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TST - Orçamento Público - Aula 00

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Noções de Orçamento Público p/ TST 
Analista Judiciário – Área Administrativa 
Teoria e Questões Comentadas da FCC 
Prof. Sérgio Mendes – Aula 00 
 
Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 54 
AULA 00: 
Orçamento na Constituição Federal. 
Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias 
e Lei Orçamentária Anual 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Apresentação e Cronograma 1 
Plano Plurianual – PPA 5 
Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO 9 
Lei Orçamentária Anual – LOA 17 
Mais questões de concursos anteriores da FCC 27 
Memento (resumo) 41 
Lista das questões comentadas nesta aula 44 
Gabarito 54 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
É com enorme satisfação que iniciamos este Curso de Noções de 
Orçamento Público para o Tribunal Superior do Trabalho – Teoria e 
Questões Comentadas da FCC! 
 
É casa nova! Novos desafios! Uma espetacular equipe de 
professores! Tudo voltado para a sua almejada aprovação! 
 
 
 
Vou começar com minha breve apresentação: sou Analista de Planejamento e 
Orçamento do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Atualmente 
estou lotado na Secretaria de Orçamento Federal (SOF) e sou instrutor da 
Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e das Semanas de 
Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas da Escola 
de Administração Fazendária (ESAF). Especializei-me em Planejamento e 
Orçamento pela ENAP e sou pós-graduado em Orçamento Público pelo Instituto 
Serzedello Corrêa do Tribunal de Contas da União (ISC/TCU). Fiz meu primeiro 
concurso público nacional aos 17 anos, ingressando na Escola Preparatória de 
Cadetes do Exército (EsPCEx) e me graduei pela Academia Militar das Agulhas 
Negras (AMAN), concluindo meu bacharelado em Ciências Militares com ênfase 
em Intendência (Logística e Administração). Como Oficial do Exército, exerci as 
funções de Pregoeiro e de Membro da Comissão Permanente de Licitações e 
 Noções de Orçamento Público p/ TST 
Analista Judiciário – Área Administrativa 
Teoria e Questões Comentadas da FCC 
Prof. Sérgio Mendes – Aula 00 
 
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Contratos. Sou servidor público desde 2001 e professor das disciplinas 
Administração Financeira e Orçamentária (AFO), Direito Financeiro e 
Planejamento e Orçamento Governamental. 
 
Este é nosso edital da Fundação Carlos Chagas – FCC para Analista Judiciário – 
Área Administrativa do TST/2012: 
 
Noções de Orçamento Público: Conceitos. Princípios orçamentários. 
Orçamento-Programa: conceitos e objetivos. Orçamento na Constituição 
Federal. Proposta orçamentária: Elaboração, discussão, votação e aprovação. 
Plano Plurianual – PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e Lei 
Orçamentária Anual – LOA. Lei nº 4.320/64: Da Lei de Orçamento; Da receita; 
Da Despesa; Dos Créditos Adicionais; Da execução do Orçamento. Lei 
Complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal): Do 
Planejamento; Da Despesa Pública; Da Transparência, Controle e Fiscalização. 
 
Assim, em uma divisão mais didática que o edital, buscando ser o mais 
completo e objetivo possível, serão 7 aulas, desenvolvidas da seguinte forma: 
 
AULA CONTEÚDO DATA 
Aula 0 
Orçamento na Constituição Federal. Plano Plurianual - 
PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e Lei 
Orçamentária Anual - LOA. Lei n° 4.320/64: Da Lei de 
Orçamento (artigos que tratam da LOA) 
Disponível 
Aula 1 
Proposta orçamentária: Elaboração, discussão, votação 
e aprovação. 
15/06 
Aula 2 
Princípios orçamentários. Lei n° 4.320/64: Da Lei de 
Orçamento (artigos que tratam dos Princípios) 
22/06 
Aula 3 Orçamento Público: conceitos. Orçamento-programa. 29/06 
Aula 4 Lei n° 4.320/64: Dos Créditos Adicionais 06/07 
Aula 5 
Lei n° 4.320/64: Da receita; Da Despesa; Da execução 
do Orçamento (artigos da Programação da Despesa). 
13/07 
Aula 6 
Lei n° 4.320/64: Da execução do Orçamento (Estágios 
da Receita e da Despesa). 
20/07 
Aula 7 
Lei Complementar n° 101/2000 (LRF): Do 
planejamento; Da Despesa Pública; Da Transparência, 
Controle e Fiscalização. 
27/07 
 
As aulas serão focadas exclusivamente para o Tribunal Superior do Trabalho e 
tenho certeza que com esforço e dedicação alcançará seu objetivo. Mesmo 
 Noções de Orçamento Público p/ TST 
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assim, gostaria de dar uma recomendação: estude com afinco nossas aulas 
que o Orçamento Público está caindo de forma impressionante nos concursos. 
Não será uma matéria que você aproveitará só para este Tribunal, pois te 
habilitará para novos voos caso opte por outros horizontes que podem ser tão 
interessantes em diversos Tribunais pelo Brasil. 
 
Conheça meus outros cursos atualmente no site! 
Acesse http://www.estrategiaconcursos.com.br/professores/3000/cursos 
 
Vamos começar então? 
 
Nesta aula demonstrativa estudaremos os instrumentos de planejamento e 
orçamento da Constituição Federal. O Plano Plurianual (PPA), a Lei de 
Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) são as leis 
que regulam o planejamento e o orçamento dos entes públicos federal, 
estaduais e municipais. No âmbito de cada ente, essas leis constituem etapas 
distintas, porém integradas, de forma que permitam um planejamento 
estrutural das ações governamentais. 
Na seção denominada “Dos Orçamentos” na Constituição Federal de 1988 
(CF/1988) tem-se essa integração, por meio da definição dos instrumentos de 
planejamento PPA, LDO e LOA, os quais são de iniciativa do Poder Executivo. 
 
Segundo o art. 165 da CF/1988: 
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais”. 
 
A Constituição Federal de 1988 recuperou a figura do planejamento na 
Administração Pública brasileira, com a integração entre plano e orçamento por 
meio da criação do Plano Plurianual e da Lei de Diretrizes Orçamentárias. O 
PPA, assim como a LDO, é uma inovação da CF/1988. Antes do PPA e da 
CF/1988, existiam outros instrumentos de planejamento estratégico, como o 
Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI), com três anos de duração, o 
qual não se confunde com o PPA, que possui quatro anos de duração. 
 
O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal 
que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas 
da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (PPA) e o 
planejamento operacional (LOA). Sua relevância reside no fato de ter 
conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais 
dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos 
estratégicos existentes antes da CF/1988. 
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A LOA é um instrumento que expressa a alocação de recursos públicos, sendo 
operacionalizada por meio de diversas ações. 
 
 
Antes da atual Carta Magna, existiam outros 
instrumentos de planejamento, mas eles não têm 
relaçãocom o Plano Plurianual. O PPA é inovação da 
atual Constituição! O PPA substituiu os Orçamentos 
Plurianuais de Investimentos, estendendo-lhes a 
vigência em um exercício financeiro. 
 
De acordo com o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano 
plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos 
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na 
forma do regimento comum. Ou seja, devem ser analisados e votados pelo 
Parlamento. Trataremos do tema durante o estudo do ciclo (ou processo) 
orçamentário. 
 
1) (FCC - Analista Judiciário – Apoio Especializado - TRT- 18° Região-
2008) A Constituição Federal, no capítulo das Finanças Públicas e na 
seção dos orçamentos, prevê que leis de iniciativa do Poder Executivo 
estabelecerão: 
I. o plano plurianual; 
II. as diretrizes orçamentárias; 
III. os orçamentos anuais. 
É correto o que consta em 
(A) II e III, apenas. 
(B) I e III, apenas. 
(C) I, II e III. 
(D) I e II, apenas. 
(E) III, apenas. 
 
Segundo o art. 165 da CF/1988: 
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais”. 
Logo, é correto o que consta em I, II e III. 
Resposta: Letra C 
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1. PLANO PLURIANUAL 
 
1.1 O Plano Plurianual na CF/1988 
 
O Plano Plurianual – PPA é o instrumento de planejamento do Governo 
Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e 
metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras 
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
Retrata, em visão macro, as intenções do gestor público para um período de 
quatro anos, podendo ser revisado a cada ano. 
 
Segundo o § 1º do art. 165 da CF/1988: 
“§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma 
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal 
para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada”. 
 
O PPA deve ser elaborado de forma regionalizada. Um grande desafio do 
planejamento é promover, de maneira integrada, oportunidades de 
investimentos que sejam definidas a partir das realidades regionais e locais, 
levando a um desenvolvimento mais equilibrado entre as diversas regiões do 
País. O desenvolvimento do Brasil tem sido territorialmente desigual. As 
diversas regiões brasileiras não possuem as mesmas condições para fazer 
frente às transformações socioeconômicas em curso, especialmente aquelas 
associadas ao processo de inserção do País na economia mundial. Tais 
mudanças são estruturais e demandam um amplo horizonte de tempo e 
perseverança para se concretizarem, motivo pelo qual devem ser tratadas na 
perspectiva do planejamento de longo prazo. O papel do Plano Plurianual 
nesse contexto é o de implementar o necessário elo entre o planejamento de 
longo prazo e os orçamentos anuais. O planejamento de longo prazo 
encontra, assim, nos sucessivos planos plurianuais, as condições para sua 
materialização. Com isso, o planejamento constitui-se em instrumento de 
coordenação e busca de sinergias entre as ações do Governo Federal e os 
demais entes federados e entre a esfera pública e a iniciativa privada. Ao 
caracterizar e propor uma estratégia para cada um dos agrupamentos 
territoriais (macrorregiões de referência), a expectativa é que ocorra um 
processo de convergência das políticas públicas ao nível dos territórios. 
 
As diretrizes são normas gerais, amplas, estratégicas, que mostram o 
caminho a ser seguido na gestão dos recursos pelos próximos quatros anos. 
Os objetivos correspondem ao que será perseguido com maior ênfase pelo 
Governo Federal no período do Plano para que, a longo prazo, a visão 
estabelecida se concretize. O objetivo expressa o que deve ser feito, refletindo 
as situações a serem alteradas pela implementação de um conjunto de 
iniciativas, com desdobramento no território. 
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As metas são medidas do alcance do objetivo, podendo ser de natureza 
quantitativa ou qualitativa, a depender das especificidades de cada caso. 
Quando qualitativa, a meta também deverá ser passível de avaliação. Cada 
objetivo deverá ter uma ou mais metas associadas. 
 
As despesas de capital são aquelas que contribuem, diretamente, para a 
formação ou aquisição de um bem de capital, como, por exemplo, a 
pavimentação de uma rodovia. O termo “e outras delas decorrentes” se 
relaciona às despesas correntes que esta mesma despesa de capital irá gerar 
após sua realização. Despesas correntes são as que não contribuem, 
diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como as 
despesas com pessoal, encargos sociais, custeio, manutenção etc. Neste 
mesmo exemplo, após a pavimentação da rodovia, ocorrerão diversos gastos 
com sua manutenção, ou seja, gastos decorrentes da despesa de capital 
pavimentação da rodovia. Assim, tanto a pavimentação da rodovia (despesa 
de capital) quanto o custeio com sua manutenção (despesa corrente 
relacionada à de capital) deverão estar previstos no Plano Plurianual. 
 
Os programas de duração continuada são aqueles cuja duração se estenda 
pelos exercícios financeiros seguintes. Se o programa é de duração continuada, 
deve constar do PPA. Logo, as ações cuja execução esteja restrita a um único 
exercício financeiro estão dispensadas de serem discriminadas no PPA do 
Governo Federal, porque não se caracterizam como de duração continuada. O 
PPA de 2000-2003, o Avança Brasil, reflete a nova classificação programática, 
ao contrário da abordagem anterior, baseada em projetos. 
 
Quanto aos investimentos, determina o art. 167 da CF/1988: 
“§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que 
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade”. 
 
Atenção: investimento, na linguagem do dia a dia, refere-se normalmente a 
uma aplicação ou aquisição que proporciona algum retorno financeiro. 
Exemplo: ações na bolsa de valores. Na linguagem orçamentária, 
portanto em todo o nosso conteúdo, é diferente: investimentos são 
despesas com softwares e com o planejamento e a execução de obras, 
inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização 
destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material 
permanente. Exemplo: construção de um prédio público. 
 
Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e estarão em vigor enquanto 
não for editada a lei complementar prevista na CF/1988, estudada na 
próxima aula. 
 
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Segundo o ADCT, a vigência do PPA é de quatro anos, iniciando-se no segundo 
exercício financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando no 
primeiro exercíciofinanceiro do mandato subsequente. Ele deve ser 
encaminhado do Executivo ao Legislativo até quatro meses antes do 
encerramento do primeiro exercício, ou seja, até 31 de agosto. A devolução ao 
Executivo deve ser feita até o encerramento do segundo período da sessão 
legislativa (22 de dezembro) do exercício em que foi encaminhado. 
 
 
O PPA não se confunde 
com o mandato do chefe 
do Executivo. 
O PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entra 
em vigor no segundo ano. A partir daí, tem sua vigência 
até o final do primeiro ano do mandato seguinte. A ideia 
é manter a continuidade dos programas. Repare que um 
chefe do executivo (presidente, por exemplo) pode 
governar durante todo o seu primeiro PPA, desde que 
seja reeleito. Porém, como vimos, será o mesmo 
governante em mandatos diferentes. 
 
Em nosso estudo, a referência é a CF/1988, por isso sempre tratamos dos 
instrumentos de planejamento e orçamento na esfera federal. No entanto, 
assim como a União, cada estado, cada município e o Distrito Federal também 
têm seus próprios PPAs, LDOs e LOAs. 
 
QUADRO DO PPA 
Estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas 
(DOM) da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras 
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que 
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Assim como a LDO, é inovação da CF/1988. 
 
1.2 O Plano Plurianual na LRF 
 
O art. 3º da LRF, que era o único que versava exclusivamente sobre o PPA, 
foi vetado. O caput deste artigo estabelecia que o projeto de lei do plano 
plurianual deveria ser devolvido para sanção até o encerramento do primeiro 
período da sessão legislativa, enquanto o § 2º obrigava o seu envio, ao Poder 
Legislativo, até o dia 30 de abril do primeiro ano do mandato do Chefe do 
Poder Executivo. O veto ocorreu porque isso representaria não só um 
reduzido período para a elaboração dessa peça, por parte do Poder Executivo, 
como também para a sua apreciação pelo Poder Legislativo, inviabilizando o 
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aperfeiçoamento metodológico e a seleção criteriosa de programas e ações 
prioritárias de governo. 
 
No entanto, o PPA aparece em alguns dispositivos da LRF, como, por 
exemplo, no art. 5º, caput e § 5º (veremos em Lei Orçamentária Anual). 
Assim, no que se refere à elaboração do PPA, o planejamento governamental 
também foi afetado pela aprovação da LRF, mesmo com o veto do principal 
artigo. 
 
1.3 Planos e Programas Nacionais, Regionais e Setoriais 
 
A Constituição Federal, em seu art. 165, determina que: 
“§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta 
Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e 
apreciados pelo Congresso Nacional”. 
 
A regionalização prevista na Constituição Federal considera, na formulação, na 
apresentação, na implantação e na avaliação do Plano Plurianual, as diferenças 
e desigualdades existentes no território brasileiro. 
 
O significado de planos e programas nacionais, regionais e setoriais de 
desenvolvimento não é o mesmo dos programas da estrutura programática, 
(estudado em Classificações da Despesa Pública). Os programas nacionais, 
regionais e setoriais muitas vezes têm duração superior ao PPA, porque são de 
longo prazo, como o Plano Nacional de Educação (10 anos). 
 
 
2) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRT 24ª – 2011) 
Instrumento de planejamento utilizado no setor público no qual devem 
ser estabelecidas, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e 
as metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital 
e outras delas decorrentes. Trata-se de 
(A) Plano Plurianual. 
(B) Lei Orçamentária Anual. 
(C) Orçamento Plurianual. 
(D) Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
(E) Plano Diretor. 
 
O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal 
que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas 
da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
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Resposta: Letra A 
 
3) (FCC – APOPF/SP – 2010) A lei que instituir o Plano Plurianual 
estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas 
da administração pública federal para as despesas 
(A) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
projetos de investimentos. 
(B) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada. 
(C) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração predeterminada. 
(D) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada. 
(E) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas-meio do governo. 
 
Segundo o § 1º do art. 165 da CF/1988: 
“§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma 
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal 
para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as 
relativas aos programas de duração continuada”. 
Resposta: Letra D 
 
2. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS 
 
2.1 A Lei de Diretrizes Orçamentárias na CF/1988 
 
A LDO também surgiu por meio da Constituição Federal de 1988, almejando 
ser o elo entre o planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o planejamento 
operacional (Lei Orçamentária Anual). Sua relevância reside no fato de ter 
conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais 
dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos 
estratégicos existentes antes da CF/1988. 
 
Segundo o § 2º do art. 165 da CF/1988: 
“§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades 
da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o 
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária 
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a 
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento”. 
 
 
 
 
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SEGUNDO A CF, A LDO: 
Compreenderá as metas e prioridades da Administração Pública Federal. 
Incluirá as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. 
Orientará a elaboração da LOA. 
Disporá sobre as alterações na legislação tributária. 
Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
 
Parte da doutrina afirma que a vigência da LDO é de um ano. Todavia, a LDO 
extrapola o exercício financeiro, uma vez que ela é aprovada até o 
encerramento da primeira sessão legislativa e orienta a elaboração da LOA no 
segundo semestre, bem como estabeleceregras orçamentárias a serem 
executadas ao longo do exercício financeiro subsequente. Por exemplo, a 
LDO elaborada em 2011 terá vigência já em 2011 para que oriente a 
elaboração da LOA e também durante todo o ano de 2012, quando ocorrerá a 
execução orçamentária. 
O prazo para encaminhamento da LDO ao Legislativo é de oito meses e meio 
antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e a devolução ao 
Executivo deve ser realizada até o encerramento do primeiro período da sessão 
legislativa (17 de julho). 
 
Vimos que as diretrizes orçamentárias fixadas pela LDO têm diversos 
objetivos, entre eles as metas e prioridades da Administração Pública. 
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades 
da Administração Pública Federal, incluindo as despesas de capital para o 
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária 
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a 
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
 
Vamos agora destrinchar esse parágrafo: 
Definição das metas e prioridades da Administração Pública Federal: as 
disposições que constarão do orçamento devem ser comparadas com as metas 
e prioridades da Administração Pública. Assim, pode-se verificar se as metas e 
prioridades podem ser concretizadas a partir da alocação de recursos na LOA. 
Orientação à elaboração da lei orçamentária anual: reforça a ideia que a 
LDO é um plano prévio à Lei Orçamentária, assim como o Plano Plurianual é 
um plano prévio à LDO. É o termo mais genérico, pois inclui também as metas 
e prioridades da Administração Pública, as alterações na legislação tributária e 
a política de aplicação das agências oficiais de fomento. 
Disposição sobre as alterações na legislação tributária: os tributos têm 
diversas funções. A mais conhecida é a função fiscal, aquela voltada para 
arrecadação. No entanto, outra importante função é a reguladora, em que o 
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governo interfere diretamente na economia por meio dos tributos, 
incentivando ou desestimulando comportamentos para alcançar os objetivos do 
Estado. Assim, verifica-se a importância das alterações na legislação tributária 
e se justifica sua presença na LDO, pois permite a elaboração da LOA com as 
estimativas mais precisas dos recursos e, ainda, informa aos agentes 
econômicos as possíveis modificações, a fim de que não ocorram mudanças 
bruscas fora de suas expectativas. A CF/1988 determina que a lei de diretrizes 
orçamentárias considere as alterações na legislação tributária, mas a LDO não 
pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar tributos, o que deve ser 
feito por outras leis. Também não existe regra determinando que tais leis 
sejam aprovadas antes da LDO. 
Estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras 
oficiais de fomento: objetiva o controle dos gastos das agências que 
fomentam o desenvolvimento do País. Sua presença na LDO justifica-se pela 
repercussão econômica que ocasionam. Exemplos: Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB), Caixa 
Econômica Federal (CEF), Agência de Fomento do Paraná (AFPR) e Agência de 
Fomento do Estado do Amazonas (AFEAM). 
 
 
4) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRT 24ª – 2011) As 
metas e prioridades da Administração Pública, incluindo as despesas 
de capital para o exercício subsequente, são definidas 
(A) no Plano Plurianual. 
(B) na Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
(C) no Orçamento Fiscal. 
(D) no Plano de Investimento. 
(E) no Orçamento de Investimentos. 
 
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades 
da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para 
o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei 
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
Resposta: Letra B 
 
5) (FCC – Técnico Judiciário - Administrativa – TRT 22ª – 2010) O 
instrumento que compreende as metas e prioridades da administração 
pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orienta a elaboração da lei orçamentária 
anual, dispõe sobre as alterações na legislação tributária e estabelece 
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a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento, 
denomina-se 
(A) Parceria Público-Privada. 
(B) Plano Plurianual. 
(C) Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
(D) Lei de Responsabilidade Fiscal. 
(E) Fundo de Participação. 
 
Segundo o § 2º do art. 165 da CF/1988: 
“§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades 
da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o 
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária 
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a 
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento”. 
Resposta: Letra C 
 
Vamos falar de mais uma característica da LDO: segundo o § 1º, I e II, do art. 
169 da CF/1988: 
 “§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a 
criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, 
bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos 
órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações 
instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: 
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções 
de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; 
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, 
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista”. 
 
Assim, é necessária autorização específica na LDO para a concessão de 
qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, 
empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a 
admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e 
entidades da Administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público. A exceção se dá para as empresas públicas e 
para as sociedades de economia mista. 
 
 
STF sobre o art. 169, § 1º, da CF/1988 
A ausência de dotação orçamentária 
prévia em legislação específica não 
autoriza a declaração de 
inconstitucionalidade da lei, 
impedindo tão somente a sua 
aplicação naquele exercício financeiro. 
 
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Explicando a decisão do STF, a lei que concede aumento (ou qualquer hipótese 
do § 1º do art. 169 da CF/1988) subordinado à existência de dotação 
orçamentária suficiente e de autorização específica na lei de diretrizes 
orçamentárias não está sujeita à aferição de constitucionalidade por meio de 
controle abstrato. Mesmo que estivesse sujeita ao crivo do controle abstrato, a 
inobservânciadas restrições constitucionais relativas à autorização 
orçamentária não induziria à inconstitucionalidade da lei, impedindo apenas a 
sua execução no exercício financeiro respectivo. Exemplo: caso uma lei 
conceda um aumento a servidores sem dotação suficiente na LOA ou sem 
autorização na LDO, ela não será declarada inconstitucional. A única restrição 
é que ela não poderá ser aplicada naquele exercício financeiro. Caso no 
exercício seguinte exista dotação na LOA e autorização na LDO, a lei que 
concedeu o aumento poderá ser aplicada. 
 
2.2 A Lei de Diretrizes Orçamentárias na LRF 
 
Além dos dispositivos referentes à LDO previstos na CF/1988, veremos que a 
Lei de Responsabilidade Fiscal , em seu art. 4.º, I, a, b, e e f, aumentou o 
rol de funções da LDO, visando manter o equilíbrio entre receitas e despesas: 
Art. 4.° A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2.° do art. 
165 da Constituição e: 
I – disporá também sobre: 
a) equilíbrio entre receitas e despesas; 
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses 
previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9.º e no inciso II do § 1.º 
do art. 31; 
(...) 
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos 
programas financiados com recursos dos orçamentos; 
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades 
públicas e privadas. 
Obs.: As alíneas c e d não foram citadas porque foram vetadas. 
 
 
Segundo a LRF, a LDO 
disporá sobre: 
Equilíbrio entre receitas e despesas. 
Critérios e forma de limitação de empenho, caso a 
realização da receita possa não comportar o 
cumprimento das metas de resultado primário ou 
nominal previstas. 
Normas relativas ao controle de custos e à avaliação 
dos resultados dos programas financiados com 
recursos dos orçamentos. 
Demais condições e exigências para transferências 
de recursos a entidades públicas e privadas. 
 
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Segundo o art. 4.°, § 1.º, da LRF, o Anexo de Metas Fiscais integrará a LDO: 
§ 1.° Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo de Metas 
Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e 
constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e 
montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois 
seguintes. 
 
Para obrigar os administradores públicos a ampliar os horizontes do 
planejamento, as metas devem ser estimadas para o exercício a que se 
referem e os dois seguintes. As metas fiscais são valores projetados para o 
exercício financeiro e que, depois de aprovados pelo Poder Legislativo, servem 
de parâmetro para a elaboração e a execução do orçamento. 
 
O resultado primário corresponde à diferença entre as receitas arrecadadas 
e as despesas empenhadas, não considerando o pagamento do principal e dos 
juros da dívida, tampouco as receitas financeiras. Já o resultado nominal é 
mais abrangente, pois corresponde à diferença entre todas as receitas 
arrecadadas e as despesas empenhadas, incluindo pagamentos de parcelas do 
principal e dos juros da dívida, bem como as receitas financeiras obtidas. 
 
Prosseguindo, temos que o Anexo de Metas Fiscais conterá (§ 2.º): 
I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; 
II – demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de 
cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as 
fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com 
as premissas e os objetivos da política econômica nacional; 
III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, 
destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de 
ativos; 
IV – avaliação da situação financeira e atuarial: 
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e 
do Fundo de Amparo ao Trabalhador; 
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial; 
V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da 
margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. 
 
Note que além das metas futuras (§ 1.º), o art. 4º da LRF determina que a 
LDO contenha uma avaliação dos resultados passados (incisos I e II do § 2.º), 
o que dá subsídios para projeções consistentes das metas a serem alcançadas. 
 
No inciso III do mesmo parágrafo, a LRF demonstra preocupação com a 
deteriorização do patrimônio público, ao exigir que os recursos obtidos com a 
alienação de ativos, como os provenientes de privatizações, tenham destaque 
no anexo de metas fiscais da LDO. Tal determinação permite avaliar a 
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evolução do patrimônio líquido do ente, por exemplo, verificando se as receitas 
de alienações estão sendo reaplicadas em investimentos, o que mantém o 
patrimônio líquido; ou se estão sendo usadas em gastos de custeio, o que faz o 
patrimônio líquido diminuir. 
 
Já o inciso IV visa evitar que os recursos de fundos de natureza previdenciária 
sejam utilizados em finalidade diversa da programada, o que era muito comum 
no passado. O que a LRF objetiva é garantir a viabilidade econômico-financeira 
dos fundos ao protegê-los de uso indevidos e assegurando a utilização apenas 
nas finalidades previstas em seus estatutos, como nos pagamentos de 
pensões, complementação de aposentadorias e subsídios às despesas médicas 
de titulares e dependentes. 
 
Concluindo o parágrafo, o inciso V alinha ações, resultados e transparência, ao 
exigir que o anexo de metas fiscais demonstre a previsão de renúncia de 
receitas e da expansão das despesas obrigatórias continuadas, que 
normalmente trazem heranças fiscais para mandatos seguintes. Por exemplo, 
ao aumentar a remunerações dos servidores públicos, um prefeito passará 
essa obrigação para todos os seus sucessores, já que as remunerações são 
irredutíveis. Tal despesa obrigatória continuada deverá estar prevista no anexo 
de metas fiscais. 
 
Temos também integrando a LDO o Anexo de Riscos Fiscais, em que serão 
avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas 
públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. 
 
 
Anexo de Riscos Fiscais ≠ 
Anexos de Metas Fiscais 
No Anexo de Riscos Fiscais serão avaliados 
os passivos contingentes e outros riscos 
capazes de afetar as contas públicas, 
informando as providências a serem tomadas, 
caso se concretizem. 
 
Os riscos fiscais abrangem os riscos orçamentários e os riscos da dívida. 
Riscos Fiscais Orçamentários: estão relacionados à possibilidade de as 
receitas e despesas projetadas na elaboração do projeto de lei orçamentária 
anual não se confirmarem durante o exercício financeiro. 
Com relação à receita orçamentária, algumas variáveis macroeconômicas 
podem influenciar no montante de recursos arrecadados, dentre as quais 
podem-se destacar: o nível de atividade da economia e as taxas de inflação, 
câmbio e juros. A redução do Produto Interno Bruto – PIB, por exemplo, 
provoca queda na arrecadação de tributos por todos os entes da federação. 
No que diz respeito à despesa orçamentária, acriação ou ampliação de 
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obrigações decorrentes de modificações na legislação, por exemplo, requer 
alteração na programação original constante da Lei Orçamentária. 
Riscos Fiscais da Dívida: estão diretamente relacionados às flutuações de 
variáveis macroeconômicas, tais como taxa básica de juros, variação cambial 
e inflação. Para a dívida indexada ao Sistema Especial de Liquidação e 
Custódia – SELIC, por exemplo, um aumento sobre a taxa de juros 
estabelecido pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil 
elevaria o nível de endividamento do governo. 
 
Já os passivos contingentes podem ser definidos como dívidas cuja existência 
dependa de fatores imprevisíveis, como os processos judiciais em curso e 
dívidas em processo de reconhecimento. Assim, os precatórios não se 
enquadram no conceito de Risco Fiscal por se tratarem de passivos “efetivos” e 
não de passivos contingentes, pois, conforme estabelecido pelo art. 100, § 5º 
da Constituição Federal, é obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades 
de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos, 
oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios 
judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final 
do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente 
 
Ainda, a mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo 
específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem 
como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, 
e também as metas de inflação, para o exercício subsequente. 
 
 
6) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRE/TO – 2011) 
Analise as seguintes afirmações relativas à Lei das Diretrizes 
Orçamentárias: 
I. Disporá sobre critérios e forma de limitação de empenho quando as 
metas de resultado primário e nominal do ente público não possam ser 
alcançadas. 
II. Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras 
oficiais de fomento. 
III. Estabelecerá as despesas de capital para os dois exercícios 
financeiros subsequentes. 
IV. Conterá Anexo de Metas Fiscais, onde serão avaliados os passivos 
contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I e II. 
(B) I e III. 
(C) II e III. 
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(D) II e IV. 
(E) III e IV. 
 
I) Correto. A LDO disporá sobre critérios e forma de limitação de empenho 
quando as metas de resultado primário e nominal do ente público não puderem 
ser alcançadas. 
II) Correto. A LDO estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras 
oficiais de fomento. 
III) Errado. A LDO disporá sobre as despesas de capital para o exercício 
subsequente. 
IV) Errado. A LDO conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os 
passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas. 
Está correto o que se afirma apenas em I e II. 
Resposta: Letra A 
 
3. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL 
 
3.1 A Lei Orçamentária Anual na CF/1988 
 
A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o Poder Público prevê a 
arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um 
ano. A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente dito. 
Ela deve conter apenas matérias atinentes à previsão das receitas e à fixação 
das despesas, sendo liberadas, em caráter de exceção, as autorizações para 
créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de 
receita orçamentária. Trata-se do princípio orçamentário constitucional da 
exclusividade. 
A finalidade da LOA é a concretização dos objetivos e metas estabelecidos no 
PPA. É o cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em consonância com o 
que foi estabelecido na LDO. Portanto, orientada pelas diretrizes, objetivos e 
metas do PPA, compreende as ações a serem executadas, seguindo as metas 
e prioridades estabelecidas na LDO. 
Quanto à vigência, a Lei Orçamentária Anual federal, conhecida ainda como 
Orçamento Geral da União (OGU), também segue o ADCT. O projeto da Lei 
Orçamentária anual deverá ser encaminhado ao Legislativo quatro meses 
antes do término do exercício financeiro (31 de agosto), e devolvido ao 
executivo até o encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro) do 
exercício de sua elaboração. 
 
Segundo o § 5º, I, II e III, do art. 165 da CF/1988, a LOA conterá o 
orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e o orçamento de 
investimento das empresas (ou investimentos das estatais): 
“§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá: 
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
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mantidas pelo Poder Público; 
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os 
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público”. 
 
Cabe ressaltar que, até a década de 1980, o que havia era um convívio 
simultâneo com três orçamentos distintos: o orçamento fiscal, o orçamento 
monetário e o orçamento das estatais. Não ocorria nenhuma consolidação 
entre eles. 
O orçamento fiscal era sempre equilibrado e era aprovado pelo Legislativo. O 
orçamento monetário e o das empresas estatais eram deficitários, sem 
controle e, além do mais, não eram votados. Como o déficit público e os 
subsídios mais importantes estavam no orçamento monetário, o Legislativo 
encontrava-se, praticamente, alijado das decisões mais relevantes em relação 
à política fiscal e monetária do País. O orçamento monetário era elaborado 
pelo Banco Central e aprovado pelo executivo por decreto, sem o Congresso. 
 
 
Pela CF/1988, a LOA compreende o orçamento 
fiscal, da seguridade social e de investimentos 
das estatais. Não existe mais o orçamento 
monetário, tampouco orçamentos paralelos. 
 
Segundo o § 7º do art. 165 da CF/1988, os orçamentos fiscais e de 
investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão 
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério 
populacional. Note que o Orçamento da Seguridade Social não tem a função 
de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
Atenção: note que o Orçamento da Seguridade Social não tem a função de 
reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
 
A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa 
dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos 
relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
 
 
Orçamento da Seguridade social = saúde, 
previdência e assistência social. 
A Educação fazparte do Orçamento Fiscal! 
 
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A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas 
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros 
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação. Quanto à previdência social, fundada na 
ideia de solidariedade social, deve ser organizada sob a forma de um regime 
geral, sendo este de caráter contributivo e filiação obrigatória. Já a 
assistência social apresenta característica de universalidade, visto que será 
prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à 
seguridade social. 
 
Segundo o art. 195 da CF/1988, a proposta de orçamento da seguridade social 
será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, 
previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades 
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a 
gestão de seus recursos. 
No entanto, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios 
destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não 
integrando o orçamento da União. 
 
Atenção: o orçamento da seguridade social é aplicado a todos os órgãos que 
possuem receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade social 
(previdência, assistência e saúde) e não apenas àqueles diretamente 
relacionados à seguridade social, como os hospitais que atendem ao Sistema 
Único de Saúde (SUS). Por exemplo, o Ministério do Planejamento possui 
despesas de assistência médica relativa aos seus servidores e essa despesa faz 
parte do orçamento da seguridade social. 
 
A CF/1988 veda o início de programas ou projetos não incluídos na LOA. 
Também veda a utilização, sem autorização legislativa específica, de 
recursos do orçamento fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou 
cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive daqueles que 
compõem os próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da 
seguridade social. Ainda, proíbe a consignação de crédito com finalidade 
imprecisa ou com dotação ilimitada. 
 
 
7) (FCC – Técnico Judiciário - Administrativa – TRT 22ª – 2010) A Lei 
Orçamentária Anual compreende o 
(A) orçamento fiscal, as diretrizes orçamentárias e o orçamento de 
investimento das empresas. 
(B) plano plurianual, o orçamento fiscal e o orçamento de investimento 
das empresas. 
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(C) plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento fiscal. 
(D) orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e as diretrizes 
orçamentárias. 
(E) orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas e o 
orçamento da seguridade social. 
 
A Lei Orçamentária Anual compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de 
investimentos das empresas estatais e o orçamento da seguridade social. 
Resposta: Letra E 
 
8) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRT 4ª – 2011) O 
orçamento da seguridade social compreende SOMENTE as despesas 
(A) correntes da previdência social, assistência social e saúde. 
(B) nas funções previdência social, saúde e educação. 
(C) nas funções previdência básica, saúde e assistência social. 
(D) correntes da saúde e previdência básica e de capital da assistência 
social. 
(E) nas funções previdência social, assistência social e saúde. 
 
O orçamento da seguridade social compreende somente as despesas nas 
funções previdência social, assistência social e saúde. 
Resposta: Letra E 
 
3.2 A Lei Orçamentária Anual na Lei 4320/1964 
 
Há vários dispositivos sobre a LOA na Lei 4320/1964. De acordo com o art. 2°, 
que explicita vários princípios orçamentários, a Lei do Orçamento conterá a 
discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica 
financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de 
unidade universalidade e anualidade. 
 
Deve integrar a LOA, obrigatoriamente, segundo os §§ 1° e 2° também do art. 
2° da referida Lei: 
 Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do 
Governo; 
 Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias 
Econômicas; 
 Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação; 
 Quadro das dotações por órgãos do Governo e da Administração. 
Acompanharão a Lei de Orçamento: 
 Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos 
especiais; 
 Quadros demonstrativos da despesa; 
 Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Governo, em 
termos de realização de obras e de prestação de serviços. 
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De acordo com o art. 4º, a Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas 
próprias dos órgãos do Governo e da administração centralizada, ou que, por 
intermédio deles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2°. 
 
Complementando o tema, segundo o art. 22, a proposta orçamentária que o 
Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos estabelecidos 
nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios, compor-se-á: 
 Mensagem: conterá exposição circunstanciada da situação econômico-
financeira, documentada com demonstração da dívida fundada e 
flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e outros 
compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da política 
econômica-financeira do Governo; justificação da receita e despesa, 
particularmente no tocante ao orçamento de capital; 
 Projeto de Lei de Orçamento; 
 Tabelas explicativas, sobre receitas e despesas de vários anos, em 
colunas distintas e para fins de comparação; 
 Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por 
dotações globais, em termos de metas visadas, decompostas em 
estimativa do custo das obras a realizar e dos serviços a prestar, 
acompanhadas de justificação econômica, financeira, social e 
administrativa. 
 
Constará da proposta orçamentária, para cada unidade administrativa, 
descrição sucinta de suas principais finalidades, com indicação da respectiva 
legislação. 
 
Os arts. 23 a 26 tratam das previsões plurienais. As receitas e despesas de 
capital serão objeto de um Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital, 
aprovado por decreto do Poder Executivo, abrangendo, no mínimo um triênio. 
O referido quadro será anualmente reajustado acrescentando-se-lhe as 
previsões de mais um ano, de modo a assegurar a projeção contínua dos 
períodos. 
O Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital abrangerá: 
 as despesas e, como couber, também as receitas previstas em planos 
especiais aprovados em lei e destinados a atender a regiões ou a setores 
da administração ou da economia; 
 as despesas à conta de fundos especiais e, como couber, as receitas que 
os constituam; 
 em anexos, as despesas de capital das entidades referidas no Título X 
desta lei, com indicação das respectivas receitas, para as quais forem 
previstas transferências de capital.Os programas constantes do citado Quadro, sempre que possível, serão 
correlacionados a metas objetivas em termos de realização de obras e de 
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prestação de serviços. Consideram-se metas os resultados que se pretendem 
obter com a realização de cada programa. 
A proposta orçamentária conterá o programa anual atualizado dos 
investimentos, inversões financeiras e transferências previstos no Quadro de 
Recursos e de Aplicação de Capital. 
 
3.3 Empresa Estatal Dependente 
 
Vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre a LOA. Mas, antes, 
precisaremos do importante conceito de empresa estatal dependente. 
Primeiro, temos que saber que uma empresa controlada é uma sociedade 
cuja maioria do capital social com direito a voto pertence, direta ou 
indiretamente, a ente da Federação. 
 
Consoante a LRF, empresa estatal dependente é uma empresa 
controlada, mas que recebe do ente controlador recursos financeiros para 
pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de 
capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de 
participação acionária. 
Este conceito é importantíssimo, porque, sendo uma empresa estatal 
considerada dependente, ela participará do Orçamento Fiscal e da Seguridade 
Social. Integram o orçamento de investimentos apenas as chamadas empresas 
estatais não dependentes. 
 
Desta forma, a empresa estatal não dependente é autossustentável e não faz 
parte do campo de aplicação da LRF, porém seus investimentos integram a 
LOA por lidar com o dinheiro público. Isso ocorre para que a empresa tenha 
liberdade de atuação e ao mesmo tempo o Poder Público tenha controle sobre 
os investimentos dela. Por exemplo, a Petrobrás é uma Sociedade de Economia 
Mista e estatal não dependente. Não sofre as restrições da LRF porque tem que 
ser dinâmica para concorrer com a iniciativa privada. Por outro lado, o Estado 
deve deter o poder para influenciar onde ela aplicará seus investimentos e a 
população deve ter conhecimento, por isso ela compõe o Orçamento de 
Investimentos. 
 
Já as empresas dependentes recebem recursos do Estado para se manter, 
portanto não se sustentam sozinhas. Existem para suprir alguma falha de 
mercado em que a iniciativa privada não quis ou não conseguiu êxito e é 
relevante para a sociedade. Exemplos: Empresa Brasileira de Pesquisa 
Agropecuária (Empraba) e Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Assim, 
possuem controle total do Estado, seguem a LRF e fazem parte do Orçamento 
Fiscal e da Seguridade Social. 
 
A separação é tão nítida que a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) é 
responsável pela coordenação do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Já 
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o Orçamento de Investimentos é coordenado pelo Departamento de 
Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST). São duas 
estruturas totalmente diferentes integrantes do Ministério do Planejamento, 
Orçamento e Gestão (MPOG). Apenas ao final do processo, para fins de 
consolidação final da LOA, o DEST envia a SOF o Orçamento de Investimentos. 
 
E as despesas de custeio das estatais não dependentes? 
Tais despesas não estão na LOA, já que não usam dinheiro decorrente da 
arrecadação de tributos. As empresas não dependentes geram seus próprios 
recursos para arcar com seus gastos de manutenção e pessoal, por exemplo, 
com a venda de produtos ou prestação de serviços. Tal orçamento operacional, 
também coordenado pelo DEST, integra o Plano de Dispêndios Globais - PDG e 
integrará apenas um anexo da mensagem que encaminha o PLOA, sendo 
aprovado por Decreto. O PDG é um conjunto sistematizado de informações 
econômico-financeiras, com o objetivo de avaliar o volume de recursos e 
dispêndios, a cargo das estatais, compatibilizando-o com as metas de política 
econômica governamental (necessidade de financiamento do setor público). 
 
Vamos interpretar o conceito de empresa estatal dependente da LRF: 
 
 
 
 
Empresa Estatal 
Dependente 
 
É uma empresa controlada, ou seja, é uma 
sociedade cuja maioria do capital social com direito 
a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da 
Federação. 
Porém, que receba do ente controlador recursos 
financeiros para pagamento de despesas com 
pessoal ou de custeio em geral ou de capital. 
Sendo que, no caso das despesas de capital, caso 
receba apenas recursos provenientes de aumento 
de participação acionária, não será considerada 
estatal dependente. 
Sendo estatal dependente, integrará o Orçamento 
Fiscal e da Seguridade Social e seguirá a LRF. 
Se for não dependente, integrará o Orçamento de 
Investimentos e não seguirá a LRF. 
 
 
Vale mencionar o disposto na Resolução nº 43/2001 do Senado Federal, que 
seu art. 2º define de forma mais completa o conceito de empresa estatal 
dependente: 
II - empresa estatal dependente: empresa controlada pelo Estado, pelo Distrito 
Federal ou pelo Município, que tenha, no exercício anterior, recebido recursos 
financeiros de seu controlador, destinados ao pagamento de despesas com 
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pessoal, de custeio em geral ou de capital, excluídos, neste último caso, 
aqueles provenientes de aumento de participação acionária, e tenha, no 
exercício corrente, autorização orçamentária para recebimento de recursos 
financeiros com idêntica finalidade. 
 
Repare que o conceito é basicamente o mesmo. O que diferencia a LRF da 
referida resolução é que os recursos destinados ao pagamento de despesas 
com pessoal, de custeio em geral ou de capital, excluídos, neste último caso, 
aqueles provenientes de aumento de participação acionária, devem ter sido 
recebidos pela empresa no exercício anterior para que a consideremos como 
estatal dependente. Além disso, a estatal deve ter, no exercício corrente, 
autorização orçamentária para recebimento de recursos financeiros com 
idêntica finalidade. 
 
3.4 A Lei Orçamentária Anual na LRF 
 
A LRF também traz dispositivos sobre a LOA. Segundo o art. 5.º da LRF, o 
projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano 
plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias: 
I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos 
orçamentos com os objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da 
LDO; 
II – será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as 
receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e 
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das 
medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas 
obrigatórias de caráter continuado; 
III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, 
definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO, 
destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos 
fiscais imprevistos. 
 
A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura de 
créditos adicionais,perdas que, embora sejam previsíveis, são episódicas, 
contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com 
vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais. 
 
O mesmo artigo 5º da LRF também dá destaque à dívida pública, ao 
determinar que constarão da LOA todas as despesas relativas à dívida pública, 
mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão. Ainda, tem-se que o 
refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentária 
e nas de crédito adicional. 
Finalmente, integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei 
orçamentária, as despesas do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e 
encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e 
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assistência aos servidores, e a investimentos. 
 
Atenção: a lei orçamentária não consignará dotação para investimento com 
duração superior a um exercício financeiro que não esteja previsto no plano 
plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão. 
 
Assim: 
 
 
 
Segundo a LRF, a LOA: 
Deve ter seu projeto elaborado de forma compatível com 
o PPA e a LDO. 
Conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da 
programação dos orçamentos com os objetivos e metas 
constantes do anexo de metas fiscais da LDO; 
Será acompanhado do demonstrativo regionalizado do 
efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de 
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de 
natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das 
medidas de compensação a renúncias de receita e ao 
aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado; 
Conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização 
e montante, definido com base na receita corrente 
líquida, serão estabelecidos na LDO, destinada ao 
atendimento de passivos contingentes e outros riscos e 
eventos fiscais imprevistos. 
Constarão todas as despesas relativas à dívida pública, 
mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão. 
O refinanciamento da dívida pública constará 
separadamente na LOA e nas de crédito adicional. 
 
 
 
9) (FCC – Procurador de Contas – TCE/AP – 2010) NÃO é parte 
integrante do orçamento anual 
(A) a reserva de contingência. 
(B) o anexo de riscos fiscais. 
(C) o orçamento de investimento. 
(D) o orçamento da seguridade social. 
(E) o orçamento fiscal. 
 
a) Correto. Segundo o art. 5.º da LRF, o projeto de lei orçamentária anual, 
elaborado de forma compatível com o plano plurianual e com a lei de diretrizes 
orçamentárias conterá, entre outros, reserva de contingência, cuja forma de 
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utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, serão 
estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de passivos contingentes e 
outros riscos e eventos fiscais imprevistos. 
b) É a incorreta. O anexo de riscos fiscais integra a LDO. 
c) d) e) Corretas. Pela CF/1988, a LOA compreende o orçamento fiscal, da 
seguridade social e de investimentos das estatais. 
Resposta: Letra B 
 
10) (FCC - Analista Judiciário – Administrativo - TRT- 2ª Região-2008) 
Da Lei Orçamentária Anual 
(A) constarão todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária 
ou contratual, e as receitas que as atenderão. 
(B) constará o anexo de Metas Fiscais. 
(C) constará a avaliação da situação financeira e atuarial do regime 
geral de previdência social e o próprio dos servidores públicos. 
(D) constarão as condições e as exigências para transferências de 
recursos a entidades públicas e privadas. 
(E) constará a política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
 
a) Correta. Na LOA constarão todas as despesas relativas à dívida pública, 
mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão. 
b) c) d) e) Erradas. Trata-se de matérias atinentes à LDO. 
Resposta: Letra A 
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MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES DA FCC 
11) (FCC - Agente Administrativo – MPE/RS – 2010) A lei que 
compreende as metas e prioridades da administração pública federal, 
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro 
subsequente, é 
(A) a Lei de Improbidade Administrativa. 
(B) o Plano Plurianual. 
(C) a Lei Orçamentária anual. 
(D) a Lei de Responsabilidade Fiscal. 
(E) a Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
 
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades 
da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para 
o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei 
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
Resposta: Letra E 
 
12) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRF 1ª – 2011) A Lei 
Orçamentária Anual - LOA 
(A) compreende apenas o orçamento fiscal referente aos Poderes da 
União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e 
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público. 
(B) exclui o orçamento da seguridade social, que abrange órgãos da 
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações 
instituídos e mantidos pelo poder público. 
(C) não pode conter dispositivo que autorize a abertura de créditos 
suplementares ou a contratação de operações de crédito. 
(D) compreende também o orçamento de investimento das empresas 
em que a União detenha a totalidade do capital social com direito a 
voto. 
(E) discrimina os recursos orçamentários e financeiros para o a 
realização das metas e prioridades estabelecidas pela Lei de Diretrizes 
Orçamentárias. 
 
a) b) Erradas. A LOA compreende o orçamento fiscal, da seguridade social 
e de investimento das estatais. 
c) Errada. A LOA pode conter dispositivo que autorize a abertura de créditos 
suplementares ou a contratação de operações de crédito. São as exceções ao 
princípio da exclusividade. 
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d) Errada. A LOA compreende também o orçamento de investimento das 
empresas em que a União detenha a maioria do capital social com direito a 
voto. 
e) Correta. A LOA discrimina os recursos orçamentários e financeiros 
considerando as disposições da LDO. 
Resposta: Letra E 
 
13) (FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) Em relação 
à Lei Orçamentária Anual (LOA) de um governo estadual é correto 
afirmar que 
(A) as funções educação, saúde e assistência social integrarão o 
orçamento da seguridade social. 
(B) todas as receitas e despesas das empresas de economia mista 
serão compreendidas pela LOA. 
(C) a autorização para abertura de créditos adicionais especiais poderá 
ser incluída na LOA. 
(D) as operações de créditopor antecipação da receita orçamentária 
integrarão a receita prevista na LOA. 
(E) os orçamentos das autarquias e fundações instituídas e mantidas 
pelo Poder Público serão abrangidos pela LOA. 
 
a) Errada. As funções previdência, saúde e assistência social integrarão o 
orçamento da seguridade social. 
b) Errada. As despesas de custeio das estatais não dependentes não integram 
a LOA. 
c) Errada. A autorização para abertura de créditos adicionais suplementares 
poderá ser incluída na LOA. 
d) Errada. A autorização para as operações de crédito por antecipação da 
receita orçamentária integrará a LOA. As receitas oriundas dessa operação são 
extraorçamentárias. 
e) Correta. As autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público 
integram a LOA. 
Resposta: Letra E 
 
14) (FCC – Assessor - MPE/RS – 2008) Assinale a alternativa que 
define corretamente uma das mudanças introduzidas no processo 
orçamentário pela Constituição Federal de 1988. 
(A) Recuperou a figura do planejamento na administração pública 
brasileira, mediante a integração entre plano e orçamento por meio da 
criação do Plano Plurianual (PPA) e da Lei de Diretrizes Orçamentárias 
(LDO). 
(B) Concluiu o processo de modernização orçamentária, criando, além 
do Orçamento Monetário, o Orçamento Fiscal e o Orçamento da 
Seguridade Social. 
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(C) Restaurou a prerrogativa do Congresso Nacional de iniciativa de 
proposição de lei em matéria orçamentária ao longo de todo o ciclo 
orçamentário. 
(D) Unificou o processo orçamentário, desde a definição de diretrizes 
para o exercício financeiro subseqüente no PPA, até a aprovação da Lei 
Orçamentária Anual (LOA). 
(E) Eliminou a multiplicidade de peças orçamentárias, unificando-as no 
Orçamento Fiscal. 
 
a) Correta. A Constituição Federal de 1988 recuperou a figura do planejamento 
na administração pública brasileira, com a integração entre plano e orçamento 
por meio da criação do Plano Plurianual e da Lei de Diretrizes Orçamentárias 
b) Errada. O orçamento monetário foi extinto. 
c) Errada. A prerrogativa é apenas do Executivo para proposição de lei em 
matéria orçamentária. 
d) Errada. Não houve unificação do ciclo orçamentário no PPA e na LOA. Temos 
ainda a LDO e diversos instrumentos infralegais. 
e) Errada. Há, além do Orçamento Fiscal, os Orçamentos da Seguridade 
Social e de Investimento das Estatais. 
Resposta: Letra A 
 
15) (FCC – Assessor - MPE/RS – 2008) Considere as afirmações em 
relação ao Orçamento Público no Brasil. 
I. A Lei Orçamentária Anual compreenderá o orçamento fiscal, o 
orçamento de investimento das empresas em que o Estado, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e 
o orçamento da seguridade social. 
II. A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem a finalidade de nortear a 
elaboração dos orçamentos anuais de forma a adequá-los às diretrizes, 
objetivos e metas da administração pública, estabelecidos no plano 
plurianual. 
III. O Plano Plurianual é um plano de médio prazo, através do qual 
procura-se ordenar as ações do governo que levem à realização dos 
objetivos e metas fixadas para um período de cinco anos. 
IV. A Lei dos Orçamentos Anuais é o instrumento utilizado para a 
conseqüente materialização do conjunto de ações e objetivos que 
foram planejados visando ao atendimento e bem-estar da coletividade. 
V. A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e 
prioridades da administração pública. 
São verdadeiras APENAS as afirmações 
(A) II e IV. 
(B) I, II, IV e V. 
(C) II e III. 
(D) I, IV e V. 
(E) I, II e III. 
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I) Correto. Segundo o §5º do art. 165 da CF/1988, a LOA compreenderá: 
 O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos 
e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações 
instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
 O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
 O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como 
os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
II) Correto. A LDO é o elo entre o Plano Plurianual e a Lei Orçamentária Anual. 
III) Errado. O Plano Plurianual é um plano de médio prazo, através do qual 
procura-se ordenar as ações do governo que levem à realização dos objetivos 
e metas fixadas para um período de quatro anos. 
IV) Correto. A Lei dos Orçamentos Anuais é o orçamento propriamente dito, 
logo a LOA é a materialização por meio de ações dos programas que foram 
previstos no PPA, visando ao atendimento e bem-estar da coletividade. 
V) Correto. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e 
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital 
para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei 
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
São verdadeiras apenas as afirmações I, II, IV e V. 
Resposta: Letra B 
 
16) (FCC – Técnico Judiciário - Administrativa – TRT 24ª – 2011) Por 
força do disposto na Constituição Federal, a lei orçamentária anual 
(A) compreenderá metas e prioridades da Administração Pública 
Federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro. 
(B) compreenderá o orçamento fiscal, apenas. 
(C) compreenderá o orçamento fiscal, o de investimentos das 
empresas estatais e o da seguridade social. 
(D) disporá sobre as alterações na legislação tributária. 
(E) compreenderá e estabelecerá a política de aplicação das agências 
financeiras oficiais de fomento. 
 
De acordo com a CF/1988, a LOA compreenderá o orçamento fiscal, o de 
investimentos das empresas estatais e o da seguridade social. 
Resposta: Letra C 
 
17) (FCC – Assessor - MPE/RS – 2008) Com relação ao orçamento 
fiscal, no âmbito da Lei Orçamentária Anual (LOA), assinale a 
alternativa correta. 
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(A) Inclui os poderes da União, os órgãos e entidades, fundos, 
autarquias e fundações instituídas e mantidas pela União, além das 
empresas públicas e sociedades de economia mista em que a União, 
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com 
direito a voto e que recebam desta quaisquer recursos que não sejam 
provenientes de participação acionária, pagamento de serviços 
prestados e transferências para aplicação em programas de 
financiamento. 
(B) Inclui os poderes da União, os órgãos e entidades a quem compete 
executar ações nas áreas de saúde, previdência e assistência social, 
quer sejam da administração direta ou indireta, bem como seus fundos 
e fundações instituídas e mantidas pelo poder público, além das 
empresas públicas e sociedades de economia mista em que a União,

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