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A marcha humana

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CURSO DE FISIOTERAPIA
3º SEMESTRE
ACADÊMICOS:
A marcha humana
Campo Grande-MS
2019
SUMÁRIO
1
Assunto Pág
INTRODUÇÃO................................................................................….... 3
OBJETIVOS.............................................................................................. 4
DESENVOLVIMENTO............................................................................ 5
O passo....................................................................................................... 5
A passada .................................................................................................. 6
A cadência ................................................................................................. 6
O ciclo da marcha...................................................................................... 6
A fase de apoio ......................................................................................... 7
A fase de balanço....................................................................................... 7
A marcha sob o ponto de vista da Cinesiologia ........................................ 7
A marcha sob o ponto de vista da Biomecânica.................................…... 8
A marcha sob o ponto de vista da Fisioterapia.......................................... 8
As Variáveis da Marcha............................................................................. 8
Alterações das Fases da Marcha em Decorrência da Idade...................... 8
Características das Marchas Patológicas................................................... 9
Análise dos Músculos Envolvidos na Marcha........................................... 10
Conclusão................................................................................................. 12
Bibliografia............................................................................................... 13
2
Introdução
O presente trabalho é sobre a marcha humana e foi realizado como parte do
encerramento da matéria de Atividades Práticas Supervisionadas do terceiro semestre do
curso de Fisioterapia noturno da FCG-FACSUL.
Foram abordados alguns conceitos da marcha humana, os ciclos, bem como as
suas fases. 
Um pequeno aprofundamento foi realizado a fim de discorrer sobre a marcha sob
o ponto de vista da biomecânica, da cinesiologia e da fisioterapia.
Sabemos que com o avançar da idade, em decorrência de alguns fatores como a
inatividade física, a perda de neurônios motores e a nutrição inadequada, o ser humano vai
perdendo massa óssea e massa muscular além da diminuição da força e da potência da sua
musculatura influenciando sobremaneira na autonomia do indivíduo. De posse dessas
informações realizamos um pequeno aprofundamento na pesquisa sobre as variáveis da
marcha, as alterações das fases da marcha em decorrência da idade, as características das
marchas patológicas, bem como uma análise dos músculos envolvidos na marcha para que,
como fisioterapeutas, possamos melhor intervir para prevenir as patologias, melhorar o
tratamento dos pacientes que já desenvolveram tais patologias ou ainda realizar um trabalho
de prevenção para que as citadas patologias não ocorram ou inda retardem seu início.
3
Objetivo
Esta pesquisa, sendo um trabalho de acadêmicos do curso de fisioterapia, teve por
objetivo discorrer sobre a marcha humana, trazendo informações importantes sobre as
patologias relacionadas e ainda identificar os principais músculos envolvidos em cada fase da
marcha para que as intervenções sejam feitas com o intuito de prevenir ou melhorar as
condições de locomoção dos pacientes.
4
Desenvolvimento
Durante o crescimento e o desenvolvimento humano aprende-se a andar e criar
um padrão de movimento semelhante ao daqueles que nos ensinaram, mas com as
particularidades individuais. Poucos sabem, mas a marcha possui diversas fases.
Muitos utilizam espaços públicos para praticar caminhadas, por ser de fácil
execução e baixo custo, mas nem sempre realizam de forma correta e com algum tipo de
orientação, o que pode trazer problemas ao invés de benefícios.
Se não há uma preparação para a atividade, como alongamento e aquecimento,
não fizer uso de calçado adequado, ou possuir problemas articulares antecedentes, o risco de
lesões pode ser fator determinante para interromper a prática.
Além disso, se o praticante desenvolver padrões incorretos na marcha, poderá
desenvolver dores nas articulações ao redor do quadril e nos membros inferiores. Algumas
lesões podem ser decorrentes de postura incorreta durante a atividade ou desequilíbrios
musculares importantes.
Quando a marcha prejudica alguma articulação envolvida ou está sofrendo
disfunção por alguma doença, ou até mesmo mudando em decorrência do processo de
envelhecimento, deve-se procurar a orientação de um profissional a fim de iniciar uma
reeducação e corrigir as anormalidades.
A marcha humana é uma função que utiliza uma sequência de repetições de
movimentos dos membros inferiores para mover o corpo à frente enquanto simultaneamente
mantém a postura estável ou ainda, um andar bípede no qual os membros se movem num
padrão alternado e simétrico, sendo então a caracterização mecânica e funcional da habilidade
de locomoção que nos permite deslocar pelo espaço terrestre com maior coordenação e
eficiência.
Para isso, enquanto um dos membros inferiores se comporta como fonte móvel de
apoio, o outro realiza um balanço avançando à frente para em seguida se tornar a fonte móvel
de apoio. Assim eles invertem os papéis continuamente através de movimentos cíclicos sem
início ou fim estabelecido.
Em termos biomecânicos, a marcha é vista como o deslocamento do centro de
gravidade do corpo através do espaço com o menor consumo de energia possível.
5
O Passo
É a distância entre o toque do calcanhar de um pé e o toque seguinte do calcanhar
do outro pé.
A Passada
É a distância entre o toque do calcanhar de um pé e o toque seguinte do calcanhar
deste mesmo pé. Uma passada corresponde a dois passos.
A Cadência
É o número de passos em um intervalo de tempo. Quanto maior o comprimento
do membro inferior maior será a cadência.
O Ciclo da marcha
É o período compreendido entre o contato de um pé ao solo até o próximo contato
desse mesmo pé no solo. 
O ciclo da marcha é dividido em duas fases bem distintas: a fase de apoio, onde o
pé toca o solo; e a fase de balanço, onde o pé não está em contato com o solo.
6
A Fase de apoio
Ocorre quando o pé se encontra em contato com o solo e sustenta o peso. Ela
permite que o membro inferior suporte o peso do corpo e ao mesmo tempo possibilita o
avanço do corpo. Representa cerca de 60% do ciclo da marcha e divide-se nas seguintes fases:
Toque do calcanhar: o ciclo começa assim que o calcanhar do membro referido
toca o solo;
Fase de contato: fase onde o pé estará plano e em contato com o solo. Nesta fase,
o peso corporal está distribuído por toda a superfície plantar;
Apoio médio: o pé ainda estará em total contato com o solo, porém o peso
corporal será transferido para a região anterior do pé;
Saída do calcanhar: fase em que o calcanhar se desprende do solo. Nesta fase, a
tíbia é deslocada anteriormente;
Propulsão: o pé perde contato com o solo e começa a fase de balanço. Neste
momento, o corpo do indivíduo é impulsionado para frente
A Fase de balanço
Ocorre quando o pé não está mais sustentando peso e move-se para frente.
Apresenta cerca de 40% do ciclo da marcha e está dividida nas seguintes fases:
Aceleração:fase em que o pé se eleva do solo e acelera para frente e para cima;
Oscilação média: ápice da aceleração do segmento. Neste momento alcança a
maior elevação em relação ao solo;
7
Desaceleração: período em que o segmento desacelera o movimento e segue até
que o calcanhar toque o solo e comece outro ciclo da marcha
A marcha sob o ponto de vista da Cinesiologia
A marcha humana é uma sequência de ações coordenadas dos segmentos
articulares de membros superiores, inferiores e tronco, compondo um movimento altamente
complexo.
Vários mecanismos internos funcionais estão envolvidos e são de interesse para
estudo, tais como: geração de forças musculares, interações articulares, estabilizações
segmentares, entre outros.
A marcha sob o ponto de vista da Biomecânica
A marcha humana é dependente da interação dinâmica coordenada entre sistema
motor e forças externas.
É produto de movimentos coordenados dos segmentos corporais gerados
internamente (forças internas -muscular e articular) interagindo com as forças externas
(inercial, gravitacional e friccional).
A marcha sob o ponto de vista da Fisioterapia
O entendimento dos mecanismos dinâmicos e reflexos de geração e controle da
marcha permite-nos melhor avaliar e organizar programas de treinamento e reabilitação da
marcha, um dos objetivos terapêuticos mais importantes.
As Variáveis da Marcha
Velocidade: 82 m/min
Cadência: 113 passos/min.
Passo: 76,3 cm
Passada: 1,4m
Alterações das Fases da Marcha em Decorrência da Idade
8
A velocidade que cada indivíduo escolhe para sua deambulação diária é a
principal medida para julgar a performance em relação a marcha. Acredita-se que a
velocidade escolhida para a própria marcha tende a diminuir ao longo dos anos. Essa redução
tem sido atribuída a diminuição da amplitude dos passos e não da cadência destes.
Os tornozelos apresentam diminuição da amplitude de seus movimentos, devido a
menor amplitude da flexão plantar durante a fase de deslocamento do pé.
A velocidade do contato do calcanhar em sentido horizontal tem sido descrita
como significativamente maior nas pessoas da terceira idade, apesar de a velocidade ser
menor. Essa velocidade cai rapidamente para zero durante a sustentação do peso, em virtude
da força de fricção entre o calcanhar e o peso.
A diminuição da aceleração entre pelve e cabeça indica a eficácia da função do
tronco como amortecedor.
Características das Marchas Patológicas
Marcha Ceifante
Caracteriza-se pela diminuição da flexão e extensão dos membros inferiores,
diminuindo a sua oscilação para frente e para trás, resultando em abdução exagerada do
membro parético durante a fase de balanço. Consiste no membro superior fletido, aduzido e
punho pronado. O membro inferior está contraído, não fletindo arrastando a perna em
semicírculos. Ocorre geralmente em pacientes com Acidente Vascular Encefálico.
Marcha Talonante
É quando o toque do calcanhar é feito com muita intensidade, produzindo um som
típico. A pessoa bate o pé para ouvir o som do pé e saber que está chegando no solo, porque
tem paresia (falta de sensibilidade). Ocorrem em neuropatias.
Marcha Escarvante
Ocorre paralisia do movimento de flexão dorsal, a ponto do pé toca no solo ao
caminhar e tropeça. Para evitar isso, a pessoa levanta acentuadamente o membro superior.
Realiza a flexão exagerada do quadril e bate com o pé no chão.
9
Marcha em Tesoura
Tem como característica a espasticidades dos membros inferiores, que
permanecem semifletidos, arrastando os pés e cruzando-os um na frente do outro.
Marcha Anserina
As pernas estão afastadas, há hiperlordose lombar, como se o paciente quisesse
manter o corpo em equilíbrio, em posição ereta apesar do déficit muscular. A inclinação do
tronco para um lado e para o outro é semelhante a marcha de um ganso.
Marcha Festinante
Deambulação onde o paciente anda na posta dos dedos como se estivesse sendo
empurrado, como acontece no parksonismo.
Análise dos Músculos Envolvidos na Marcha
A musculatura envolvida na realização da marcha dentro de cada movimento é a
seguinte:
Fase de apoio
Toque do calcanhar
Tornozelo Pré tibiais (c. concêntrica) para posisionar o tornozelo a90º
Joelho Quadríceps (c. concêntrica) estabilidade
IQT (c.concêntrica) evita a hiperextensão
Quadril Glúteo Máximo, banda iliotibial e IQT(c.concêntrica) evita uma flexão excessiva do quadril
Fase de contato
Tornozelo Pré tibiais (c. excêntrica) para controlar a queda doantepé
Joelho Quadríceps (c. excêntrica) desacelera a flexão do joelho
Quadril IQT e Glúteo Máximo (c.concêntrica) extensão do
10
quadril
Pelve Glúteo Médio e Tensor Fáscia Lata (c.excêntrica)controla a báscula contralateral
Apoio médio
Tornozelo Soleo e Gastrocnêmio (c. excêntrica) para controlaro avanço da tíbia
Joelho Quadríceps (c. concêntrica) auxilia na extensão(Início Apoio Médio)
Quadril Tensor Fáscia Lata controla a extensão do quadril
Pelve Tensor Fáscia Lata (c.concêntrica) controla a básculacontralateral
Saída do calcanhar
Tornozelo Soleo e Gastrocnêmio (c. concêntrica) realizar a FlexãoPlantar
Joelho IQT e Glúteo Máximo (c.concêntrica) iniciar a flexãodo joelho
Reto Femural (c. excêntrica) controlar a flexão do
joelho
Quadril
Quadríceps (c. concêntrica) realizar a extensão do
quadril
Reto Femural e Iliopsoas (c.concêntrica) flexão do
quadril e avançar o membro
Propulsão do pé
Tornozelo Tríceps Sural (c. concêntrica) Flexão Plantar
Joelho Reto Femural (c. excêntrica) controlar a flexão dojoelho.
Poplíteo (c.concêntrica) destravar o joelho
Quadril Reto Femural e Iliopsoas (c.concêntrica) flexão doquadril e avançar o membro
Fase de balanço
Aceleração
Tornozelo Pré tibiais (c. concêntrica) Reduzir a Flexão Plantar
Joelho Reto Femural (c. excêntrica) desacelerar a flexão dojoelho.
11
Bíceps Cabeça curta (c.concêntrica) flexão do joelho
Quadril Reto Femural, Iliopsoas, sartório e grácil (c.concêntrica)flexão do quadril
Oscilação média
Tornozelo Pré tibiais (c. concêntrica) Dorsiflexão para liberar o pé
Joelho Flexores do joelho ralaxam= estensão passivamovimento pendular
Quadril Flexores (c.concêntrica) em menor demanda continua aflexão quadril para avanço do membro
Desaceleração
Tornozelo Pré tibiais (c. concêntrica) Dorsiflexão para preparar oContato inicial adequado
Joelho Quadríceps (c.concêntrica) extensão do joelho
IQT (c.excêntrica) para desacelerar a extensão do joelho
Quadril IQT e Glúteo Máximo (c.excêntrica) para desacelerar aflexão do quadril
12
Conclusão
O estudo nos mostrou a importância da marcha humana para a realização das
atividades funcionais e laborais diárias. 
Verificou-se que, embora seja uma atividade corriqueira na vida das pessoas, é de
suma importância que sejam tomados diversos cuidados com relação a sua execução; como a
correção postural e a simetria dos músculos e dos movimentos para que não desenvolva certos
tipos de patologias e com isso, piore a qualidade de vida, especialmente, indivíduos com idade
mais avançada, por apresentarem um certo desgaste ósseo e perda muscular.
Importante ainda ressaltar a excelência do aprendizado para nós, futuros
Fisioterapeutas, que após formados e conhecedores do assunto, muito nos facilitará o
tratamento de pessoas que já tenham desenvolvido algumas das patologias estudadas.
13
Referências Bibliográficas
ARANTES, Milene. Método de reconhecimento da marcha humana por meio de fusão
das características do movimento global / Tese (Doutorado-Programa Pós-Graduação em
EngenhariaElétrica. Área de concentração em sinais e instrumentação) – Escola de
Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, 2010.
KENDALL, F. Músculos - Provas e funções - com postura e dor. 5.ed. SP: Manole , 
2007.14 ex.
Análise de Marcha, Marcha patológica, Perry Jacquelin, Vl 2, 2005. Editora Manole
Fisioterapia na terceira idade, Pickles Barrie, Compton Am et al, 1ªEd, 1998. Livraria 
Editora Santos
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