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Fichamento teoria da historia


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Universidade Cidade de São Paulo 
Programa de formação de professores – Licenciatura em História 
Teoria da História – Temas Contemporâneos; Professora Dra. Vanessa de Mattos 
Amanda Caroline Lopresa Varini RGM; 1903557-8 
 
IDENTIFICAÇÃO DA OBRA: 
CHARTIER, Roger. A História Cultural: entre práticas e representações. Tradução Maria 
Manuela Galhardo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1990. 
SOBRE O AUTOR: 
Historiador, pesquisador da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais e professor do Collège 
de France, ambos em Paris, o francês Roger Chartier é ensaísta especializado em história da 
cultura, com destaque para a história do livro e da leitura na Europa. 
Fonte: Fronteiras do Pensamento. 
PRINCIPAIS OBRAS: 
• A Ordem dos Livros 
• Origens Culturais da Revolução Francesa 
• On the Edge of the Cliff 
 
TEMA: Chartier reflete sobre o ofício do historiador. Para tal, o autor examina as condições de 
produção desses agentes, bem como da prática historiográfica como um todo. Ademais, o 
historiador avalia os conceitos e as formas discursivas que fundam essa prática. O livro se 
compõe de oito ensaios. Tais estudos foram elaborados entre 1982 e 1986, e constituem-se 
como resposta à insatisfação frente à história cultural francesa dos efervescentes anos 1960 e 
70. 
 
DESENVOLVIMENTO: Por uma sociologia histórica 
das práticas culturais 
• Nos anos 60 e 70, a história era então institucionalmente dominante e se encontrava 
intelectualmente ameaçada. (p. 13) 
• O desafio lançado à história pelas novas disciplinas assumiu diversas formas, umas 
estruturalistas, outras não, mas que no conjunto puseram em causa os seus objetos – 
desviando a atenção das hierarquias para as relações, das posições para as 
representações – e as suas certezas metodológicas – consideradas mal fundadas quando 
confrontadas com as novas exigências teóricas. (p. 14) 
• A resposta dos historiadores foi dupla. Puseram em prática uma estratégia de captação, 
colocando-se nas primeiras linhas desbravadas por outros. (p. 14) 
• Nessa captação não se pôs de lado nada da base do sucesso da disciplina, determinado 
pelas renovações audaciosas do tratamento serial dessas fontes massivas (registros de 
preços, registros paroquiais, etc.). (p. 15) 
• A investigação da cultura popular, os números e a quantificação, a longa duração, a 
divisão social, os fatos da mentalidade são características da história cultural, que 
conciliou novos domínios de investigação com fidelidade aos postulados da história 
social, como estratégia da própria disciplina. (p. 15) 
 
• A história cultural, tal como a entendemos, tem por principal objeto identificar o modo 
como em diferentes momentos uma determinada realidade social é construída, pensada, 
dada a ler. O primeiro diz respeito às classificações, divisões e delimitações que 
organizam a apreensão do mundo social como categorias fundamentais de percepção e 
de apreciação do real. (p. 17) 
• As representações do mundo social assim construídas, embora aspirem à universalidade 
de um diagnóstico fundado na razão, são sempre determinadas pelos interesses de grupo 
que as forjam. (p. 17) 
• As lutas de representações têm tanta importância como as lutas econômicas para 
compreender os mecanismos pelos quais um grupo impõe, ou tenta impor, a sua 
concepção de mundo social, os valores que são os seus, e o seu domínio. (p. 17) 
• Os debates recentes entre os defensores da micro história ou dos estudos de caso e os da 
história sociocultural serial, herdeira direta da história social, ilustram bem essa 
polarização construtiva do campo das ciências sociais. (p. 18) 
• A noção de representação coletiva, entendida no sentido que lhe atribuíam, permite, 
conciliar as imagens mentais claras com os esquemas interiorizados, as categorias 
incorporadas, que a gerem e estruturam. (p. 19) 
• Dessa forma, pode pensar-se uma história cultural do social que tome por objeto a 
compreensão das formas e dos motivos que, à revelia dos atores sociais, traduzem as 
suas posições e interesses objetivamente confrontados e que, paralelamente, descrevem 
a sociedade como pensam que ela é, ou como gostariam que fosse. (p. 19) 
• Será necessário identificar como símbolos e considerar como simbólicos todos os 
signos, atos e objetos? (p. 19) 
• Propomos que se tome o conceito de representação num sentido mais particular e 
historicamente mais determinado. A representação como dando a ver uma coisa 
ausente, distinguindo o que representa e o que é representado, a representação como 
exibição de uma presença, como apresentação pública de algo ou alguém. (p. 20) 
• A representação é instrumento de conhecimento mediato, que faz ver um objeto ausente 
através da sua substituição por uma imagem capaz de o reconstituir em memória e de o 
figurar tal como ele é. (p. 20) 
• Port-Royal coloca os termos de uma questão histórica fundamental: a da variabilidade e 
da pluralidade de compreensões (ou incompreensões) das representações do mundo 
social e natural propostas nas imagens e textos antigos. (p. 21) 
• (...) é necessário inscrever a importância crescente adquirida pelas lutas de 
representações onde o que está em jogo é a ordenação, logo a hierarquização da própria 
estrutura social. (...) a história cultural pode regressar utilmente ao social, já que faz 
incidir a sua atenção sobre as estratégias que determinam posições e relações e que 
atribuem a cada classe, grupo ou meio um ser-apreendido constitutivo da sua 
identidade. (p. 23) 
• A representação pode ser construída a partir das acepções antigas. (p. 23) 
• A definição de história cultural pode, nesse contexto, encontrar-se alterada. Por um 
lado, é preciso pensá-la como a análise do trabalho de representação, isto é, das 
classificações e das exclusões que constituem, na sua diferença radical, as 
configurações sociais e conceptuais próprias de um tempo ou de um espaço. (p. 27) 
CONCLUSÃO: 
Considero uma leitura agradável em seus princípios ao qual acaba trazendo pouca dificuldade por usufruir 
de um palavreado elaborado, portanto, consegui entender suas ideias principais após realizar uma boa 
leitura e um estudo sobre o dialogo criado dentro do livro. Por fim, afirmo dizer que foi interessante e 
agradável realizar essa leitura.