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Prévia do material em texto

Deficiência Intelectual 
e Física
Pressupostos epistemológicos e paradigmas voltados às pessoas 
com deficiência intelectual
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Profa. Dra. Magda Marly Fernandes
Revisão Textual:
Profa. Profa. Ms. Rosemary Toffoli
5
Un
id
ad
e Pressupostos epistemológicos e paradigmas 
voltados às pessoas com deficiência intelectual
Nesta Unidade, teremos como foco os pressupostos epistemológicos e paradigmas 
voltados às pessoas com deficiência intelectual e física. Para falar em educação dessas 
pessoas, precisaremos antes compreender como as representações sociais e conceituais 
se configuraram em cada época, até chegarmos ao conceito da deficiência como 
diversidade, e escolarização como direito e acesso à cidadania. 
A partir dos paradigmas educacionais balizados em saberes dominantes, as pessoas com 
deficiência intelectual e física saem do completo descaso, eliminação e exploração, para uma 
perspectiva de reconhecimento de suas capacidades, e conceituação de deficiência, não mais 
como doença ou defeito, mas como diversidade. 
Esta unidade tem como objetivo auxiliar o entendimento sobre a inclusão dos alunos com deficiência intelectual 
e física na escola e na sociedade, e os determinantes que levaram a educação no Brasil a se tornar um direito 
civil, um bem social e uma ponte para a vida independente.
De início, a unidade apresenta Calendário Histórico que irá nortear as descrições dos fatos e saberes que 
marcaram época e desviaram os rumos da história, promovendo a inclusão das pessoas com deficiência 
intelectual e física que hoje lutamos para ser plena.
A unidade foi organizada em torno de pressupostos históricos, sociais, econômicos e políticos que 
geraram paradigmas, com ideais e ideologias em cada época, ilustradas pelo trato educacional dada à 
pessoa com deficiência intelectual e física. A unidade é composta de dois tópicos
1. Inclusão de pessoas com deficiência intelectual e física – uma questão de paradigmas.
2. Principais paradigmas da educação.
Cada um desses tópicos permite-nos ter uma visão diferenciada sobre a trajetória da educação das 
pessoas com deficiência, principalmente a intelectual e física, oferecendo sustentabilidade à gestão do 
profissional para o seu atendimento pedagógico, uma vez que a ação profissional não está isenta das 
influências da política e dos saberes da sua época.
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Introdução
• Inclusão de pessoas com deficiência intelectual e 
física – uma questão de paradigmas
• Representações sociais e conceituais sobre as 
pessoas com deficiência intelectual e física na 
história ocidental - paradigmas da educação
Fonte: T
hinksrock / G
etty Im
ages
6
Unidade: Pressupostos epistemológicos e paradigmas voltados às pessoas com deficiência intelectual
É importante perceber que o estudo desta unidade traz determinantes que levaram a 
educação Brasileira a optar por uma Escola Inclusiva e de Qualidade numa construção ainda 
em andamento. Para se chegar ao entendimento de deficiência como diversidade e não como 
defeito, existiu uma série de fatos, dos quais, os movimentos sociais liderados pelas pessoas com 
deficiência tiveram voz. 
Nesta unidade, trataremos de mostrar como a construção dos processos de inclusão e de exclusão da 
pessoa com deficiência intelectual e física relaciona-se a ideologias dominantes, numa determinada 
época, lugar e circunstância, e ao poder dos interesses sociais, políticos e econômicos.
A descrição histórica vem contextualizada e ilustrada por vídeos e links que você deve 
acessar para melhores esclarecimentos. O centro da unidade tem como foco os paradigmas 
da educação das pessoas com deficiência, especificamente, a intelectual e física, uma vez que, 
em termos sociológicos, estas deficiências foram as mais marcadas pelas exclusões.
Você encontrará, no decorrer do estudo, frases em destaque apontando marcos históricos 
e características dos paradigmas, e também desafios e reflexões para um trabalho interativo 
e próximo ao leitor que também participa das descobertas de como nossos comportamentos e 
trato na educação de pessoas com deficiência intelectual e física foram configurando até chegar 
na concepção de escola como direito civil, um bem social inalienável e alicerce para a vida 
independente das pessoas com deficiências.
Contextualização
7
Podemos afirmar que, apesar de haver muitas mudanças, o paradigma que humaniza ainda 
se faz emergente em muitas regiões, em muitos modelos de governar, e em nossos pensamentos. 
Nesse panorama, até repetitivo quando se fala de inclusão escolar das pessoas com deficiências, 
é preciso admitir que a história veio tecendo as forças da legislação, das cotas, dos critérios 
de beneficiamento previdenciários, e dos recursos assistidos para o acesso aos conhecimentos 
científicos, artísticos e culturais das pessoas com deficiências. São frutos garantidos hoje à 
custa de sacrifícios, submissões e reivindicações. As pressões dos movimentos sociais foram 
imprescindíveis na América Latina a partir da década de 1960 e, precisamente no Brasil, depois 
da ditadura militar, na década de 1990, quando os direitos universais dos brasileiros foram 
assegurados na Constituição Federal de 1988, derivado da vontade social de construir uma 
sociedade mais humana e digna, democrática por excelência, e pluralista que respeitasse a 
diversidade e desse oportunidades a todos sem dissensões. 
Video
Notícias BBC – Brasil 24 – 02 – 2012
 » http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2012/02/24/policia-e-portadores-
de-deficiencia-se-enfrentam-durante-protesto-na-bolivia.htm - Acessado em 21 de 
setembro de 2014.
www
Inclusão de pessoas com deficiência intelectual e física – uma questão 
de paradigmas
Em cada época da História, os mecanismos de exclusões vêm sendo superados e as 
representações sociais negativas sobre as pessoas com deficiências também. Mas frequentar a 
escola comum e ser aceito no mercado de trabalho são determinantes para viver com dignidade. 
Nesse ponto específico, inclusão depende de paradigmas relacionados à vida e à dignidade. 
Havemos de refletir sobre pressupostos da inclusão escolar e as pessoas com deficiência.
O velho paradigma entra em crise porque já não oferece mais respostas aos problemas 
enfrentados pela sociedade. O paradigma que toma a frente se desenvolve em uma nova 
direção, mas não elimina o anterior. 
Aí está a questão. Teremos nazistas, em meio aos ambientalistas; corruptos em meio à 
democracia; teremos guerras em nome da paz; injustiças dentro das próprias leis, práticas 
inclusivas em sistemas de escolas excludentes, ações desumanas em programas humanitários.
Introdução
8
Unidade: Pressupostos epistemológicos e paradigmas voltados às pessoas com deficiência intelectual
Podemos conviver com dois ou mais paradigmas numa mesma 
época, porque as formas de pensar e de agir de um deles ainda 
serão praticadas, mesmo que coibidas, condenadas ou repugnadas. 
Daí a necessidade, hoje, de se romper totalmente com paradigmas 
excludentes, tomando-os como ensinamentos, para que não se 
repitam mais as injustiças e desumanidades.
“O meu patriotismo não é exclusivo. Engloba tudo. Eu repudiaria o 
patriotismo que procurasse apoio na miséria ou na exploração de outras 
nações. O patriotismo que eu concebo não vale nada se não se conciliar 
sempre, sem exceções, com o maior bem e a paz de toda a humanidade.”
Fonte: http://www.mensagenscomamor.com/frases_de_gandhi.htm#ixzz3E2qWWGiY
Principais paradigmas da educação e as pessoas com deficiência
As maneiras de pensar, refletir, agir, sofrem influências dos saberes dominantes que são 
dissipados na sociedade numa determinada época e lugar por detentores desse saber. São 
detentores do saber os cientistas, os políticos, entidades religiosas,educadores e pensadores. 
Estes saberes, quando compartilhados e tomados como verdades, por sua força de dominação 
cultural, criam crenças e convicções que norteiam, dão rumos, influenciam decisões políticas, 
práticas sociais e tendências educacionais segundo as circunstâncias, interesses ou necessidades.
Ir contra os paradigmas excludentes, significa negar o senso comum, resistir aos propósitos 
desses saberes, e aos suportes que os governos lhes dão.
As injustiças sociais, o caos e violências de toda ordem, o consumismo exacerbado, a fome 
e a miséria são consequências de paradigmas das formas de governar e de prover políticas 
de interesses econômicos inconsequentes. O mesmo se dá com o avanço das tecnologias, as 
descobertas da medicina, as técnicas de restauração da vida, as leis em defesa dos direitos 
humanos, as práticas de preservação ambiental. Estes também são decorrentes de paradigmas, 
porém com foco na sustentabilidade. 
A crise paradigmática atual é notória. Não temos mais como continuar numa sociedade na 
qual prevalece o tratamento desigual, em que as precariedades fazem perecer comunidades 
e nações com desparecimento de espécies e fontes de vida não renováveis. Esse caminho, 
com certeza, não levará a lugar algum. Quando um novo paradigma surge, há uma espécie de 
revolução econômica, social e educacional.
Trocando Ideias
Neste momento, estamos no século XXI. E a vida no planeta está ameaçada. Todos 
nós precisamos REaprender coisas sob uma nova ótica que permita transformar 
realidades iníquas. Saber escutar e tratar melhor os jovens, as crianças, os 
idosos, as mulheres, os trabalhadores do campo e da cidade. Precisamos pensar 
e agir compromissado politicamente, tomando posição contra os descasos e 
os descuidos; tomar da natureza somente o necessário, recuperá-la e dividir o 
excedente; aprender a se posicionar em favor da paz com justiça, empoderando os 
pobres e desvalidos - sujeitos concretos em suas realidades concretas produzidas 
pelos governos inconsequentes. Precisamos construir a Paz e a Sustentabilidade 
em todos os espaços
9
Representações sociais e conceituais sobre as pessoas com deficiência 
intelectual e física na história ocidental - paradigmas da educação
Veja a figura - Ela apresenta um esquema linear da história da humanidade, embora em 
nossas descrições, serão pontuados os eventos que mudaram rumos e ritmos da história, 
mudanças de paradigmas sobre educação e deficiência. 
Fonte: fazendohistorianova.blogspot.com
.br
Silva (1987)1, um pesquisador contemporâneo sobre deficiências, diz que, nos primórdios da 
civilização, o desafio dos grupos humanos era a sobrevivência. Na pré-história, o enfrentamento 
dos humanos para escapar de predadores não seria fácil, assim como não seria fácil manter um 
grupo ileso sem perdas de vidas. Os grupos uniam-se por afinidades e habilidades. Presume-
se que as capacidades sensoriais deveriam ser aguçadas, ouvir bem e enxergar bem. Outras 
habilidades eram imprescindíveis como correr, trançar, atravessar rios, subir em árvores, 
pensar estrategicamente, dividir, compartilhar, passar conhecimentos, cuidar, divertir. Tais 
conhecimentos eram ensinados para todos, porque uns cuidavam dos outros. Manter-se vivo 
era o desafio que envolvia conhecimento. 
[...] durante muitos milênios dominando apenas armas de curto alcance, não há 
dúvida que os requisitos básicos para a atividade principal, que era a caça, eram 
a sua inteligência muito superior à dos animais cobiçados, a capacidade de 
atuar em grupos bem coordenados e criativos e . . . uma capacidade física total. 
Dessa forma, é muito difícil imaginarmos como um homem ou uma mulher 
poderiam sobreviver naquelas remotas eras com uma deficiência física muito 
limitadora (SILVA, 1987, p.16).
Vídeo
A Guerra do Fogo
 » https://www.youtube.com/watch?v=xsXWm1DLzwo - Acesso em 21 de setembro de 2014.
www
 
1 SILVA, Oto Marques. A epopeia ignorada: a pessoa deficiente na história do mundo de ontem e de hoje. São Paulo, 
CEDAS- Centro São Camilo de Desenvolvimento em Administração da Saúde, 1987.
10
Unidade: Pressupostos epistemológicos e paradigmas voltados às pessoas com deficiência intelectual
Durante todo o período anterior ao surgimento das grandes civilizações, na pré-
história, a história das relações dos grupos sociais e as pessoas com deficiências 
estariam baseada em suposições. Há de se imaginar que a Educação era pela 
luta de sobrevivência, não só de si, mas de todos do grupo, porque uns 
dependiam dos outros.
A Antiguidade (contada a partir de 4.000 a.C.) é marcada pelas civilizações. O domínio de 
conhecimentos possibilitou fazer com que grupos humanos se instalassem em regiões e criassem 
suas cidades, com um poder de ordenação social. Já dispunham de tecnologias como agricultura, 
edificações, pecuária, artesanato de roupas, cordas, ferragens etc. Isaias Pessotti (1984)2, um 
historiador que reuniu o maior número de documentos sobre a deficiência intelectual, não faz 
menção sobre a Antiguidade por se tratar de documentos raros e nem sempre comprobatórios. 
Silva (1987) relata:
[...] na Roma Antiga, tanto os nobres, como os plebeus tinham permissão para 
sacrificar os filhos que nasciam com algum tipo de deficiência. Da mesma forma, 
em Esparta, os bebês e as pessoas que adquiriam alguma deficiência eram 
lançados ao mar ou em precipícios. Já em Atenas, influenciados por Aristóteles, 
que definiu a premissa jurídica até hoje aceita de que “tratar os desiguais 
de maneira igual constitui-se em injustiça” os deficientes eram amparados e 
protegidos pela sociedade (p.16)3.
Em pesquisas registradas no jornal científico “The Ancient History Bulletin”, datado de 
1996 (p.79-92), a pesquisadora Ruth Ondenziel coloca em cheque a eliminação de bebês na 
Grécia Antiga pelo simples fato de terem anomalias. Pesquisando o infanticídio na Antiguidade, 
escreve que, em alguns lugares e contextos, a noção de moral, do que é certo e errado eram 
diferentes. O infanticídio de bebês do sexo feminino, por exemplo, era relacionada ao controle 
de natalidade. Como a concepção cultural de deformidade se perdeu, a pesquisa não precisa os 
reais acontecimentos da época como a eliminação de deficientes ao nascimento ou na infância. 
(In FERNANDES, 2002:20)4. 
O Paradigma na Antiguidade no trato das pessoas com deficiência intelectual 
e física provavelmente em alguns locais seria o abandono, em outros, o da 
Eliminação uma vez que não havia a noção de direitos para essas pessoas. Ao 
povo competia produzir, reverenciar e sustentar o poder na situação de escravos. 
Durante a guerra, ter força física para lutar. Os que detinham algum conhecimento 
como Arquitetura, Arte da Guerra, serviam aos palácios na condição de 
conselheiros, súditos e protetores do trono. O populacho apenas produzia, não 
usufruía a não ser o que era permitido, e viva à própria sorte.
2 PESSOTTI, Isaias. Deficiência Mental: da Superstição à Ciência. São Paulo: EDUSP 1984. 204p. 
3 Ibidem n.1.
4 FERNANDES, Magda Marly. Autonomia e independência do jovem com deficiência mental: depoimentos sobre esses objetivos do 
Saesp. Dissertação de mestrado. Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2002.
11
A Idade Média teve a marca dos saberes teocêntricos e vai do século V d.C, até o 
século XV. Nesse período, o domínio da Igreja impera e até supera o poder do Estado. Os 
conhecimentos acumulados da Antiguidade dos povos dominados eram guardados em 
monastérios e manipulados para controlar a população. Muitos dos fenômenos da natureza 
eram atribuídos à vontade divina, para mostrar que os escolhidos por Deus eram sacerdotes. A 
Inquisição Católica chegou a seu ápice entre os séculos XV e XVI. As contradições e revelações 
contrárias significavam desobediência; heresia ou sacrilégio. Houve perseguições, queimações, 
açoitamentos, enforcamentos, torturas durantemais de mil anos. Esse período foi nomeado 
como a Era das Trevas pelos horrores praticados. As decisões sobre o destino desses “sub-
humanos” dependeria de julgamentos dos inquisidores.
Explore
 » Assista o vídeo no link - https://www.youtube.com/watch?v=yhUmvpGy3zk
www
Paradigma sobre as pessoas com deficiência intelectual na idade média 
- Expiação - Exposição – Abrigamento (este último, só para os filhos de 
nobres). A expiação foi uma prática comprovada. Expiar deriva do latim = um 
castigo ou sofrimento de pena imposto por forças divinais ou demoníacas sobre 
quem delinque; serviria de compensação do pecado dos pais ou da comunidade. 
A penitência era a deformação, uma praga que poderia ser multiplicada. Expor 
uma pessoa com marcas da deficiência em praça pública seria o mesmo que 
expor o produto de um pecado cometido pela sociedade. Apedrejar ou queimar 
esse símbolo de pecado era uma forma de purificação. 
[...] À Igreja caberiam os julgamentos e investigações dos mistérios da alma e 
suas “anormalidades”: Os problemas considerados mentais, as deformidades, os 
vícios e as traições continuariam a passar pelo martelo da inquisição (KRAMER, 
Heinrich e SPRENGER, Jacobus. 1487) [...] A ética humana reduziu-se a 
julgamentos sobre o que seria moral e imoral, segundo os preceitos da Igreja 
que santificava os que mereciam ser santificados (os bem dotados e nobres), e 
amaldiçoava os impuros, incapazes, estúpidos ou brutos. A Igreja foi um poder 
estatal sem precedentes. (FERNANDES, 2010: 95-96)5 
Ser Bobo da corte era uma prática medieval, com critérios sofisticados. A pessoa com 
deficiência deveria cantar, recitar poesias, tocar um instrumento. Os filhos da nobreza com 
deficiências poderiam ser asilados pela Igreja e tomados de seus bens como pagamento das 
despesas pelo abrigamento. No século XVI, a Igreja, ao considerar todo ser vivente um filho de 
Deus, mudou o status da condição de mulher, escravo e da pessoa com deficiência intelectual. 
O lugar teológico poupou-lhes a vida, mas não lhes deu cidadania ou direitos. Acolheu-os 
caritativamente as crianças como “les enfants do bom Dieu” ou “cristãozinhos”. “Cristiano” 
(na tradução de algumas regiões da Itália com o significado de pobre coitado) e “Chretien”, na 
tradução francesa, deu origem ao termo médico cretin, e idiot no inglês, utilizado pela sociedade 
de medicina, desde então, até a década de 1950, no século XX.
5 ________. A mediação de conflitos como via para uma cultura de paz, inclusão social e exercício da cidadania. As experiências de professores 
que atuaram na década de 1990 na Cidade Tiradentes - Zona Leste da Cidade de São Paulo. PUC/SP. Tese de doutorado em Educação e 
Currículo. 2010. Orientador Prof. Dr. Alípio Marcio Dias Casali. 
12
Unidade: Pressupostos epistemológicos e paradigmas voltados às pessoas com deficiência intelectual
Madona Willys, de Giovanni Bellini (1480-90).
Fonte - Wikimedia Commons
Na Idade Moderna, o antropocentrismo foi a característica dos saberes dominantes no 
período que vai do renascimento do século XVI até meados do século XVIII. A Idade Média 
encerra-se com a queda do Império Bizantino, em 1453, culminando também com a descoberta 
da América, em 1492, e logo após a descoberta do Brasil, em 1500. O marco do término é a 
revolução Francesa. Durante todo o século XVIII – XIX e XX, o homem torna-se o centro do 
mundo, e domina o saber e a natureza à sua volta; deseja provar as causas e efeitos de todos 
os fenômenos. Criam-se as abordagens científicas dentro de uma rigidez de racionalidade pura 
(sem controvérsias). 
A razão é primordial, e quem é visto como desprovido de razão, corria o risco de ser submetido 
à escolarização como adestramento. É uma época em que as deficiências são especuladas, os 
pobres, desacreditados, as crianças submetidas num mundo cada vez mais regido pelas respostas 
científicas de uma comunidade dominante. A primazia era o desempenho intelectual, a beleza 
física e a raça pura.
É a mudança de uma mentalidade baseada no Teocentrismo (tipicamente medieval) e a 
substituição dessa pelo Antropocentrismo, em que o homem coloca-se no centro do Universo. 
Ele se coloca como ser racional, belo (perfeito), culto e produtivo que são questões ligadas à 
matéria e à posse (valor material ou materialismo), e o uso deste homem para a produção, 
consumo e acúmulo de riqueza. 
13
O famoso Homem Vitruviano, de Leonardo Da Vinci
Fonte - iStock / Getty Images
Saiba Mais
Na Idade Moderna, a pessoa com deficiência intelectual e física tinha como destino 
o ASILAMENTO junto aos pobres, desvalidos, velhos e doentes. A conotação de 
aprendizagem seria, em alguns casos, uma educação com caráter de ADESTRAMENTO 
já que eram considerados brutos, e por serem brutos (selvagens), consequentemente, 
passíveis de adestramento
Os que conseguiam corresponder às exigências nos asilos eram classificados como melhores 
que os outros. Iniciam-se as tentativas de classificação e de separação da deficiência (perda) 
com a demência (doença mental), mas numa concepção ainda misturada com a concepção de 
cura de um mal ou doença. 
Vídeo
Victor – O Menino Selvagem de François Truffaut
 » https://www.youtube.com/watch?v=b5CKltq3Uf4
www
 
14
Unidade: Pressupostos epistemológicos e paradigmas voltados às pessoas com deficiência intelectual
A primeira definição sobre deficiência intelectual foi prescrita na medicina do século XIX como:
um germe doentio, transmitido de pais para filhos, responsável por aspectos 
morais, pessoais, infecciosos e acidentes obstétricos, que provaram a herança 
idiota [...] enquanto transmitida hereditariamente escapa do campo da cura e 
a reclusão em ambientes especiais pode transformar um bruto, inconveniente, 
perigoso, inútil e perturbado em um sujeito decente, inofensivo, capaz de prestar 
à sociedade alguns serviços em troca de cuidados e da proteção que recebe 
dela”.(Dictionnaire Enciclopedique dês Sciences Médicales. Paris.—1869.-89.—
Imp.E. Martinet., 100 vols. 4- CHAMBARD, In, Pessotti, 1984)
O paradigma era a internação, pois era preciso separar para adestrar. A não aprendizagem 
significava eterna reclusão. Com avanço das ciências, os asilos encheram-se de médicos e 
terapeutas ligados às doenças da mente e do corpo. 
A Igreja foi perdendo a força na entrada da Idade Moderna. Não tinha mais suporte para 
creditar o improvável. O destino das pessoas com deficiência intelectual foi a reclusão, afastamento 
sumário de suas famílias e da sociedade onde seriam submetidas a experimentações. Nesses 
locais, pela mistura que havia entre os asilados, buscava-se o sujeito produtivo, aquele que 
mostrava condições de desenvolver algum tipo de tarefa ou trabalho interno já que, embora 
abrigados, tinham que prover seu próprio sustento. 
“[...] não se pune, nem se abandona o deficiente, mas também não se 
sobrecarrega a família. Abre-se inúmeros hospitais e leprosários, também 
chamados de hospícios [...] construídos pela nobreza, as vezes com suntuosidade 
que pareceria irônica; obras primas da arquitetura, ou meros casarões [...] esses 
lugares abrigavam em total promiscuidade, prostitutas, idiotas, loucos, libertinos, 
delinquentes, mutilados e possessos que só em Salpêtriere (Hospital), perfaziam 
um total de 8000 pessoas. (PESSOTTI, 1984:24).
Nos asilos, foi possível perceber diferenças entre as pessoas de conduta antissocial, 
das marginalizadas, foras da lei e pessoas com deficiências e, através de treinamentos, as 
possibilidades de sua utilidade na sociedade. O ser útil era o ser “recuperado”. 
Pinel em Salpêtrière, por Tony Robert-Fleury.
Fonte - Wikimedia Commons
Com a Revolução Francesa, em 1792, é declarado o primeiro documento de direitos 
inalienáveis – a Carta dos Direitos do Homem - faz menção do conhecimento como direito, e de 
muitos outros direitos, que são retomadosno século XX, na Declaração dos Direitos Humanos 
15
Universais, em 1948, e assinados por vários países entre eles o Brasil. Por isso, em todas as leis 
brasileiras, deve prevalecer a justiça.
 De lá para o século XX, o paradigma da educação da pessoa com deficiência intelectual que 
ainda era o da internação, segregação e abrigamento, passa a da escolarização e a frequentar 
escolas especiais e classes especiais. 
Na década de 1950 até 1970, tínhamos apenas uma escolarização segregada para as 
crianças com deficiência intelectual dentro de instituições. Era uma escola que, para funcionar, 
deveria dispor de atendimento médico e terapêutico contando com psiquiatras, fisioterapeutas, 
atendimento odontológico, psicólogo etc. A orientação era mais médica do que pedagógica. Os 
filhos de famílias economicamente desfavorecidas continuavam na situação de abrigamento ou 
em casa. 
No Brasil, a luta por direitos à educação da pessoa com deficiência intelectual inicia-se 
apenas nos meados do século XX. Na década de 1950, as classes especiais, ainda que de forma 
segregada, eram um avanço para tirar as crianças das escolas especiais que funcionavam a parte 
do ensino comum, ficando as crianças sujeitas a terapias intermitentes, pouca escolarização e 
longe de seus pares. A escola criou uma dependência das orientações médicas sem assumir os 
desafios pedagógicos.
Os pioneiros da educação, já em 1932, queriam a concepção de escola como um espaço 
público disponibilizado para todos. Anísio Teixeira sintetizou as ideias da educação brasileira 
como libertária e vê no currículo parte do processo de vida e de organização social e não 
uma intervenção pedagógica puramente ingênua e cega como apolítica. A educação seria para 
TODOS. Em seus relatórios, a escola que fugia da reflexão crítica das realidades e do povo 
tornava-se um instrumento contra ele, inconsciente da situação de vida dos estudantes e suas 
realidades. (MOREIRA, 1990:4, IN FERNANDES, 2010). 
O Golpe Militar interrompeu o progresso de democratização da escola pública e das ideias de 
educação libertária e seus idealizadores foram perseguidos. A escola estandartizada para os mais 
competentes criou mecanismos de exclusões com investimentos direcionados às privatizações, 
impedindo milhares de pessoas, notadamente os pobres, ou seja, aqueles que tinham mais 
dificuldades, a chegar a níveis mais altos de escolarização.
As “escolas especiais”, em sua maioria, privadas, estavam direcionadas para um atendimento 
“clínico”. Elas multiplicaram-se no Brasil ao lado das clínicas de reabilitação. Correntes de 
movimento de educadores, pais e pessoas com deficiências começaram a pressionar fortemente 
na década de 1970 por mais direitos. Classes especiais foram criadas para alunos com deficiência 
intelectual considerada de grau “leve”.
Destaque - O Paradigma era o da Integração. A integração era uma via de mão 
única, segundo a qual os alunos deveriam ser “preparados” e demonstrar “condições” 
acadêmicas para ser integrado nas classes comuns. No entanto, a reintegração era difícil 
devido às marcas deixadas pelos efeitos da segregação, dentro da própria escola. As 
crianças, ao serem reintegradas nas salas de aula comum, não permaneciam, eram 
desligadas, ou alvo de preconceitos. 
Após a Ditadura Militar, a escola pública e gratuita foi legalmente garantida pela Constituição Federal 
do Brasil em 1988, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, e pela Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional, em 1996. Os alunos com deficiência passariam a estudar nas salas comuns e, 
se necessário, ter suportes, apoios e recursos para o acesso aos conhecimentos. 
16
Unidade: Pressupostos epistemológicos e paradigmas voltados às pessoas com deficiência intelectual
Destaque - A Inclusão foi o movimento mundial de direitos às pessoas 
que historicamente sofriam exclusões na escola. Entre elas, as pessoas com 
deficiências. A Inclusão passa a ser entendida como via de mão dupla, segundo a 
qual o ambiente inclusivo seria o alvo das transformações, propiciando aos alunos 
acolhimento, acesso ao conhecimento, relações de convivência; as pessoas com 
deficiência passaram a ter a escola como direito inalienável, e a deficiência passa 
a ser vista como diversidade e não mais um “defeito”.
 
Paralelamente aos acontecimentos no Brasil e na América Latina, o homem chega a Lua em 
1969. A partir desse acontecimento, temos o paradoxo: entre as tentativas de procurar vida fora 
da Terra e vidas sendo destruídas na Terra! 
Vídeo
David Attenborough - Wonderful World - BBC
 » https://www.youtube.com/watch?v=B8WHKRzkCOY
www
As ideias ecológicas e a crise paradigmática dos saberes dominantes se iniciam dentro deste 
paradoxo: de um lado a sofisticação tecnológica das descobertas, mais escolas e instrução, 
mais qualidade de vida e direitos humanos, e de outro a exploração e destruição da natureza; 
a desigualdade social marcada pela fome e a miséria, discriminações, apartheids, conflitos 
armados tendo como centro o dinheiro e a economia selvagem. O paradigma de aumento 
de capital sem precedentes deixa de ser defensável. É preciso frear o desmatamento, a caça 
predatória de animais, a discriminação de grupos sociais, preservar culturas e garantir direitos. 
O foco do paradigma que desponta é a garantia e sustentabilidade da vida em todos os aspectos 
a ela inerentes.
Destaque - O reconhecimento da diversidade como natural e especial em todos 
os alunos direcionou procedimentos democráticos para a condução do processo 
do ensino e aprendizagem de TODOS os alunos da escola, com propostas e 
responsabilidades elaboradas em parceria com a família, a comunidade, os 
gestores, universidades e governos. A luta pela inclusão ainda é uma construção 
em andamento.
Na atualidade, a vida como personagem central da tutela ambiental, a escola dedica-se 
ao humano e, a partir dele, reorganiza-se em torno das práticas da democracia, investe na 
organização política interna, na questão da economia sustentável, relacionamentos sociais e 
ambientais mais saudáveis. Gentile (2003) esclarece-nos sobre a gestão democrática na escola 
como favorecimento da inclusão: a escola, como espaço de convivência da diversidade, deve 
ser entendida como espaço democrático de desmascaramento das exclusões, pois “o silêncio, a 
atenuação, a ocultação edulcorada da exclusão faz com que esta se torne mais poderosa, mais 
intensa, menos dramática e, portanto, mais efetiva” (PABLO GENTILI, 2003, p. 42)6.
6 GENTILI, P.; ALENCAR C. Educar na esperança em tempos de desencanto. Petrópolis: Vozes, 2003.
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Material Complementar
História da Sindrome de Down (Texto)
 » http://espacodown.wordpress.com/historia-da-sindrome-de-down/ - Acesso em 21 de 
setembro de 2014
Caminhos para a inclusão: um guia para o aprimoramento da equipe escolar. PACHECO, 
J. et al. - Porto Alegre: Artmed, 2007. A obra foi produzida durante os anos de 1998 a 2001 
por uma equipe colaborativa da Áustria, da Islândia, de Portugal e da Espanha como parte 
do Projeto Leonardo da Vinci, denominado “Melhoramento da Habilidade dos Professores 
quanto à Inclusão (em inglês, ETAI). Tal projeto baseia-se em vários estudos de casos de 
esforços bem-sucedidos direcionados à educação inclusiva em escolas obrigatórias nos 
quatro países.
Vídeos
MANDOKY, Luis. Gaby: A True Story (Original). Drama de uma história real – de Gaby 
Brimmer. EUA, 1987. (vídeo)
Sinopse: Gabriela Brimmer nasceu com paralisia cerebral e só conseguia mexer seu pé 
esquerdo. Ela começou a usar esses movimentos para se comunicar e conseguiu se tornar 
uma reconhecida escritora e poetisa.
 » https://www.youtube.com/watch?v=JSwOk92C9cs - Acesso em 26 de fevereiro de 2015
HUGO, Victor. O Corcunda de Notre Dame – Dublado 
Sinopse: Primeira versão sonora cinematográfica do livro clássico de Victor Hugo. A versãodo cinema mudo foi estrelada por Lon Chaney (1923). Esta produção estrelada por Charles 
Laughton, que estava no auge de sua carreira quando personificou Quasímodo (o Corcunda), 
recebeu duas indicações ao Oscar, em 1939. É provavelmente, a melhor interpretação dada ao 
triste personagem, morador da Catedral de Notre Dame, que perambula pelos impressionantes 
cenários de Paris, criados especialmente para o filme, em Hollywood. Maureen O’Hara está 
perfeita como a linda cigana Esmeralda. 
 » https://www.youtube.com/watch?v=9irQ_aTx-Lk - Acesso em 26 de fevereiro de 2015
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Unidade: Pressupostos epistemológicos e paradigmas voltados às pessoas com deficiência intelectual
Referências
ARANHA, Maria Salete Fábio. Visão histórica da inclusão. Projeto Escola Viva. Garantindo 
o acesso e permanência na escola. Alunos com necessidades especiais. Brasilia: Ministério da 
Educação. Secretaria da Educação Especial.2006, vol.5.
 FERNANDES, Magda Marly. Autonomia e independência do jovem com deficiência 
mental: depoimentos sobre esses objetivos do Saesp. Dissertação de mestrado. Universidade 
Presbiteriana Mackenzie, 2002.
________________________. A mediação de conflitos como via para uma cultura 
de paz, inclusão social e exercício da cidadania. As experiências de professores que 
atuaram na década de 1990 na Cidade Tiradentes - Zona Leste da Cidade de São Paulo. PUC/
SP. Tese de doutorado em Educação e Currículo. 2010. Orientador Prof. Dr. Alípio Marcio 
Dias Casali. Disponível em http://www.sapientia.pucsp.br/tde_arquivos/11/TDE-2011-01-
28T14:00:22Z-10637/Publico/Magda%20Marly%20Fernandes.pdf
PAULON, SimoneMainieri; FREITAS, Lia Beatriz de Lucca; PINHO,Gerson Smiech.. 
Documento subsidiário à política de inclusão. Freitas,. Brasília: Ministério da Educação, 
Secretaria de Educação Especial, 2005. 48 p. 
PAN, M. A. G. de S.O direito a diferença: uma reflexão sobre a deficiência intelectual 
e educação inclusiva. Curitiba: Editora InterSaberes, 2013.
PESSOTTI, Isaias. Deficiência Mental: da Superstição à Ciência. São Paulo: EDUSP 1984. 
204p. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/7175077/Isaias-Pessotti-Deficiencia-Mental-Da-
Supersticao-a-Ciencia - Acessado em 21 de setembro de 2014.
SILVA, Oto Marques. A epopeia ignorada: a pessoa deficiente na história do mundo de ontem 
e de hoje. São Paulo, CEDAS- Centro São Camilo de Desenvolvimento em Administração da 
Saúde, 1987.
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Anotações

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