Pieta

COELHO,
Beatriz
Domingues
2014

2015

2017

2017
Revisão Integrativa

Revisão Integrativa

Revisão de literatura
Comparação
da força e
capacidade
funcional
entre idosos
praticantes de
musculação,
hidroginástica
e não
praticantes de
exercícios
físicos
Atletismo
como uma
proposta de
exercício
físico para
melhoria nas
atividades da
vida diária de
idosos
MÉTODO
PILATES E A
INFLUÊNCIA
NA
AUTOESTIMA
DO IDOSO:
Revisão
Integrativa

Síndrome da
imobilidade
em idosos:
revisão de
literatura

FIGURA 1 – Atividades físicas para a terceira idade. Fonte: Autor

Na classificação “Atividades físicas para a terceira idade", verificou-se que a fase
derradeira que fecha o ciclo de vida humana passa por transformações biológicas naturais,
bem como limitações de sua força e de sua capacidade funcional, no entanto o estudo trouxe
apontamentos relevantes aos desafios que a terceira idade se propõe a fazer para atenuar
8
tais problemáticas, adotando a musculação e a hidroginástica como práticas de exercícios
físicos.

Na imagem 2: Praticando musculação
Fonte: Carneiro, Márcia. Benefícios da musculação na terceira idade. Disponível em: http://
revide.com.br. Acesso: 23 Mai 2019
No estudo seguinte desta mesma categoria, analisou-se que o atletismo se destaca
entre as atividades físicas benéficas ao idoso, tendo em vista que este grupo vem crescendo
anualmente, conforme os dados do IBGE, 2010, representando cerca de 26,7% da
população brasilleira. Nesse hiato, novas perspectivas surgem, com intuito de oferecer ao
idoso serviços que assegurem uma melhor qualidade de vida. Além disso, o artigo destacou
que é comum nesta fase, o aparecimento de mudanças físicas, sociais e psicológicas,
intervindo na autonomia do idoso em realizar atividades diárias, portanto o atletismo auxilia
no sedentarismo e previne a velhice contra graves problemas relacionados ao corpo e à
mente.
O artigo 3, em sequência, pontuou a prática do Pilates, como método de
autoestima da terceira idade, enfatizando estudos que variam entre 2009 a 2013.
Analisou-se que dos 114 estudos selecionados, apenas 17 seguiram os critérios de
9
inclusão, considerando que destes, cinco artigos retrataram acerca da técnica
Pilates, concluindo que o idoso ao utilizar este método como atividade física,
apresentou melhoras em sua qualidade de vida.
Nas imagens abaixo, mostram como o pilates traz satisfação por sua eficácia.
Imagem 2: Praticando Pilates
Fonte: Pilatws para idosos: uma abordagem diferenciada. Disponível em:
<http://blogpilates.com.br>. Acesso em: 23 Mai 2019.

Finalmente, o último artigo interpreta estudos feitos acerca da imobilidade no
idoso. A imobilidade, que nada mais é que um descanso mais longo que o normal no
leito e/ ou síndrome do desgaste, da inutilidade acarretada pela putrefação dos
sistemas secundários do corpo ligado à fadiga dos ossos. Neste estudo, os
resultados apresentam a imobilidade como uma intervenção da atividade física,
associada ao direcionamento fisioterapêutico, com objetivo de atenuar as causas da
imobilização prolongada.

DISCUSSÃO

A revisão dos artigos possibilitou a construção de uma síntese do conhecimento
científico acerca da flexibilidade na terceira idade na perspectiva da literatura latino-
americana. Foi possível detectar lacunas no conhecimento produzido e os estudos
analisados foram classificados como eficazes, ainda que, um grande número de idosos
10
estejam fora da possibilidade de uma atividade física assistida e praticada como é o caso da
flexibilidade.
A terceira idade é uma fase, em que o indivíduo responde positivamente ou
negativamente a maneira como ele vem lidando com seu corpo e mente, os anos anteriores
são as causas para os efeitos hodiernamente, levando em consideração que muitos idosos
não têm a possibilidade de praticar atividade física adequada com acompanhamento de um
fisioterapeuta ou educador físico especializado que possa instruir corretamente cada passo
da atividade, como a flexibilidade

CONCLUSÃO

A flexibilidade, conceituada como a capacidade de músculo esquelético se estender,
sem que o indivíduo se lesione, em caso de grande movimentação na articulação e facilite
sua movimentação, proporcionando uma sensação prazerosa, de não sentir dor,
especialmente à terceira idade, em que o sujeito possui limitações críticas ou não, já que
depende de como era ou é o ritmo de vida dele, se praticava exercícios ou era sedentário.
Dessa forma, o estudo propiciou caminhos que levassem ao entendimento de que a
flexibilidade influencia satisfatoriamente
o idoso, tendo em vista que, como atividade física,
traz benefícios ao corpo humano, proporcionando a extensão a outras atividades que irão
somar para o bem corporal e mental deste sujeito.
Um dos pontos a ser considerado é a regularidade de atividades físicas que podem
contribuir para a permanência do nível eficaz da flexibilidade, um fato considerável à faixa
etária, pois alcança o resultado esperado que é de promover uma melhor qualidade de vida
aos idosos, especialmente por suas restrições nas articulações, gerando uma série de
problemáticas que se estende até aos problemas cardiorrespiratórios, já que a circulação
sanguínea fica comprometida.

REFERÊNCIAS

BRUNNELI, Ane R. Os efeitos do método pilates no Equilíbrio e na marcha de
pacientes com acidente vascular encefálico (AVE). Monografia apresentada a
Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, 2009.

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30982010000100014

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Sinopse do Censo Demo-
gráfico de 2010, 2011. Disponível em:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/default_sinopse.shtm
[2019 ago 21].

LEVITES, Marcelo (2018). Um novo significado para o envelhecer. Disponível em:
<http//: https://emais.estadao.com.br/blogs/viva-mais-e-melhor/um-novo-significado-
para-o-envelhecer/>. Acesso em 23 Mai 2019.

MAGALHÃES, Lana (2018). Sedentarismo: o que é, causas e consequências.
Disponível em: <http://www.todamateria.com.br/sedentarismo/>. Acesso em 23 Mai
2019.

MAZO GZ, Santos A, Cardoso AS, Dias RG, Balbé GP, Virtuoso JF. Do diagnóstico
à ação: grupo de estudos da terceira idade: alternativa para a promoção do
envelhecimento ativo. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2009;14(1):65-70.

TITANIUM, Max (2018). Flexibilidade na musculação: qual sua importância?.
Disponível em: http://maxtitanium.com.br/blog/flexibilidade-na-musculacao-qual-sua-
importancia/. Acesso em 23 Mai 2019.
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