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Jurisdição e Processo Constitucional (A2)

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JURISDIÇÃO E PROCESSO CONSTITUCIONAL 
1) CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE: 
a. Influência do sistema difuso norte-americano (Judicial review); 
b. Caso Marbury v. Madison, 1803; 
o Supremacia da Constituição; 
o Quem analisará a compatibilidade vertical, ou seja, quem fará o controle de 
constitucionalidade entre uma lei e a constituição, será o Poder Judiciário; 
 JUDICIAL REVIEW – STARE DECISIS (EUA): 
 A decisão da Suprema Corte Norte-Americana é VINCULANTE, ou 
seja, possuirá efeitos ERGA OMNES; 
 A Suprema Corte Americana irá RETIRAR do mundo jurídico a norma 
declarada inconstitucional; 
 Possui efeito EX TUNC, ou seja, retroage à todos (erga omnes); 
 O Poder Legislativo NÃO PARTICIPA, em nenhum momento, do 
processo de controle de constitucionalidade; 
 MODELO DIFUSO (BR): 
 A decisão do STF NÃO É VINCULANTE, portanto, só valera entre as 
partes do processo, ou seja, efeito INTER PARTES; 
 A norma permanecerá no mundo jurídico; 
 Também possuirá efeitos EX TUNC, porém, só retroagirá para as partes 
devido ao seu efeito inter partes; 
 Já no modelo difuso Brasileiro HÁ A PARTICIPAÇÃO DO SENADO 
FEDERAL, na forma do Art. 52, X, CF/88; 
 
c. CLÁUSULA DE RESERVA DO PLENÁRIO: 
o Art. 97, CF; 
o Também conhecido como: FULL BENCH ou PRINCÍPIO DO COLEGIADO; 
o Uma norma só poderá ser declarada inconstitucional pela MAIORIA ABSOLUTA do 
TRIBUNAL (Desembargadores), porém, no TJ que houver MAIS que 25 
Desembargadores, poderá ser instituído um ÓRGÃO ESPECIAL, que será composto 
pelo mínimo de 11 e máximo de 25 desembargadores, nos termos do Art. 93, XI, CF; 
 Portanto, no exemplo do TJRJ, onde existem 180 desembargadores, 
criou-se um órgão especial com 25 desembargadores, então, para se 
declarar uma norma inconstitucional pelo tribunal do RJ, é necessário, 
neste órgão especial, o mínimo de 13 votos (maioria absoluta); 
 Então, ao contrário do RJ, o TJAC possui apenas 8 Desembargadores, 
portanto, não há a necessidade de se criar um órgão especial pois o 
número de desembargadores é inferior a 25, instituindo-se um tribunal 
pleno com todos os 8 desembargadores; 
 
o CISÃO FUNCIONAL DE COMPETÊNCIA: 
 Se um órgão fracionário (Câmara cível, por exemplo) estiver diante de uma lei 
que este entenda que é inconstitucional ele NÃO PODE PROSSEGUIR O 
JULGAMENTO DA CAUSA; 
 Deverá PARAR o julgamento e envia-lo ao órgão especial ou ao Tribunal Pleno 
(depende do estado); 
 O órgão fracionário NÃO PODE declarar a inconstitucionalidade; 
 Após o julgamento da constitucionalidade pelo órgão especial/tribunal 
pleno, o processo retorna para o órgão fracionário e continua o 
julgamento; 
 Porém, se o órgão fracionário entender que a norma é CONSTITUCIONAL, 
NÂO HÁ NECESSIDADE DE REMETÊ-LO ao órgão especial; 
 Portanto, o processo só será enviado ao órgão especial se o próprio órgão 
fracionário entender que está diante de uma norma inconstitucional; 
 Art. 948 c/ 949, I, CPC; 
i. Se a câmara cível entender que a norma é constitucional NÃO 
HÁ A CISÃO FUNCIONAL DE COMPETÊNCIA; 
 Se já houver uma decisão do órgão especial (O.E) /tribunal pleno (T.P), ou pelo 
plenário do STF a respeito da constitucionalidade de determinada norma, NÃO 
HÁ NECESSIDADE de envia-lo ao O.E/T.P 
 Art. 949, §Único, CPC; 
 Súmula Vinculante 10 (IMPORTANTE – LER) 
 Se o O.F não declarar expressamente uma norma inconstitucional, mas 
afastar sua incidência no julgamento, violará da cláusula de reserva do 
plenário 
 
 
 
 
 
 
 
o Hipóteses de não observância à clausula de plenário: 
 Juiz de 1º Grau; 
 Turmas Recursais (JEC); 
 O.F entender que a norma é constitucional; 
 Já houver decisão do O.E/T.P/Plenário STF; 
 Quando o O.F proceder com a interpretação conforme a constituição (técnica 
hermenêutica), significa que o O.F está entendendo que a norma é 
constitucional, portanto não é necessária a cisão funcional de competência; 
 No Julgamento pelas TURMAS do STF de Recurso Extraordinário (art. 102, 
III, “a”, CF), já que a competência de constitucionalidade é do próprio STF. 
 A maioria simples de uma Turma recursal do STF pode declarar uma 
norma inconstitucional, não sendo necessário enviar o julgamento ao 
plenário. 
 Quando o O.F estiver diante de um direito pré-constitucional (norma anterior à 
CF) não é necessário enviá-lo ao O.E/T.P; 
 
d. EFEITOS DA DECISÃO FINAL DE MÉRITO DO STF: 
o Em regra, os efeitos serão INTER PARTES e EX TUNC, ou seja, só valerá para as 
partes e retroagirá à data do início da lide; 
 Porém, desde 2011, o STF permite a MODULAÇÃO DOS EFEITOS 
TEMPORAIS, ou seja, excepcionalmente, poderá atribuir à decisão o efeito EX 
NUNC; 
 Aplica o Art. 27 da Lei 9868/99, mesmo tratando-se de ADI. 
o O PAPEL DO SENADO FEDERAL 
 Art. 52, X, CF; 
 Assim que o STF decidir o caso concreto (d), comunicará ao Senado de sua 
decisão; 
 Então o Senado poderá SUSPENDER, em todo ou em parte, a eficácia desta 
norma; 
 Se o Senado decidir por SUSPENDER, terá efeitos ERGA OMNES 
(para todos) e EX NUNC; 
o Então, em um 1º momento os efeitos da decisão final do STF serão INTER PARTES e 
EX TUNC, podendo, se estiverem presentes os requisitos do Art. 27 da Lei 9868/99, 
ocorrer a modulação dos efeitos temporais. 
o Em um 2º momento, após a decisão do STF, este comunicará ao Senado Federal de sua 
decisão, que decidira por SUSPENDER ou não a lei e, sendo esta suspensa, possuirá 
efeitos ERGA OMNES e EX NUNC. 
e. TEORIA DA TRANSCENDÊNCIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES: 
JURISDIÇÃO E PROCESSO CONSTITUCIONAL 
 
1) MARGEM NACIONAL DE APRECIAÇÃO: 
- Vem do direito constitucional e do direito administrativo; 
- Utilizado pela corte Europeia, ou seja, pelo sistema Europeu; 
 - O sistema interamericano utiliza o Controle de Convencionalidade; 
- Não há um único ordenamento jurídico, e sim uma pluralidade de ordenamentos jurídicos; 
- Visa afastar uma ideia hegemônica de Direitos Humanos, ou seja, de imposição dos direitos 
humanos. 
 - “Cabe ao seu Estado resolver e não nós da Corte Europeia”; 
- Há a crítica de que o Estado, desta maneira, pode abrir margem para atenuar crimes graves de direitos 
humanos que sejam de seu interesse; 
- No sistema interamericano a última palavra será sempre da Corte Interamericana, diferente do 
Sistema Europeu (MNA), que poderá ser do Estado; 
 
a. Laurence Dujardin x França, 1991: 
- A França, após o conflito que ocorreu na Nova Caledônia, editou Lei de Anistia e, assim, 
os assassinos de Laurence ficaram impunes. Portanto, a família do policial peticionou 
contra a França, porém, a Comissão entendeu que a própria França que deveria reconhecer 
se aquela Lei de Anistia era benéfica ou não; 
- Sendo assim, a Comissão Europeia reconheceu a Margem Nacional de Apreciação; 
 
b. Ould Dah x França, 2009: 
- Ould Dah (oficial do exército da Mauritânia) foi acusado de ter praticado tortura e 
homicídio e, mesmo após ter sido anistiado pela Mauritânia, ao ir à França, lá foi preso 
pela prática de tais crimes; 
-“A França reprime os crimes cometidos por Ould Dah, portanto, foi preso no 
território Francês); 
- Foi utilizado o Princípio da Justiça Penal Internacional (Art. 7º, II, “a”, CP); 
- Ocorreu que, na Mauritânia ele já havia sido anistiado por uma Lei de Anistia, portanto, 
ao ser preso na França, Ould foi julgado duas vezes pelo mesmo crime, mas entendeu-se 
que em alguns casos, como a tortura, deve-se perseguir quem a praticou, portanto, a lei de 
anistia mauritana não pode impedir a França de condena-lo; 
- Portanto, em sua sentença, a Corte Européia considerou que: “Quando um agente do 
Estado for acusado de crimes de tortura ou mais tratos,
é de suma importância que não 
ocorram a prescrição e a concessão de anistia”. 
 
c. Margus x Croácia, 2014: 
- Mais uma vez a Corte Europeia repudiou o crime de tortura, afastando-se a aplicação da 
Lei de Anistia; 
 
d. Mocanu x Romênia, 2014: 
- A decisão da Corte Europeia sentenciou que a Romênia NÃO deveria ter aplicado a Lei 
de Anistia; 
- A Corte Europeia utilizou elementos do Sistema Interamericano (Controle de 
Convencionalidade) ao utilizar suas jurisprudências em casos famosos 
 
 
 
JURISDIÇÃO E PROCESSO CONSTITUCIONAL 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (LEI 9.868/99) 
 
1) VISÃO PANORAMICA DO CONTROLE CONCENTRADO, PRINCIPAL E ABSTRATO: 
 Inspirado no modelo Austríaco (Kelsen): 
- Não há caso concreto; 
- Demanda Objetiva, ou seja, feita em TESE (não há autor e réu, e sim legitimados); 
- O objeto, ou seja, o pedido principal, será a DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE da norma; 
- Jurisdição Constitucional Abstrata – Criação de uma “Corte Constitucional” com o propósito de invalidar as leis 
incompatíveis com a Constituição; 
- A decisão possui efeitos ERGA OMNES – No BR, a decisão só possuirá este efeito se o Senado for comunicado 
e este suspender a norma; 
- A norma declarada inconstitucional deve ser declarada ANULADA (NO MODELO AUSTRÍACO!), ou seja, terá 
efeitos EX NUNC (não retroage) – No BR, a decisão possui efeitos EX TUNC, portanto, a lei será NULA; 
- O modelo abstrato (austríaco) foi adotado no BR pela EC 16/1965, que alterou a CF/1946; 
 
o ≠ Modelo Americano: 
- Caso Concreto; 
- Demanda Subjetiva, ou seja, há autor e réu; 
- Jurisdição Constitucional Concreta, ou seja, a declaração pode ser feita por qualquer juiz. 
- Decisão possui efeitos INTER PARTES; 
 
2) ORIGEM, CONCEITO E CARACTERÍSTICAS DA ADI: 
 Conceito: 
 ADI = Ação de competência originária do STF que tem como propósito a declaração de inconstitucionalidade 
de uma lei ou ato normativo federal ou estadual. Neste tipo de ação é feita a analise em abstrato da norma 
impugnada sem avaliar um caso concreto. A legitimação ativa para propor a ADI está prevista no ART. 103, 
CF; 
 
 Características: 
o Não se admite DESISTÊNCIA da ação; 
o “Uma vez que eu, legitimado, propus a ação, não posso desistir”; 
o Não cabe intervenção de terceiros/assistência; 
o A decisão final de mérito é IRRECORRÍVEL, exceto o cabimento de ED; 
o A decisão final de mérito NÃO pode ser objeto de AÇÃO RESCISÓRIA; 
o Não há possibilidade de suspeição/impedimento do ministro do STF, exceto se este tiver atuado como PGR, AGU 
ou ele próprio tiver sido o Requerente da ADI; 
o Há a possibilidade do pedido de MEDIDA CAUTELAR; 
 
 
 
 
 
3) COMPETENCIA PARA JULGAMENTO DA ADI: 
 Competência ORIGINÁRIA do STF (Art. 102, I, “a”, CF); 
 
4) OBJETO DA ADI: 
 O que NÃO pode ser objeto da ADI: 
o Leis e normas pré-constitucionais; 
- “Não cabe ADI de uma norma supostamente inconstitucional do Código Penal (Código de 1940) ”; 
o Lei Municipal; 
o Lei Distrital (DF) de natureza municipal; 
o Súmula; 
o Norma Constitucional Originária; 
o Regulamento; 
- “Não tem sentido propor uma ADI de uma Súmula Vinculante pois esta é justamente ditada pelo próprio 
STF; 
o Lei de efeito concreto; 
- “ Lei que visa uma única pessoa ou um grupo determinado – geralmente em casos de pensão por conta 
de perseguição política”; 
 
o Convenção coletiva de trabalho ou Acordo coletivo de trabalho; 
o Sobre consulta do TSE; 
o Sobre lei já revogada; 
o Em face de lei de eficácia exaurida; 
o Em face de decisões de tribunais internacionais; 
- Tribunal Penal Internacional (TPI); 
- Corte Internacional de Justiça (CIJ); 
- Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH); 
 - “Se alguns destes tribunais proferirem sentença contra o BR, não caberia ADI”; 
 
5) LEGITIMADOS PARA A PROPOSITURA DA ADI: 
 Art. 103, CF (Rol TAXATIVO): 
o Presidente da República; 
o Mesa do Senado Federal; 
o Mesa da Câmara dos Deputados; 
o Mesa da Assembleia Legislativa ou Câmara Legislativa do DF; 
o Governador dos Estados ou DF; 
o Procurador Geral da República; 
o Conselho Federal da OAB; 
o Partido político com representação no Congresso Nacional; 
o Confederação sindical ou Entidade de Classe de âmbito nacional; 
 CAPACIDADE POSTULATORIA DOS LEGITIMADOS AD CAUSAM: 
o Não precisam de Advogado; 
- Presidente da República; 
- Mesa do Senado Federal; 
- Mesa da Câmara dos Deputados; 
- Mesa da Assembleia Legislativa ou Câmara Legislativa do DF; 
- Governador dos Estados ou DF; 
- Procurador Geral da República; 
- Conselho Federal da OAB; 
o Ou seja, todos menos os partidos políticos com representação no CN e as confederações sindicais ou 
entidades de classe de âmbito nacional; 
 
 CLASSIFICAÇÃO DOS LEGITIMADOS ATIVOS: 
 UNIVERSAIS; 
o Presidente da República; 
o Mesa do Senado Federal, Câmara dos Deputados; 
o Procurador Geral da República; 
o Conselho Federal da OAB 
o Partido político com representação no Congresso Nacional; 
 
 ESPECIAIS; 
o Precisam COMPROVAR a pertinência temática 
- Ou seja, comprovar o INTERESSE para afastar aquela norma do ordenamento jurídico; 
o Mesa da Assembleia Legislativa ou Câmara Legislativa do DF; 
o Governador dos Estados/DF 
o Confederação Sindical/Entidade de Classe de âmbito nacional; 
 
 
6) A FIGURA JURÍDICA DO AMICUS CURIAE: 
7) ITER PROCEDIMENTAL DA ADI (LEI 9.868/99): 
8) O PAPEL DO ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO E DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA EM SEDE DE 
ADI: 
9) EFEITOS DA DECISÃO E MODULAÇÃO DOS EFEITOS: 
JURISDIÇÃO E PROCESSO CONSTITUCIONAL 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (LEI 9.868/99) 
 
1) VISÃO PANORAMICA DO CONTROLE CONCENTRADO, PRINCIPAL E ABSTRATO: 
 Inspirado no modelo Austríaco (Kelsen): 
- Não há caso concreto; 
- Demanda Objetiva, ou seja, feita em TESE (não há autor e réu, e sim legitimados); 
- O objeto, ou seja, o pedido principal, será a DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE da norma; 
- Jurisdição Constitucional Abstrata – Criação de uma “Corte Constitucional” com o propósito de invalidar as leis 
incompatíveis com a Constituição; 
- A decisão possui efeitos ERGA OMNES – No BR, a decisão só possuirá este efeito se o Senado for comunicado 
e este suspender a norma; 
- A norma declarada inconstitucional deve ser declarada ANULADA (NO MODELO AUSTRÍACO!), ou seja, terá 
efeitos EX NUNC (não retroage) – No BR, a decisão possui efeitos EX TUNC, portanto, a lei será NULA; 
- O modelo abstrato (austríaco) foi adotado no BR pela EC 16/1965, que alterou a CF/1946; 
 
o ≠ Modelo Americano: 
- Caso Concreto; 
- Demanda Subjetiva, ou seja, há autor e réu; 
- Jurisdição Constitucional Concreta, ou seja, a declaração pode ser feita por qualquer juiz. 
- Decisão possui efeitos INTER PARTES; 
 
2) ORIGEM, CONCEITO E CARACTERÍSTICAS DA ADI: 
 Conceito: 
o ADI = Ação de competência originária do STF que tem como propósito a declaração de inconstitucionalidade de uma 
lei ou ato normativo federal ou estadual. Neste tipo de ação é feita a analise em abstrato da norma impugnada sem 
avaliar um caso concreto. A legitimação ativa para propor a ADI está prevista no ART. 103, CF; 
 
 Características: 
o Não se admite DESISTÊNCIA da ação; 
o “Uma vez que eu, legitimado, propus a ação, não posso desistir”; 
o Não cabe intervenção de terceiros/assistência; 
o A decisão final de mérito é IRRECORRÍVEL, exceto o cabimento de ED; 
o A decisão final de mérito NÃO pode ser objeto de AÇÃO RESCISÓRIA; 
o Não há possibilidade de suspeição/impedimento do ministro do STF, exceto se este tiver atuado como PGR, AGU 
ou ele próprio tiver sido o Requerente da ADI; 
o Há a possibilidade
do pedido de MEDIDA CAUTELAR; 
 
 
 
 
 
3) COMPETENCIA PARA JULGAMENTO DA ADI: 
 Competência ORIGINÁRIA do STF (Art. 102, I, “a”, CF); 
 
4) OBJETO DA ADI: 
 O que NÃO pode ser objeto da ADI: 
o Leis e normas pré-constitucionais; 
- “Não cabe ADI de uma norma supostamente inconstitucional do Código Penal (Código de 1940) ”; 
o Lei Municipal; 
o Lei Distrital (DF) de natureza municipal; 
o Súmula; 
o Norma Constitucional Originária; 
o Regulamento; 
- “Não tem sentido propor uma ADI de uma Súmula Vinculante pois esta é justamente ditada pelo próprio 
STF; 
o Lei de efeito concreto; 
- “ Lei que visa uma única pessoa ou um grupo determinado – geralmente em casos de pensão por conta 
de perseguição política”; 
 
o Convenção coletiva de trabalho ou Acordo coletivo de trabalho; 
o Sobre consulta do TSE; 
o Sobre lei já revogada; 
o Em face de lei de eficácia exaurida; 
o Em face de decisões de tribunais internacionais; 
- Tribunal Penal Internacional (TPI); 
- Corte Internacional de Justiça (CIJ); 
- Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH); 
 - “Se alguns destes tribunais proferirem sentença contra o BR, não caberia ADI”; 
 
5) LEGITIMADOS PARA A PROPOSITURA DA ADI: 
 Art. 103, CF (Rol TAXATIVO): 
o Presidente da República; 
o Mesa do Senado Federal; 
o Mesa da Câmara dos Deputados; 
o Mesa da Assembleia Legislativa ou Câmara Legislativa do DF; 
o Governador dos Estados ou DF; 
o Procurador Geral da República; 
o Conselho Federal da OAB; 
o Partido político com representação no Congresso Nacional; 
o Confederação sindical ou Entidade de Classe de âmbito nacional; 
 CAPACIDADE POSTULATORIA DOS LEGITIMADOS AD CAUSAM: 
o Não precisam de Advogado; 
- Presidente da República; 
- Mesa do Senado Federal; 
- Mesa da Câmara dos Deputados; 
- Mesa da Assembleia Legislativa ou Câmara Legislativa do DF; 
- Governador dos Estados ou DF; 
- Procurador Geral da República; 
- Conselho Federal da OAB; 
o Ou seja, todos menos os partidos políticos com representação no CN e as confederações sindicais ou 
entidades de classe de âmbito nacional; 
 
 CLASSIFICAÇÃO DOS LEGITIMADOS ATIVOS: 
 UNIVERSAIS; 
o Presidente da República; 
o Mesa do Senado Federal, Câmara dos Deputados; 
o Procurador Geral da República; 
o Conselho Federal da OAB 
o Partido político com representação no Congresso Nacional; 
 
 ESPECIAIS; 
o Precisam COMPROVAR a pertinência temática 
- Ou seja, comprovar o INTERESSE para afastar aquela norma do ordenamento jurídico; 
o Mesa da Assembleia Legislativa ou Câmara Legislativa do DF; 
o Governador dos Estados/DF 
o Confederação Sindical/Entidade de Classe de âmbito nacional; 
 
 
6) A FIGURA JURÍDICA DO AMICUS CURIAE: 
 Não são considerados legitimados; 
 Esclarecer aos Ministros do STF sobre questões de extrema complexidade. 
 
7) ITER PROCEDIMENTAL DA ADI (LEI 9.868/99): 
8) O PAPEL DO ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO E DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA EM SEDE DE 
ADI: 
9) EFEITOS DA DECISÃO E MODULAÇÃO DOS EFEITOS: 
JURISDIÇÃO E PROCESSO CONSTITUCIONAL 
“FLUXOGRAMA” - RITO PROCEDIMENTAL – ADI: 
OBS: Os artigos sem menção ao número da lei referem-se à lei 9.868/99 
 
1) Petição Inicial – Art. 103, CF e Arts. 2 e 3, Lei 9.868/99; 
- PROPOSTA A ADI, NÃO CABE DESISTÊNCIA (ART. 5) 
- Dirigida ao Presidente do STF 
- O Presidente STF distribui ao Ministro Relator; 
 
2) Ministro Relator do STF; 
a. Indeferimento da Petição Inicial – Art. 4º; 
i. Agravo – Art. 4º, § Único; 
- Se a PI for indeferida, caberá agravo regimental; 
 
b. Deferimento da Inicial = Ação Admitida; 
i. Recesso no STF – Relator concede ou não a Cautelar AD REFERENDUM; 
- O Ministro Relator pode conceder a cautelar mesmo sem os outros ministros em caso 
de RECESSO! 
- EM REGRA, O EFEITO DA MEDIDA CAUTELAR SERÁ EX NUNC! (Art. 11, §1º) 
 
ii. Funcionamento do STF – Maioria ABSOLUTA dos Ministros concede ou não a Cautelar 
- EM REGRA, O EFEITO DA MEDIDA CAUTELAR SERÁ EX NUNC! (Art. 11, §1º) 
 - Pode ocorrer a modulação dos efeitos. 
 OBS 1: A concessão ou não da medida cautelar deve ser tomada após a audiência dos 
órgãos ou autoridades das quais emanou a norma impugnada. O relator, julgando 
indispensável, ouvirá no prazo de 3 dias o AGU e o PGR; 
 OBS 2: As autoridades das quais emanou a norma impugnada, deverão pronunciar-
se no prazo de 5 DIAS (Art. 10, Caput). 
 OBS 3: Em caso de excepcional urgência, o STF poderá deferir a medida cautelar 
SEM a audiência; 
 
iii. Requisição de Informações – Prazo de 30 Dias – Art. 6º, §Ú; 
 
iv. Se for o caso, o relator admitirá a manifestação de outros órgãos ou entidades – Amicus 
Curiae – Art. 7, §2º; 
 OBS: Quando o relator considerar a relevância e a representatividade dos postulantes, 
admitirá a figura do amicus curiae. 
- A decisão do relator de admitir ou não o amicus curiae é IRRECORRÍVEL!! 
 
v. Manifestação Sucessiva - Prazo de 15 dias: 
- Manifestação por meio de “PARECER”; 
- Não existe contestação numa ADI; 
1º - AGU (Art. 103, §3º, CF); 
- Curador da constitucionalidade da norma, portanto, vai “defender” a norma; 
- Diferente do que diz a CF, o STF entende que, em algumas situações, o AGU não está obrigado 
a defender a norma, ou seja, pode deixar de defendê-la: 
 - Inconstitucionalidade escancarada, evidente, não há como defender, etc.; 
 - Uma lei que claramente prejudique a União; 
 - Quando a inconstitucionalidade da norma beneficiar a União. 
 "Uma lei do RJ que diz que nenhum residente do RJ pagará IR 
2º - PGR: 
- Ainda que o PGR seja o legitimado que propôs aquela ADI, ele irá se manifestar DE 
NOVO nesta fase, portanto, após o AGU (Art. 103, §1º, CF) 
 
vi. Relator lançará o relatório, enviará cópia aos Ministros e pedira dia para julgamento – Art.9: 
 OBS (ART. 9º, §1º): Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou 
circunstância de fato ou notória insuficiência das informações, poderá o relator 
requisitar informações adicionais, designar PERITO ou COMISSÃO DE PERITOS 
para que emita parecer no prazo de 30 DIAS, ou fixar data para audiência de pessoas 
com experiência na matéria. 
 OBS (Art. 9º, §2º): A lei também permite que o relator peça informações adicionais 
a todos os Tribunais Superiores, Tribunais Estaduais e Federais. 
 
vii. Sessão Plenária – Presença de 8 Ministros (Art. 22) – Proclamação do Julgamento (Art. 23) 
– Manifestação de pelo menos 6 Ministros (Art. 23); 
 
viii. Decisão IRRECORRÍVEL (Art. 26); 
EM REGRA, O EFEITO DA DECISÃO FINAL SERÁ EX TUNC!! 
 Cabe a modulação dos efeitos temporais. 
 OBS: A decisão é IRRECORRÍVEL, ressalvada a interposição de ED; 
 OBS: A decisão é INATACÁVEL, inclusive por Ação Rescisória. 
a. EFEITOS DA DECISÃO (Art. 27): 
i. A decisão, em regra, produz efeitos EX TUNC, entretanto, a lei 
admite a modulação dos efeitos temporais; 
ii. ERGA OMNES; 
iii. VINCULANTE; 
- Vincula o poder Executivo e Judiciário; 
- NÃO VINCULA O PODER LEGISLATIVO! 
iv. REPRISTINATÓRIO 
- Se a decisão do STF declarar inconstitucional uma norma “2” que 
revogou a norma “1”, esta – norma “A” – voltará a valer 
imediatamente. 
 
JURISDIÇÃO E PROCESSO CONSTITUCIONAL 
 AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE (LEI 9.868/99): 
1) ORIGEM: 
- Teve origem na EC 3/93: 
 
2) FINALIDADE: 
- Confirmar a constitucionalidade da norma; 
- Diferente da ADI, que visa retirar a norma do ordenamento jurídico. 
- Reafirmar a presunção de constitucionalidade e tornar tal presunção absoluta; 
- A ADC é uma ADI de “sinal trocado”; 
- São ações de caráter DÚPLICE/AMBIVALENTES; 
- O resultado de uma importará no resultado contrário
de outra. 
 ADI  procedente  inconstitucional; 
 IMprocedente  constitucional; 
 ADC procedente constitucional; 
 improcedente inconstitucional. 
 
3) COMPETÊNCIA: 
- STF; 
- Art. 102, I, “a”; 
 
4) LEGITIMADOS ATIVOS: 
- Os mesmos da ADI 
- Art. 103; 
 
5) LEGITIMADOS PASSIVOS? 
- Para grande parte da doutrina, NÃO HÁ legitimado passivo; 
- Porém, para o Barroso, os legitimados passivos da ADC são aqueles que querem ver o pedido da 
ADC IMPROCEDENTE, portanto, a norma declarada INCONSTITUCIONAL; 
 - NÃO É RECONHECIDO! 
 - Seriam os legitimados ativos da ADI; 
 
6) PAPEL DO AGU: 
- É DESNECESSÁRIO o papel do AGU na ADC, pois, como este é o curador da constitucionalidade da 
norma e o objetivo da ADC é justamente declara-la constitucional, não se faz necessária a sua presença; 
- O AGU NÃO será citado na ADC; 
 
 
 
7) PAPEL DO PGR: 
- Em TODOS os processos do STF (qualquer um) será OBRIGATÓRIA a oitiva do PGR; 
- Ele será notificado para se manifestar no prazo de 15 dias; 
 
8) A FIGURA DO AMICUS CURIAE: 
 - É PERMITIDO o amicus curiae (ART. 7º por analogia); 
-ART. 18: 
- NÃO é permitida a intervenção de 3º na ADC e o §2º, que permitia o amicus curiae, foi vetado; 
- Porém, mesmo o §2º tendo sido vetado, aplica-se, por ANALOGIA, o ART. 7º, Lei 9868; 
- Portanto, mesmo havendo o veto ao §2º do ART. 18, o STF possibilita a utilização de amicus curiae na 
ADC utilizando o ART. 7º (ADI) por analogia nas ações de ADC; 
 
9) OBJETO DA ADC: (CAI NA PROVA) 
- ART. 102, I, “a”; 
- SOMENTE LEI FEDERAL! 
 - NÃO é cabível para lei estadual! 
- No âmbito ESTADUAL (para ADI) há a REPRESENTAÇÃO DE INCONSTITUCIO-
NALIDADE, que será julgado pelo Tribunal de Justiça local (ART. 125, §2º); 
- O STF irá analisar na ADI se tal norma estadual é compatível com a CF, já no RI 
o Tribunal de Justiça irá analisar se a norma estadual é compatível com a Constitui-
ção Estadual 
- No caso da “ADC” não há, na CF, a previsão de uma ação estadual para se declarar uma 
norma constitucional (como há para ADI uma RI que é estadual), mas nada impede que a 
Constituição dos Estados crie tal tipo de ação. 
 
10) PRESSUPOSTO DE CABIMENTO: 
- Que exista controvérsia judicial relevante; 
 - Art. 14, III; 
- Quando o legitimado propuser a ADC, deverá juntar na P.I as DECISÕES CONTROVERTIDAS da-
quela lei; 
- Existência de DECISÕES JUDICIAIS CONTROVERTIDAS; 
- Paira uma incerteza jurídica; 
- Em cada Tribunal ou no próprio Tribunal existam DECISÕES díspares, ou seja, uns entendem que é 
constitucional e outro que é inconstitucional; 
- DECISÃO JUDICIAL! 
- NÃO é a doutrina que é controvertida! 
 
 
 
11) MEDIDA CAUTELAR: 
- A natureza dúplice da ADI com a ADC NÃO SE APLICA em sede de medida cautelar; 
 
- Se o STF INDEFERIR a cautelar na ADI, QUALQUER JUIZ poderá declarar a INCONSTI-
TUCIONALIDADE da lei impugnada de modo INCIDENTAL (controle difuso); 
 - NÃO vincula o controle difuso. 
 
- Se, no entanto, o STF DEFERIR a medida cautelar na ADC, NENHUM JUIZ poderá declarar 
a INCONSTITUCIONALIDADE da lei impugnada; 
 - VINCULA o controle difuso. 
 - SUSPENDERÁ os processos que tratam desta matéria (ART. 21) 
 
 
12) EFEITOS DA DECISÃO FINAL: 
- EX TUNC; 
- ERGA OMNES. 
- EFEITOS VINCULANTES. 
 
 
 
 
 
TRABALHO PARA A2 
 ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF) (LEI 9.882/99) E 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO (ADO): 
1) ORIGEM E CONCEITO: 
2) OBJETO E HIPÓTESES DE CABIMENTO: 
3) PRECEITO FUNDAMENTAL (SOMENTE PARA ADPF): 
4) COMPETÊNCIA: 
5) LEGITIMADOS 
6) PROCEDIMENTO: 
7) MEDIDA LIMINAR: 
8) EFEITOS DA DECISÃO: 
 
 
A2 
 - 10 Questões; 
 - Caso concreto (identificar a ação cabível); 
 - Matéria toda; 
 - ADPF e ADO; 
 - Marbury x Madinson;

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