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Análise das Unidades Geológicas nos Afloramentos da Trilha do Pai Zé (Pico do Jaraguá) e da Pedreira de Perus

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Análise das Unidades Geológicas nos Afloramentos da Trilha do Pai Zé 
(Pico do Jaraguá) e da Pedreira de Perus 
Rodrigues, V. A; Pereira, P; Panerari, S. S. S. 
Alunas/os do Curso de Licenciatura em Ciências da Natureza da Escola de Artes, Ciências e 
Humanidades, USP Leste 
 
Introdução 
 O Parque Estadual do Pico do Jaraguá 
(PEJ) e a Pedreira de Perus, ambos estão 
localizados na região noroeste da cidade de São 
Paulo, mais precisamente nos bairros do Jaraguá 
e de Perus respectivamente1. O Pico do Jaraguá, 
é o mais alto da cidade de São Paulo, possuí 
1.135 metros de altitude e está localizado ao lado 
do Pico do Papagaio com 1.127 metros de 
altitude (Fig. 01). Há entre os dois picos uma 
área mais baixa, decorrente de uma falha 
transcorrente de direção E-W2. O PEJ possui 492 
hectares e abriga um dos últimos remanescentes 
de Mata Atlântica da Região Metropolitana de 
São Paulo3. Muito explorado por visitantes como 
área de lazer e de prática de exercícios físicos. 
Foi tombado 1994 pela Unesco como Patrimônio 
da Humanidade e hoje integra a Zona Núcleo da 
Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade 
de São Paulo3. A Pedreira de Perus é conhecida 
pela variedade de minerais presentes em sua 
turmalina granítica e pegmatitos associados 
presentes em seu relevo, além das feições 
estruturais e texturas destas rochas. A turmalina 
granítica apresenta granulação entre l e 5 mm e é 
constituído essencialmente de quartzo, 
plagioclásio sódico e micropertita, tendo 
acessórios como apatita, granada e turmalina4. 
Objetivos 
 Compreender a formação e os processos 
rochosos da Trilha do Pai Zé no Pico do Jaraguá 
e da Pedreira de Perus por meio das observações 
feitas em campo. 
Materiais e métodos 
Utilizou-se para essa atividade os 
seguintes materiais: lupa, prancheta, caderneta de 
campo, canivete, bússola Clar para medição do 
mergulho e direção das falhas, câmera 
fotográfica Polaroid e celular para filmar e 
fotografar. Utilizou-se o Princípio de Steno para 
datação relativa, a observação da deformação das 
rochas, suas texturas, falhas e fraturas. 
Determinou-se PJN como sigla de abreviação 
para os registros, sendo PJ Pico do Jaraguá, e N 
correspondente ao número da estação/parada, 
sendo um total de 6 estações (5 no Pico do 
Jaraguá e 1 na Pedreira de Perus). 
Descrição dos resultados 
 Ao chegar no PEJ foi comentada a 
formação de estruturas plumosas em algumas 
rochas utilizadas como calçamento (Fig. 02), 
essa estrutura presente nas rochas gnáissicas foi 
formada por uma grande força, percebeu-se o 
desenho de uma espécie de ponto que é o local 
que sofreu o grande impacto, e os riscos ligados 
a esse ponto, são as suas propagações. 
PJ01 - Nesta estação, há a ocorrência de 
dois afloramentos, separados por uma falha 
distensiva. Neste afloramento, os tipos das 
rochas são metamórficas, e aparentemente estão 
tombadas no sentido horário, e possuem um 
pequeno vale entre elas (Fig. 03). Usando o 
Princípio de Steno, que estuda a sobreposição de 
camadas5, onde a camada mais antiga está 
localizada na parte de baixo e a mais nova na 
parte de cima, consegue-se estimar sua idade 
relativa. Do lado direito em relação ao vale (Fig. 
03), rocha mais clara, com granulometria bem 
fina de quartzo e sericita, dispostas em camadas 
horizontais. Sua textura é de fácil desagregação, 
e apresenta plano de xistosidade. As rochas do 
lado esquerdo do vale (Fig. 04), apresenta 
tonalidade mais escura, composta por quartzito, 
mais resistente e dura, com fraturas contínuas e 
paralelas. O vale que separa as duas rochas, 
pode-se constatar que foi o último evento 
ocorrido. As medidas de fratura no quartzito são: 
192/85 (σ1 SW), 194/84 (σ1 SW), 182/86 (σ1 
SW), 170/85 (σ1 SE) e 190/85 (σ1 SW), estas 
são referentes ao plano de fraturas sistemáticas 
das rochas escuras. Nas rochas claras foram 
feitas medidas de plano de foliação no mica-
xisto: 315/80 (σ1 NW), 328/82 (σ1 NW), 338/80 
(σ1 NW), 334/89 (σ1 NW) e 338/85 (σ1 NW). 
PJ02 - Neste afloramento foi observado 
do topo para base a presença de material 
avermelhado que em sua origem correspondia a 
uma rocha básica (rocha ígnea), e com o 
processo de colisão de placas sofreu 
metamorfismo, transformando-se em anfibolito 
(rocha metamórfica) e um material amarronzado 
que é resultado de sedimento transportado das 
áreas mais altas (Fig.04). O material 
avermelhado estende-se por todo percurso do 
PJ02, intercalando-se com material sedimentar. 
O quartzito encontrado no trecho possui textura 
diferente do quartzito do PJ01, com 
granulometria média por decorrência de um caso 
particular do metamorfismo influenciado pela 
temperatura, enquanto que no PJ01, a influência 
no metamorfismo foi por pressão. Em outro 
ponto do PJ02 encontrou-se grãos de quartzo 
finíssimos, semelhante a areia de praia, isto é, 
evidência de que esse material já esteve perto do 
continente, no limite de placas na sua formação. 
PJ03 - Esta estação apresenta rocha 
metassedimentar, ou seja, possuí camadas bem 
definidas de sedimentação, pois ela sofreu o 
processo de metamorfismo de baixo grau (Fig. 
05). Observou-se um tombamento com presença 
de falhas e uma descontinuidade de fraturas. Para 
analisar a estratigrafia utilizou-se o princípio de 
Steno para definir a sobreposição das camadas. 
Foram feitas 5 medidas de caimento de camada: 
160/40 (σ1 SE), 154/50 (σ1 SE), 153/52 (σ1 SE), 
149/35 (σ1 SE) e 142/33 (σ1 SE); e 5 de falhas: 
300/82 (σ1 NW), 282/65 (σ1 NW), 222/35 (σ1 
NE), 250/30 (σ1 SW) e 258/65 (σ1 SW). 
PJ04 – Nesta estação foi observada uma 
estrutura que se assemelha à formação da cadeia 
Meso-oceânica, pois demonstra movimento 
distensivo de blocos, semelhante à separação dos 
continentes africano e sul-americano6 (Fig. 06). 
Aparentemente houve uma abertura vertical na 
rocha sendo o movimento distensivo na 
horizontal, porém, se tem a impressão que um 
dos blocos desceu mais que o outro, tornando o 
movimento mais complexo, já que o movimento 
não é observado totalmente na horizontal. O que 
ocorreu nesse bloco como um todo é um 
movimento de σ3 na horizontal com um pequeno 
deslocamento na vertical. As medidas do plano 
feitas neste ponto são: 282/70 (σ3 NW), 290/70 
(σ3 EW) e 285/55 (σ3 NW). 
O PJ05 é considerado o ponto de 
amarração (Fig. 07). A partir do princípio de 
correlação, observou-se semelhanças com o 
PJ01, presente no topo do PEJ. O afloramento 
apresenta rochas metamórficas do tipo quartzo 
sericita micaxisto, o seu tombamento está na 
mesma direção que a do PJ01. Outra semelhança 
também é evidente na parte da sedimentação, 
pois ambas seguem a mesma ordem: sedimento 
fino, sedimento grosso, quartzo, quartzito, meta 
sedimento e micaxisto. As medidas do plano de 
xistosidade são: 224/60 (σ1 SW), 184/70 (σ1 
SW), 190/64 (σ1 SW), 184/70 (σ1 SW) e 204/85 
(σ1 SW). Pode-se concluir que a PJ05 fazia parte 
da mesma camada estratigráfica que a PJ01 e que 
houve um tombamento. 
Na pedreira em Perus, analisou-se uma 
parede rochosa metamorfizada, originada de uma 
rocha ígnea (Fig. 08). Percebe-se a formação de 
bandas gnáissicas, provocadas possivelmente a 
partir de um processo compressivo, na costa 
continental de composição ácida. Consegue-se 
observar no afloramento alinhamento de bandas 
de deformação gnáissica, que nada mais é do que 
a concentração dos minerais máficos e félsicos. 
As bandas claras podem ter composição variável, 
de granito a granodiorito, enquanto as escuras 
correspondem a turmalina granítica4. É muitoprovável que algumas rochas durante a colisão 
de placas eram rochas ígneas plutônicas, que no 
momento em que foi acabando a crosta oceânica, 
teve a colisão de continente com continente, 
começando a aparecer a deformação. E 
observando com cuidado, podemos encontrar o 
ponto de transição entre uma rocha ígnea e uma 
rocha metamórfica. Houve uma deformação 
lenta, provavelmente saindo de uma área rúptil 
para uma dúctil para possuir a formação de 
bandamento gnaisse. É possível identificar o 
mesmo padrão de deformação em praticamente 
todo o local analisado. Foram feitas medidas de 
plano de fratura, pois não há indícios de 
movimentos ou não entre os blocos 
particionados. As medidas do plano de fraturas 
sistemáticas feitas neste ponto são: 352/80 (σ1 
NW), 28/81 (σ1 NE) fratura conjugada, 228/87 
(σ1 NW), 138/85 (σ1 SE) e 128/89 (σ1 SE). 
Considerações finais 
 Por meio da visita ao Pico do Jaraguá e 
a pedreira de Perus foi possível observar e 
analisar o ambiente geológico com base nos 
conteúdos apresentados em aulas teóricas, 
podendo ao fim compreender sua formação 
geológica e visualizar no campo tópicos como 
mineralogia, processos de formação de rochas, 
metamorfismo, deformação de rochas e datação 
relativa. As atividades em campo são essenciais 
para o desenvolvimento prático do domínio do 
conhecimento teórico, conceitos estes 
fundamentais para a formação de um professor 
de Ciências. 
Referências bibliográficas 
1. Letta L.A. & Velázquez, V.F. 2008. In: SBG, XLIV 
Congr. Bras. Geol., Curitiba. 
2. Leonel C. 2010. Secretaria Estadual do Meio 
Ambiente, São Paulo, 426 pp. 
3. Sistema Ambiental Paulista - Governo de SP. 
Disponível em: 
http://www.ambiente.sp.gov.br/parque-estadual-do-
jaragua/sobre-o-parque/. Acessado em 17/11/2016. 
4. Atencio D. & Hypolito R. 1994. Revista Brasileira 
de Geociências, 24(1):43-5. 
5. Teixeira et al. 2000. Oficina de textos, São Paulo, 
557 pp. 
6. Press et al. 2006. Bookman, Porto Alegre, 656 pp. 
Anexos 
 
Figura 1: Visão do pico do Jaraguá. Fonte: Sistema Ambiental Paulista - Governo de SP. 
 
Figura 2: Rocha com estrutura plumosa. 
 
Figura 3: Registro do PJ01. 
 
Figura 4: Registro do PJ02. 
 
Figura 5: Registro do PJ03. 
 
Figura 6: Registro do PJ04. 
 
Figura 7: Registro do PJ05. 
 
Figura 8: Registro da pedreira de Perus.

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