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Direito Constitucional - Aula 05 - Principios Fundamentais

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CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR 
PROFESSOR GUSTAVO BARCHET 
 
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1
 AULA 05: PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
 
 
1) INTRODUÇÃO 
Genericamente falando, princípio jurídico é um valor, uma diretriz que 
orienta a aplicação do Direito. Trazendo tal definição para nossa seara, 
princípio constitucional é um valor que comanda e direciona a interpretação 
dos dispositivos constitucionais. Na lição de Uadi Lamêgo Bulos, trazida por 
Gabriel Dezen Junior, princípio constitucional pode ser definido como “um 
enunciado lógico que serve de vetor para a interpretação da Constituição, 
conferindo coerência geral ao sistema constitucional”. 
Os princípios distinguem-se das normas pelo seu alcance interpretativo, 
pela generalidade e abstração que os caracteriza. Enquanto as normas são 
comandos destinados precipuamente a reger situações determinadas, 
cessando aí sua aplicação, os princípios são vazados em linguagem mais 
genérica, abstrata, o que possibilita sua aplicação a uma infinidade de 
situações. 
Isto em tudo se aplica aos princípios trazidos nos art. 1˚ a 4˚ da 
Constituição Federal, nominados pela própria Carta de princípios 
fundamentais. Se todo princípio, por sua própria natureza, tem caráter 
fundamental, pois serve de alicerce normativo às situações que se aplica, os 
princípios de que trataremos nessa unidade tem ampliada tal característica, 
pois seu conteúdo informa a interpretação e aplicação de todos os 
dispositivos constitucionais, bem como das normas e princípios que compõe 
nosso ordenamento infraconstitucional. 
Iniciamos nosso trabalho pelo mais abrangente artigo de nossa 
Constituição, que traça o modelo essencial de nosso Estado (composto pelo 
povo, território e governo soberano) e os fundamentos da sua existência. 
Trata-se do art. 1˚, vazado nos seguintes termos: 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, 
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce 
por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos 
desta Constituição. 
 
2) FORMA DE ESTADO 
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2
Forma de Estado é conceito relativo ao modo como se estrutura o 
exercício do poder político no território do Estado. Se existe apenas 
um centro de poder político no Estado, estamos perante o Estado 
unitário; se coexistem diversos centros de poder político no Estado, todos 
autônomos, reunidos em torno de um ente político central, soberano, 
estamos diante da Federação; se tivermos diversos entes políticos, todos 
soberanos, reunidos politicamente pela celebração de um tratado 
internacional, estamos frente à Confederação. 
No Estado unitário, todo o poder político é centralizado em um ente. 
Temos, aqui, apenas uma entidade política ou governamental, 
soberana em todo o território do Estado. O Estado unitário caracteriza-se, 
portanto, pela inexistência de repartição de poderes políticos. Há 
somente um poder político, central, que irradia suas decisões de forma 
soberana para todo o restante do território nacional, impondo suas 
determinações às coletividades regionais e locais. 
Evidentemente, o ente político pode estabelecer subdivisões de caráter 
administrativo, criando entidades dessa natureza a nível regional ou local, e 
conferindo-lhe competência para desempenhar parcela de suas atribuições, 
sem poder de comando. Isto em nada descaracteriza o Estado unitário, pois 
a competência para governar, o poder para a tomada das decisões políticas 
e para a edição de atos legislativos e jurisdicionais, continuará concentrado 
nas mãos do ente central que criou tais entidades. O Uruguai é exemplo de 
Estado unitário. 
É de se ressaltar que o Professor Pedro Lenza apresenta em termos 
diversos a matéria, desmembrando o Estado Unitário em três modalidades, 
quais sejam: (a) o Estado unitário puro; (b) o Estado unitário 
descentralizado administrativamente e (c) o Estado unitário 
descentralizado administrativa e politicamente. 
Na lição do Professor, no Estado unitário puro há uma total centralização de 
poder, político e administrativo, nas mãos de um único ente. Trata-se de 
uma figura meramente teórica, que não encontra exemplo histórico a ser 
citado. No Estado unitário descentralizado administrativamente permanece 
a concentração de poder político nas mãos de somente um ente, mas este 
descentraliza a execução de suas decisões políticas, ou seja, outorga 
poderes administrativos, para pôr em prática suas determinações políticas, 
a outros entes, por ele criados. Já o Estado unitário descentralizado 
administrativa e politicamente é aquele em que o ente político central, 
ao promover a descentralização administrativa para a execução de suas 
decisões, outorga, concomitantemente, parcela de poder político, a fim de 
possibilitar que o ente a quem foi transferido o poder possa definir, dentro 
dos parâmetros postos pelo ente central, qual a melhor conduta a ser 
adotada frente aos casos em concreto. 
Apresentamos a lição do Professor pelos seus méritos, mas, para fins de 
prova, entendemos que deve-se trabalhar a matéria da forma antes 
exposta, considerando que no Estado unitário há apenas um ente com 
poder político, que promove descentralização exclusivamente de 
competências administrativas, a outros entes por ele próprio criados. 
Prosseguindo na matéria, temos a segunda forma de Estado, a Federação, 
na qual, ao contrário do que ocorre no Estado unitário, o poder político é 
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dividido entre diversos entes políticos ou governamentais. Foi a 
forma adotada pela Constituição para o nosso Estado, a República 
Federativa do Brasil, ente detentor de soberania que compreende, em sua 
organização político-administrativa, a União, ente político central, os 
Estados, entes políticos regionais, e os Municípios, entes políticos locais, 
além do Distrito Federal, que reúne as competências dos Estados e dos 
Municípios; todos detentores de autonomia, nos termos estabelecidos pela 
Constituição (art. 18, caput). 
Os componentes da Federação – inclusive a União – ostentam autonomia, e 
não soberania, atributo exclusivo do próprio Estado, em nosso caso, a 
República Federativa do Brasil. A diferença é significativa: soberania é a 
qualidade atribuída a um ente político pelo qual este detém poder absoluto 
e indiscriminado para determinar sua conduta; autonomia é a competência 
conferida a um organismo político para decidir acerca dos assuntos que lhe 
são próprios, dentro dos limites estabelecidos por um poder a ele anterior e 
superior, cuja existência pressupõe: a Constituição. 
Desse modo, a autonomia conferida a cada ente federativo não tem cunho 
genérico, é especificada pela Constituição a cada um deles. Não podemos, 
então, afirmar que a União tenha maior autonomia que os Estados, ou que 
estes a detenham em maior grau que os Municípios, pois todos a possuem 
dentro dos parâmetros estabelecidos no texto constitucional. 
Segundo Celso Bastos, 
Soberania é o atributo que se confere ao poder do Estado em virtude de 
ser ele juridicamente ilimitado. Um Estado não deve obediência jurídica 
a nenhum outro Estado. Isso o coloca, pois, numa posição de 
coordenação com os demais integrantes da cena internacional e de 
superioridade dentro do seu próprio território, daí ser possível dizer da 
soberania que é umpoder que não encontra nenhum outro, acima dela, 
na arena internacional e nenhum outro que lhe esteja nem mesmo em 
igual nível na ordem interna. 
Autonomia, por outro lado, é a margem de discrição de que uma pessoa 
goza para decidir sobre os seus negócios, mas sempre delimitada essa 
margem pelo próprio direito. Daí porque se falar que os Estados-
membros são autônomos, ou que os Municípios são autônomos: ambos 
atuam dentro de um quadro ou de uma moldura jurídica definida pela 
Constituição Federal. Autonomia, pois, não é uma amplitude 
incondicionada ou ilimitada de atuação na ordem jurídica, mas, tão-
somente, a disponibilidade sobre certas matérias, respeitados, sempre, 
os princípios fixados na Constituição. 
A República Federativa do Brasil é pessoa jurídica de direito público 
internacional, ao passo que a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios são pessoas jurídicas de direito público interno. Ocorre que a 
União, além de poder atuar em seu nome, no plano interno, pode também 
atuar em nome da República Federativa do Brasil, no plano internacional. 
No primeiro caso, estará tratando da gerência dos seus assuntos próprios, 
na condição de pessoa jurídica de direito público interno e gozando de 
autonomia; no segundo, estará representando nosso Estado na esfera 
internacional, quando então atuará gozando de seu atributo, a soberania, e 
da sua condição de pessoa jurídica de direito público internacional. 
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A fim de enfatizarmos a diferença a República Federativa do Brasil e a 
União, trazemos à colação as palavras de Gabriel Dezen Junior: 
República e União, portanto, não são sinônimos. A União é pessoa 
jurídica de Direito Público interno com capacidade política, que ora se 
manifesta em nome próprio (como União), ora em nome da Federação 
(como República). No âmbito interno, a União é apenas autônoma, como 
deixa claro o dispositivo [o caput do art. 18 da CF]. A República é que é 
soberana. 
Nossa Carta Política, ao estabelecer que a República Federativa do Brasil é 
formada pela “união indissolúvel dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios”, vedou de forma expressa e terminativa o direito à secessão, 
ou seja, a possibilidade de um de nossos entes autônomos tentar se 
dissociar da República Federativa do Brasil e constituir, por si só, um Estado 
soberano, sendo qualquer tentativa nesse sentido flagrantemente 
inconstitucional. Na expressão não consta a União, pois ela não tem 
existência material, física (ela não ocupa uma parte de nosso território), 
mas apenas político-administrativa. Enfim, todos os entes autônomos 
compõem o Estado Brasileiro, a República Federativa do Brasil e, nos 
termos de nossa Constituição, necessariamente continuarão compondo. 
Pelo exposto, podemos sintetizar no seguinte elenco as características 
básicas comuns a toda Federação: 
- divisão do poder político, promovida pela Constituição Federal, entre 
diversos entes, os entes federados; 
- soberania do Estado, e apenas do próprio Estado; 
- autonomia dos entes federados; 
- vedação do direito à secessão. 
Na aula sobre organização do Estado voltaremos ao estudo da Federação, 
aí, então, analisando em maior profundidade as características da nossa 
Federação, tal como determinadas pela Constituição Federal. 
Como última forma de organização do Estado, temos a Confederação. 
Trata-se de uma união de Estados, entes políticos soberanos, que 
livremente unem-se mediante a celebração de um tratado internacional e 
livremente podem dele se desvincular, abandonando a Confederação. 
Enquanto na Federação temos um único Estado, soberano, na Confederação 
coexistem diversos Estados, todos detentores de soberania. Daí, não existe, 
aqui, vedação à secessão. Ao contrário, como os integrantes da 
Confederação, ao nela ingressarem, não abrem mão de sua soberania, 
podem a qualquer tempo dela desligar-se. 
Ademais, também em vista a manutenção de sua soberania, os Estados 
confederados não estão automaticamente vinculados às decisões tomadas 
pela Confederação. As leis por ela promulgadas, as decisões políticas por ela 
tomadas, dependem, para serem aplicadas no território do Estado, de sua 
expressa manifestação, internalizando a medida em seu domínio geográfico. 
Eventualmente, o Estado que se negar a adotar a decisão da Confederação 
poderá ser penalizado com as sanções prescritas no tratado internacional 
constitutivo, ou em outros tratados celebrados em decorrência dele. Não 
há, contudo, meios de coagi-lo materialmente a acatar a decisão tomada, 
justamente porque o Estado confederado mantém sua soberania. 
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Isso se aplica também no plano internacional, nas relações com outros 
Estados soberanos. Cada Estado confederado permanece com sua 
personalidade jurídica direito público internacional íntegra, podendo manter 
relações jurídicas diretamente com quaisquer outros Estados, 
independentemente de anuência da Confederação. 
A forma federativa de Estado é cláusula pétrea de nossa Constituição. 
 
3) FORMA DE GOVERNO 
A forma de governo relaciona-se ao modo pela qual o poder político é 
instituído e exercitado em certo Estado, e como nele se relacionam 
os governantes e governados. Temos duas formas de governo: a 
República e a Monarquia. 
República é forma de governo que tem como características a 
periodicidade do mandato dos governantes; a eletividade como forma 
de condução aos cargos políticos; a possibilidade de responsabilização 
dos governantes pelos atos praticados no exercício do mandato e o fato de 
que os governantes representam diretamente o povo. 
A segunda forma de Governo é a Monarquia. Nesta, os governantes não 
chegam ao poder por meio de eleições, mas sim por critérios hereditários, 
sanguíneos; não exercem mandato a prazo certo, pois a investidura é 
vitalícia; não representam o povo, mas determinada estirpe, a família a 
que pertencem; e não respondem perante pelos atos que praticam no 
exercício do mandato. 
O Brasil adotou a forma republicana de governo, de forma que seus 
princípios regem toda a organização política de nosso Estado. Eventuais 
emendas à Constituição que estabelecessem a nomeação dos Governadores 
dos Estados pelo Presidente da República, que conferissem caráter vitalício 
aos mandatos legislativos e executivos, que impedissem a responsabilização 
do Presidente da República por atos praticados no exercício de suas 
funções, são alguns exemplos de emenda frontalmente contrárias aos 
preceitos republicanos e, conseqüentemente, inconstitucionais. 
Contudo, a forma de governo republicana não é cláusula pétrea de nossa 
Constituição. 
 
4) REGIME DE GOVERNO 
Apesar de não ser matéria tratada no art. 1˚ da Constituição, vamos neste 
ponto analisar o sistema ou regime de governo. 
Sistema ou regime de governo corresponde ao modo como se 
relacionam os Poderes Legislativo e Executivo. Há dois sistemas ou 
regimes, o presidencialista e o parlamentarista, o primeiro marcado por 
uma maior independência entre os dois Poderes, o segundo, por uma maior 
interdependência, colaboração entre eles. 
No Presidencialismo, sistema típico da forma de governo republicana, o 
chefe do Poder Executivo concentra as funções de chefe de Estado e de 
chefe de Governo. Como chefe de Estado, representa o Estado nas 
relações com outros Estados soberanos e organismos internacionais; como 
chefe de Governo, o chefe do Executivo trata de todos os assuntos 
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pertinentes à política interna de nosso País, determinadoos programas de 
atuação governamental e o funcionamento da Administração Pública 
federal. 
É de se ressaltar que alguns vislumbram a chefia da Administração Pública, 
dos órgãos e entidades administrativos responsáveis pela execução dos 
planos de governo, como uma função separada da chefia de Governo, ao 
passo que outros, em posição a que aderimos, consideram a chefia da 
Administração como função inerente à chefia de Governo e, pois, nesta 
compreendida. De qualquer modo, em face desta concentração da função 
executiva nas mãos de uma só autoridade, a chefia do Poder Executivo no 
Presidencialismo é monocrática. 
No Brasil este é o regime de governo adotado, pois o Presidente da 
República enfeixa em suas mãos a chefia de Estado, mediante a qual 
representa nosso País na esfera internacional, e a chefia de Governo, pela 
qual define os rumos de nossa política interna e determina a atuação dos 
órgãos e entidades administrativos na execução do seu plano de governo. 
Outra característica deste sistema, a assinalar a independência entre os 
Poderes Executivo e Legislativo, é a autonomia do mandato de seus 
respectivos membros. O chefe do Poder Executivo, uma vez investido em 
suas funções, permanece exercendo-as independentemente da 
concordância do Poder Legislativo. No regime presidencialista o chefe do 
Poder Executivo elabora seu plano de governo, fixa as diretrizes de sua 
atuação e os põem em prática independentemente da concordância do 
Poder Legislativo, ressalvadas as matérias que dependem de lei. Os 
membros deste Poder, mesmo que insatisfeitos com a atuação do chefe do 
Executivo, não podem negar-lhe o direito de, durante o transcurso de seu 
mandato, dar efetividade ao seu programa de trabalho. Também não 
podem impedi-lo de exercer seu mandato até o final. 
Por sua vez, os membros do Poder Legislativo atuam com independência 
em relação ao Poder Executivo. Seus posicionamentos nas votações de 
projetos de lei e sua atuação parlamentar como um todo independe de 
anuência do chefe do Poder Executivo. Seus mandatos advêm da vontade 
popular, manifestada nas urnas, e não pode o chefe do Executivo impedi-los 
de exercê-los por discordar de sua atuação. É incabível, nesse regime, a 
dissolução do Poder Legislativo pelo chefe do Poder Executivo. 
Enfim, não podem os membros do Legislativo destituir o chefe do Executivo 
por discordarem das diretrizes de seu plano de governo ou de decisões 
políticas isoladas por ele adotadas; por outro lado, não pode o chefe do 
Poder Executivo dedidir pela dissolução do órgão legislativo por considerar 
que a atuação de seus membros não se conforma às diretrizes executivas. 
Uns e outros são eleitos para exercer seus respectivos mandatos por tempo 
determinado. 
Outra característica a ser destacada neste sistema é que cabe 
exclusivamente ao chefe do Poder Executivo a responsabilidade pela 
execução do plano de governo. Embora via de regra tais planos sejam 
aprovados pelo Legislativo (é o que ocorre no Brasil), a anuência legislativa 
não significa responsabilidade solidária com o Poder Executivo, devendo ser 
vista como uma autorização para que o chefe do Poder ponha em prática 
sua visão de governo. 
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Em fechamento, podemos afirmar, além do que já foi apontado, que no 
regime presidencialista a atuação dos Poderes Legislativo e Executivo é em 
regra independente. Cada Poder exerce com autonomia suas funções, sem 
possibilidade de ingerência pelo outro, à exceção das hipóteses 
expressamente prescritas na Constituição. A regra é a independência, a 
exceção o controle ou a atuação conjunta. Embora a Constituição 
estabeleça diversos mecanismos de controle de um deles sobre o outro, 
permanece a independência como a marca de atuação de ambos. Vigora 
aqui com certa severidade o princípio da separação dos Poderes, analisado 
ainda nesta aula. 
Já no parlamentarismo, sistema de governo típico das monarquias, ao 
contrário, do que ocorre no presidencialismo, predomina a colaboração 
entre os Poderes Legislativo e Executivo. Há nesse sistema uma forte 
interdependência na atuação desses Poderes, como veremos a seguir. 
Inicialmente, cabe se destacar que no parlamentarismo a chefia do Poder 
Executivo é dual. A chefia de Estado é exercida pelo Monarca (ou pelo 
Presidente da República), ao passo que a chefia de Governo cabe ao 
Primeiro Ministro (ou a um Conselho de Ministros, o Gabinete). 
Em linhas gerais, podemos sintetizar o funcionamento desse sistema nos 
seguintes termos: o chefe de Estado (Monarca ou Presidente da República) 
indica o chefe de Governo, o Primeiro Ministro (quando a chefia de Governo 
não for colegiada). Ao indicado para o cargo cabe, como primeira atribuição, 
elaborar um plano de governo e levá-lo à apreciação do Poder Legislativo, 
ao qual compete aprová-lo ou rejeitá-lo. A aprovação do plano de governo 
proposto traz em si, como consequência automática, a aprovação do 
indicado para o cargo de Primeiro Ministro, e a rejeição, em regra, sua não-
aceitação para o cargo. 
Com a aprovação do plano de governo o Parlamento assume 
responsabilidade política perante o povo, ao contrário do que ocorre no 
presidencialismo. Temos no parlamentarismo, então, a seguinte relação: o 
Governo, na figura do Primeiro Ministro ou do Conselho de 
Ministros, responde politicamente perante o Parlamento pela 
execução do plano de Governo, e este, por sua vez, responde 
perante o povo. Desse modo, se o Parlamento, majoritariamente, passar a 
discordar da condução da política interna, retira seu apoio ao Primeiro 
Ministro ou ao Gabinete, dando-se sua exoneração. Nesse caso, o processo 
deve iniciar-se novamente, com a indicação, pelo chefe de Estado, de um 
novo nome para o cargo. Por outro lado, frente ao atrito entre o chefe de 
Governo e o Parlamento, em certas hipóteses poderá ocorrer o inverso: não 
a exoneração do Primeiro Ministro, mas a dissolução do Parlamento, por ato 
do chefe de Estado, com a simultânea convocação de novas eleições. O 
objetivo do chefe de Estado, ao impor uma nova composição ao 
parlamento, é tentar reverter a situação precedente, de forma a obter apoio 
ao plano de governo elaborado pelo Primeiro Ministro por ele indicado. 
A partir dessa visão panorâmica do regime parlamentarista, podemos 
sintetizar suas principais características: 
a) a Chefia do Poder Executivo é dual, dividida entre o Presidente ou o 
Monarca, que exerce a chefia de Estado, e o Primeiro Ministro ou o 
Gabinete, que desempenha a chefia de Governo; 
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b) não há responsabilidade política do chefe de Estado perante o povo ou 
o Parlamento. Pela execução do plano de governo, há responsabilidade do 
chefe de Governo perante o Parlamento e deste perante o povo; 
c) o Poder Legislativo exerce atribuições políticas mais abrangentes do 
que no Presidencialismo, eis que assume responsabilidade política pela 
concretização do plano de governo, além de ter o chefe de Governo saído 
de seus próprios quadros; 
d) o Primeiro Ministro (ou os integrantes do Gabinete) e os membros do 
Parlamento não têm direito a exercer suas respectivas funções por 
um prazo certo, determinado. O Primeiro Ministro, porque sujeita-se a 
exonerar-se de suas funções, quando perder o apoio do Parlamento (caso 
em que será constituído um novo Governo); e os membros do Legislativo, 
porque o Parlamento pode ser dissolvido pelo chefe de Estado, com a 
convocação de novas eleições. 
O regime de governo presidencialista não é cláusula pétrea de nossa 
Constituição. 
 
5) ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO 
A instituição do Estado de Direito revolucionou a organização do poder.Antes dele, à época dos Estados absolutistas, o governante detinha poder 
absoluto para decidir sobre as questões de Estado da forma que lhe 
aprouvesse, podendo impor sua vontade aos seus súditos, sem qualquer 
limitação institucional. 
Com o Estado de Direito, instala-se o império da lei. O poder do 
governante não é extinto, mas sua discricionariedade, agora, verga-se ao 
princípio da legalidade, pelo qual é a lei o único instrumento legítimo para 
instituir direitos e obrigações, vinculando a todos, inclusive e principalmente 
os governantes. Este não faz mais o que deseja, mas o que a lei permite a 
ele que deseje. Essencialmente, o Estado de Direito é aquele em que 
apenas as leis podem definir qual é o Direito que competirá ao governante 
aplicar. 
O curso da História assistiu à degeneração do Estado de Direito, como 
conseqüência da distorção do princípio da legalidade, seu lastro 
institucional. A aplicação míope deste princípio restringiu o exame da 
validade de uma lei aos seus aspectos meramente formais, permitindo a 
subsistência no ordenamento jurídico estatal de qualquer regra posta em 
vigor, uma vez observado o procedimento próprio para sua instituição. 
Não se assegurava, assim, a legitimidade da norma, qualidade que se 
originava da confluência de seu conteúdo, do teor de suas disposições, com 
os anseios populares. Enfim, no Estado “meramente” de Direito foi 
reconhecida a validade jurídica de leis formalmente perfeitas, mas 
materialmente ilegítimas. 
Em função disso, o Estado de Direito evoluiu em direção ao Estado 
Democrático de Direito, no qual se considera a lei não só pelo ângulo 
formal, mas também pelo material, reconhecendo-se a legitimidade tão 
somente daquelas que apresentarem conteúdo democrático, em 
conformidade com os interesses e aspirações do povo. 
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O Estado Democrático de Direito, assim, representa uma evolução do 
Estado de Direito. Este erige a lei ou ato normativo de idêntica hierarquia 
como o único instrumento apto para criar direitos e, principalmente, para 
impor restrições e criar obrigações para os membros da coletividade 
(Estado de Direito). Aquele aprofunda tal exigência, asseverando que a 
legitimidade da lei não é assegurada apenas pelo fato de ter sido observado 
o procedimento para sua elaboração, é necessário mais, que o próprio 
conteúdo das normas que compõem a lei tenha caráter democrático, que 
seus dispositivos estejam em consonância com os anseios populares e 
visem justamente à sua satisfação (Estado Democrático de Direito). 
Como reza o art. 1˚, a República Federativa do Brasil constitui-se em 
Estado Democrático de Direito, com as conseqüências acima apontadas. 
 
 
6) FUNDAMENTOS 
Os incisos do art. 1˚ da Constituição traçam os fundamentos da República 
Federativa do Brasil, a saber: 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Há o que dizer, rapidamente, sobre esse elenco: 
- soberania: o fundamento primeiro da República Federativa do Brasil, como 
de resto de qualquer Estado, é a sua soberania, como pontifica a 
Constituição, em seu art. 1o, inciso I. 
Nas palavras de André Ramos Tavares, soberania é: 
Um poder político supremo e independente, entendendo-se por poder 
supremo aquele que não está limitado por nenhum outro na ordem 
interna e por poder independente aquele que, na sociedade 
internacional, não tem que acatar regras que não sejam 
voluntariamente aceitas e está em pé de igualdade com os poderes 
supremos de outros povos. 
Este é o conceito tradicional de sobrania, como vimos quando da análise da 
Federação. Há entendimento, entretanto, que não foi esse o sentido com 
que a expressão foi utilizada para definir um dos fundamentos de nossa 
República. É a lição de Gabriel Dezen Junior, para o qual a soberania, no 
contexto ora analisado, deve ser compreendida como soberania popular, 
isto é, como o reconhecimento explícito pela Constituição de que “a origem 
de todo o Poder da República brasileira é o seu povo, e que toda a estrutura 
do Estado, dada pela Constituição, foi formada em atendimento a esse 
princípio”. 
Concordamos com esse segundo entendimento. De fato, o conceito 
tradicional de soberania, como atributo do Estado, já está compreendido no 
próprio conceito de Estado, não sendo necessária, portanto, expressa 
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10
menção à parte para entendê-lo como uma das bases do Estado Brasileiro. 
A soberania a que se refere o inc. I do art. 1º, em nosso entender, refere-
se à soberania popular, como ensina Gabriel Dezen Junior. 
- cidadania: o segundo fundamento da República Federativa do Brasil, 
consoante o art. 1o, II, da CF, é a cidadania, pressuposto dos direitos 
políticos conferidos aos brasileiros, natos ou naturalizados, para participar 
da vida política de nosso Estado. 
Mais uma vez recorrendo aos ensinamentos de Gabriel Dezen Junior, ensina 
o Professor que os termos população, povo e cidadão não são termos 
equivalentes. População é o conjunto composto por todos os indivíduos que, 
em dado momento, habitam certo território; povo é o conjunto dos naturais 
do território; e cidadão é a parcela do povo que titulariza a capacidade 
eleitoral ativa, o poder de votar, e assim participar da vida política do 
Estado. Além do voto, em nosso sistema constitucional representam 
prerrogativas exclusivas do cidadão o direito de interpor ação popular, de 
conjuntamente apresentar ao Poder Legislativo projetos de lei, de 
apresentar-se com candidato a cargos eletivos (a capacidade eleitoral 
passiva), dentre outras prerrogativas previstas na Constituição. 
- dignidade da pessoa humana: outro dos fundamentos de nossa República, 
previsto no art. 1º, III, da Constituição, a dignidade da pessoa humana 
é preceito basilar que impõe o reconhecimento de que o valor do indivíduo, 
enquanto ser humano, prevalece sobre todos os demais. A Constituição é 
pródiga em normas que representam aplicações diretas deste fundamento, 
como as que tratam dos direitos dos presos, as que vedam determinadas 
sanções penais, as que protegem os deficientes e os idosos, entre tantas 
outras, que serão analisadas quando do estudo dos direitos e garantias 
fundamentais. 
- valores sociais do trabalho e da livre iniciativa: os valores sociais do 
trabalho e da livre iniciativa são contemplados como fundamentos de nosso 
Estado pelo art. 1o, IV, da Constituição. O dispositivo alcança o trabalhador 
em sentido estrito, que, mediante contraprestação pecuniária, coloca suas 
forças à disposição de terceiro, o empregador, a ele subordinando-se; o 
trabalhador informal, que não mantém vinculo regular de emprego; bem 
como aquele que opta por correr os riscos de seu próprio negócio, e assim 
lança-se ao mercado em nome próprio. 
A importância da inserção dos valores sociais do trabalho entre os 
fundamentos de nosso Estado é realçada por Gabriel Dezen Junior nos 
seguintes termos: 
O trabalhador foi visto e entendido, por muito tempo, como uma 
espécie de engrenagem num mecanismo de produção de riqueza. A 
atual Constituição não aceita esse entendimento, e impõe que o 
trabalho seja, além de gerador de riquezas para o empregador e para 
o Brasil, instrumento do trabalhador para obter todos os direitos 
sociais que estão assegurados no art. 6˚. 
Quanto à livre iniciativa, é fundamento que busca proteger o 
empreendedor, o micro, pequeno ou macro empresário contra práticas 
ilícitas, abusivas, que tenham por intuito restringir a competitividade do 
mercado, alijando de seu âmbito os empreendedorescom estrutura 
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econômica menos robusta. Os monopólios e oligopólios são, 
exemplificativamente, dois fenômenos econômicos contrários a este 
fundamento da República. 
- pluralismo político: Numa sociedade multifacetária como a nossa, é 
indispensável que todos os seus membros encontrem um canal adequado às 
suas convicções, que lhes permita expressar suas opiniões ou, até mesmo, 
concorrer a cargos eletivos, participando do processo político de nosso país. 
O pluralismo político é, assim, outro dos fundamentos de nosso Estado, 
conforme o art. 1o, V, da Constituição, e possui estreita ligação com outro 
dos fundamentos ora analisados: a cidadania. 
Não basta, pois, que abstratamente se reconheça ao brasileiro nato ou 
naturalizado o direito de participar da vida política de nosso Estado. Nem 
mesmo é suficiente que sejam levadas a cabo ações governamentais com 
vistas ao desenvolvimento no cidadão de uma consciência política crítica. 
É indispensável que, a partir do reconhecimento do direito à cidadania e da 
aquisição do conhecimento necessário para seu exercício, disponha o 
cidadão de diversos canais que lhe permitam transmitir suas convicções e, 
talvez mesmo, passar a participar diretamente das decisões estatais. É 
mister, enfim, que haja ampla liberdade de se congregarem em partidos 
políticos, associações, sindicatos indivíduos com ideologias políticas 
semelhantes, para que possam debatê-las amplamente e tentar pô-las em 
prática. 
 
7) TITULARIDADE E EXERCÍCIO DO PODER 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio 
de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta 
Constituição. 
Alexandre de Moraes, analisando esse dispositivo dentro do contexto do 
princípio democrático, brinda-nos com a seguinte lição: 
Assim, o princípio democrático exprime fundamentalmente a exigência 
de integral participação de todos e de cada uma das pessoas na vida 
política do país, a fim de garantir-se o respeito à soberania popular. 
Como é possível verificar, a partir do Direito Constitucional comparado, 
modernamente a soberania popular é exercida em regra por meio da 
Democracia representativa, sem contudo descuidar-se da Democracia 
participativa, uma vez que são vários os mecanismos de participação 
mais intensa do cidadão nas decisões governamentais (plebiscito, 
referendo, iniciativa popular), bem como são consagrados mecanismos 
que favorecem a existência de vários grupos de pressão (direito de 
reunião, direito de associação, direito de petição, direito de 
sindicalização). 
O dispositivo afasta qualquer dúvida sobre a titularidade do poder político 
no Estado brasileiro: o povo. Este, titular único e absoluto do poder 
político, pode exercê-lo diretamente, mediante a utilização de um dos 
diversos instrumentos de participação prescritos na Constituição, ou 
indiretamente, mediante a eleição de seus representantes nos Poderes 
Legislativo e Executivo. 
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É o que evidencia a lição de Alexandre de Moraes. Temos a democracia 
representativa ou indireta, que tem por instrumento de exercício o voto, 
mediante o qual o povo elege seus representantes, outorgando-lhes o poder 
de tomar as decisões políticas; e a democracia participativa ou direta, na 
qual o próprio povo, a partir de instrumentos constitucionais, toma para si, 
individual ou coletivamente, a responsabilidade de interferir diretamente 
nas decisões políticas do Estado. 
Podemos elencar, entre os meios diretos de participação popular postos à 
disposição pela Constituição Federal, o plebiscito, o referendo, a 
possibilidade de apresentar projetos de lei, o poder de fiscalizar as contas 
públicas, o direito de obter informações dos órgãos públicos, o poder de 
propor ação popular e mandado de injunção, o direito de representar 
perante o TCU, a possibilidade de organizar ou integrar partido político, o 
direito de petição aos Poderes Públicos, entre outros mecanismos com 
previsão constitucional. 
 
8) PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o 
Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
O poder é uno, e tem titular único – o povo –, como se depreende da 
leitura do parágrafo único do art. 1º da CF. O que faz a Constituição, ao 
estatuir que “são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o 
Legislativo, o Executivo e o Judiciário”, é estabelecer uma divisão de caráter 
funcional e orgânico quanto ao exercício das três funções estatais: a 
legislativa, a jurisdicional e a administrativa, cada uma das quais exercida 
com precipuidade, mas não com exclusividade, por um dos Poderes de 
nossa República, como se conclui a partir de uma leitura sistemática do 
texto constitucional. 
Podemos, assim, dizer que o Poder Executivo tem como função típica a 
administrativa (ou executiva), por meio da qual se busca, de modo 
direto e imediato, a realização de determinada utilidade pública, 
mediante a aplicação das leis a situações em concreto; mas, além 
desta, detém atribuições de caráter legislativo (quando, por exemplo, edita 
medidas provisórias) e jurisdicional (quando decide litígios em âmbito 
administrativo). 
Da mesma forma, o Legislativo precipuamente legisla (expede atos 
gerais e abstratos que inovam na ordem jurídica) e fiscaliza, mas 
também, de forma atípica, julga (o Senado, por exemplo, tem competência 
para julgar o Presidente da República, nos crimes de responsabilidade) e 
administra (quando promove um concurso público, para o preenchimento 
de seus cargos, ou uma licitação, para a celebração de determinado 
contrato). 
E o Judiciário, a exemplo dos demais Poderes, além de sua função típica – 
a jurisdicional, pela qual são solucionados litígios jurídicos de forma 
definitiva –, também atipicamente exerce atribuições de caráter legislativo 
(quando os Tribunais elaboram seus respectivos regimentos internos, por 
exemplo) e administrativo (quando contrata seu pessoal e organiza os 
serviços de suas secretarias). 
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Como apontado, a Constituição outorgou a cada um dos Poderes da 
República o desempenho de certa função como típica, como própria do 
Poder, sendo tal desempenho o fundamento, a justificativa, para sua 
existência. Segue-se, em consequência, que o exercício desta função não 
pode ser objeto de delegação a outros Poderes, salvo quando a própria 
Constituição Federal prevê tal possibilidade (é o que ocorre, por exemplo, 
no caso das leis delegadas, nos termos do art. 68 da CF). A isto se 
denomina princípio da indelegabilidade das atribuições. Enfim, as 
competências outorgadas a cada um Poderes pela Constituição devem ser 
por eles diretamente exercidas, salvo quando a própria Constituição 
admitir a possibilidade de delegação. 
No desencargo desta tarefa, cada Poder atuará com independência, sem 
subordinar-se aos demais Poderes. A isto se denomina princípio da 
separação dos poderes, e a isto se refere a Constituição quando, em seu 
art. 2º, assevera que os poderes são independentes entre si. 
Este dispositivo, todavia, afirma também que os poderes são harmônicos 
entre si, consagrando a chamada teoria dos freios e contrapesos, que 
visa a assegurar um equilíbrio na atuação dos três Poderes, sem 
sobreposição de qualquer deles em relação aos demais. Com este escopo, a 
Carta estabelece um intrincado mecanismo de controles recíprocos entre 
os Poderes, de forma que um Poder controle os demais, ao mesmo tempo 
em que é por eles controlado, nas hipótesesnela expressamente previstas. 
O Poder Legislativo controla o Executivo quando, exemplificativamente, 
autoriza o Presidente da República a declarar a guerra e a celebrar a paz 
(CF, art. 48, X e XI); susta os atos normativos do Poder Executivo que 
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da delegação legislativa 
(CF, art. 49, V) ou fiscaliza, com o auxílio do Tribunal de Contas, a 
execução do orçamento pelos órgãos e entidades do Poder Executivo (CF, 
art. 49, IX). E o Executivo também controla o Legislativo, a exemplo de 
quando nomeia membros do Tribunal de Contas, órgão vinculado ao Poder 
Legislativo (CF, art. 61 e 73, § 2o, I), ou veta os projetos de lei por ele 
aprovados (CF, art. 66). 
O Legislativo fiscaliza o Judiciário, quando legisla sobre organização 
judiciária (CF, art. 48, IV), aprova ou não a nomeação pelo Presidente da 
República de membros do Poder Judiciário (CF, art. 48, VIII) ou, até 
mesmo, instaura uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar 
atos relacionados ao Poder Judiciário (CF, art. 58, § 3o), entre outras 
hipóteses. Reciprocamente, é o Legislativo fiscalizado pelo Judiciário, 
quando este decide acerca da constitucionalidade ou não dos atos 
normativos por ele editados (CF, art. 102, I, a, e art. 5o, XXXV) ou julga 
seus membros nas infrações penais comuns (CF, art. 102, I, b). 
E o Executivo fiscaliza o Judiciário quando nomeia os Ministros do STF e do 
STJ (CF, art. 101 e 104), entre outros Tribunais, ou quando concede indulto 
e comuta penas (CF, art. 84, XII), entre outras hipóteses. E é por ele 
controlado quando, exemplificativamente, o Judiciário aprecia, no controle 
difuso ou concentrado, a constitucionalidade de atos normativos editados 
pelo Poder Executivo (CF, art. 102, I, a, e art. 5o, XXXV) ou julga o 
Presidente da República nas infrações penais comuns (CF, art. 102, b). 
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É oportuno destacar-se as duas modalidades de controle realizadas pelo 
Poder Legislativo: o controle político e o controle financeiro. 
O controle político exercido pelo Poder legislativo tem sua previsão mais 
genérica, basicamente, em dois dispositivos constitucionais, o art. 49, X, 
pelo qual cabe ao Congresso Nacional “fiscalizar e controlar, diretamente, 
ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da 
administração indireta”; e o art. 49, V, que confere ao Congresso a 
prerrogativa de “sustar os atos normativos do Poder Executivo que 
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da delegação legislativa”. 
Já o controle externo financeiro vem previsto no art. 70 da CF. Sua 
competência é atribuída com exclusividade, na esfera federal, ao Congresso 
Nacional, que contará com o auxílio do Tribunal de Contas da União no 
exercício desta tarefa. Nos termos do dispositivo, mediante este controle se 
objetiva a “fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e 
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, 
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções 
e renúncia de receitas”. Por meio dele objetiva-se, essencialmente, 
assegurar a probidade administrativa e a regularidade da aplicação e 
utilização dos recursos públicos. 
Por fim, vale frisar que o Supremo Tribunal Federal considera ofensivas ao 
princípio da separação dos Poderes as seguintes medidas: (a) previsão, em 
Constituição Estadual, de regra que submeta os convênios e ajustes 
celebrados pelo Poder Executivo à prévia aprovação do Poder Legislativo; 
(b) fixação de prazo, em Constituição Estadual, para que o Poder Executivo 
encaminhe ao Legislativo projetos de lei tratando de matérias de sua 
iniciativa exclusiva. 
O princípio da separação dos poderes é cláusula pétrea de nossa 
Constituição. 
 
9) OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO 
BRASIL 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa 
do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as 
desigualdades sociais e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, 
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
O art. 3º da Constituição complementa seu art. 1º. Enquanto este traça os 
fundamentos, as bases ideológicas de nosso Estado, o art. 3º estatui os 
objetivos fundamentais que nortearão as suas ações. 
Como ressalta Gabriel Dezen Junior, nossa doutrina vem considerando esse 
dispositivo como de natureza programática, com os efeitos que lhe são 
peculiares. Seus comandos não constituem propriamente um direito, 
passível de invocação em caráter individual ou coletivo. Eles impõem 
diretrizes para o agir estatal, objetivos que direcionarão sua conduta. Cabe 
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ao Estado, portanto, elaborar e pôr em prática os planos de governo que 
buscarão a concretização do art. 3º. 
Percebe-se o caráter nitidamente dinâmico do dispositivo pela forma de 
redação de seus incisos. “Construir”, “garantir”, “erradicar” e “promover” 
são verbos ativos, que impõem ao Estado a implementação das políticas 
necessárias à sua efetivação. 
 
10) PRINCÍPIOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL NAS SUAS 
RELAÇÕES INTERNACIONAIS 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações 
internacionais pelos seguintes princípios: 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a 
integração econômica, política, social e cultural dos povos da América 
Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de 
nações. 
O dispositivo enumera os valores que nortearão as ações de nosso Estado 
no cenário internacional. 
A independência nacional é valor que deve ser interpretado por duas 
óticas diversas: o Brasil, ao manter suas relações internacionais, não 
poderá abrir mão da sua independência, da sua condição de nação 
soberana; por outro via, deverá reconhecer tal condição aos Estados com 
que se relacionar, respeitando sua independência. 
A prevalência dos direitos humanos é princípio aplicável não só em 
âmbito internacional, mas principalmente dentro de nossas fronteiras, em 
decorrência da previsão da dignidade da pessoa humana como fundamento 
de nosso Estado. No que toca à esfera internacional, significa o princípio 
que o Brasil evitará travar alguma relação jurídica com Estados que 
desrespeitem os direitos humanos do seu povo ou do povo brasileiro. Por 
outro lado, pode ser interpretado como uma vedação à formação de 
vínculos de qualquer natureza com Estados que desprezem idêntico valor. 
A autodeterminação dos povos e a não-intervenção reforçam a 
segunda aplicação do princípio da independência nacional, proibindo o Brasil 
de tomar parte em ações ofensivas à soberania de outro Estado, salvo 
quando encontrar fundamento constitucional para tanto, como, por 
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exemplo, a fim de assegurar a prevalência dos direitos humanos no 
território do Estado. 
A igualdade entre os Estados é princípio de difícil aplicação prática, já 
que são evidentes as diferenças políticas, culturais, econômicas dasdiferentes nações. Uma leitura mais adequada do princípio nos leva à 
conclusão de que ele impõe não um tratamento idêntico, pelo Brasil, a 
todos os países, mas um tratamento diferenciado na medida de suas 
disparidades, vedado o estabelecimento de distinções que não encontrem 
respaldo no texto constitucional. 
A defesa da paz e a solução pacífica dos conflitos são dois princípios 
intimamente relacionados, na verdade complementares. O primeiro é de 
acepção mais genérica, e abrange não só ações negativas, de repúdio a 
conflitos armados já deflagrados, mas também ações positivas, que 
objetivem evitar a explosão do conflito. Pode-se interpretá-lo em acepção 
ainda mais larga, de modo a abranger os direitos fundamentais de terceira 
geração, calcados na solidariedade, a exemplo do direito ao 
desenvolvimento dos povos e à defesa do meio-ambiente ecologicamente 
equilibrado. Já o segundo princípio, de sentido mais estrito, aplica-se 
perante conflitos já deflagrados, impondo ao Brasil que auxilie na resolução 
das divergências que o ocasionaram mediante o uso de instrumentos 
pacíficos, a exemplo da arbitragem internacional. 
O repúdio ao terrorismo e ao racismo, apesar de mencionado à parte, é 
princípio que se pode considerar já previsto anteriormente neste dispositivo, 
nos inc. VI (quem defende a paz não pode admitir o terrorismo) e II (quem 
alça a prevalência dos direitos humanos à condição de princípio interno e 
externo não pode compactuar com o racismo). Gabriel Dezen Junior, 
valendo-se de lição de Sotille, após esclarecer que não há definição jurídica 
clara de terrorismo, afirma que ele caracteriza-se “pelo uso de método 
criminoso e violência, visando atingir um fim determinado”. Quanto ao 
racismo, o Professor traz a definição do art. 1˚ da Convenção de 1966 da 
ONU, segundo a qual “a discriminação racial significará qualquer distinção, 
exclusão, restrição ou preferência baseadas em raça, cor, descendência ou 
origem nacional ou étnica que tenha por objetivo ou efeito anular ou 
restringir o reconhecimento, gozo ou exercício num mesmo plano, em 
igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais”. 
A cooperação entre os povos para o progresso da humanidade é 
diretriz de cunho genérico que, conforme o caso concreto em que aplicada, 
pode servir de justificativa para a relativização dos conceitos de soberania e 
independência nacional, principalmente por parte do Estado brasileiro. 
A concessão de asilo político é o último dos princípios regentes do Brasil 
em suas relações internacionais que se aplica em âmbito geral, alcançando 
quaisquer Estados, ou, melhor dizendo, os indivíduos de qualquer Estado. 
Segundo Alexandre de Moraes, 
o asilo político, também chamado asilo diplomático, “consiste no 
acolhimento de estrangeiro por parte de um Estado que não o seu, 
em virtude de perseguição por ele sofrida e praticada ou por seu 
próprio país ou, ainda, por terceiro. As causas motivadoras dessa 
perseguição, ensejadora da concessão do asilo, em regra são: 
dissidência política, livre manifestação do pensamento ou, ainda, 
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crime relacionados com a segurança do Estado, que não configurem 
delitos no direito penal comum”. 
Na sistemática constitucional, a concessão de asilo político é competência 
exclusiva do Presidente da República, que pode decidir discricionariamente 
em um sentido ou outro. Diferentemente do que ocorre com a extradição, 
no asilo político não há participação do Poder Judiciário. É ato privativo do 
Presidente da República, que ao decidir o faz na condição de chefe de 
Estado da República Federativa do Brasil, atuando, pois, de forma soberana. 
Estudaremos com mais detalhes o instituto quando da análise do art. 5º da 
Constituição. 
Por fim, temos o parágrafo único do art. 4º, norma eminentemente 
programática, que impõe como missão internacional a nosso Estado buscar 
a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América 
Latina, com vistas à criação de uma comunidade latino-americana de 
nações. O Mercosul é uma tentativa incipiente de concretizar esse preceito 
constitucional. É de se observar que a integração intentada deve abranger 
somente os países latino-americanos, e não o continente americano como 
um todo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 
 
 
1 (CESPE/Procurador – MP/TCDF – 2002) - O Federalismo constitui 
um dos fundamentos da República Federativa do Brasil. 
 
2 (CESPE/Defensor Público – Alagoas/2003) - Considere a seguinte 
situação hipotética. 
Valendo-se do regulamento da sua empresa, o diretor-presidente de 
uma fábrica de roupas íntimas femininas sujeitava suas empregadas 
a revista pessoal, com despimento de roupas íntimas (sutiãs e 
calcinhas), sob ameaça de despedimento por justa causa. Denunciado 
pelo Ministério Público, na forma do art. 146 do Código Penal, por 
constrangimento ilegal, foi o diretor-presidente condenado a pena de 
multa, entendendo-se, entre outros argumentos, que a revista 
violava a dignidade humana. 
Nessa situação, houve fundamento no princípio da dignidade da 
pessoa humana, mas não significou que a decisão condenatória, 
implicitamente, considerou o fato como violador da ordem pública. 
 
3 (CESPE/Consultor Jurídico – SETEPS/PA – 2004) - Por ser o Brasil 
uma república, seria inconstitucional a criação de funções públicas 
hereditárias. 
 
4 (CESPE/Juiz Federal –TRF 5ª Região – 2004) - Com base na 
determinação constitucional de que os poderes sejam independentes 
e harmônicos entre si, é correto argumentar que, quanto à legalidade 
e à legitimidade, o Poder Judiciário não está sujeito à fiscalização 
operacional e patrimonial mediante controle externo. 
 
5 (CESPE/Procurador Federal de 2ª Categoria – AGU - 2004) - A 
partir da aplicação dos princípios gerais que regem a concepção do 
sistema de freios e contrapesos na Constituição da República, é 
possível deduzir controles entre os poderes que não estejam 
expressos no texto constitucional. 
 
6 (CESPE/Técnico Judiciário – Área Administrativa – STJ – 2004) - 
Enquanto o território estatal constitui o limite espacial no qual se 
exerce efetiva e exclusivamente o poder de Estado, configurando o 
âmbito de validade jurídica, a forma de Estado é o modo de exercício 
desse poder em função também da unidade ou da multiplicidade 
organizativa. 
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7 (CESPE/Analista Judiciário – Área Administrativa – STJ – 2004) - O 
autogoverno é característica da autonomia estadual quando pode 
montar autonomamente seus poderes e eleger seus representantes. 
 
8 (CESPE/Analista Legislativo – Câmara dos Deputados/2002) - O 
ideal de segurança jurídica e império da lei caracterizam, segundo o 
paradigma procedimental, o Estado de direito. 
 
9 (CESPE/Consultor Legislativo – Senado/2002) - A Constituição da 
República determina que o Estado brasileiro deve empenhar-se na 
formação de uma comunidade latino-americana. Essa disposição 
constitucional pode ser classificada como uma norma programática. 
 
10 (CESPE/Defensor Público – Alagoas/2003) - Assim como as 
normas programáticas, os direitos fundamentais podem não ter sua 
eficácia imediata, sendo passíveis de restrição em qualquer hipótese. 
 
11 (ESAF/Agente, Auxiliar e Arrecadador Tributário – SEFAZ/PI-2001) 
- Assinale a opção correta. 
a) Na República Federativa do Brasil,todos os Estados-membros são 
soberanos. 
b) A Constituição admite que um Estado-membro, por decisão da 
população nele situada, possa separar-se da República Federativa do 
Brasil. 
c) Segundo a Constituição, o poder no Brasil deve ser sempre 
exercido diretamente – jamais indiretamente – pelo povo. 
d) Segundo o princípio da separação de poderes, consagrado na 
Constituição, nenhuma função de ordem legislativa pode ser exercida 
pelo Poder Executivo, nem função judicante alguma pode ser exercida 
pelo Poder Legislativo. 
e) Constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil 
garantir o desenvolvimento nacional e reduzir as desigualdades 
regionais. 
 
12 (ESAF/Oficial de Chancelaria – MRE/2002) - Assinale a opção 
correta. 
a) O Estado-membro da Federação brasileira dispõe do direito de 
secessão, uma vez que o princípio da autodeterminação dos povos foi 
expressamente consagrado como princípio fundamental da 
Constituição Federal. 
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b) O princípio da independência dos poderes, como adotado pela 
Constituição Federal, é incompatível com o julgamento de membro do 
Judiciário pelo Poder Legislativo. 
c) Uma vez que o Brasil se rege nas suas relações internacionais pelo 
princípio da não-intervenção, é inconstitucional toda a participação de 
tropas brasileiras em ações militares em outros países. 
d) O princípio da igualdade entre os Estados, que rege o Brasil nas 
suas relações internacionais, não impede que o Brasil confira trata-
mento diplomático diferenciado a países estrangeiros à conta da sua 
localização geográfica. 
e) A Constituição expressamente estabelece como programa de ação 
para o Brasil no cenário internacional, a integração dos Estados 
latino-americanos, com vistas à formação de um único Estado que 
abranja todas as nações latino-americanas. 
 
13 (ESAF/Assistente de Chancelaria – MRE/2002) - Assinale a opção 
em que não consta princípio que, segundo a Constituição, rege o 
Brasil nas suas relações internacionais. 
a) Independência nacional. 
b) Defesa da paz. 
c) Concessão de asilo político. 
d) Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade. 
e) Prevalência dos interesses econômicos nacionais. 
 
14 (ESAF/TRF/2002) – Assinale a opção correta: 
a) Na Federação brasileira, os Estados-membros dispõem do direito 
de secessão, como expressão do princípio da autodeterminação dos 
povos. 
b) A Constituição Federal, ao proclamar o princípio da separação de 
Poderes, cria obstáculo absoluto a que um poder fiscalize o outro. 
c) Lei que viesse a instituir o regime de partido político único entre 
nós feriria princípio fundamental da República Federativa do Brasil. 
d) A Constituição Federal em vigor é toda ela voltada para a defesa 
de valores sociais e da cidadania, por isso mesmo, os valores da livre 
iniciativa não são arrolados como princípios fundamentais da 
República Federativa do Brasil. 
e) Embora diga que todo poder emana do povo, a Constituição 
estabelece que o poder é exercido pelos representantes do povo, não 
admitindo hipótese de exercício do poder diretamente pelo povo. 
 
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15 (ESAF/TRF/2003) - Considerando os princípios fundamentais da 
Constituição de 1988, julgue as ações governamentais re-feridas 
abaixo e assinale a opção correta. 
I. Permissão dada a Nações estrangeiras para que colaborem com a 
proteção do meio ambiente por meio de unidades policiais alienígenas 
espalhadas em áreas como a Amazônia, patrimônio natural mundial 
da humanidade. 
II. Proposta de legislação que permita a escravidão no Brasil de 
indígenas perigosos condenados pela Justiça. 
III. Ações administrativas que promovam a conscientização política 
de todos os brasileiros. 
IV. Proposta de legislação complementar para a existência de um 
único partido político no Brasil. 
a) Todas estão incorretas. 
b) Somente III está correta. 
c) II e IV estão corretas. 
d) I e II estão corretas. 
e) III e IV estão corretas. 
 
16 (ESAF/TRF/2003) - Com relação aos objetivos fundamentais da 
República Federativa do Brasil, assinale a opção correta relativa a 
normas-regras que não contradizem os enunciados principiológicos da 
Constituição Federal. 
a) Incentivar o acúmulo de capitais nas mãos dos proprietários dos 
meios de produção para garantir o desenvolvimento nacional. 
b) Permitir o acesso dos cidadãos da região do Piauí e de Pernambuco 
aos cargos públicos para redução das desigualdades regionais. 
c) Estabelecer mecanismos tributários de justiça social para 
construção de uma sociedade justa e solidária. 
d) Facilitar nas corporações militares só o acesso a pessoas da raça 
negra, que possuem biologicamente organismos mais resistentes às 
intempéries do clima brasileiro. 
e) Combater a fome no Brasil privilegiando as mães e esposas, tendo 
em vista reduzir as desigualdades materiais na relação familiar e 
conjugal. 
 
17 (ESAFTRF/2003) - Assinale a opção correta, a respeito das 
relações internacionais do Brasil com os outros países à luz da 
Constituição Federal de 1988. 
a) Repúdio à violação aos direitos humanos para com países nos 
quais o Brasil não mantenha relações comerciais. 
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b) Apoio a guerra, quando declarada para a proteção de direitos 
humanitários desrespeitados por determinadas autoridades de 
determinados países. 
c) Busca de soluções bélicas em repúdio ao terrorismo. 
d) Interferência na escolha de dirigentes de outras Nações que sejam 
vinculados a grupos racistas. 
e) Colaboração como árbitro internacional na busca de solução 
pacífica de conflitos. 
 
18 (ESAF/Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental 
MPOG/2003) – Assinale a opção correta: 
a) No Brasil, normas que versem assunto materialmente 
constitucional têm status de normas constitucionais, ainda que 
estejam veiculadas por meio de lei ordinária. 
b) Dado o caráter democrático e descentralizador da Constituição de 
1988, nada impede que nos Estados-membros se adote um sistema 
parlamentarista de governo. 
c) Mesmo tendo adotado o princípio da separação dos poderes, a 
Constituição admite que o Poder Legislativo julgue certos crimes, que 
o Poder Executivo legisle em certas hipóteses e que o Poder Judiciário 
emita normas gerais em certos casos. 
d) O princípio da separação de poderes é incompatível com a 
possibilidade de membro do Congresso Nacional ser processado 
criminalmente perante o Supremo Tribunal Federal sem prévia licença 
da Casa legislativa a que pertence o acusado. 
e) De acordo com o sistema federativo adotado entre nós, os 
Municípios estão juridicamente equiparados aos Estados-membros, 
podendo nas suas leis orgânicas dispor sobre os poderes Executivo, 
Legislativo e Judiciário que atuam no seu território. 
 
19 (ESAF/Técnico do MPU/2004 – Área Administrativa) - Sobre 
princípios fundamentais, na Constituição de 1988, marque a única 
opção correta. 
a) Em razão do princípio republicano, adotado na Constituição de 
1988, os Estados podem instituir seus impostos e aplicar suas 
rendas. 
b) Em decorrência do princípio federativo, há, na Constituição 
brasileira, a previsão de que os Estados possuirão constituições e os 
municípios, leis orgânicas, ambos os documentos, aprovados, por 
força de expressa disposição constitucional, após dois turnos de 
votação, respectivamente, nas Assembléias Legislativas e nas 
Câmaras municipais. 
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c) A adoção do princípio de separação dos poderes, na Constituição 
brasileira, impõe uma independência absoluta entre os Poderes, 
impedindo que haja qualquer tipo de interferência de um Poder sobre 
o outro. 
d) A concessão de asilo político, um dos princípios que rege o Brasil 
em suas relações internacionais, tem sua aplicação restringida, nos 
termos da Constituição, por questões de ideologia e de independência 
nacional. 
e) Como decorrência da adoção do princípio do Estado Democrático 
de Direito, temos o princípio da independência do juiz, cujo conteúdo 
relaciona-se, entre outros aspectos, com a previsão constitucional de 
garantias relativas ao exercício da magistratura. 
 
20 (ESAF/Procurador do Distrito Federal 2004) - O exercício do poder 
não pelo seu titular, mas por órgãos de soberania que atuam no 
interesse do povo constitui o sentido essencial do: 
a) princípio da dignidade da pessoa humana. 
b) princípio do sufrágio. 
c) princípio do pluralismo político. 
d) princípio da representação. 
e) princípio da soberania popular. 
 
21 (ESAF/PFN / 2004) - a) A adoção do princípio constitucional da 
solução pacífica de conflitos não constitui obstáculo incontornável a 
que o Brasil recorra às armas para a defesa dos seus interesses no 
cenário internacional. 
b) Sempre que o interesse público entra em linha de colisão com um 
interesse individual, aquele deve prevalecer. 
c) Chamam-se princípios constitucionais sensíveis aqueles que não 
podem ser objeto de abolição por meio de emenda à Constituição. 
d) No conflito entre princípios constitucionais, os que se referem a 
direitos fundamentais devem sempre prevalecer sobre os demais. 
e) Quando dois princípios constitucionais colidem, um deles 
invariavelmente exclui o outro como inválido. 
 
22 (ESAF/AFTE / RN – 2004/2005) - Sobre Poderes do Estado e 
respectivas funções, formas de Estado e formas e sistemas de 
governo, marque a única opção correta. 
a) A adoção do princípio de separação de poderes, inspirado nas 
lições de Montesquieu e materializado na atribuição das diferentes 
funções do poder estatal a órgãos diferentes, afastou a concepção 
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clássica de que a unidade seria uma das características fundamentais 
do poder político. 
b) O Estado unitário distingue-se do Estado federal em razão da 
inexistência de repartição regional de poderes autônomos, o que não 
impede a existência, no Estado unitário, de uma descentralização 
administrativa do tipo autárquico. 
c) Em um Estado federal temos sempre presente uma entidade 
denominada União, que possui personalidade jurídica de direito 
público internacional, cabendo a ela a representação do Estado 
federal no plano internacional. 
d) O presidencialismo é a forma de governo que tem por 
característica reunir, em uma única autoridade, o Presidente da 
República, a Chefia do Estado e a Chefia do Governo. 
e) Sistema de governo pode ser definido como a maneira pela qual se 
dá a instituição do poder na sociedade e como se dá a relação entre 
governantes e governados. 
 
23 (ESAF/APO – MPOG/2005) - Quanto aos princípios fundamentais 
da Constituição Federal de 1988, assinale a assertiva correta. 
a) A adoção do princípio federativo como um dos princípios 
fundamentais da República Federativa do Brasil implica a obrigação 
de que a União e os Estados possuam sistema de controle externo, 
sempre exercido pelo Poder Legislativo, e sistema de controle interno 
nos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário que atuarão de forma 
integrada. 
b) Decorre do princípio republicano a previsão constitucional da 
competência do presidente da República de manter relações com 
Estados estrangeiros. 
c) A possibilidade de um Parlamentar ser nomeado, em nível federal, 
Ministro de Estado sem a perda de seu mandato é, segundo a 
doutrina, uma exceção ao princípio de separação de poderes. 
d) O conteúdo do princípio do estado democrático de direito, no caso 
brasileiro, não guarda relação com o sistema de direitos 
fundamentais, uma vez que esse sistema possui disciplina própria no 
texto constitucional. 
e) O Estado brasileiro adota a soberania como um de seus 
fundamentos, assegurando ao titular da soberania o seu exercício 
direto, que se dá pela eleição de seus representantes. 
 
24 (ESAF/AFRF/2005) -Sobre os princípios fundamentais da 
Constituição de 1988, marque a única opção correta. 
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a) No caso do Federalismo brasileiro, a soberania é um atributo da 
União, o qual distingue esse ente da federação dos estados e 
municípios, ambos autônomos. 
b) A adoção da dignidade humana como fundamento da República 
Federativa do Brasil tem reflexos, no texto constitucional brasileiro, 
tanto na ordem econômica como na ordem social. 
c) A forma republicana de governo, como princípio fundamental do 
Estado brasileiro, tem expressa proteção no texto constitucional 
contra alterações por parte do poder constituinte derivado. 
d) A especialização funcional, elemento essencial do princípio de 
divisão de poderes, implica o exercício exclusivo das funções do 
poder político – legislativa, executiva e judiciária – pelo órgão ao qual 
elas foram cometidas no texto constitucional. 
e) Segundo a doutrina, o princípio do Estado Democrático de Direito 
resulta da reunião formal dos elementos que integram o princípio do 
Estado Democrático e o princípio do Estado de Direito. 
 
25 (ESAF/TRF/2006) - Sobre princípios fundamentais na Constituição 
de 1988, marque a única opção correta. 
a) Em função da forma de governo adotada na Constituição de 1988, 
existe a obrigação de prestação de contas por parte da administração 
pública. 
b) Por ser o Brasil uma federação, é reconhecida, na Constituição 
brasileira, a autonomia de Estados, Distrito Federal, Territórios e 
Municípios. 
c) Em razão da independência funcional, um dos elementos 
essenciais do princípio de separação dos poderes, o exercício das 
funções que integram o poder político da União é exclusivo. 
d) Segundo a doutrina, não se constitui em um princípio do Estado 
Democrático de Direito o princípio da constitucionalidade, o qual 
estaria ligado apenas à noção de rigidez constitucional. 
e) A concessão de asilo diplomático é um dos princípios que rege o 
Brasil nas suas relações internacionais, conforme expressa previsão 
no texto da Constituição Federal de 1988. 
 
26 (ESAF/AFC/CGU – 2003/2004) - Analise as assertivas a seguir, 
relativas à Teoria Geral do Estado, aos poderes do Estado e suas 
respectivas funções e à Teoria Geral da Constituição, e marque com 
V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção 
correta. 
( ) Segundo a melhor doutrina, a soberania, em sua concepção 
contemporânea, constitui um atributo do Estado, manifestando-se, no 
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campo interno, como o poder supremo de que dispõe o Estado para 
subordinar as demais vontades e excluir a competição de qualquer 
outro poder similar. 
( ) Em um Estado Parlamentarista, a chefia de governo tem uma 
relação de dependência com a maioria do Parlamento, havendo, por 
isso, uma repartição, entre o governo e o Parlamento, da função de 
estabelecer as decisões políticas fundamentais. 
( ) Em sua concepção materialista ou substancial, a Constituição se 
confundiria com o conteúdo de suas normas, sendo pacífico na 
doutrina quais seriam as matérias consideradas como de conteúdo 
constitucional eque deveriam integrar obrigatoriamente o texto 
positivado. 
( ) Um dos objetos do Direito Constitucional Comparado é o estudo 
das normas jurídicas positivadas nos textos das Constituições de um 
mesmo Estado, em diferentes momentos histórico-temporais. 
( ) A idéia de uma Constituição escrita, consagrada após o sucesso da 
Revolução Francesa, tem entre seus antecedentes históricos os 
pactos, os forais, as cartas de franquia e os contratos de colonização. 
a) V, V, V, F, V 
b) V, V, F, F, V 
c) F, F, V, V, F 
d) F, F, F, V, V 
e) V, V, F, V, V 
 
27 (ESAF/AFC – CGU – 2006) - Sobre Teoria Geral do Estado e 
princípios fundamentais na Constituição Federal de 1988, assinale a 
única opção correta. 
a) Não é elemento essencial do princípio federativo a existência de 
dois tipos de entidade – a União e as coletividades regionais 
autônomas. 
b) O princípio republicano tem como características essenciais: a 
eletividade, a temporariedade e a necessidade de prestação de 
contas pela administração pública. 
c) O pluralismo político, embora desdobramento do princípio do 
estado Democrático de Direito, não é um dos fundamentos da 
República Federativa do Brasil. 
d) Rege a República Federativa do Brasil, em suas relações 
internacionais, o princípio da livre iniciativa. 
e) É um dos objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil, expresso no texto constitucional, a garantia do 
desenvolvimento nacional e a busca da auto-suficiência econômica. 
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28 (FCC/Auditor – TCE/MG – 2005) - Dentre os princípios 
fundamentais da Constituição brasileira é previsto expressamente 
como fundamento da República a 
(A) proporcionalidade. 
(B) imunidade recíproca dos entes federados. 
(C) moralidade. 
(D) dignidade da pessoa humana. 
(E) defesa do consumidor. 
 
29 (FCC/Procurador – TCE/PI – 2005) - O Titulo I da Constituição 
Federal trata dos princípios fundamentais, incluindo, dentre esses, a 
(A) prevalência dos direitos humanos como fundamento do Estado 
Democrático de Direito. 
(B) garantia do desenvolvimento nacional como objetivo fundamental 
da República Federativa do Brasil. 
(C) democracia como principio de regência das relações 
internacionais da República Federativa do Brasil. 
(D) soberania e a construção de uma sociedade livre, justa e solidária 
como objetivo do Estado Democrático de Direito. 
(E) cidadania como principio de regência das relações internacionais 
da República Federativa do Brasil. 
 
30 (FCC/Procurador – PGE/SE – 2005) - Consideradas "Poderia 
acontecer que algum cidadão, nos negócios públicos, violasse os 
direitos do povo e cometesse crimes que os magistrados 
estabelecidos não soubessem ou não quisessem castigar. Mas, em 
geral, o poder legislativo não pode julgar; e o pode menos ainda 
neste caso particular, onde ele representa a parte interessada, que é 
o povo. Logo, ele só pode ser acusador. Mas diante de quem fará a 
acusação? Irá rebaixar-se diante dos tribunais da lei, que lhe são 
inferiores e compostos, aliás, de pessoas que, sendo do povo como 
ele, seriam levadas pela autoridade de tão grande acusador? Não: é 
preciso, para conservar a dignidade do povo e a segurança do 
particular, que a parte legislativa do povo faça a acusação perante a 
parte legislativa dos nobres, que não tem os mesmos interesses, nem 
as mesmas paixões que ela." (MONTESQUIEU. O espírito das Leis. 
Livro XI, capo VI) 
O mecanismo acima descrito cuida de hipótese em que o Poder 
Legislativo 
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(A) atipicamente exerce função jurisdicional, em situação compatível 
com o principio da separação de poderes. 
(8) tipicamente exerce função legislativa, através da qual contém o 
exercício do poder pelos órgãos executivo e judiciário. 
(C) extrapola do exercício de suas funções típicas, em prática 
incompatível com o princípio da separação de poderes. 
(D) atipicamente exerce função executiva, consistente na aplicação 
de lei ao caso concreto sob circunstâncias especiais. 
(E) exerce poder soberano em relação ao órgão executivo, sujeita, 
porém, sua decisão à aprovação do órgão judiciário. 
 
31 (FCC/Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 3ª Região – 2005) 
- O princípio da independência e harmonia entre os Poderes figura 
entre os princípios constitucionais fundamentais, tendo merecido um 
tratamento segundo o qual 
(A) nenhum dos Poderes poderá exercer funções típicas dos demais. 
(B) a separação dos Poderes goza da garantia reforçada de integrar o 
núcleo imutável da Constituição. 
(C) quem for membro de um dos Poderes deverá sempre renunciar 
ao respectivo cargo para ocupar cargo em outro Poder. 
(D) não será obrigatório que nenhum Poder preste contas de seus 
atos a outro dos Poderes. 
(E) a nomeação de membros de um dos Poderes não poderá 
depender da aprovação de outro Poder. 
 
32 (FCC/Técnico Judiciário – Área Judiciária – TRT 3ª Região – 2005) 
- O Brasil, segundo dispõe a Constituição, adota a forma de Estado 
(A) federal, descentralizada por regiões e estados. 
(B) unitária centralizada. 
(C) unitária descentralizada. 
(D) confederada. 
(E) federal. 
 
 
Gabarito: 
 
1. E 
2. E 
3. C 
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29
4. E 
5. E 
6. C 
7. C 
8. C 
9. C 
10. E 
11. E 
12. D 
13. E 
14. C 
15. B 
16. C 
17. E 
18. C 
19. E 
20. D 
21. A 
22. B 
23. C 
24. B 
25. E 
26. E 
27. B 
28. D 
29. B 
30. A 
31. B 
32. E

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