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UNIVERSIDADE TIRADENTES Rede AS-I (Actuator Sensor - Interface) José Adriano Reis Alécio Luiz Antônio de Souza Maia Professor: Weslley Alves Farias Disciplina: Redes e Protocolos Industriais Turma: N01 Aracaju – SE 2019 2 Sumário 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3 2. OBJETIVOS ............................................................................................................ 4 2.1. Gerais........................................................................................................................ 4 2.2. Específicos ................................................................................................................ 4 3. DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 5 3.1. Rede AS-I ................................................................................................................. 5 3.2. Caracteristicas...........................................................................................................8 3.3. Conectividade..........................................................................................................11 3.4. Comunicação...........................................................................................................14 4. CONCLUSÕES ..................................................................................................... 16 REFERÊNCIAS............................................................................................................ 17 3 1. INTRODUÇÃO Graças a evolução da eletrônica e da engenharia de software ouve um aumento na utilização de sistemas de automação industrial com redes de campo cada vez mais presentes nas industrias, tais sisetemas de rede tem uma superação em relação aos sistemas do tipo ponto a ponto devido principalmente aos fatores técnicos e econômicos que os tornam uma tecnologia extremamente vantajosa e atraente, essa vantegem é dada pelo fato da rede centralizada ou ponto a ponto utilizar CLPs, onde faz-se necessario que cada ponto de I/O (entrada e saída) deve ser conectado ao CLP, o aumentando do custo financeiro de implementação para grandes aplicações industriais é consequencia da grande quantidade de cabos e a dificuldade para diagnosticar possíveis alarmes ou defeitos na planta industrial em tempo real. Para a rede indistrial é necessario um cabo ligando dodos os dispositivos da rede, facilitando o diaguinostico de falhas e reduzindo o custo de instalação. Um modelo de rede utilizado atualmente é a rede AS-I (Actuator Sensor Interface ou Interface Sensor Atuador), esse modelo foi criado em 1990 na alemanha por um gropo de onze empreses do setor de automação através de um consórcio denominado “ASI consortium”. A rede AS-I foi concebida para complementar os demais sistemas e tornar mais simples e rápida as conexões dos sensores e atuadores com os seus respectivos controladores. 4 2. OBJETIVOS 2.1. Gerais Estudar, comprender e caracterizar os tipos de redes e protocolos utilizados na industria 2.2. Específicos Identificar e analisar as caracteristicas da rede AS-I (Actuador Sensor – Interface), de modo a facilitar acompeenção de seu funcionamento e aplicação. 5 3. DESENVOLVIMENTO 3.1. Rede AS-I Em 1998, a rede AS-i foi padronizada pela norma EN 50295/IEC 62026-2, sendo considerada uma solução simples em redes industriais e aplicada ao nível mais baixo de automação como mostra a Figura 1. A rede AS-i pertencente à categoria de Sensor, isto é, tem como foco os dispositivos discretos, suas interligações e controle. AS-Interface é considerada uma rede industrial que se posiciona como uma das mais simples aplicações para máquinas e equipamentos de pequeno porte, tem como uma das suas principais características a conexão rápida de módulos de rede através de cabo autoregenerativo de duas vias, proporcionando agilidade de instalação e flexibilidade de ajustes no posicionamento, fornecendo aos elementos periféricos transmissão de dados e diagnostico de todo o sistema. Dispositivos analógicos são também suportados, apesar de não ser o foco principal do protocolo AS-i. Figura 1 - Níveis de redes para automação. Fonte: http://www.profibus.org.br/artigos_tecnicos/protocolo-as-i-agregando-inteligencia-a-sensores-e- atuadores. Um sistema industrial formado por redes AS-i é considerado como o mais econômico e ideal para comunicação entre atuadores e sensores, os benefícios da utilização de uma rede AS- I vão desde economias de hardware até o comissionamento de uma rede AS-i propriamente dita. Alguns fatores que devem ser considerados na escolha de uma rede industrial e os benefícios a cada um deles quando se utiliza redes AS-i podem ser vistos na Figura 2. 6 Figura 2 - Análise na escolha da rede industrial. Fonte: http://www.smar.com/brasil/asi. A rede AS-I é do tipo mestre-escravo, com polling cíclico, ou seja, ela apresenta um dispositivo mestre, capaz de controlar toda a rede, realizando um polling cíclico em todos os outros dispositivos presentes na rede, denominados de escravos. O mestre AS-i realiza várias tarefas, como inicialização da rede, identificação dos escravos, diagnóstico dos escravos e de dados transferidos. Além disso, geralmente se comunica a um controlador (PLC ou PC) para receber a configuração de controle da rede AS-i, reportar erros, endereçar escravos substituídos, entre outras tarefas. A rede AS-I possuui um ciclo de 5ms com 31 dispositivos conectados a rede possibilitando uma integração eficiente entre botoeiras e acionadores, além de lógicas de intertravamento. Os escravos são dispositivos passivos, isto é, só podem ter acesso a rede quando o mestre faz uma requisição para ele e a transferência de dados de escravo para escravo só é possível via mestre, os escravos podem ser conectados a no maximo quatro sensores e quatro atuadores, que terão os seus valores lidos/escritos ciclicamente pelo mestre, existem modulos escravos que trabalham com valores analógicos, mas estes precisam de quatro ciclos de rede para que uma leitura/escrita se complete. Protocolo AS-I existe nas versoes 2.0 de 1994, onde os módulos (escravos) de interligação dos elementos finais permitiam a conexão de quatro entradas digitais e quatro saídas digitais, resultando no total de 124 entradas e 124 saídas em uma única rede. Porém, 7 nessa arquitetura, o número máximo de escravos é limitado a 31. Na versão 2.1 optimisada em 1998, há uma ampliação do número de escravos de 31 para 62; A capacidade máxima do barramento foi ampliada para 248 + 186 E/S, mas o tempo de ciclo passou para 10ms; um bit adicional no registro de status é utilizado para sinalizar erros de periféricos. A indicação de status de funcionamento dos escravos foi padronizada e ampliada; o número de profiles de escravos foi ampliado de 15 para 225 com a adição de novos ID codes; melhor tratamento de sinais analógicos, ampliando o espectro de atuação das redes AS-I. Os chips para a versão 2.1 da rede AS-I são produzidos por dois consórcios distintos: Siemens e Festo desenvolveram em conjunto o chip SAP4.1, pino a pino compatível com o chip SAP4, e o consórcio de oito outros membros (Bosch, Hirschmann, ifm electronic, Leuze, Lumberg, Klockner Moeller, Pepperl+Fuchs and Schneider Electric) desenvolveuo chip A2SI. Ambos os chips proporcionam todas as funcionalidade da versão 2.1. [1]. Até o ano de 2005 a rede AS-I teve aproximadamente 10 milhões de nós em operação, promoveu a introdução de novos requisitos para a rede, com o crescente uso da Ethernet em protocolos industriais demandou soluções de baixo nível que superassem as inerentes falhas de topologia limitada, grandes pacotes de dados, alto custo no uso de roteadores, entre outros. Essa especificação atende aos usuários de forma a definir novos profiles para dados discretos e analógicos além da introdução de um profile de transmissão de dados serial ocasionando no surgimento da rede AS-I 3, com o modleo 3.0 foram adicionados nós de entradas e saídas discretas suportando endereçamento estendido (A/B) com 4 ou 8 entradas e 4 ou 8 saídas, canal analógico configurável (8, 12 ou 16 bits) e canal de dados discreto com comunicação serial full- duplex. Tais caracteristicas tornaram a rede AS-I uma parceira ideal para quaisquer outros protocolos industriais baseados na comunicação Ethernet. Gateways para EtherNet/IPTM, PROFINET, Modbus/TCP e outros estão disponÍveis. Alguns especialistas da área de controle dizem que nos próximos 10 anos não haverá mais soluções intermediárias entre a rede AS-I e a Ethernet para novas instalações. 8 3.2. Caracteristicas A rede AS-I é considerada uma solução simples e elegante para a integração de sensores e atuadores discretos em sistema de controle de processos, esta rede possui uma série de características apresentadas na Tabela 1. Tabela 1 – Caracteristicas da rede AS-I. Compatibilidade sensores e atuadores de diferentes fabricantes podem ser conectados a uma interface digital serial padronizada. Controle de acesso ao meio sistema com um único mestre e varredura cíclica. Endereçamento escravos recebem um endereço permanente do mestre ou via hand-held. Estrutura da rede sem restrições (linear, anel, estrela ou árvore). Meio de transferência dois cabos não-trançados e sem blindagem para dados e energia (24 VDC), tipicamente até 200 mA por escravo, até 8A por barramento. Rápida instalação por meio de conectores auto-perfurantes Tamanho de cabo máximo de 100 m ou até 300 m com o uso de repetidores. Sinais e alimentação estão presentes em um mesmo barramento (24VDC). Número de escravos até 62 escravos por rede (versão 2.1). Telegramas telegrama do mestre contendo o endereço, resposta direta do escravo. Dados 4 entradas e 4 saídas para cada escravo e no caso de mais de 31 escravos têm, então, apenas 3 saídas; (máximo de 248 participantes binários por rede). 9 Carga útil Transmite 4bits/escravo/mensagem. Todos os escravos são chamados seqüencialmente pelo mestre e recebem 4 bits de dados. Cada escravo responde imediatamente com 4 bits de dados. Tempo de ciclo 10 ms para a versão 2.1. Detecção de erros detecção eficiente e retransmissão de telegramas incorretos. Chip AS-Interface 4 E/S configuráveis para dados, 4 parâmetros de saídas e 2 saídas de controle. Funções do mestre varredura cíclica em todos os escravos, transmissão de dados para escravos e para a unidade de controle (CLP ou PC). Inicialização da rede, identificação dos escravos, diagnóstico dos escravos e de dados transferidos. Além disso, reporta erros ao controlador e endereça escravos substituídos. Válvulas são instaladas diretamente no local da aplicação, diminuindo a tubulação e aumentando a velocidade de resposta dos atuadores. Baixo custo de conexão por escravo e elimina módulos de entradas e saídas no CLP. Confiabilidade alto nível de confiabilidade operacional em ambientes industriais agressivos Padrão aberto elaborado por renomados fabricantes, filiados à Associação Internacional AS-i, cujo protocolo de transmissão é normalizado Opcional cabo de alimentação para saídas e controle de parada. Fonte: http://www.smar.com/brasil/asi#section6 10 AS-I é considerada uma rede sismples, pois utiliza apenas um cabo para conectar os dispositivos de entrada e saida de quaisquer fabricantes, alem disso não é necessario que o usuario tenha um profundo conhecimento em sistema industriais ou protocolos de comunicação e a rede não precisa de terminadores e de arquivos de descrição de equipamentos o que o difere de outras redes digitais. Esta rede é eficaz e possui uma alta velocidade de transmição, tornando uam exelente subistituição para grandes sistemas com altos custos, mestres AS-I foram especialmente desenvolvidos para se comunicarem com sistemas legados de controle e promoverem uma suave integração entre as tecnologias existente. Possuindo uma facil expancibilidade, a rede AS-I pode suoportar qualquer topologia de cabeamento com até 100 metros de cabo sendo possivel expandir para 300 metros com o uso de repetidores, seu custo de cabeamento e instalação é reduzido em 50% comparando a redes tradicionais, uma compara ção entre a rede tradicional e a rede AS-I pode ser vista na Figura 3, na Figura 4 é possivel observar a economia de custo com relação ao hardware que torna a viabilização da rede AS-I para determinadas. Figura 3 - a) Sistemas convencionais; b) Rede AS-i. Fonte: http://www.smar.com/brasil/asi#section3 11 Figura 4 - Viabilidade econômica do sistema AS-I. Fonte: http://www.smar.com/brasil/asi#section3 3.3. Conectividade A rede AS-I utiliza um cabo especial não blindado e perfiladoeste tipo de cabo ajuda a evitar a inversão de polaridade, o cabo é composto de dois fios e transporta simultaneamente dados e alimentação para os elementos da rede, este cabo é comumente conhecido como “yellow flat cable”. Caso seja necessario uma potência maior, existem versões especiais indicadas por cores, como o cabo preto ou “black flat cable” que fornecendo até 30V e o vermelho “red flat cable”, fornecendo até 230V AC. Na Figura 5 é possivel ver um exemplo de formatos de AS-I. Figura 5 - Formatos de cabos AS-i e sua conexão rápida. Fonte: http://www.profibus.org.br/artigos_tecnicos/protocolo-as-i-agregando-inteligencia-a-sensores-e- atuadores A conexão do cabo AS-i é feita através de conectores “vampiros” que perfuram o isolante do cabo e estabelecem o contato com os fios internos, este detalhe pode ser visto no 12 corte de perfil presente na Figura 3. Em caso de modificação da fiação, o cabo retorna ao seu aspecto original, pois o seu isolante é “auto-regenerativo”, as conexçõs podem ser vistas na Figura 6. Figura 6 - Conexões do cabo AS-I. Fonte: http://www.profibus.org.br/artigos_tecnicos/protocolo-as-i-agregando-inteligencia-a-sensores-e- atuadores A troca de dados na rede AS-I consiste de um chamado do mestre, seguido por uma pausa e uma posterior resposta do escravo também seguida de uma pausa, a pausa do mestre tem é mantida e checada pelo escravo depois de receber um chamado do mestre e apresenta duração de 3 a 10 bits, de 18 a 60 micro segundos, posteriormente, a pausa entre a resposta do escravo e o próximo chamado do mestre é a duração de tempo em que a rede estará ociosa após o fim de uma resposta do escravo. A especificação do mestre determina que a duração máxima desta pausa seja de 2 bits, cerca de 12 micro segundos em operação normal, assegurando que o tempo de ciclo será mantido. Levando-se em consideração a taxa de comunicação do AS-I (167kbit/s) e incluindo todas as pausas necessárias,chega-se a uma taxa liquida de 53.3kbit/s, gerando uma eficiência na transferência de 32%. A duração desta pausa pode ser alongada até 500 μs desde de que o tempo de ciclo não exceda os 5 ms, o aumento do tempo de ciclo pode ser feito em sistemas com menos de 31 escravos, de forma que o mestre o utilize no processamento interno das funções de controle. Os frames enviados por mestres e escravos apresentam tamanhos diferentes, sendo que o frame do mestre contém 14 bits e o do escravo 7 bits como mostra a Figura 7, as descrições dos campos do frame de requisição do mestre e escravos podem ser vistas nas Figuras 8 e 9 respectivamente. 13 Figura 7 - Estrutura de um frame AS-I Fonte: http://www.profibus.org.br/artigos_tecnicos/protocolo-as-i-agregando-inteligencia-a-sensores-e- atuadores Figura 8 - Campos do frame de requisição do mestre. Fonte: http://www.profibus.org.br/artigos_tecnicos/protocolo-as-i-agregando-inteligencia-a-sensores-e- atuadores Figura 9 - Campos do frame de requisição do escravo. Fonte: http://www.profibus.org.br/artigos_tecnicos/protocolo-as-i-agregando-inteligencia-a-sensores-e- atuadores 14 3.4. Comunicação A aplicação do AS-I é um processo envolvendo controles de posicionamento de válvulas através de botoeiras, além de sensores eletromagnéticos e sinalizadores luminosos. O mestre tem a função de gateway, transmitindo e recebendo informações da redes de nível superior, tal como Foundation Fieldbus, Profibus, DeviceNet e outros. Uma fonte de alimentação auxiliar pode ser utilizado de acordo com necessidades de alimentação extra para módulos de I/O ou devices específicos. Figura 10: Aplicação de posicionamento de válvulas atrávez de botoeiras Fonte: http://www.profibus.org.br/artigos_tecnicos/protocolo-as-i-agregando-inteligencia-a-sensores-e- atuadores Sua impedância varia entre 80 e 120 , taxa de transmissão é de 167Kbps e tempo de resposta de 5ms. O comprimento máximo é de 100m. Segmentos de100 metros (sem repetição) É possível extender a rede até 300 metros (3 segmentos) usando extensor e/ou repetidor Extensores: uma distância superior a 100m, entre o 1º escravo e o painel de comando, tem que ser superada sem que haja necessidade de escravos neste segmento. 15 Figura 11: Endereçamento Fonte:http://alvarestech.com/temp/smar/www.delt.ufmg.br/seixas/PaginaSDA/Download/Downloa dFiles/Asi-port.PDF Na figura acima na primeiro exemplo tem o endereçamento individual de cada unidade utilizando uma unidade de endereçamento. Já na figura abaixo encontramos o endereçamento automático pelo mestre (um por um!). 16 4. CONCLUSÕES O modelo de rede AS-I é uma escolha bastante versátil e econômica para se aplicar em uma rede industrial, seu custo baixo se comparado as demais redes existentes, sua fácil aplicação não exigindo grande conhecimento na área e sua compatibilidade com módulos de diferentes fabricantes o tornam uma excelente escolha para montar uma nova rede ou substituir uma rede distinta existente, principalmente para empreses de pequeno porte. 17 REFERÊNCIAS PIBrasil. Protocolo AS-I: Agregando Inteligência a Sensores e Atuadores. Disponivel em: <http://www.profibus.org.br/artigos_tecnicos/protocolo-as-i-agregando-inteligencia-a- sensores-e-atuadores> Acesso em: 17 abr. 2019. SMAR. Tutorial sobre a Tecnologia AS-i. disponivel em: <http://www.smar.com/brasil/asi> Acesso em: 17 abr. 2019. [1] Murrelektronik. Conheça sobre AS-Interface – A Rede Industrial mais simples, prática e eficiente disponível no mercado. Disponivel em: <http://blog.murrelektronik.com.br/protocolos-de-rede-as-interface/> Acesso em: 17 abr. 2019. Siemens. AS-Interface. Disponivel em: <https://w3.siemens.com.br/automation/br/pt/comunicacao-industrial/as- interface/Documents/Catalogo%20AS-Interface_MAR16.pdf> Acesso em: 17 abr. 2019. Sense. Rede AS-Interface. Disponivel em: <https://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq0/3000000093A.pdf> Acesso em: 19 abr. 2019. Lugli, Alexandre Baratella; Santos, Max Mauro Dias. Sistemas Fieldbus para automação industrial: DeviceNet, CANopen, SDS e Ethernet: 1. ed. São Paulo: Editora Érica, 2009.
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