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1 Sistemas anaeróbios: UASB Profª Delmira Wolff TRATAMENTO DE RESTRATAMENTO DE RESÍÍDUOS E DUOS E IMPACTOS AMBIENTAISIMPACTOS AMBIENTAIS Sistemas anaeróbios Reator Anaeróbio de Manta de Lodo (UASB - upflowupflow anaerobicanaerobic sludgesludge blanketblanket ) � Biomassa cresce dispersa – formação de grânulos de bactérias que servem como meio suporte � Concentração de biomassa elevada – manta de lodo � Eficiência média de remoção de DQO = 65% e 70% de remoção de DBO � Formação de CH4 (metano) e CO2 � Biogás – metano - queima ou reaproveitamento � Baixa produção de lodo – já estabilizados – leitos de secagem � Não há necessidade de decantação primária UASB UASB ((upflowupflow anaerobicanaerobic sludgesludge blanketblanket)) 2 A distribuição do afluente deve ser homogênea Alimentação – esgoto aflui a uma caixa superior de distribuição (circular ou retangular) sobre laje superior, de onde descem tubos verticais de distribuição ascencional Distribuição do esgoto afluente Coroa de Distribuição do Afluente UASB circular- detalhamento Fonte: von Sperling 3 UASB retangular Tubulação de distribuição do esgoto 4 Distribuição esgoto afluente � Diâmetro dos tubos de distribuição: 75 ou 100 mm � Baixa velocidade descendente, inferior a 0,2m/s (evitar arraste de bolhas de ar) � Distribuição homogênea ao logo de toda a seção do fundo do tanque, cada tubo podendo atingir 3,0m2 (esgoto doméstico) � Redução do diâmetro do tubo ao fundo, a extremidade pode distar cerca de 0,15m do fundo do tanque (0,10 a 0,20m) Reatores UASB – Critérios e Parâmetros Para o Dimensionamento Vazão de Esgotos de Projeto Os reatores UASB são empregados à jusante apenas do tratamento preliminar, o que o torna desprotegido das variações de vazão de esgotos, uma vez que os tempos de detenção utilizados são relativamente pequenos. Assim, recomenda-se que o reator apresente condições de atender `a situação mais desfavorável, isto é, vazão máxima horária de esgotos. Reatores UASB �No entanto esta recomendação deve ser aplicada somente para reatores que atendam a pequenas populações, (menor que 50000hab.), para evitar um superdimensionamento que resultaria em grandes volumes adicionais. A VAZÃO MÉDIA É ASSEGURADA COM A UTILIZAÇÃO DE EQUALIZADORES DE VAZÃO 5 Parâmetros de projeto � Volume e Tempo de detenção hidráulico Sendo Q a vazão de entrada e t o tempo de detenção, Fixa-se o tempo de detenção em função da temperatura tQV .= Tempo de detenção hidráulico >= 722-25 >= 6> 25 >= 818-21 >= 1015 a 17 Tempo médio, hTemperatura, oC Cargas aplicadas V SQCOV 0.= COV SQV 0.= Sendo COV a carga volumétrica aplicada (kg/m3.d) e S0 a concentração do substrato afluente (mg/L) Tipicamente, a faixa de aplicação da carga orgânica volumétrica se acha entre 2,5 e 3,5 kgDQO/m3.d – esgoto doméstico Velocidade Ascencional na Zona de Manto de Lodo A manutenção de determinada faixa de velocidade ascensional dos esgotos ao longo do corpo do reator é importante para garantir grau adequado de expansão da manta de lodo, sem que haja arraste excessivo para a zona de decantação. . Velocidade ascencional � Importante - garante melhor contato entre substrato afluente e biomassa, mantém o tempo de detenção hidráulico de projeto, reduz as possibilidades de curto circuito A Q v = v QA = Sendo v a velocidade ascencional em m/h e A a seção transversal do reator VELOCIDADE ASCENCIONAL < 1,5Picos temporários < 1,2Vazão máxima < 0,7Vazão média Velocidade ascencional, m/hCondição de vazão 6 Velocidade de Passagem da Zona de Manto de Lodo para a Zona de Decantação Lodos bem granulados resistem ao arraste com velocidades de passagem de até 10 m/h. Mas como ocorrem situações em que o lodo não granula, apenas flocula e mesmo assim o reator mantém boa eficiência na remoção de DQO, recomenda-se limitar a velocidade de passagem a 4 m/h (vazão máxima). Profundidade do reator � Adotar entre 4,0 a 6,0m. Mantém relacionamento direto com volume e área, e tempo de detenção hidráulico e velocidade ascencional. ⇒ Definir inicialmente a profundidade, depois verificar demais parâmetros. O compartimento inferior de digestão poderá ter de pelo menos 2,5m e o compartimento superior de sedimentação de pelo menos 1,50m Taxa de Escoamento Superficial na Zona de Decantação A parte superior do reator UASB, externa ao “chapéu” coletor de gás, funciona como decantador, permitindo a recuperação de grânulos escapados da zona de manto de lodo. Recomendam-se taxas de escoamento superficial inferiores à 1,20 m3/m2.h para a garantia do retorno de parte significativa do lodo para a zona de manto. A inclinação das abas do chapéu (ângulo com a horizontal), deverá ser superior a 50º. Compartimento de decantação Dois parâmetros importantes: Taxa de vazão superficial e tempo de detenção hidráulico Picos temporários Vazão máxima Vazão média Condição de vazão > 0,6<1,6 >1,0<1,2 > 1,5 Tempo de detenção horas Taxa aplic. Superf. m/h 7 Coleta efluente �Ocorre ao longo das calhas vertedores ou por tubos perfurados na superficie do líquido. �As calhas coletoras devem ser precedidas de um retentor de escuma Produção e descarte do lodo � Produção estimada de lodo (esgoto doméstico): em 0,15 a 0,20kgSST/kgDQOafluente � Lodo interior do reator – teor de sólidos entre 3 e 5% � Necessário descarte periódico do lodo � Lodo retirado como excesso – normalmente bem estabilizado – enviado para desidratação � Freqüência descarte: verificada por coleta amostras, análise sólidos ou atividade metanogênica do lodo. Produção e manejo do gás � Produção de gás – em geral na faixa de 5 a 20L/hab.dia. � Metano: 50 a 70%. Outros componentes: CO2, NH3, H2S, mercaptanas, dentre outros � Digestores retangulares cobertos: queima ou aproveitamento (grandes volumes) � No caso da queima, o queimador deve se situar a pelo menos 15m das unidades de tratamento. 8 EXEMPLO Em Rio das Ostras adotou-se uma ETE formada por grades ultrafinas (3mm), caixa de areia e reator UASB. � Vazão média de projeto: 277L/s = 23.933m3/dia � Vazão máxima: 490 L/s = 42.336m3/dia � DBO = 200mg/L � DQO = 400mg/L � Carga orgânica = (0,400kg/m3) x (23.933m3/d) = 9573 kg/d 1. Cálculo do reator � Tempo de detenção, fixado, t = 8h • Volume total de reatores Vt Vt = Q x t Vt = 23.933 m3/dia x 8/24dia = 7.977m3 (volume de reatores na faixa de 500 a 2000m3) • Número de unidades escolhido = 6 • Volume unitário V V = 7977/6 = 1330m3 � Altura útil fixada, h = 5,00m � Área unitária A A = V/h A = 1330/5 = 266m2 Dimensões escolhidas = 16,10 x 16,50m � Sistema de digestão do lodo: verifica-se a velocidade ascencional Va do lodo na câmara de digestão: � Va = Q/A Para a vazão máxima: Va = 1764 (m3/h)/(6x266 (m2)) = 1,10 m/h – valor adequado Verificar sistema de decantação e massa de lodo gerada Exercício proposto � Projetar um UASB para as seguintes condições: 1.Esgoto afluente � Vazão máxima = 0,30m3/s � DQO = 400mg/L 2. Temperatura média: 18ºC VERIFICAR A VELOCIDADE ASCENCIONAL E CARGA VOLUMÉTRICA NECESSIDADE DE PÓS-TRATAMENTO DO EFLUENTE ANAERÓBIO Eficiências de remoção em reatores UASB tratando esgotos sanitários: � DBO e DQO: ~ 60-70% � N e P: bem baixa (incorporação na biomassa) � Patógenos: coliformes: ~ 80%; ovos de helmintos: ~ 80% Pós-tratamento 9 TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO DE ESGOTOS Reator UASB + pós-tratamento Qualquer das tecnologias usadas para o tratamento do esgoto bruto pode ser utilizada como pós-tratamento Vantagens: • Certa redução nos custos de implantação • menor volume eárea das unidades • Grande redução nos custos de operação • menor consumo de energia • menor quantidade de lodo a ser disposto SISTEMAS DE TRATAMENTO CONJUGADO ANAERÓBIO-AERÓBIO Grade Caixa de areia UASB Lagoas de estabilização Lagoas aeradas Filtros Biológicos Convencional Processos físico-químicos Filtros Biológicos Aerado Submerso Lodos ativados A combinação de dois reatores anaeróbios confere ao sistema de tratamento uma capacidade de remoção complementar da matéria orgânica, que pode se dar por duas vias (Chernicharo, 1997): � pela retenção de sólidos no UASB, refletindo uma remoção de DQO particulada. Os mecanismos físicos de remoção da matéria orgânica predominam, pela combinação dos efeitos da filtração através do meio suporte e de decantação ao longo da coluna; Reator UASB / filtro anaeróbio (UASB+FA) pela remoção da DQO solúvel remanescente através da formação do biofilme no meio suporte. Nesse caso, a extensão de formação do biofilme e da própria remoção de material carbonáceo por via bioquímica passa a depender da quantidade de matéria orgânica presente no efluente do reator UASB. 10 UASB + FILTRO AERADO Sistema anaeróbio-anaeróbio SISTEMAS COMBINADOS: SISTEMAS COMBINADOS: Reator UASB + AplicaReator UASB + Aplicaçção no Soloão no Solo 11 Von Sperling 12 ETE ONÇA ETE ONÇA Reator UASBReator UASB ETEETE-- ONONÇÇAA
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